Um sopro de vida

Um sopro de vida Clarice Lispector




Resenhas - Um Sopro de Vida


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Amanda3913 08/06/2024

É difícil escrever uma resenha, porque Clarice é indescritível. O livro em si é bom, um conjunto das ideias da autora, complexas e profundas de serem entendidas de imediato. Os personagens Ângela Prali e Autor são complementares para a constituição da obra.
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Danielly 07/06/2024

Belíssimo
Simplesmente um dos meus livros favoritos, é bonito de ler, de sentir e ele a gente sente! Transborda junto com Clarice!! Belo e potente.
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mnnuela 06/06/2024

"Viver me deixa trêmula" - Ângela Pralini
? Leitura de Abril:

Comecei esse livro no final do ano passado, engoli metade dele em um dia, mas por algum motivo, dei uma pausa de meses... Enfim, voltei a ler ele do zero esse ano e só tenho uma coisa a dizer: Ele é simplesmente perfeito. SÓ LEIA!
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Mikaely50 05/06/2024

Ah, senhorita Clarice..
Que livro sensacional. A princípio eu não estava conseguindo compreender a escrita da Clarice, pois ela escreve de uma forma tão profunda que torna-se necessário uma maior reflexão sobre o que está sendo lido, mas foi uma leitura interessantíssima, a forma com que a autora mecla vários assuntos, principalmente a morte, ao decorrer da obra torna tudo mais incrível, e sem contar que cada frase contida nesse livro promove um clímax diferente. Com certeza irei ler mais obras dessa magnifica escritora.
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carlosmanoelt 05/06/2024

?A mais ínfima fração de um segundo.?
?Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos porque neles vivemos. De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é. Hoje está um dia de nada. Hoje é zero hora. Existe por acaso um número que não é nada? que é menos que zero? que começa no que nunca começou porque sempre era? e era antes de sempre? Ligo-me a esta ausência vital e rejuvenesço-me todo, ao mesmo tempo contido e total. Redondo sem início e sem fim, eu sou o ponto antes do zero e do ponto final. Do zero ao infinito vou caminhando sem parar. Mas ao mesmo tempo tudo é tão fugaz. Eu sempre fui e imediatamente não era mais. O dia corre lá fora à toa e há abismos de silêncio em mim. A sombra de minha alma é o corpo. O corpo é a sombra de minha alma.?

A ideia da criação é, talvez, uma das ideias mais presentes em nossa sociedade ocidental, especialmente a partir do momento que o Cristianismo começa a se expandir na Europa no princípio da Idade Média. O clímax da obra criadora de Deus, na tradição judaico-cristã é o homem. Para que, do pó, o homem se tornasse um ser vivente - o maior de todos eles - foi necessário que Deus soprasse em suas narinas o fôlego da vida. Não somente em seu sentido religioso, também na própria literatura, o ato de criar é a teia central em que se sustenta esta forma de expressão da arte. Em ?Um sopro de Vida?, Clarice Lispector trata, também, da ação criadora a partir do momento em que o Autor, desconhecido no decorrer de todo o livro, cria a sua personagem Ângela Pralini, também escritora. O Autor dá à sua personagem o sopro de vida necessário para que ela passe também a ter uma existência inteiramente própria.

?Um sopro de Vida? não possui, em si, uma trama propriamente dita, pelo menos não em seu sentido tradicional com o desencadeamento de fatos descritos e de ações das personagens para a composição de um enredo. O que há nele é o monólogo livre das personagens Ângela Pralini e O Autor que jamais, porém, confluem em um diálogo. Ambos conversam, refletem, conduzem, em alguns momentos, diálogos que parecem desconexos e fundem-se no pensamento um do outro. É um embate introspectivo entre criador e criatura. O Autor constrói a personagem e com ela discorre, ao longo de toda a obra, diálogos apreensivos de auto reconhecimento, com sofisticadas notas de poesia em prosa. Os dois sustentam colóquios densos, profundos e irrequietos. Ora soam como aforismos, fragmentos isolados. Noutras situações parecem entraves tomados por uma filosofia existencial quase religiosa.

Em minha humilde e leiga opinião, Clarice Lispector é simplesmente a melhor autora da língua portuguesa que conheço. Seu teor existencialista submerge o leitor em profundidades reflexivas de forma quase que inalterável; Clarice é trajeto que deve ser percorrido novamente, pois o reencontro é sempre uma nova aprendizagem. Pelo menos é o que acontece comigo em quase todas as obras que li e reli. Clarice é leitura que não envelhece; que não segue direção específica, que escapa do mero vislumbre narrativo tradicional para mergulhar nas agruras introspectivas do ser humano... Sem jamais fazer julgamentos ou tomar partidos. Gesto sem fórmulas. Apenas o ato de fazer refletir, ela é autora que dedicou-se a transitar através do intricado e misterioso íntimo humano.

Através de sua literatura, Clarice coloca em risco o lugar comum do pensar. E se você ainda não é um caminhante do universo clariciano, vai aqui o meu único conselho: permita-se, humilde e despudoradamente. Exatamente como ela fez ao deixar seu legado literário: ?Tudo o que aqui escrevo é forjado no meu silêncio e na penumbra. Vejo pouco, ouço quase nada. Mergulho enfim em mim até o nascedouro do espírito que me habita. Minha nascente é obscura. Estou escrevendo porque não sei o que fazer de mim. Quer dizer: não sei o que fazer com meu espírito. O corpo informa muito.?
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Idayane.Ferreira 03/06/2024

?Em cada palavra pulsa um coração?
?Um sopro de vida? foi o último livro da Clarice. Resultado de 3 anos de escrita: começou a ser elaborado em 1974 e só foi publicado em 1978 (com organização de Olga Borelli), depois da morte escritora.

Foi desenvolvido em simultâneo com o livro ?A hora da estrela?e também possui um ?autor declarado? em contrapartida a um personagem, mas com diferenças significativas: em ?A hora da estrela?, a Macabéa é uma personagem passiva ao enredo do narrador Rodrigo S.M. Ao passo que a Ângela Pralini se subscreve ao Autor em ?Um sopro de vida?.

Em um trecho, no início do livro, temos:
?Eu queria iniciar uma experiência e não apenas ser vítima de uma experiência não autorizada de mim, apenas acontecida. Daí minha invenção de um personagem. Também quero quebrar, além do enigma do personagem, o enigma das coisas.?

É uma obra que traz muitas reflexões sobre os limites entre autor e personagem, vida e morte e também sobre o próprio ato de escrever para Clarice: ?Em cada palavra pulsa um coração. Escrever é tal procura de íntima veracidade de vida.?

O posfácio é Carlos Mendes de Sousa, que organizou um livro com pinturas da Clarice Lispector. Ele traz elementos referenciais da obra e vida da autora em ?Um sopro de vida?: o cachorro da Ângela chamado Ulisses (mesmo nome do cachorro da Clarice), a descrição de objetos da sala da Ângela (existentes na sala real da Clarice)?

?E quando menos se espera, também neste livro, onde a explicitação referencial parece ser maior, pequenas joias menos óbvias fazem brilhar os sentidos da apresentação do rosto. Como num fragmento onde reconhecemos um belíssimo autorretrato de Clarice ela mesma. Como se de uma pintura por palavras se tratasse. É numa das anotações do ?Livro de Ângela?, quando a personagem fala da ?Mulher-coisa??.
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Luiza3392 03/06/2024

Simplesmente Clarice
Essa obra fala sobre tudo. Com certeza não é para ser digerido rapidamente. Também recomendo ter contato com a autora antes de ler esse.

Clarice Lispector, uma das maiores escritoras do modernismo brasileiro, se não do mundo.

?Às vezes, só para me sentir vivendo, penso na morte. A morte me justifica.?
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lolo 02/06/2024

Transcendente
Este foi meu primeiro contato com a escritora, tão importante, Clarice Lispector. Muitas pessoas me disseram que não seria muito bom ter o meu primeiro contato com ela lendo esse livro, mas decidi ignorar e agora vejo o porquê me disseram isso. Mesmo assim não me arrependo de nada.
Apesar de achar que minha alma ainda não transcendeu o suficiente para que eu entendesse completamente esse livro, eu amei cada parte dele. Demorei um tempo para terminá-lo porque a leitura com certeza não é das mais fáceis mas mesmo assim gostei bastante. Este livro cativa desde a primeira página e faz questionamentos extremamente importantes e filosóficos sobre a morte e a vida. ?Nada é óbvio na sua obra? Clarice conseguiu transformar sua dor em um livro extraordinário que conseguimos captar sua essência. Sendo o último livro que a autora escreveu antes de vir a falecer com câncer, em minhas interpretações ela escreveu-o justamente para não se sentir só. Para mim, o ?Autor?, seria justamente a Clarice, e ?Angelâ?, uma pessoa criada por ela para não se sentir solitária nesse momento doloroso que ela estava vivendo. Sem dúvida nenhuma um dos livros mais profundos que já li e com certeza relerei em algum outro momento da minha vida, para que eu possa ter mais entendimento sobre a obra.
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Oignaccio 30/05/2024

Simplesmente Clarice
Antes de tudo, venho aqui dizer que esse livro não é uma obra introdutória pra vc que quer começar a ler Clarice, mas é sim uma obra fantástica.

Esse livro fala, em algum nível, sobre tudo, ele é um livro pra ser revisitado, pois fala sobre a alma. Mas ele diz muito sobre a própria maneira que a Clarice escrevia, fala sobre o divino, sobre as coisas, sobre morte e sobre vida.

Essa obra nos mostra um pouco da relação de Clarice com muitas coisas, mas tenha um princípio em mente, Clarice está nas entrelinhas, nós só conseguimos ver um pouco de Clarice de cada vez, então tenha paciência e leia de mente aberta, releia o parágrafo quantas vezes for necessário, pq vale a pena.

Esse livro foi publicado postumamente, e é bizarro o tanto que a Clarice fala de morte nesse livro, parece que ela pressentia de alguma maneira que a morte dela estava próxima.

Enfim, Clarice é patrimônio imaterial Brasileiro, pode ser loucura, mas uma das melhores escritoras que já pisou na terra.
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José 28/05/2024

Entrou para meus favoritos
Um dos melhores da Clarice, um livro que se assemelha a "A Hora da Estrela" em muitos aspectos, mas tem duas particularidades em especial.
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luisa619 27/05/2024

Não é ruim, só nao é meu tipo de leitura.
Não é ruim, só nao é meu tipo de leitura, então não foi prazeroso.








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Art Breather 26/05/2024

Bom demais, a forma com que clarice desenvolve as palavras, é como uma dança sobre as nuvens. Esse livro específico é um pouco mais melancólico que os outros. Então, tome cuidado em qual momento da sua vida o lerá.
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Tim 24/05/2024

Tão confusos, tão reais
Disseram-me que não deveria ter começado por este, mas só percebi quando já havia começado, o que é tão típico de mim. No entanto, pensando bem, esse não foi meu primeiro encontro. Por ironia do destino, ?A Hora da Estrela?, a última obra finalizada por Clarice, foi minha primeira incursão. Agora, com "Um Sopro de Vida", última obra publicada ou escrita, é minha segunda experiência.

Eu amei, a cada frase, em cada letra, eu fabulei, contemplei, enriqueci, confundi, prolixiei, exaustei, vivi. Por meio de ?Autor? e ?Angela? , tão tristes, tão felizes, tão alegres, tão confusos, tão reais. Clarice Lispector, uma escritora que escreveu para si mesma e, por acaso, conquistou outros. Ou assim acredito.
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Cebola5 23/05/2024

?Um Sopro de Vida? de Clarice Lispector é um dos livros mais enigmáticos e profundos da escritora, que transmite uma sensação estranha semi-igual. Revela uma complexidade que mescla a realidade e a ficção de maneira incomparável. Clarice leva o leitor para uma jornada única pelo íntimo do ser humano, desvendando o mistério da existência e da busca pelo sentido da vida.
Apresenta uma estrutura fragmentada e não-linear, característica marcante da obra de Clarice Lispector. A narrativa é composta por diálogos entre um autor e sua criação, Angela Pralini. Os diálogos que se parecem bastante com monólogos interiores, permitem que o leitor entre na cabeça do autor, refletindo sobre suas angústias e dúvidas sobre a vida e a arte.
O livro questiona o sentido da vida e o processo de autoconhecimento. Ângela é uma extensão das inquietações do autor, funcionando como uma alter-ego que expressa sentimentos e pensamentos profundos sobre a própria existência. Outro ponto interessantíssimo sobre a obra é o fato da escritora explorar a relação imensa entre o criador e criação, mostrando como ambos têm influência, um influência o outro os dois estão conectados de alguma forma, o autor cria Ângela, mergulhando em um processo de auto análise e reflexão, tornando o ato de escrever terapêutico e relaxante.
O estilo de Clarice nesse livro é marcado por uma linguagem poética, carregada de simbolismos e muitas metáforas, consequentemente exige uma leitura atenta e reflexiva, muitas vezes necessitando de uma releitura para facilitar uma compreensão mais profunda e enigmática, uma leitura desafiadora, mas que traz várias recompensas para quem lê.
Clarice Lispector, com sua escrita única, oferece ao leitor uma experiência literária profunda e transformadora, que permanece relevante e impactante décadas após sua publicação.

?Acho que devemos fazer uma coisa proibida ? senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa é sim como aviso que somos livres?.
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