Resenhas - A história da aia

Carol 27/04/2021

Incrível!
Não tenho palavras pra dizer o quanto gosto deste livro e desta autora! Sua obra é um tributo à nos mulheres! Como são incríveis as pequenas e sutis semelhanças com a realidade e como sempre é aberto um espaço a reflexão... Ela não dita como você deve pensar, apenas te apresenta as informações ao curso da história: ao contar uma história de prisão, a autora te deixa livre (e ao mesmo tempo te coloca na pele da personagem, é possivel sentir junto dela).
Me faz pensar que a liberdade que estamos conquistando no hoje sob muita luta é realmente o que impedirá que Gilead aconteça também para nós, por isso, é importante conhecer os sinais e detê-los enquanto é "cedo". Queria conhecer Atwood pessoalmente pra dizer um "obrigada" cara a cara.

annacsfraccaro 17/07/2022

Para refletir!
Eu gostei desse livro, confesso que estava esperando um pouco mais por conta da série. Acho que o meu problema com esse livro é que muitas vezes eu fiquei confusa em relação a história, o passado e o presente se misturam muito, mas acho que isso é pessoal. Porém, eu amei a história, acho que é uma história que te faz refletir sobre muita coisa, sobre muitas questões, então, eu considero um livro beeeem denso, uma leitura um pouco mais complicada, não é uma leitura leve. Acho que é um livro pra reflexão. Só não dou 5 estrelas porque fiquei confusa em algumas horas.

juhmarcks 03/11/2020

Incrível!
Nos faz refletir sobre diversos temas que aparecem no presente em que o livro se passa, como a objetificação da mulher, as crenças e a corrupção do ser humano (quase todos os personagens são corruptos em algum grau), mas também sobre temas do passado, antes da República de Gilead, mostra a importância de valorizar as relações, pessoas e direitos enquanto ainda os temos.

"É verdadeiramente espantoso as coisas que as pessoas conseguem se habituar, desde que existam algumas compensações."

oieamare 29/05/2024

Ah, poder das releituras...!
Offred é uma mulher, mãe e esposa, mas também uma aia. Depois que a República de Gilead finalmente ascendeu, Offred se tornou um objeto almejado por muitas famílias que não podem ter filhos. É assim que conheci sua história. Em mais uma tentativa de gerar um filho, ela também nos apresenta seu passado, seu presente e os seus pensamentos reflexivos que se mantêm longe das garras do regime.
Agarrando-se às suas memórias, ela tenta não sucumbir ao regime. Mas é de se esperar que hora ou outra ela finalmente entenda o poder que Gilead infringe aos seus.


A primeira vez que li, eu achei as descrições extensas e meio apáticas. Offred na verdade tem uma rotina bem apática, sem liberdade ou algo que possa realmente chamar de seu. Mas lendo pela segunda vez, eu já me vejo um pouco mais sedenta pela história como se nada do que ela falasse realmente saciasse essa minha vontade de imergir naquele tempo.
É claro que senti aquele velho nojo novamente (principalmente quando o Comandante abria a boca para defender o regime), mas também senti como ocorreu a sua queda. Como ela lentamente foi ganhando poder e como isso também significou a sua liberdade. Como as pessoas eram egoístas e como isso salvou algumas delas. Além claro de toda a manipulação que fazia elas não enxergarem tudo aquilo como um estupro (sei o que ela escreveu, mas ainda considero estupro. Escolher entre trabalhar com dejetos químicos ou ser uma aia não dá vazão para não configurar isso como estupro; sem contar o abuso psicológico a que era submetidas DIVERSAS vezes!!!).
Confesso que me emocionei um pouco no final. Mesmo sabendo o que iria acontecer, não pude deixar de sentir um frio na barriga…

Continua sendo um livro bem atemporal, pesado e também angustiante. Por diversos momentos me senti um pouco nervosa porque a queda de Offred estava se aproximando lentamente e realmente desejei que ela não engravidasse. Quem sabe isso mantivesse sua sanidade um pouco mais…
Diferente de antes, senti também que ela foi deixando aos poucos de se apoiar na imagem progressista de sua mãe e na coragem de sua amiga Moira para se apoiar na “segurança” e “confiança” do Comandante e, posteriormente, nos braços do Nick. Nenhuma das opções me parece saudável, mas, como eu disse antes, mudou drasticamente a expectativa de vida dela.
A releitura me fez entender Offred sobre outra perspectiva, um pouco mais humana talvez e menos julgadora. Também me fez entender o poder de ser ter uma voz, de manter a mente sempre ativa e buscar meios de assegurar a sanidade nas mãos. Eu gostaria muito que tivesse uma continuação a partir do momento em que Offred entra naquele carro, mas entendo que ela era só mais uma no meio de uma multidão colorida que, na maior parte dos casos, teve seu tapete puxado sem mais nem menos.
A parte em que ela descreve como os primeiros sinais surgiram tirou o meu tapete também…

Lela 13/07/2021

Tem que ter estômago
Esse livro foi um dos mais pesados que já li, a distopia é interessante, envolvente, o tempo inteiro você tem sede de saber mais daquele mundo e como são suas regras, como funciona aquilo tudo. Mas, a medida que se sabe você se enoja, é tudo muito cruel e assustador. Se você é mulher e vai ler esse livro vai entender perfeitamente o que eu estou tentando expressar aqui. Um novo sistema completamente patriarcal. Quando o livro termina você quer a continuação naquela mesma hora.

Só não dei 5 estrelas por ter achado a escrita meio arrastada, mas faz parte logo se acostuma com a história a medida que as coisas vão acontecendo.

Vinicios0 21/05/2023

O melhor até agora
O livro em si é algo impactante.
Uma distopia futurista, mas ao mesmo tempo tão palpável. Parece um relato do que pode acontecer daqui 3 ou 4 dias.
Uma ditadura teocrática, onde todos são obrigados a acreditar e ser de uma determinada maneira. Onde o viver e o pensar já não estão na mesma linha.
Imagine-se sem poder de opinião, sem poder ir e vir, sem poder escolher uma profissão, sem poder estudar, sem poder ler, sem poder ESCOLHER...
Caso o pensamento distorcido religioso de muitas pessoas não mude, vejo um futuro tão claro o Conto da Aia dita.
Algo tão distópico, mas eu mesmo tempo tão plausível.

De tudo que li até a data de hoje 21/05/2023, foi o melhor livro de todos.

JonasLupus 06/06/2020

Vi todas as mulheres da minha vida ali
Embora não tenha visto a série antes de ler, vi algumas imagens perdidas por aí que me deram poucas ideias sobre a obra: lassidão, devoção, proibido, vermelho, medieval.

Minha amiga, com quem morava, tinha o livro e eu olhava para a capa. E algo me chamava a atenção. Decidi então iniciar a leitura sem saber da sinopse ou do que se tratava.

A narrativa bucólica da personagem me prendeu, a descrição do cenário pós-apocalíptico me fez querer conhecer mais daquele mundo. E os flashbacks da transição e resgate do passado de algumas personagens me fizeram ficar na leitura até o fim.

O desfecho foi muito veloz, na minha opinião.
Acredito que fiquei mal acostumado com obras mais longas, pois ao ver o potencial de o Conto da Aia, fiquei um pouco decepcionado por tudo ter acabado ali.

Gosto bastante de distopias, gosto bastante da visão de futuro que havia nos anos 80. E gosto mais ainda de ler sobre o ponto de vista feminino.

Digo isso pois, embora eu tenha tido uma vida social masculina tradicional: futebol, cerveja, churrasco, namoros heterossexuais, competições e afins, ainda considero que minha criação se deu num âmbito completamente feminino. Ora eu fui criado pela minha mãe, sempre em companhia das minhas tias, avós, primas, irmã e minhas colegas de classe sempre foram, em sua maioria, mulheres.

E aí, ao ler o livro, vi todas as mulheres da minha vida naquele cenário.
Foi impactante.

Acho que foi tão impactante que até agora não consigo discorrer muito sobre isso.
Ainda estou me convencendo de assistir à série.
Talvez a resistência venha do fato de que considerei o livro muito mais interessante do que tenho manifestado até então, e tenho medo do estrago que o audiovisual possa fazer nas minhas percepções.

E é isso.

Lidiane Veras 12/05/2021

QUE LIVRO!!!
Impossível ler esse livro e não associar ao que estamos vivendo no Brasil e temer pelo nosso futuro!

Fabi | @ps.leitura 27/07/2020

{resenha feita no blog PS Amo Leitura}
O Conto da Aia, também conhecido pela série The Handmaid's Tale, é um livro escrito por Margaret Atwood e publicado pela Editora Rocco e que vai abordar muitas questões políticas e sobre a luta da mulher.

Mundo distópico bem próximo da realidade.
Em O Conto da Aia, nós vamos ter uma visão de uma sociedade anulada por uma revolução teocrática do século XXI, ou seja, é ambientada em um cenário onde as mulheres são vítimas de opressão, tornando-se propriedade do governo.

As leis impostas em Gilead, cidade apresentada na obra, são baseadas no antigo testamento e todos os indivíduos vivem sob repressão e perderam os direitos fundamentais, principalmente a minoria, como as mulheres.

Aia vive na casa de um Comandante do regime teocrático. Ela é uma mulher fértil e que serve apenas para procriar. As "não mulheres", como são chamadas aquelas que são inférteis, adúlteras, viúvas e feministas, são levadas para as "colônias" e vivem em um trabalho forçado.

Uma sensação de enjoo, dor e luta.
Eu queria citar inúmeras coisas que acontecem ao longo da trama, mas O Conto da Aia é aquele livro com um universo distópico, mas que apresenta uma grande realidade: mulheres que são vítimas de opressão.

Então, devo dizer que a leitura não é fácil. Em muitos momentos eu tive que parar, respirar, deixar um pouco de lado e intercalar com outra obra, pois o livro apresenta muitas questões impactantes e até mesmo cenas enojadoras.

É impossível não refletir sobre tudo o que é apresentado. Homens no poder, acreditando que mulheres não servem para nada além de procriar; Mulheres sendo caladas simplesmente por serem mulheres; Mulheres sendo "descartadas como lixo" por serem viúvas e inférteis, por exemplo.A Margaret Atwood soube como apresentar tudo de uma forma que causasse um impacto na vida do leitor. Um livro escrito em 1985, mas que demonstra tantas coisas da nossa atualidade e fica difícil não questionar se estamos lendo realmente uma ficção.

Sabe, apesar de ser uma distopia, o quanto esse livro mostra uma realidade da qual enfrentamos todos os dias? É algo que, muitas vezes, pode passar despercebido aos olhos de muitos, mas está ali. Basta analisar o mundo ao redor.

Apesar de em alguns momentos me sentir confusa com a leitura, achei a abordagem do livro sensacional e necessária. É aquele livro que precisa ser lido com atenção e não de uma única vez. É necessário refletir, analisar as situações e ganhar força para continuar.

O final do livro deixou alguns questionamentos. O que realmente aconteceu após a porta da van fechar? Isso levou inúmeras perguntas e estou curiosa para entender algumas lacunas em "Os Testamentos" - segundo livro.

O Conto de Aia é uma obra política e que vai te proporcionar inúmeras sensações, emoções e repulsa, mas que vale a pena conhecer.

site: https://www.psamoleitura.com/2020/07/resenha-o-conto-da-aia.html

Marix 17/11/2020

O livro é bom, nos impacta de diferentes maneiras. Leitura obrigatória para ambos os sexos.
Mas a série é melhor.

Fernanda 11/01/2022

O Conto da Aia - Margaret Atwood (Editora Rocco)
Resenha de "O Conto da Aia" disponível no blog:

https://modoliterario.blogspot.com/2022/01/resenha-o-conto-da-aia-margareth-atwood.html

site: https://modoliterario.blogspot.com/2022/01/resenha-o-conto-da-aia-margareth-atwood.html

Gabriela 15/09/2020

Muito bom, mas...
O livro em si é muito bom, ela tem uma narrativa maravilhosa que junto com uma história boa faz com a gente devore o livro, porém a história poderia ser mais investigada e ter muito mais drama e momentos de tirar o fôlego, mesmo assim é uma leitura marcante.

Juliana 27/09/2021

Esse é um livro que faz a pessoa refletir bastante. É triste ler e sentir medo e receio de uma realidade assim por acontecer, porque pode. Muito impactante.

Emillyn5 09/08/2021

Esse livro é INCRÍVEL, assim que comecei a ler eu já sabia que seria uma leitura que demandaria mais tempo e foco, mas que valeria a pena. E realmente valeu. O livro é extremamente bem escrito e essencial em suas reflexões, porém não deixa de ser assustador.

Eu não sei como outras mulheres se sentiram durante a leitura, mas eu me senti extremamente incomodada e impotente. E o mais assustador de tudo é que não é uma realidade impossível de acontecer sabe? É uma distopia que facilmente e infelizmente poderia ser real.

Nós já vivemos em uma realidade onde muitas de nós são diminuídas e inferiorizadas diariamente. Mas imaginem viver em um mundo totalitário teocrático em que o sistema distorcese diversas passagens - no caso bíblicas - e as usasse como forma de justificar o abuso sexual e psicológico? Perder todos os direitos - que ainda estamos conquistando - e ter a dignidade reduzida à nada?! Sinceramente, não consigo nem descrever como foi agonizante e enfurecedor ler alguns trechos.

No entanto, é uma leitura necessária que aborda não só a distopia religiosa, mas também a de gênero, e como uma boa distopia, sua principal função é nos deixar desconfortáveis. Os mundos distópicos são críticas à sociedade atual e aos seus problemas. Por isso é um dos meus gêneros favoritos, as reflexões que são geradas no decorrer da leitura valem como advertências.

Tudo que eu posso dizer é que o hype é merecidíssimo! Pretendo assistir a adaptação que dizem ser bem fiel à obra. Espero gostar da série tanto quanto gostei do livro. Enfim... QUE HISTÓRIA MEUS AMIGOS!

Carolina.Gomes 01/06/2022

O labirinto da Aia
Tendo em mente que um Labirinto é um emaranhado de caminhos de difícil saída, que outra analogia eu poderia encontrar para melhor traduzir a minha experiência com a leitura de O conto da Aia?

Comecei achando lento e confuso, mas prossegui a leitura, imaginando que, em algum momento a coisa fosse engrenar. Que nada! Quanto mais eu lia, menos eu entendia e mais perdida eu me sentia. E não havia fio de Ariadne que me auxiliasse na empreitada. Realmente não sei em que parte do livro estão as ideias inspiradoras para tantas resenhas elogiosas. Da série? Talvez.

A personagem principal é completamente apática, não tem o mínimo de carisma. Não me despertou a mais ínfima empatia. A narrativa é extremamente fragmentada e confusa, cheia de flash backs e eu ficava sem saber se personagem estava falando do presente ou do passado. O recurso seria interessante se a autora soubesse usar. Não é o caso.

Não consegui imaginar Gilead nem seus personagens, embora tenha me empenhado avidamente. Eu esperava que Atwood descrevesse melhor seu universo imaginário e suas personagens.

Eu juro que queria ter gostado desse livro, mas a realidade é que seu desenrolar é extremamente enfadonho. Perdi as contas de quantas vezes caí no sono. Confesso que lia dois capítulos e pensava: quanto falta para acabar?

A premissa do livro é boa mas foi mal desenvolvida. Para mim que sou fã do Admirável Mundo Novo, de Huxley, fica difícil classificar esse livro como uma boa distopia.

Na vã tentativa de fazer as pazes com o livro, fui assistir alguns vídeos no youtube. Eis que me deparo com a resenha de uma booktuber que começa assim: Não desistam! Parece confuso, no início, mas melhora. KKKK mentira! Não caiam nessa. É confuso do início ao fim.