Canção de Ninar

Canção de Ninar Leïla Slimani




Resenhas - Canção de Ninar


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Marina 08/08/2021

A complexidade das relações de afeto e cuidado
A tragédia do livro é apresentada na primeira frase, anunciando a morte de uma criança. A partir daí, um retorno ao início da história de como as relações familiares e sociais de um casal, duas crianças e a impecável babá se construíram e se destruíram para culminar nesse desfecho trágico.
M. D'us Escritor 08/08/2021minha estante
Oi, gosta de livros de fantasia? É que escrevi um livro maravilhoso, O Rei das Docas, se quiser posso lhe falar um pouco sobre ele. ???

Meu insta: @m.dus_escritor




Belle 16/08/2018

Desde a primeira linha sabemos do assassinato das duas crianças por parte da babá. No decorrer da história acompanhamos a estranha relação de dependência que se estabelece entre a família e a babá, dos meses perfeitos às pequenas frustrações que vão culminar na tragédia.
O livro discute o papel da maternidade, as relações culturais e de classe entre imigrantes na Europa. Apesar de, no início, termos a impressão de se tratar de um livro policial a autora dá maior enfoque na problemática relação entre mulheres de classes distintas, a dependência e o desprezo da classe média e alta pela vida e sentimentos das mulheres que criam seus filhos enquanto elas constroem suas carreiras.
A tensão do livro é constante e ele propicia uma grande reflexão nos temas abordados.

site: https://www.instagram.com/p/BmifBZun52F/?taken-by=jubiloememoria
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AmAlia51 16/10/2018

Decepcionante!
Sinceramente? Não sei nem o que escrever. Quando a gente começa a ler, já sabe que não vai haver grandes surpresas... ou pelo menos pressupõe que já pegou o cerne das relações e onde vai dar. Porém, eu fiquei com aquela sensação de que algo estava para acontecer, além da angústia, claro. E aí eu me frustrei...
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RFurquim 18/10/2018

Um livro angustiante
Uma babá mata duas crianças e depois tenta se matar. A partir disso o leitor é envolvido na ânsia de descobrir o porquê desse acontecimento tão tenebroso! Para isso precisa-se conhecer história de Louise, a babá, sua relação com as pessoas, seu amor pela família para a qual ela trabalha, se dedica e entega toda sua felicidade e esperança. E então quando essa felicidade começa a ruir, Louise nao consegue lidar com a sua realidade fracassada, solitária e dependente. E a partir desse momento, ela revela o seu lado sombrio. O livro apresenta a mecânica da sociedade atual na França, mas que se encaixa perfeitamente ao Brasil. As mães desesperadas por uma ?liberdade? através do trabalho, que as escraviza perante a culpa em largar seus filhos. A relação do casal depois dos filhos. A relação das babás com suas empregadoras e da vida dupla de ambas, no trabalho e na vida pessoal. A vida pessoal da mãe é a mesma vida de trabalho da babá, que, por sua ve, tem a sua vida pessoal desconhecida pela sua empregadora. Na vida dessa família esse limite foi ultrapassado e o resultado está logo na primeira página do livro.
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Eliz/@nossaliteratura 07/10/2018

Canção de Ninar conquistou o Prêmio Goncourt e foi o livro mais lido na França em 2016.
Com todo o seu poder atrativo da narração, desde a primeira página, em sua primeira frase: “o bebê está morto”, tomamos conhecimento que este não será um livro fácil. Difícil também é a decisão de largá-lo, a vontade é de seguir lendo sem interrupções até descobrir porque esse mal terrível caiu sobre aquela casa, porque duas crianças são mortas e em quais circunstâncias.

Entramos na vida de mulheres que, ao seu modo, tentam recuperar seu espaço na sociedade, sejam ricas ou pobres, sentimos a luta diária necessária para se desvencilharem das amarras de uma sociedade de oprime, que cobra uma maternidade perfeita e exige que sejam receptáculos silenciosos de problemas e doadoras singelas de afeto, educação e boa criação. São questões sociais de mundo, mas que atingem o nosso pessoal individual.

Conhecemos os pais, Myriam e Paul, e os filhos, Mila e Adam. Uma família parisiense de classe média que busca melhorar de vida, mesmo que para isso tenham que entregar a educação dos filhos para outra pessoa. Quando a mãe decide sair de casa e voltar a trabalhar, a família inicia a busca por uma babá, e encontram Louise, fortemente elogiada, eles sentem que fizeram uma boa escolha.

Em alguns pontos do livro senti cansaço pela descrição da rotina da família, tudo para conhecermos a perfeição da babá e o completo desequilíbrio familiar. Nesta balança um peso pendeu e algo se rompeu, e em cada frase bem cuidada descobrimos os motivos da quebra, como um estalo que nos desperta, para mostrar que a leitura de um livro não é a busca incessante pelo seu desfecho, mas a emoção de avançar cada página e viver realmente o desenvolver de cada personagem.

Grifo: "Ela se contentaria em observá-los viver, em agir na sombra para que tudo ficasse perfeito, para que a máquina nunca parasse de funcionar. Nesse momento ela tem a convicção íntima, a convicção ardente e dolorosa de que a sua felicidade pertence a eles. Que ela é deles, e eles são dela”.

site: https://nossaliteratura.wordpress.com/2018/08/24/resenha-cancao-de-ninar-de-leila-slimani/
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Lu 05/10/2018

Impactante e Frustrante!
Na primeira página vc já é apresentado ao grande plot da história, o que te faz querer entender o que aconteceu? Tudo é relatado de forma eloquente e detalhista, e isso te faz pensar em teorias, despertando no leitor um instinto investigador.
Porém, se vc espera compreender o motivo pra tudo o que houve, vc ficará frustrado, como eu. Pois, trata-se de um relato, bem realista, mas sem afirmações sobre nenhuma das possibilidades de conclusão do leitor.
Mas apesar dessa minha pequena frustração, a experiência com essa leitura foi válida e eu recomendo.
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Ca Agulhari @literario_universo 31/05/2018

Perturbador!
Quem cuida dos seus filhos quando você não está olhando?

Em Canção de Ninar, você conhece Myriam e Paul, um casal que tem dois filhos, o homem trabalha fora e a mulher abandonou a carreira pra cuidar dos filhos. Mas isso a faz infeliz. Após convencer o marido de que precisa ter sua vida de volta, Myriam e Paul saem à caça da babá perfeita. É aí que a história começa. Louise parece ter caído do céu, se encaixa perfeitamente à família e transforma a vida de todos em um conto de fadas.

Esse livro me levou ao limite: como mãe que abdicou da vida profissional pra ficar com o filho, a maneira como somos responsabilizadas pelo que acontece com nossos filhos é cruel. Cabe à nós toda a culpa? Quando a mulher poderá ser mulher além de ser mãe? Existe uma frase que vocês encontrarão no livro que me deu raiva: "Se você é mãe e não importa a mãe que você imagina ser, depois de ler Slimani, saberá que tipo de mãe você é de verdade." Porra que palhaçada é essa? O que isso quer dizer afinal? Que uma boa mãe jamais deixaria seu filho com uma babá? Que uma boa mãe deixaria? Eu ainda tô engasgada com essa frase.

Você consegue sentir o que Paul sente. O que Myriam sente. O que Adam e Mila sentem. O que Louise sente. E isso é o que mais dá medo. A narrativa é incomum, logo no primeiro capítulo vocês entenderão porque. É aquele tipo de livro que é o desenvolvimento que dá o tom, não o desfecho. Senti falta de algo mais? Senti. Mas tenho medo do que eu poderia ler na próxima página. Me corrijam se eu estiver errada mas acho que esse livro foi baseado em fatos reais. Aí meu estômago embrulha.
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Cris Corradi 05/09/2018

Canção de ninar
Adorei o livro. Exato nas "entrelinhas", seu final já revela-se no início e a narrativa se estende de forma sutil sobre os segredos que cada mente humana insiste em não mostrar. O perigo das relações, de estarmos muito próximos de pessoas que introduzimos em nossas vidas sem tempo e cuidados para observá-las mais profundamente, principalmente quando se trata daquela que é responsável pelos cuidados de nossos filhos. Escrita sem firulas. Recomendo.
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Priscila (@priafonsinha) 10/06/2018

Um livro "assim assim"
Em cima de uma história real que aconteceu em Nova Iorque no ano de 2012, onde uma babá matou duas crianças e tentou se matar (há duas semanas aconteceu seu julgamento e foi declarada prisão perpétua), Leila inicia seu romance da mesma forma, duas crianças e uma babá mortas. 

Esse livro venceu o prêmio Goncourt 2016, mas ele é muito mais do que um esperado "romance policial". É uma critica a nossa vida contemporânea, naquilo que diz respeito à pressão que se coloca sobre a mulher : "se dedicar aos filhos ou se dedicar a vida profissional?'' Culpas e medos em abdicar e optar por uma só escolha. Também aborda o tema "solidão" com o lado da babá, do qual acabamos tendo um pouco de "solidariedade" pela vida que levava. 

Uma boa leitura para essas reflexões, já num contexto geral é um livro empolgante de inicio e vai esvaindo com o decorrer, e com um fim "assim assim"...
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Pandora 13/08/2018

Quando li a sinopse do livro, imediatamente me lembrei do caso Yoselyn Ortega. Depois li numa reportagem que a autora estava escrevendo um livro sobre babás quando o crime aconteceu e ela decidiu mudar o rumo de sua história.

Crimes de grande repercussão sempre nos levam à mesma questão: por quê? Mas aqui, como no famoso caso real, esta pergunta talvez não possa ser respondida. Ao invés disso, Slimani constrói uma narrativa sem julgamentos, clara, escrita sem excessos, levantando questões como: desigualdade social, solidão, instabilidade emocional, imigração, poderes delegados.

A babá é maravilhosa quando toma para si tudo o que os Massé não querem ou não têm tempo e paciência para lidar: afazeres domésticos, alimentação caseira, cuidado com os filhos. Ela é a fada que torna o lar agradável, que permite que aqueles pais cansados possam ir atrás de suas realizações pessoais, suas ambições profissionais, que possam ser pessoas independentes apesar do fato de terem filhos. A babá é horrível quando age como se a casa fosse sua, impõe regras, desrespeita as dos patrões, invade espaços, dá palpites, orbita o tempo todo naquela casa. Ela é a presença necessária e incomôda. O acessório indispensável que não tem vida própria.

A narrativa é muito boa; o final talvez um pouco corrido. Apesar de não haver respostas, talvez uma reconstituição mais minuciosa do fatídico dia suscitasse mais questionamentos, mais debates; mais dúvidas, talvez? Acho que teria sido interessante.
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Ianna 17/04/2018

Desde as primeiras páginas o livro causa espasmos de desconforto. Não tem clemência.
Myrian é uma advogada que anestesiou o sonho da carreira promissora pelo enternecimento de criar os dois filhos. Ocorre que, cansada da dinâmica triturante do lar, decide retomar a vida profissional. Daí então, inicia com Paul, seu esposo, uma minuciosa caçada à babá ideal. Na busca encontram Louise, de quem gostam imediatamente. A babá era mesmo uma "fada". Ou será que não?
O livro te atira a tragédia na cara e, uma vez desenrolado, o fio da curiosidade vai te oprimir até o fim. A linguagem é simples, sem frases muito rebuscadas. Traz reflexões interessantes sobre a maternidade e sobre a relação das famílias com suas babás. Sobre a forma como os empregadores, apesar da íntima convivência diária com suas empregadas domésticas, ignoram que elas têm um corpo que cansa, doenças, sua própria família e problemas que dela decorrem. É uma pancada.
É cortante passear pela consciência de Louise, Myriam e Paul e se envergonhar, ora por se identificar com eles, ora por se dar conta de ignorar a sua realidade.
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💭"Também foi preciso salvar a outra. Com o mesmo profissionalismo, com objetividade. Ela não soube morrer. Ela só soube provocar a morte."
💭"Sua mulher parecia se encontrar nessa maternidade animal. Essa vida de casulo, longe do mundo e dos outros, os protegia de tudo."
💭"Paul e Myrian são seduzidos por Louise, por seus traços lisos, seu sorriso franco, seus lábios que não tremem. Ela parece imperturbável. Tem o olhar de uma mulher que pode compreender e perdoar tudo. Seu rosto é como um mar calmo, de cujos abismos ninguém pode suspeitar."
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site: https://www.instagram.com/p/BhU701Jn28Q/?hl=pt-br&taken-by=relicarioemdescompasso
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cy_livros.filmes.etc 07/10/2018

Canção de Ninar, de Leila Slimani, Editora Tusquets
O livro conta a história do casal Myriam e Paul, de seus filhos Mila e Adam e da babá Louise. Nas primeiras frases a surpresa, o choque: ?O bebê está morto. ? A menina, por sua vez, ainda estava viva quando o socorro chegou. ? Adam está morto. Mila não vai resistir.? A babá que tentou se matar, está em coma. A partir daí a autora vai reconstituir os fatos que levaram estas pessoas a este triste desfecho.

Parece um livro policial, sobre crime, mas não é. Aos poucos vamos vendo questões muito complexas como por exemplo o dilema das mulheres de hoje sobre criar filhos x trabalhar, a hipocrisia que às vezes existe nas relações entre patrão e empregadas domésticas e os preconceitos em relação à culturas diferentes e aos imigrantes.

Há algum tempo as mulheres eram educadas e preparadas para se casar, cuidar da casa e dos filhos. Felizmente algumas coisas mudaram, mas a sociedade ainda cobra da mulher esta obrigação com a maternidade. Há mulheres que simplesmente não nasceram para exercer o papel de mãe. Myriam talvez seja uma delas. No começo da maternidade não quer nem pensar em deixar os filhos com uma babá. Aos poucos, vai se entediando, se amargurando, se arrependendo. Quando surge a chance de voltar a trabalhar agarra-se a ela e começa a procurar uma babá. O marido, omisso na criação dos filhos, a princípio não quer saber de babá, mas acostuma-se rapidamente à vida aparentemente perfeita que Louise lhes proporciona. Ao invés de ficarem atentos e verem com cautela a dependência que têm de Louise, os dois se acomodam com a situação, inclusive explorando-a, já que ela faz todo o trabalho doméstico da casa e não só o de babá para o qual foi contratada. O casal, muito satisfeito, passa a transmitir aquela falsa impressão de que a babá é um membro da família. Primeiro a convidam para jantar com seus amigos, depois decidem levá-la para a Grécia nas férias.

Louise teve um péssimo marido que ao morrer só lhe deixou dívidas e uma filha que ela rejeita por ser fisicamente muito diferente dela e não dar valor às coisas que a mãe tanto preza.Para fugir desta vida ruim, Louise, cada vez mais encantada com sua nova condição, quer ficar para sempre com esta família, sem ter que voltar para seu detestável apartamento. Quer viajar novamente com eles e ser feliz. Para isso precisa se tornar necessária, indispensável. Assim, busca obsessivamente a perfeição.Torna-se dominadora, como se fosse a verdadeira dona da casa, o que faz com que Paul e Myriam comecem a vê-la com outros olhos e enxergar seus defeitos.

Eu vi comentários sobre este livro e algumas pessoas se queixam do final. A princípio achei meio abrupto, mas depois percebi que não podia haver uma justificativa para o crime. A pessoa que está investigando o caso afirma conhecer Louise, nós também a conhecemos no decorrer da história. É uma mulher maltratada pela vida, sofrendo algum distúrbio mental que não foi devidamente tratado (outra crítica sutil que a autora faz). E o motivo também nos é apresentado. Na sua cabeça perturbada, Louise acha que se Paul e Myriam tiverem outro filho ela poderá continuar com eles. Para isso precisa se livrar das crianças, que na sua opinião atrapalham. Claro que isso não é o que motiva seu ato, é algo que passa por sua cabeça, mas motivo mesmo nunca ninguém encontrará. Enfim, Canção de Ninar é um livro triste, angustiante, com um caso que infelizmente pode acontecer, como já aconteceu (a autora pode ter se inspirado em um caso ocorrido em Nova York), mas ainda assim vale a pena ser lido, porque levanta importantes questões sociais.
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