spoiler visualizarmikidosreis 21/08/2024
Com uma narrativa extremamente agoniante, Cujo conta a história de um São Bernardo, dócil e imenso, que torna-se um violento, assassino e sanguinário cão dos infernos ao se infectar com raiva.
Foi uma boa leitura, porém, tenho pequenas ressalvas.
Primeiro, o assassino em série citado e recitado o tempo todo não é de fato relevante. De início, a impressão é de que o assassino reencarnou em Cujo, mas não. O cachorro realmente estava ?apenas? muito doente.
Segundo, a história é muito detalhada. Não que isso seja um ponto exatamente negativo. Mas eu senti que pelo menos 90% do livro é preenchimento para apenas dar um tom maior de veracidade, e até (talvez) apego aos personagens. Nisso, King é muito bem sucedido. Entretanto, eu acho que ele poderia ter sido um pouco mais sucinto em algumas partes. Por exemplo, eu não estava nenhum pouco interessada em ler um resumo sobre o passado do arrogante investigador que é designado para o caso do desaparecimento de Donna e Tad. Ele é chato, a história de vida dele é desinteressante, e essa parte, PARA MIM, não precisava estar ali.
Fora isso, a história é interessante, e os personagens são cativantes ? no sentido de que, na leitura, consegui sentir coisas por eles.
Uma coisa que eu achei que deu um toque especial para a narrativa foi o teor sobrenatural. As premonições, os sonhos, as vozes ecoando. Foi um diferencial positivo para a leitura.
De todos os três livros que li de Stephen King até agora (completos né), acho que por enquanto, esse é o meu menos favorito, mesmo que seja bom.