Resenhas - O Retrato de Dorian Gray

victor108 18/08/2024

Ok?
Um pouco entediante mas quando (SPOILER) dorian mata o basil,deu uma grande virada na história,gostei de ver o arco de desenvolvimento do dorian que cresce como personagem,conhecemos ele como um jovem inocente depois ele conhece o henry que é um homem que foi levado pelos prazeres mundanos,na qual acaba "arrastando" o
dorian,enfim um bom livro mas apenas releria se fosse o último livro do mundo.

ulissishenrique 18/08/2024

Sofri todo tipo de preconceito. Por ser loira, miss, bonita
O Oscar Wilde é um escritor maravilhoso e muito a frente de sua época. Ele faz uma alternância entre cenas de ação com diálogos emocionantes (que diálogos incríveis!!!) e muitas ideias filosóficas, que deixa o livro bem encorpado. A narrativa é realmente bem agradável e viciante, o contrário de muitos clássicos que chega a ser maçante.

Dorian nos mostra o resultado do incessante desejo de se manter jovem para sempre e a qualquer custo, deixando de lado, a própria evolução espiritual.

Nota pra evolução dos personagens ao longo do tempo, que também é incrível. Recomendo muito esse livro.

Renatita 18/08/2024

Se está procurando um fiel retrato da sociedade hipócrita e fútil, que se safa de todas as suas ações e sempre as celebra em reuniões, almoços, cafés ou jantares, esse livro é pra você.

Foi uma tortura concluir essa leitura, apesar da maravilhosa crítica.

Yasmin.Imbriani 17/08/2024

"O quadro continha o segredo de sua vida e contava sua história. Ensinara-o a amar a própria beleza. Haveria de ensiná-lo a odiar a própria alma?"

Um livro com as teorias mais errôneas, fascinantes e encantadoras, mas que possui a mais bela e venenosa lição.
Não foi feito para as mentes fechadas e nubladas por falsos princípios.

evilbunnyie 17/08/2024

Twink dos clássicos
Homem maldoso, muquirana, safado, homossexual, macabro, supersticioso, falam isso porque não podem chamar de feio!!!!

gi 15/08/2024

Beleza é apenas externa
?? ?Afinal, o que um homem ganha se conquista o mundo todo e perde a própria alma?
(sem spoilers)

E foi essa frase do Lord Henry completamente baseada nas palavras de Jesus em ??Marcos? ?8?:?36?, que ficou na minha mente enquanto seguia para o fim da história. Ela foi a chave de ouro que precisava para fechar o livro no meu coração, porque até então, eu não havia sido realmente tocada pelo enredo, estava pensando ?poxa, sério que vai ser isso? estou a mais de 75% do livro e é isso que ele tem a passar?? ? (sim, eu estava gostando! o livro tem um plot incrível e eu fiquei boquiaberta quando o li).
Porém, a mensagem en si que estava sendo passada não estava me agradando muito, não havia me comprado que Dorian ia realmente sair de um personagem bom para um personagem fútil e irritante, seguindo Lord Henry (uma espécie de mentor que ele pegou para si) em seus pensamentos e ideias absurdas, que aliás foi uma das coisas que me incomodou muito no início do livro kjkkkkkkkkk nunca fui tão contra os ideias de um personagem!
Bem bem basicamente para quem não sabe, a história é sobre um jovem muito belo que tem um retrato de si mesmo pintado, e em um momento de puro egocentrismo, ele pede para que o quadro envelheça enquanto ele fique sempre jovem! Ao passo que isso se realiza e conforme ele faz o mal, o retrato vai perdendo a juventude e se degradando.
Dorian com toda aquela beleza, exalando a pureza da juventude, corrompendo-se, tinha se deixado levar pelo ilícito, afundando no poço de suas péssimas escolhas, até que finalmente cai em si, e cada vez mais sua consciência vai voltando para ele! gostei muito disso pois no inicio é citado que sua demonstração de consciência ficaria no retrato e ele (o retrato) que o avisaria da sua degradação (o que é até engraçado que aí ele tranca o quadro num quarto e não o vê por anos KKKK ???), e então no fim ele volta a pensar por si só e já não é mais um fantoche da sua busca por prazer!
Quando isso começa a acontecer, de primeira achamos que realmente ele quer mudar, que percebeu o quão mal aquele estilo de vida estava fazendo pra ele, e a aparência exterior seria o menor dos seus problemas! Ele percebeu que a alma existe sim dentro de nós! e a dele estava tão degradada quanto o retrato, ?Ninguém mais me achará belo se a minha alma enxergar? o retrato tava podre o coitado!
?Quando estamos felizes fazemos o bem, mas nem sempre quando fazemos o bem estamos felizes.? Mais uma das frases que me fizeram refletir, gostei muito que o livro é cheio disso! Por diversos momentos me vi no Dorian, as vezes escolhemos ser felizes, colocando a juventude e a beleza acima de tudo, em lugares que não deveriam e acabamos buscando por prazeres que além de não levar a lugar algum, nos deformam a alma.
Gostei muito mais dos últimos 8/9% do livro, realmente é como se nós estivéssemos sentindo tudo que ele sente e tomando consciência junto com ele! O livro é extremamente filosófico, eu já escrevi muito, mas de verdade poderia escrever um tanto mais! A história também vai criando um teor meio gótico até, o que muda bastante nosso conceito com relação ao início, que começa super de boa e até fofinha (nunca vi alguém tão iludida quanto eu), enfim foi uma grata surpresa e fico feliz de ter ido ler sem saber muito do enredo, indico o mesmo!! Leiam esse livro, vale muitíssimo a pena!

Diana281 14/08/2024

- "Porque influenciar alguém é lhe dar a própria alma. A pessoa não pensa mais seus próprios pensamentos, nem arde das próprias paixões. Suas virtudes deixam de ser reais para ela. Seus pecados, se é que existe tal coisa, são emprestados. Ela se torna um eco da música de alguém, um ator em um papel que não foi escrito para ele. O objetivo da vida é o autodesenvolvimento. Perceber perfeita- mente a própria natureza, é para isso que cada um de nós está aqui. As pessoas têm medo de si mesmas hoje em dia. Esqueceram-se do mais alto dos deveres, o dever que a pessoa tem para consigo mes- ma. É claro que são caridosas. Dão de comer aos famintos e de ves- tir aos mendigos. Mas suas próprias almas morrem de fome e estão nuas. A coragem debandou da nossa raça. Talvez jamais tenhamos sido corajosos de verdade. O terror da sociedade, que é a base da moral, o terror diante de Deus, que é o segredo da religião, são essas as duas coisas que nos governam. E no entanto acredito que se a pessoa viver a vida plena e completamente, se der forma a todo sentimento, expressão a todo pensamento, realidade a cada sonho, creio que o mundo ganharia um impulso novo de alegria, que nos faria esquecer todas as enfermidades do medievalismo, e voltaríamos ao ideal helênico ou algo mais refinado, talvez mais rico que o ideal helênico. Porém, os mais corajosos dentre nós têm medo de si mesmos. A mutilação dos selvagens tem sua trágica so- brevivência na negação de si mesmos que macula as nossas vidas. Somos castigados pelas nossas recusas. Cada impulso que tentamos estrangular é incubado no espírito e nos envenena. O corpo peca uma vez e se esquece de seu pecado, pois a ação é uma forma de purificação. Nada permanece depois além da recordação de um prazer, ou da luxúria de um arrependimento. A única maneira de se livrar de uma tentação é cedendo a ela. Resista à paixão, e a sua alma adoecerá com os anseios pelas coisas a que se proibiu, com o desejo daquilo que suas leis monstruosas tornaram monstruoso e ilegal. Dizem que os grandes acontecimentos do mundo ocorrem no cérebro. É também no cérebro, e apenas no cérebro, que os grandes pecados acontecem. Até mesmo você, senhor Gray, com a rosa vermelha da sua juventude e a rosa branca da sua meninice, deve ter tido paixões que o amedrontaram, pensamentos que o encheram de terror, devaneios e sonhos que a mera lembrança o faria corar de vergonha. "

atrix k. 14/08/2024

Dorian: Um desalmado
Ele é muito evocativo, apesar do monte de detalhes que têm serem cansativos no capítulo 11. Eu gostaria muito de ler a parte cortada, se a sem já é assim, imagine a com! (Puro suco gay!)

Matheux 14/08/2024

Apesar de bastante prolixo (o que é completamente normal pra época do livro), os dilemas morais e éticos propostos são muito interessantes. Personagens complexos e repletos de defeitos e dilemas, como Dorian Gray, ainda que romantizados e idealizados dentro do contexto da obra, trazem um contraste incrível a cada página.

Ally 14/08/2024

Um livro excelente com ótimas reflexões e uma boa construção. Acompanhar o desenvolvimento do personagem e todas as suas mudanças, suas várias faces e nuances é uma experiência incrível. Recomendo muito!

Mari 14/08/2024

O livro tem seus plots
O final foi legal. As coisas que aconteceram no meio também. Não sei se eu esperava muito do livro e ler as notas do começo dessa edição tirou um pouco da emoção das coisas que iam acontecer. O livro é bom, a ideia mt boa. So não me apeteceu muito. Não é ruim, só não foi tudo aquilo que eu esperava

velixity 13/08/2024

Resenha do retrato de dorian gray
O Retrato de Dorian Gray? é um livro incrível que nos faz pensar muito sobre a vida. A história gira em torno de Dorian Gray, um jovem lindo que deseja permanecer sempre jovem, enquanto seu retrato envelhece por ele.

Essa ideia reflete muito nossa obsessão atual com a juventude e a beleza. O livro mostra como a busca por prazeres e a aparência pode ter consequências sérias.

Ler esse livro é uma experiência marcante, e cada vez que você lê, descobre algo novo. Recomendo a todos que leiam, pois é uma história profunda e cheia de beleza.

amandpena_ 12/08/2024

Um dos melhores livros que já li
O que me fascinou nesse livro foi a complexidade dos personagens e as reflexões profundas sobre moralidade e o impacto da influência externa. Um dos personagens que mais me marcou foi Lorde Henry Wotton, ou simplesmente Harry. Harry é carismático, inteligente, mas também profundamente cínico, e é sua filosofia de vida hedonista e amoral acaba influenciando Dorian de forma avassaladora.

Fiquei me perguntando se Dorian Gray já tinha uma inclinação para o mal ou se foi a exposição às ideias de Harry que o corrompeu. Oscar Wilde nos deixa essa questão em aberto, permitindo que cada leitor faça sua interpretação. Harry age como um catalisador para os desejos mais sombrios de Dorian, mas até que ponto Dorian já estava inclinado a seguir esse caminho antes de conhecê-lo?

A narrativa é ao mesmo tempo elegante e provocativa, e o livro levanta questões sobre a natureza humana, o poder da influência e a busca insaciável pela juventude e beleza. A forma como revela a decadência moral de Dorian, e como sua alma se deteriora à medida que o retrato se torna cada vez mais grotesco, é ao mesmo tempo perturbadora e fascinante.

eumesmaloren 12/08/2024

?Os fiéis só conhecem o lado trivial do amor; são os infiéis que conhecem as suas tragédias.?

?O intelecto é, em si, uma forma de exagero, e ele destrói a harmonia de qualquer rosto.?

?Os feios e os estúpidos desfrutam do melhor deste mundo. (?) Vivem como nós todos deveríamos viver, imperturbáveis, indiferentes e sem inquietações.?

?A coisa mais comum torna-se encantadora se a escondermos.?

?Perdemos o sentido abstrato da beleza.?

?Existe sempre algo de ridículo nas emoções das pessoas que deixamos de amar.?

Confesso que me apaixonei pela personalidade cítrica de Dorian, mas o personagem principal é, sobretudo, Lord Henry. Ele, por inveja ou admiração, abre caminho para corromper a alma do jovem que o deslumbrou e, ao mesmo tempo, se definha com ele.

Juliana2496 12/08/2024

Retrato do ego
Um clássico que eu realmente gostei. Dorian é um produto do ego, a vaidade que possui começa a surgir quando basil o elogia e admira sua beleza como se tudo dependesse daquilo. Depois conhece harry que o envaidece de dentro pra fora, coloca a culpa nas mulheres e se exalta constantemente, aparentando ser culto, disfarça seus preconceitos com frases bonitas. Dorian fica fascinado por essas ideias pois é leigo, e não tem nada a oferecer além de sua beleza, então se agarra a qualquer ideia que o preencha minimamente. Dai seu primeiro narcisismo, que é natural, e necessario para todo humano, cresce para algo além, toda a culpa e erro que carrega, ele justifica através de sua beleza. "O inferno são os outros". Ele ama o objeto, nunca a pessoa. Dorian nunca amou de fato ninguém, nem a ele mesmo, apenas a ideia que construíram dele. O eu perfeito.