Resenhas - Doidão

Van 04/09/2021

O Zezé criança brincando no sofrido Zé quase adulto
Apaixonada pela escrita desse homem. Já sabendo das angústias e da sede de viver que acompanhava Zezé desde O meu pé de laranja lima, em Doidão vemos esse espírito livre continuar a se debater com tantas imposições e regras. Mas sempre, sempre aquele aquele coração puro e generoso, que as pessoas tornavam invisível. Nesse livro é como se a gente, já sabendo tão bem das aflições do Zé, conseguisse ler até aquilo que ele não escreveu, tantos sentimentos, tantos julgamentos injustos por que passou, tanta vida que deixou de viver por não poder ser "vagabundo". E claro, a frase tão repetida: "Geografia é matéria de vagabundo!".

Aline ig @escape.abacharel 15/09/2021

Mais um do José Mauro que compensa!
"Doidão" faz parte das obras autobiográficas de José Mauro Vasconcelos. Se for olhar pela ordem cronológica dos fatos, esse é o terceiro livro da série, mas curiosamente de acordo com a ordem de publicação, esse é o primeiro livro.

No início da história, temos um Zezé de volta aos seus 14 anos, relembrando dos acontecimentos de "Vamos aquecer o sol". Agora o pequeno Zezé é chamado apenas de Zé. Ele passa por sua adolescência e chega aos seus 20 anos ainda no início do livro. Continua vivendo em Natal, mas abandonou o curso de Medicina e vive apenas com pouco dinheiro da mesada do pai...

Qual seria o lugar de Zé no mundo? Por que era tão difícil escolher uma profissão para a vida toda? Por esse motivo ele sempre é visto como um vagabundo pelas pessoas da cidade...

Zé continua com o mesmo jeito de sempre: mesmo tendo se tornado um homem feito, ainda se emociona fácil, vive com os olhos marejados de lágrimas. E eu amo esse jeito do personagem! O que senti falta é daquela imaginação de quando ele era criança, seja conversando com seu pé de laranja lima, ou seja com o seu sapo-cururu chamado Adão, ou até mesmo com Maurice Chevalier. Mas faz todo o sentido ele não estar mais na presença dessas figuras, afinal, ele cresceu... agora, ele pensa mais é em namorar e nadar muito no Rio Potengi ou no mar alto.

Esse livro é extremamente curto comparado aos outros dois livros, foi muito rápido e fácil de ler... por isso mesmo até preferi ler em ebook, pois apreciei com mais calma as falas e reflexões do personagem Zé.

Enfim, esse é um livro que compensa muito ser lido.

site: https://www.instagram.com/p/CT2G98kL-8x/

Isabel.Canaveze 28/09/2021

Nada a ver
Eu comprei o livro esperando uma continuação de o meu pé de laranja lima e o que tive aqui pareceu mais com uma narrativa solta e desconexa do Zé,um adolescente que até tem sonhos mas não tem raízes, julgado por tudo e por todos, que precisa de terapia (na época acho que nem existia isso de fazer terapia).

Não que seja ruim, mas não acrescentou em nada na experiência de leitura do primeiro livro...

Débora 24/10/2010

O livro é muuito bom, mas nada supera a emoção em ler "O meu pé de laranja lima"

Rogéria 17/05/2016

Solitário
Em "Doidão" acompanhamos a juventude de Zezé até os 20 anos, quando ele está perdido e sem saber o que fazer da vida, frequentemente sendo chamado de vagabundo por sua família e conhecidos que não entendem sua dificuldade em decidir-se por qual caminho seguir. Suas únicas certezas e paixões são a natação e uma namorada, Sylvia. É nesse cenário que Zezé descobre que seu pai está muito doente, e é levado a abrir mão do que ama por esse pai que, pela primeira vez, lhe demonstra carinho. "E como seu eu finalmente tivesse começado a existir para ele", comenta várias vezes.

Leitura simples e muito rápida (o livro tem menos de 100 páginas). Me pareceu um pouco preguiçosa, sem muitos cuidados, até superficial. Talvez para melhor demonstrar os sentimentos do Zezé? Talvez. Mas não me agradou muito, embora tenha sido bom ler para juntar mais essa peça à história biográfica do José Mauro de Vasconcelos.

Ana 01/04/2018

Uma grata surpresa. Um belo livro
Paaaaara tudo! Quando eu li esse livro, não podia nem imaginar que o personagem principal é o Zezé de Meu pé de laranja Lima, que por sinal eu ainda nem li, mas pretendo!
Achei esse livro um dos mais belos que eu já li na adolescência, aos treze anos.
Pelo que me lembro, o personagem principal não gostava de Matemática, mas amava Geografia, queria conhecer o mundo. O nosso pequeno Zezé de Meu pé de Laranja lima, neste livro já tem 14 anos, já está criando barba no rosto, seus interesses não são mais os de uma criança. Ele entra em conflito com o mundo adulto ao demonstrar preferência por Geografia, pois seu pai sempre dizia que era ''matéria de vagabundo''.
Zezé escandaliza a todos ao seu redor, na cidade onde mora, pois é tido como o ''Doido''. Esse livro é a cara da juventude. Muito, muito, muito bom.

Tatah 07/09/2018

É a mesma ternura, é um livro muito belo mas não passa nem matade da emoção de Meu pé de laranja Lima.Porém ele continua esse menino sonhador e ao mesmo tempo desgraçado da vida.
O livro acompanha a vida de Zezé ,agora com seus 20 anos, indeciso sobre seu futuro ,e as desventuras de seu primeiro amor Slyvia.
Aqui vemos a afeição do pai com Zezé após tanto tempo com indiferença, apesar s não durar muito.
A infância de Zezé é muito forte para se esquecer assim, eu acabo guardando mágoa da sua família. É ver a mesma indiferença outra vez seria insuportável.
Bom oque faltou nesse livro foi explicação, cadê seus irmãos? Como foi que a família saiu daquela casta condição de problema (evolução).
Sei que o foco não é esse , mas não deixei de ter muita curiosidade sobre.

Jeromix 28/12/2018

Mais parece ser um extra
Li "Meu Pé de Laranja Lima" no início da adolescência, e fiquei muito tocado. Desde então, frequentemente indico a obra, mas admito que nunca soubera que havia continuação. Em verdade, uma trilogia!

Mas acabo de remediar essa ignorância - soube e já li "Vamos Aquecer o Sol" e "Doidão", em uma tacada só.

Em verdade, esta obra mais se parece com extras do livro anterior "Vamos Aquecer o Sol", que ficou uma obra relativamente grande - devido a isso, parece que partes foram cortadas, deixadas de fora ao final - e estas partes são justamente as que dão forma a "Doidão".

Continua sendo muito bem escrito, mas não se apresenta como uma obra completa - um conto no máximo, sem começo nem fim. Por isso, é muito inferior aos outros dois livros, que são obras primas.

Ainda assim, vale a rápida leitura.

Rebeca_Moledo 09/06/2020

O autor, nesse livro, conta sobre sua própria adolescência e sobre seus sonhos.

Martinha.Souza 05/08/2020

Zezé ou Zé
Zezé cresceu, mas as inseguranças continuaram, embora as preocupações sejam outras.
Encontramos um jovem que ainda traz marcas da infância sofrida e da adolescência sem carinho, mas o jovem está aprendendo que nem sempre há falta de amor, quando o mesmo não é explícito.

Adriano 13/02/2021

Apesar de "Doidão" ter sido escrito antes de "Meu pé de laranja lima" e "Vamos aquecer o sol", só o vejo fazendo sentido se lido depois destes. Se lido de uma forma separada, sem o contexto dos outros dois livros que compõem essa série autobiográfica, "Doidão" acaba sendo uma leitura rápida, não muito profunda, com personagens do qual não sabemos muito. Se lido como uma sequência, vejo a obra adquirindo um significado muito maior.

Isa 06/09/2021

Doidão - 06/09/21
Finalmente, o último desta trilogia!
Doidão é um livro fácil de ler, com poucas páginas e pouco arrastado.
Em minha opinião, não precisa deste livro, porém ele complementa algumas lacunas do anterior.
Após finalizar a trilogia de José Mauro de Vasconcelos, posso dizer que o primeiro - Meu pé de Laranja Lima - é, sem sombra de dúvidas, o melhor dos três.

Varvryy 18/09/2021

A leitura e mais difícil que os dois primeiros livros
O modo que o autor escreve o livro continua fantástico, porém achei que em alguns momento este livro foi perdendo a linha de raciocínio, alguns aspectos ficaram soltos, além de não ter um final( o que me irritou bastante).

Gláucia 21/10/2021

Doidão - José Mauro de Vasconcelos
Não sabia que era o Zezé adulto. O livro é bem curtinho e retrata a fase de sua vida em torno dos 19 a 20 anos, ele tentando se encontrar na vida. Personalidade inquieta, é interessante ler um pequeno resumo de sua biografia, explica muita coisa de sua trajetória multi-coisas que fez na vida.

Vanea 25/11/2021

Lido em 1 dia
"Uma gota de ternura bastaria para salvar sua adolescência".

O menino cresceu. Agora ele precisa tomar decisões que irão interfeir ou delinear o seu futuro.
Zezé agora está com 19 anos, mas a história começa a ser contada quando ele ainda tinha 14 anos.
Recordações, namoradas, papos com o pai e sua indecisão em escolher uma carreira.
Ele adora natação e agora já é um excelente nadador, inclusive compete, mas todos lhe dizem para escolher uma profissão e estudar para isso.
O pai, o amigo e Fayolle o aconselham.
Ele começa o curso de medicina, mas abandona. Ele não se vê fazendo nenhuma das profissões mais conhecidas.
E a frase "Geografia é matéria de vadio, vagabundo..." não sai da sua cabeça.
É o que dizem, mas ele adora saber dos lugares pelo mundo.

Esse é um livro bem fininho. Parece mais um conto para completar o que faltou em Vamos Aquecer o Sol.
Inclusive o Zé já tinha completado 15 anos no livro anterior e nesse conta coisas dos seus 14 anos.