Expedicionário Literário 29/05/2024
Que as suas velas nunca se apaguem!
Essa obra explora o horror e o misticismo em um cenário brasileiro. Bonifácio, o protagonista, nasce com o dom de curar as pessoas, e sua cidade natal prospera graças a isso. No entanto, essa prosperidade é ameaçada quando um padre charlatão e ganancioso assume a igreja local. Sob a influência desse religioso, Bonifácio é levado a usar seus dons além de seus limites, resultando na construção de uma igreja mais maldita do que santa. Esse abuso desperta um mal terrível que amaldiçoa a cidade, colocando em risco a vida de todos os primogênitos na ausência de luz.
A partir desse momento, os moradores fogem para os arredores e fundam Nova Jaguaruara. No entanto, mesmo distantes do local amaldiçoado, a nova cidade enfrenta momentos de total escuridão à meia-noite, durante um minuto, e pessoas desaparecem ocasionalmente. A história ganha um novo rumo quando um grupo chega à cidade para analisar a viabilidade da energia eólica. Esses novos personagens se veem presos em um conto de horror, enfrentando muito terror e derramamento de sangue, até que, ao custo de algumas vidas, conseguem pôr fim à maldição.
Achei o livro interessante, especialmente por seu clima de mistério e terror que lembra aquelas histórias folclóricas do interior, que ninguém acredita mas também não quer pagar para ver. A narrativa desperta um pouco de medo, mas confesso que tive dificuldade em me empolgar no início. A história se passa em diferentes momentos e com personagens diversos, que inicialmente parecem desconectados. Isso pode tornar a leitura desafiadora para quem busca uma trama mais linear e coesa.