Poder Absoluto

Poder Absoluto Jean Gabriel Álamo




Resenhas - Poder Absoluto


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Wall - Wallverso 13/01/2022

Uma obra necessária
Jean consegue nos apresentar de forma bastante imersiva - ainda que numa obra repleta de ideias e conceitos complexos - um futuro distópico com diversas verossimilhanças com nossa realidade.
Os personagens são incríveis, cativantes e nos envolvemos facilmente, temendo pelas suas vidas ao decorrer da jornada.
Algumas coisas são muito explicitas, até mesmo em alguns dos diálogos, mas em conversa com o próprio autor, foram coisas necessárias e não destroem a nossa experiência da leitura.
Recomendadíssimo!
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Davenir - Diário de Anarres 08/09/2020

Estreia cheia de ação e bom enredo!
"Poder Absoluto" é o primeiro livro de Jean Gabriel Álamo, lançado de forma independente em 2017 na plataforma da Amazon e desde então o autor vem lançando vários trabalhos na plataforma - contos, noveletas, romances - dentro do mesmo universo sem se limitar a Ficção Científica, o que me instigou a ler essa obra com perspectiva de acompanhar outros escritos. A história começa em 2257 e a humanidade é governada pelo Suserano, uma inteligência artificial resultado da transferência de consciência de um cientista que implantou uma ditadura global, governando com mão de ferro. Acompanhamos o protagonista Pietro que vive na cidade 1223 (todas as cidades são números) e, depois que vê seu amigo Darcy ser abatido a tiros pela polícia, entra em uma trama que envolve diretamente o governo e um grupo subversivo chamado MK Ultra, enquanto isso Pietro também conhece e se apaixona por Diana, uma repórter do Menestrel (imprensa permitida pelo governo) mas mesmo sem saber ela também tem uma ligação estreita com o MK Ultra. A partir daí vão entrando mais personagens e se instaura um conflito de interesses. Pietro se torna importante para o MK Ultra que deseja usá-lo em seus planos enquanto ambos são caçados pela polícia do Suserano. A obra se define como um cyberpunk, e apesar de constar a atitude contra o sistema que justifique o sufixo "punk", a ambientação se encaixa em qualquer futurismo.

A obra é organizada em vários capítulos curtos que alternam de personagem. Boa parte dos capítulos é com Pietro e outros com Diana, e uma pequena parte alterna entre outros personagens, o que traz um dinamismo bem vindo. A história tem muitos eventos e revelações, os mistérios ficaram bem construídos. As cenas de ação são o forte do livro, com destaque a fuga pelos buracos de minhoca. As tecnologias utilizadas em armas, veículos e demais objetos são muito bem elaborados e explicados na medida certa, pois o autor deixa as notas de rodapé os detalhes técnicos para os curiosos e poupa o leitor que quer mais ação de uma quebra de ritmo. Contudo, o que a obra explica em detalhes técnicos, falta na construção dos personagens principais que não tem qualquer curva de evolução: a grande maioria deles são os mesmos do início ao fim, acabei me afeiçoando mais de Quorra, líder do MK Ultra que parece ser a única personagem com motivações mais profundas, mas os personagens principais Pietro e Diana soam adolescentes o tempo todo. Temos apenas um fundo raso de motivação mas não faz o protagonista ficar mais interessante pois não sabemos como os protagonistas se sentem, então quando eles mudam de atitude e passam a agir diferente, acaba sendo algo repentino, forçado. Sendo assim, o livro é bom se você gosta de cenas de ação e um ritmo frenético. Já tenho várias obras lidas do autor que pretendo trazer no blogue!

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2020/09/resenha-147-poder-absoluto-jean-gabriel.html
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Desenhando em Letras 22/05/2020

Excelente leitura
​Um dos aspectos fundamentais da literatura, mesmo que algumas obras mostrem isso apenas sutilmente em pequenos artifícios, é a necessidade em se dialogar a respeito do cenário político e social de determinada época. E o cyberpunk, enquanto ficção científica, é inteiramente construído em cima de críticas, visando não somente ampliar os horizontes que os leitores têm sobre aquele regime como também fazer um alerta sobre como a sociedade pode se deteriorar ao longo dos anos quando as pessoas se acomodam e seguem à risca o que lhes é imposto.

Poder Absoluto, do Jean Gabriel Álamo, é a prova de que, quando nos deixamos ser conduzidos, não podemos prever, muito menos controlar, as situações que virão a seguir. No ano de 2257, uma entidade autointitulada Suserano controla o mundo com mãos de ferro. Era uma cientista que, praticamente em seu leito de morte, realizou upload da sua consciência para a Internet e, a partir daí, conquistou aos poucos todas as tecnologias da Terra. E, num mundo em que até os humanos utilizam engenharia mecânica em seus corpos (principalmente para realizarem trabalhos na esperança de não serem substituídos por androides) seria normal temer uma entidade que não somente observa tudo como tem total controle sobre diversas funcionalidades eletrônicas. Suserano é o Governo, a Igreja, todas as corporações que de alguma forma abusam da sua tecnologia como meio de controle social ou lucro.

Nesse cenário de temor, um grupo de hackers tenta desvendar os segredos mais obscuros da hierarquia do Governo, aliados a um sintozóide, para tentar diminuir o controle do Suserano. E é justamente aí que toda a situação se desenrola.

Quando falamos em ficção científica, logo nos vêm à mente a ideia de fórmulas e termos complexos demais para se entender, mas aqui devo deixar os meus parabéns ao Jean, que abordou de forma muita clara todo o processo de criação desse universo, elucidando como e por que determinada tecnologia era aplicada e, também, mostrando com destreza como aquilo conseguiria ser utilizado no mundo real se obtivermos os mesmos recursos ali expostos. E as notas de rodapé ajudam o leitor a se situar em referências a clássicos que não adeptos do gênero acabam se interessando em procurar.

Eu queria dizer, sinceramente, que Poder Absoluto é divertido, mas muito pelo contrário, é uma trama de luta, desespero, aflição. É um reflexo de uma sociedade em ruínas, é o suspiro de um ideal preso na garganta que teima em sair aos pouquinhos como grunhidos. Poder Absoluto é a alma de um mundo que pede socorro. É triste, surpreendente. Real.


site: https://desenhandoemletras.weebly.com/blog/resenha-poder-absoluto
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davidplmatias 25/06/2018

Um bom Cyberpunk nacional
Um ótimo representante do cyberpunk brasileiro, terminei o livro em 2 dias, mas sou suspeito para falar. Além de gostar do gênero, a autoria nacional gera entusiasmo maior. A narrativa é simples e fluida, diferente da maioria dos livros do gênero que para descrever ambientações psicodélicas optam por um texto confuso. Alamo escreve de forma clara para leitores iniciantes no gênero e para os mais entusiastas. Porém apesar de verossímil, a trama toma algumas liberdades poeticas para desenrolar dos fatos, na minha opinião pode-se melhorar esse aspecto. Espero em breve ler outras obras do autor que já entrou para meu repertório literário.
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JCarlos 14/06/2018

FC nacional distópico e de alta qualidade
Uma FC tensa e com um ótimo emprego dos clichês e termos científicos do gênero, devidamente explicados em notas de rodapé. Isso de forma alguma prejudica o texto, que apresenta um suspense futurista, onde os acontecimentos são narrados em terceira pessoa e divididos em pontos de vista de diversos personagens, tornando a leitura dinâmica e prazerosa.
No futuro teremos um governo autoritário, controlado pelo Suserano, que ascendeu à condição da pluralidade, ao transferir sua consciência para a grande rede.
Um crime acontece e uma investigação ocorre, numa trama entremeada com robôs, sintozóides, realidade virtual, fantasmas cibernéticos, grupos rebeldes contra o sistema e, claro, um detetive androide.

?Paraísos não são construídos da noite para o dia. É um processo demorado, árduo, que demanda sacrifícios.?

O autor traz aqui uma realidade ficcional que nos faz refletir se não estamos assim tão longe da tecnologia do universo distópico do Poder Absoluto, dois séculos à frente.
A conclusão é surpreendente. Me agradou bastante. Recomendo, então, àqueles que desejam conhecer uma ótima FC nacional.
Marcos Carvalho 14/06/2018minha estante
Que tal colocar essa resenha no grupo e ajudar-nos a FC Nacional e o autor?


JCarlos 14/06/2018minha estante
???


JCarlos 14/06/2018minha estante
Saiu ??? Ao invés de ok, vou postar sim...


JCarlos 14/06/2018minha estante
Postado!!!




Rafael.Ferreira 24/01/2018

Um livro de ficção científica obrigatório para quem gosta do assunto
-- "Se este é o propósito pelo qual fui criado, prefiro a autodestruição" --

Estamos na terra, 200 anos a frente. Uma realidade distópica é o que vivemos. Um governo total baseado na mente insana de um gênio que inseriu sua própria versão em vida em um super computador. Este por sua vez domina a tudo e a todos. Criando e desenvolvendo toda a sociedade igualitária, todos os seres humanos são impostos a regras desde alimentação até relações conjugais. As máquinas dominam os postos de trabalho. As inteligências artificiais quebraram as barreiras do que se define por inteligência e mais ainda. O que seria considerado vida, se as máquinas também sentem e tem até o seu próprio "céu"?

Jean Gabriel antes de ser escritor dessa obra é um leitor voraz e telespectador. Ao ler esse livro voce irá passear de George Orwell até Black Mirror. Irá se sentir lendo uma aventura de Robert Langdon em um futuro tecnológico. As referências estão em todo lugar. Resumindo, como profissional da área de TI me vi lembrando todas as referências desde adolescente ao ler esse livro.

A obra é baseada em pontos de vista e isso já me chama atenção. Ai o cara vai e te escreve não só a visão de humanos e sim de máquinas também e o que acontece? Você fica de boca aberta. Será que um violão é mesmo vilão da história se foi programado apenas para isso? Será que quem salva a todos realmente é o herói? Acompanhamos Pietro, Diana, Quorra (minha personagem preferida), Carlos e outros vários personagens. Alguns que só duram o seu capítulo.

O ritmo do livro é bem fluído. TODAS as tecnologias citadas estão em um enorme apêndice que explicam sua teoria física, biológica de forma incrível. Sinceramente, até aquilo que é inventado tem uma base conceitual palpável. A parte política do livro de onde surge a distopia como palco de fundo esta bem trabalhada, mas o que é o excepcional desse livro é seu teor científico, com toda a certeza.

Nosso escritor acertou em cheio no período de tempo escolhido e ainda demonstra isso na sua cronologia imposta por todo o livro na narração e diálogos. Homens e mulheres de 200 anos atrás eram diferentes corretos? Então não esperem homens e mulher iguais os de hoje.

O final do livro é muito bem feito e da até uma vertigem. Os 3 últimos capítulos eu fiquei com cara de bobo pensando "não pode ser verdade, não, NÃO!". Os seus conceitos de vida e morte vão balangar. Suas ideias sobre política, ética e moral vão tremer, pois a cada diálogo ou crítica que o autor escreve entre alguns parágrafos, você com certeza terá que se colocar concordando ou discordando de tudo isso, ou seja, irá vivenciar sua existência dentro dessa história.

Jean é um daqueles escritores que tem muito a melhorar (não leia isso como se a obra fosse ruim, é incrível, o que quero dizer é que ele é novo e já tem talento) e sendo assim, cada livro que ele escrever poderá nos trazer mais e mais dessa essência e conjunto de características que podem fazer seu nome ficar gravado na pedra dos escritores de ficção científica brasileira.

Essa aventura cheia de reviravoltas. Cheia meeeesmo. Com pegada distópica deve ser lida por todo e qualquer amante desse tipo de ficção. Ao escritor fica aqui meu muito obrigado por essa experiência literária. E para encerrar, gostei muito das pontas soltas cara, dizendo que essa é só uma história dentre outras do mesmo universo seu. Gostei muito disso. Engrandece muito a obra e também a responsabilidade sua como escritor.
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Ariela Oliveira 29/10/2017

Resenha
“Poder Absoluto” é uma ficção científica escrita pelo nosso parceiro Jean Gabriel Álamo. A história se passa no futuro, ano 2257. As pessoas dividem espaço com robôs e alta tecnologia, muitas vezes sendo substituídos pelas máquinas. As cidades são identificadas por números e os cidadãos não possuem mais sobrenome, o governo autoritário prega que todas as pessoas devem viver em igualdade, portanto, ganham o mesmo salário, recebem a mesma quantidade de comida, enfim, são “todos iguais”. Esse governo se autointitula Suserano, que um dia foi Erick, um cientista que fez o upload de sua consciência para a Internet.
No início do livro conhecemos Pietro, ele mora sozinho em um apartamento cheio de computadores na cidade 1223, trabalha em uma fábrica e sempre está junto de seu amigo Darcy. O amigo empresta a Pietro os óculos LIRVA, Lentes de Inclusão à Realidade Virtual e Aumentada, que possibilita a ele acesso ao “Horizon” uma realidade virtual onde somente os usuários do LIRVA-5 eram capazes de entrar. Nessa realidade ele conhece e se apaixona imediatamente por Diana, mesmo não conhecendo ela na vida real. A moça trabalha como repórter no Menestrel, jornal onde só podem ser divulgadas notícias favoráveis ao governo do Suserano. Além de seu chefe, ela é a única humana que trabalha nesse jornal, todos os outros cargos são preenchidos por andróides.
Nessa sociedade existem alguns grupos rebeldes que vão contra os ideias do governo, um deles o MK Ultra, é liderado por Carlos, traficante de drogas que recebe informações de Diana com a finalidade de revelar as farsas do governo. Outra aliada de Carlos é Quorra, irmã caçula de Diana e mestre em hackear computadores. Após uma chacina provocada por robôs na cidade 1223, Pietro e sua namorada Diana se vêem envolvidos em uma operação do MK Ultra contra o Suserano e isso revela uma série de mentiras e corrupção envolvendo pessoas em cargos de autoridade.
O livro contém diversos termos científicos que são importantes para o entendimento da história, o autor teve o cuidado de colocar notas explicativas para situar o leitor e pela forma como ele escreveu é visível que domina o assunto. A narrativa é feita em terceira pessoa, mas o interessante é que cada capítulo foca nos acontecimentos da vida de um determinado personagem então temos uma visão geral do que está acontecendo com todos.
Depois que Pietro e Diana se envolvem realmente com o MK Ultra a vida deles passa por uma reviravolta e todos os fatos seguintes deixam o leitor preso na história ansiando por descobrir o desfecho da mesma. O final me surpreendeu e me agradou muito, posso dizer que foi épico a forma como tudo aconteceu.
“Poder Absoluto” faz várias críticas à sociedade e serve como alerta para os leitores. Da mesma forma que temos os personagens lutando contra a opressão exercida pelo governo também há os que o defendem de forma cega e veemente, por exemplo, o agente de polícia Edson, ele é um andróide programado para não questionar o governo apesar de ver todas as coisas erradas acontecendo.
Classifiquei esse livro com cinco estrelas merecidas pela forma como a história me prendeu, me fez refletir e me proporcionou momentos de descontração, recomendo muito esse livro.

site: http://palavrasimaginariass.blogspot.com.br/2017/10/resenha-poder-absoluto-de-jean-gabriel.html
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