O Espírito do Ateísmo

O Espírito do Ateísmo André Comte-Sponville




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Biafort.Meireles 18/04/2024

Reflexões interessantes
Achei interessante que alguém pode ser ateu cristão: a pessoa que não acredita em Deus, mas leva consigo os valores cristãos.

Ficou a pergunta: é possível viver sem estar inserida numa religião? Uma outra pergunta: felicidade é desta vida ou se deve esperar por ela? Para o ateu ela deve ser vivida aqui e agora, não devemos impedir de vivê-la agora. Gostei da analogia da viagem, que a gente sabe que acaba, mas não deixamos de aproveitá-la.

Além disso, gostei que independente de religião, continuamos a querer respeitar o outro, sua vida, liberdade, dignidade. Segundo Bayle: « um ateu pode ser virtuoso, tanto quanto um crente pode não sê-lo ».

Pode-se viver sem religião, mas não sem o amor. O amor une os crentes e os não crentes. A vida após a morte não é certeza, mas aquela antes da morte aproxima todos.

A diferença do ateu para o agnóstico : aquele acredita que Deus não existe e este não nega a existência de Deus, mas deixa a questão em suspenso.

Quando o autor diferencia opinião de fé e de saber, ele conclui que ninguém sabe se Deus existe, apesar de existirem os que têm fé ou opinião sobre sua existência.

Deus existe? Há três principais razões para acreditar que sim, mas todas são contestadas pelo autor. Se Deus existe, por que ele se esconde? Por que a origem de tudo deve ser um ser e não a natureza? Interessantes as explicações e fiquei pensando como seria a descoberta de que Ele não existe, pareceria quando descobrimos que Papai Noel não existe?

Para o ateu é difícil acreditar em Deus, com características antropomórficas, à semelhança nossa. Como explicar a presença do mal, inclusive aquele não explicado pela ação humana? Por que um pai se esconderia de seu filho e não faria nada em situações críticas?

Crer naquilo que desejamos muito (não morrer, paz, justiça, sermos amados) é suspeito. Não é um erro, mas uma ilusão. A realidade nos mostra diariamente o quão distante costuma estar dos nossos desejos.

Entendi uma coisa dos últimos dois capítulos: a importância do presente momento.
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