Jogo de cena em Bolzano

Jogo de cena em Bolzano Sándor Márai




Resenhas - Jogo de Cena em Bolzano


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Fabiana 26/04/2020

Excruciante
Capítulos longos para dizer pouco. Parágrafos que se repetem num looping eterno, como se fosse necessário várias formas de dizer o mesmo.
Sem emoção, sem prender o leitor.
Uma das leituras mais difíceis de concluir.
Enorme alívio por ter acabado e a certeza de nunca retomar.
Infelizmente foi meu primeiro contato com o autor e não deixou boa lembrança.
Rose 26/04/2020minha estante
Quero ler. O primeiro livro dele que li foi "as brasas" e adorei.


Fabiana 26/04/2020minha estante
Rose sempre ouvi falar de As Brasas, mas comecei por esse. Talvez a escolha errada para o primeiro contato.
Levei 2 semanas para empurrar 247 páginas, que eu devoraria em 4-5 dias.
Acho que dificilmente retomarei o autor...


Rose 26/04/2020minha estante
Ahh isso acontece comigo às vezes. Tem livro que não flui. Mas leia as brasas. É ótimo e irá tirar essa sua impressão ruim sobre o autor.


Fabiana 08/05/2020minha estante
Obrigada pela dica!


Rose 09/05/2020minha estante
??




Mateus com h 19/03/2020

Manuseie com cautela
Este livro é uma carta de amor.
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Mario Miranda 24/03/2019

Um Mestre dos Diálogos
Giacomo Casanova é um sedutor nato, típico de livros de Romance quaisquer. Mas o trabalho que Sandor Márai tem em desenvolver a obra em nada se assemelha àqueles antigos romances de bancas de jornal que tanto fizeram sucesso pelo Brasil. Tal qual outras obras do autor - notadamente em As Brasas - Márai utiliza-se de longos parágrafos para apresentar as ideias e discursos dos personagens, em algo que em muito se assemelha ao Fluxo de Consciência de um William Faulkner ou Virginia Woolf sem entretanto abusar do realismo literário destes ao descrever os pensamentos dos personagens.

Casanova, após ficar preso por 16 meses, retorna à sociedade fugindo de Veneza para Bolzano - com um destino duvidoso podendo ser Alemanha ou França seus próximos destinos - aonde deparar-se-á com o Conde de Parma, com quem duelou anos antes, e com sua Esposa, razão pelo duelo de ambos. Apesar de um início supostamente frívolo, sem grandes expectativas, o livro torna-se interesse a partir do momento em que Casanova encontra primeiro com ele, depois ela.

Envolvido em uma transação comercial, onde o Conde de Parma solicita ao seu rival que este passe uma noite com sua esposa, em troca receberia dinheiro e passe livre pela Corte Francesa, ambos são surpreendidos pela malícia e astúcia da Duquesa de Parma, que resignada a jamais conceber o seu amor com Casanova, o trata de maneira contundente após ter visto o seu amor ser tratado como baixo, humilhado, digno de uma jogatina entre dois homens que decidiam os seus sentimentos sem a sua presença.

Com a mesma qualidade de As Brasas, o livro é recheado de parágrafos longuíssimos, muitas vezes de 3 ou 4 páginas, onde os personagens claramente falam até não se aguentarem mais. Apesar disto parecer monótono em um primeiro momento, Márai é um hábil escritor de longos e profundos discursos, sendo um dos últimos remanescentes desta habilidade tão difundida no século XIX (Balzac, Dostoiévski, Tolstói, dentre diversos outros), finalmente traduzido pela primeira vez para a nossa língua.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/
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Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

Condenado pela Inquisição por levar uma vida herética, Giacomo Casanova passou dezesseis meses numa prisão de segurança máxima até dela conseguir fugir. Partindo desse episódio, Sándor Márai empresta artifícios da opereta para criar um envolvente jogo de cena, imaginando que, três dias depois da fuga, os forasteiros teriam chegado em Bolzano, no extremo norte da Itália. Lá, o mal-afamado veneziano usará todas as artimanhas para bancar sua dispendiosa vida, mas terá seu destino abalado pelo encontro com fantasmas de um passado nem tão distante. Espécie de prévia de As brasas, este romance de 1940, até agora inédito no Brasil, também coloca em cena dois homens que se veem como joguetes do habilidoso ficcionista. O grande autor húngaro, além de inspirado criador de aforismos, demonstra mais uma vez sua maestria na construção de monólogos filosóficos saborosos, que tocam nos temas mais caros à literatura: destino, amor, honra, vaidade, vida e morte.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535928471
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