Memórias póstumas de Brás Cubas

Memórias póstumas de Brás Cubas Machado de Assis...




Resenhas - Memórias Póstumas de Brás Cubas


3634 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Márcia Rogel 09/06/2024

Viva Machado
Amo desde a dedicatória ao verme. Texto genial. Viva Machado. Li na adolescência e já me encantei. É uma interessante reflexão.
comentários(0)comente



@srta.bookstan 09/06/2024

Só li pq viralizou
Enrolei muito para ler essa obra, estava há muito tempo na minha lista para ler e já recebi algumas indicações. E como recentemente, mais uma vez, viralizou na gringa e diversas pessoas começou a falar sobre, resolvi por fim ler.


Esse foi o livro mais difícil que li na vida, de início achei a escrita muito complexa, e exigiu muita concentração, teve partes que li e reli e voltei para ler de novo (kkkkk). Para entende melhor as reflexões. Mas depois de um ponto, ao decorrer da trama que acaba fluindo. Mudei de edição também, para uma que contém notas de roda pé, assim facilitando a minha experiência com a leitura, pude entender melhor as referências, significado de palavras e contexto.


Como citei acima, chega uma parte que flui demais e acabei ficando envolvida com a história, foi uma experiência incrível, e amei conhecer mais um pouco da escrita de Machado de Assis, aonde percebi o quanto ele é irônico, sarcástico, o quanto sua escrita é melancólica, a genialidade de expor suas críticas a sociedade, e o quanto ele brinca com o leitor, trazendo essa pitada de humor. Simplesmente amei.
comentários(0)comente



brunadaguarda 08/06/2024

Mais uma experiência incrível com Machado de Assis
Estava muito curiosa para ler esse livro e conhecer a história de Brás Cubas, porque da genialidade do Machado de Assis eu não duvidava. Esse foi um livro que demorei pra terminar, porque a leitura não foi tão rápida e fluída, mas com certeza o que me fez não desistir da leitura é o sarcasmo que o autor utiliza durante toda a história. Sarcasmo esse, que ele utilizou até pra atingir o meu comentário anterior, prevendo o que os leitores iam achar do livro.

"Porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e livro anda devagar; tu amas a narração direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham ameaçam o céu, escorregam e caem..."

O livro se passa no século XIX, narrado por Brás Cubas, que não é um autor defunto, é um defunto autor. Ou seja, ele escreveu o livro depois de morto, porque estava muito entediante lá ? não sabemos se é céu ou inferno, ele não fala nada sobre isso. Gosto bastante da objetividade do livro, os capítulos são curtos e vai logo ao ponto, apesar de que a história não é nem um pouco linear. Ele começa falando sobre a morte dele, sobre alguns delírios, fala sobre a infância, e assim fica alternando o tempo, criando uma história fragmentada.

Um dos recursos utilizados por Machado de Assis nesse livro é a metalinguagem, algo que eu gosto muito, está presente em Dom Casmurro também. Com esse recurso Brás Cubas interage o tempo inteiro com o leitor, fala sobre a escrita dele em alguns capítulos, avisando que vai ser inútil ler, haha! "Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade."

Assim dá pra ver como ele é irônico o tempo inteiro, até nas críticas. Por exemplo, ele fala que é de uma família burguesa, mas faz muita crítica aos burgueses da época, sempre de forma irônica. No final do livro ele até fala "verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar pão com o suor do meu rosto", isso porque ele cita antes, tudo que ele não conseguiu ser em vida, não terminou sua pesquisa sobre o emplasto, não foi ministro, califa, nem casou.

Brás Cubas fala o livro inteiro em como ele foi medíocre em tudo que fez ou tentou fazer. Uma frase muito legal, que me inspirou bastante inclusive, foi: "A universidade esperava-me com as suas matérias árduas; estudei-as muito mediocremente, e nem por isso perdi o grau de bacharel", simplesmente gênio, haha.

Dá pra perceber também que Brás Cubas é bem 'frio', isso porque ele não tem um sentimentalismo por nada, ele não acredita na humanidade. O ceticismo dele é tão grande que a dedicatória do livro não é a nenhuma pessoa, é ao verme que roeu a carne do corpo dele. No final do livro ele também fala "não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria", o que mais uma vez mostra que ele não acreditava na humanidade. Ele não tem sentimentalismo nem nas suas relações 'amorosas', todos terminaram de um jeito frívolo. "Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos", é um exemplo disso.

No momento do delírio dele, logo no início do livro, eu gostei muito da forma que ele trouxe a Natureza como personagem, foi muito forte e muito real. Fiz alguns cortes na fala pra não colar o diálogo inteiro, mas esse pra mim é um dos melhores diálogos do livro:

"? Chama-me Natureza ou Pandora; sou tua mãe e tua inimiga.
? A Natureza que eu conheço é só mãe e não inimiga; não faz da vida um flagelo, nem, como tu, traz esse rosto indiferente, como sepulcro. E por que Pandora?
? Porque levo na minha bolsa os bens e os males, e o maior de todos, a esperança, consolação dos homens. Tremes?
? Sim; o teu olhar fascina-me.
? Creio; eu não sou somente a vida; sou também a morte, e tu estás prestes a devolver-me o que te emprestei... Que mais queres tu, sublime idiota?
? Viver somente, não te peço mais nada. Quem me pôs no coração este amor da vida, se não tu? E, se eu amo a vida, por que te hás de golpear a ti mesma, matando-me?
? Porque já não preciso de ti."

Nesse livro também cita o Quincas Borba, e eu descobri que o outro livro de Machado de Assis que chama Quincas Borba é um spin off de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Eu gostei bastante do livro, apesar de não ter achado fácil de ler, porque não tenho costume de ler clássicos. Então eu indico para as pessoas que estão na mesma situação que eu ? a curiosidade. Porque acredito que quem gosta de ler clássicos com certeza já leu esse, que foi um marco do realismo brasileiro. E quem não gosta de ler clássicos, nem tenta, porque quem eu ver falando mal desse livro não vou gostar!!
comentários(0)comente



brunadaguarda 08/06/2024

Muito bom
Foi muito bom ter utilizado o audiobook como recurso para me ajudar a ler o livro, enquanto escutava ia acompanhando o texto no kindle. Estou gostando bastante de fazer isso!
comentários(0)comente



Fabi 08/06/2024

Não fique com medo dessa leitura, esse livro é simplesmente uma das melhores coisas que você vai ler!

Muito bem humorado e te deixa 1000x mais culto de tanta referência que o machadão coloca! O homem era o bruxo mesmo.

E que final? Eu que estava me divertindo e dando boas risadas durante o livro todo, me arrepiei e fui arrematada por esse fechamento!

Ansiosa para continuar o MCU: Machado Cinematic Universe com Quincas Borba! Kkkkkk
comentários(0)comente



Thalita Teixeira 08/06/2024

Obra muito bem escrita, um clássico. Para quem nunca leu Machado De Assis, recomendo começar por esse livro. Leitura rápida, com capítulos curtos.
comentários(0)comente



ArtyEPinguyn 07/06/2024

Foi minha primeira vez lendo Machado de Assis e confesso que fui procurar opiniões no YouTube sobre o livro haha
Apesar de ser um livro fora da minha zona de conforto, me senti confortável enquanto estava lendo ele. Com toda certeza sinto que posso não ter pegado toda a profundeza dele, mas foi uma ótima primeira experiência com literatura brasileira.
comentários(0)comente



Leticia.Boldo 07/06/2024

Memórias póstumas de Brás Cubas
Acho que é bom começar a descrever o livro pela dedicatória "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas", com essa frase se dá ideia que o narrador é mesmo Brás Cubas e não Machado de Assis.

Esse livro foi escrito por Machado de Assis em 1881, até onde pesquisei, e sinto que ele deu vida a um personagem tao vivo, dando um legado ao Brás Cubas, um personagem que de tantas aventuras e amores, partiu.

Não foi uma leitura fácil, mas valeu a pena.
comentários(0)comente



Luiz 07/06/2024

Machado de Assis, o primeiro debochado
Comumente falo sobre minhas impressões sobre a leitura mas dessa vez vou deixá-la fazer o trabalho por si só:

[?] Ora bem, há em todos nós um maníaco de Atenas; e quem jurar que não possuiu alguma vez, mentalmente, dous ou três patachos, pelo menos, pode crer que jura falso.

[?] Por que é que uma mulher bonita olha muitas vezes para o espelho, senão porque se acha bonita, e porque isso lhe dá certa superioridade sobre uma multidão de outras mulheres menos bonitas ou absolutamente feias? A consciência é a mesma cousa; remira-se a miúdo, quando se acha bela.

[?] Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.
comentários(0)comente



Alysson.Bezerra 07/06/2024

Mais um elogio
A minha resenha de Memórias Póstumas de Brás Cubas possivelmente ficará perdida dentre tantas que certamente conseguirão tecer elogios melhores. Contudo, uma vez terminada a leitura, é justo gastar alguns instantes para honrar a memória dos autores, o defunto autor (Brás Cubas) e o autor defunto (Machado de Assis).

Se em sua origem o livro era interessante pela sua narrativa e crítica social, o passar dos anos fez com que ele atingisse ainda o posto de documento histórico. O retrato de um Rio de Janeiro dominado por uma elite superficial e decadente é tão interessante quanto atual.

Para alguns a linguagem pode parecer um bocado rebuscada e as referências talvez sejam antiquadas. Mas para os mais curiosos, o livro consegue ensinar bastante. Fico feliz de tê-lo lido.
comentários(0)comente



Bruna.Oliveira 07/06/2024

Amo Machado, mas minha irmã me apresentou esse e eu fiquei abismada com essa obra. Amo cada linha desse livro.
comentários(0)comente



Suh 07/06/2024

Então...
Estava querendo ocupar meu tempo pra ficar longe do celular, fui a biblioteca pública da minha cidade e ja que estava todo mundo falando desse livro , resolvi dar uma chance , ja que nunca o tinha lido no ensino médio...e que bom que não o fiz. Duvido muito que com 15 anos eu ia compreender nem metade das contemplações que Brás faz no livro, ele usa de muitas metáforas e referências pra passar sua mensagem , as metáforas eu compreendi quase todas (acho que a idade ajudou ), mas ja as referências ...essas são condizentes com a literatura da época e mesmo com as notas de rodapé , criar uma linha de interpretação ficou meio entrucado. Porém acho que daqui a alguns anos vou reler e ter novas interpretações.
Uma observação pessoal: sei que temos que levar a literatura brasileira para nossas escolas , mas se vc pegar um jovem, que nunca foi insentivado a ler e lhe entregar um livro como esse ,acho que dificilmente tomaria gosto pela leitura.
comentários(0)comente



Sandrað· 06/06/2024

Dispensa comentários
Memórias póstumas dispensa comentários. Eu já tinha lido há muitos anos atrás mas com o comentário da estrangeira elogiando o livro trazendo nova visibilidade ao livro, resolvi reler e a releitura foi uma experiência incrível. Aliás, Machado de Assis é incrível!!! Só leiam Brás Cubas! Só leiam Machado de Assis! ?
comentários(0)comente



Igor.Banin 06/06/2024

Bom
Uma coletânea de pequenos capítulos com rasgos geniais. A literatura do século XIX geralmente não me atrai, mas reconheço a genialidade.
comentários(0)comente



Felipe | @fe.ituras 06/06/2024

Foi a terceira leitura que fiz de Machado de Assis, mas o primeiro romance que li. O modo como o autor ignora os padrões da época e cria um protagonista que narra sua história após a morte, quebrando as regras dos romances estabelecidos, é transformador.

O capítulo VII é o ponto alto da genialidade de Machado de Assis. Um delírio onírico narrado por Brás Cubas que demonstra toda a incrível capacidade de escrita do autor. O sarcasmo e a falta de filtros com que Brás conta sua história complementam essa malícia.

Apesar de tudo isso, em diversos momentos, me senti perdido e distante do protagonista. Alguns devaneios me distanciaram dele e exigiram certo esforço para permanecer preso à história. No entanto, trata-se de uma obra inteligente e sagaz, um clássico da nossa literatura que vale a pena ser lido.
comentários(0)comente



3634 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR