Uma vida pequena

Uma vida pequena Hanya Yanagihara




Resenhas - Uma Vida Pequena


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Bianca.Cardoso. 08/03/2021

Uma vida pequena.
Antes de começar minha resenha, se você tem vontade de ler este livro recomendo que acesse esse link para ver os possíveis gatilhos. ??https://www.doesthedogdie.com/media/16760?? (Pode conter spoiler, mas acho importante ver!)


Nesse livro inicialmente conhecemos a história de 4 amigos ??Willem, lindo e generoso, é aspirante a ator; JB, nascido no Brooklyn, é um pintor perspicaz e às vezes cruel; Malcolm é um arquiteto frustrado; e o solitário e enigmático Jude funciona como o centro gravitacional do grupo.?? Durante a leitura nos aprofundamos cada vez mais na vida de cada um, principalmente na de Jude, é impossível terminar este livro sem ter derramado no mínimo 7 litros de lagrimas.


Ao mesmo tempo que esse é o melhor foi também o livro mais difícil que eu já li, a escrita é impecável mas a história é extremamente pesada. Não é uma leitura nem um pouco fácil de ser digerida e por isso recomendo cuidado quando decidirem ler! A escrita da Hanya é muito facil de ser compreendida e extremamente natural, se conectar com a autora e sua escrita é tão importante quanto se conectar com os personagens e sua historia autora e sua escrita é essencial.

Cuidadosamente eu indico vocês a lerem ??Uma vida Pequena??
m4r1 28/05/2021minha estante
tenho 15 anos, mto pesado ou posso ler??


Bianca.Cardoso. 04/06/2021minha estante
olha, eu também tenho 15 haushasuas, e achei muito pesado, pra mim não teve nenhum gatilho mas isso vai de cada pessoa.


Violet 07/07/2021minha estante
Eu com 14 querendo ler ???


Arty 10/12/2021minha estante
Eu com 13 querendo ler?


Bianca.Cardoso. 07/01/2022minha estante
gente, dá uma olhadinha na classificação indicativa e decidam se é o melhor pra vocês lerem nas suas respectivas idades :)


Artur Silva 14/02/2022minha estante
Tenho muita vontade de ler, mas na amazom ta 80 conto e não tenho o kindle. É difícil ser leitor pobre!


Bianca.Cardoso. 15/02/2022minha estante
recomendo baixar pelo telegram, tem vários grupos lá que disponibilizam o livro em vários formatos de arquivos.


Bianca.Cardoso. 15/02/2022minha estante
tive que criar coragem pra ler também, mas valeu a pena. livro incrível


Gabrielecomf 21/02/2022minha estante
Tá até baixado, mas li alguns spoilers e me senti mt mal, ai desisti. Mas queria mt ler, tem cara de ser ótimo


Gabriele 14/08/2022minha estante
esse livro é o livro mais incrível que já li em toda a minha vida! Que história tão bem construída! Muito forte, muito angustiante? PRECISA TER ESTÔMAGO pra conseguir digerir tanta informação. Tenho 24 anos e acho que li numa época boa, talvez antes mais nova não conseguiria saber lidar tão bem. Recomendo muito pra você que já é adulto rsrs


gaybis.friedrichi 03/09/2022minha estante
ele é narrado em 1ª pessoa?


Lizaamane 03/03/2023minha estante
Gente olhem a classificação antes de ler. Esse livro é pesado demais


Carla.Nara 22/05/2023minha estante
Eu aceito sofre a obra inteira, mas gostaria de saber se pelo menos o final é feliz


Isabella.Neder 22/07/2023minha estante
lindo doloroso e triste


Nathalia 09/08/2023minha estante
3° pessoa


Maira 10/10/2023minha estante
Um dos melhores livros que já li, mas sem coragem de indicar pra qualquer pessoa! Muito muito muito pesado e triste


Livros e Quotes 27/10/2023minha estante
Tô tentando ler mas ainda não vi nada de interessante, e é muito longo ?


Iris.Kawane 09/11/2023minha estante
Mds, do jeito que vcs falam, parece pesadíssimo, mas sinto vontade de ler. O livro mais pesado que ja li foi Herdeiras do Mar


ddavi 18/12/2023minha estante
oq leva alguém a escrever um livro com essa caralhada de gatilhos


clara.acalegari 18/02/2024minha estante
Ddavi, torture porn, basicamente. As pessoas sentem prazer em ver os outros sofrendo. A própria autora disse que escreveu o livro querendo fazer um personagem sofrer tanto que não tinha nenhuma solução pra ele além do suicídio. É um livro bem ruim, chega a ser ridiculo, mas as pessoas gostam por causa do fator de choque. Inclusive, a autora disse que achava ridículo as pessoas avisarem do gatilho, porque se a pessoa evitava um assunto só porque ele a deixava mal, a pessoa era fraca.


clara.acalegari 18/02/2024minha estante
Muita gente diz que o livro é bom porque é "realista". Realista? O garoto vai pedindo carona de uma cidade até outra, e no caminho, TODOS os homens que dão carona pra ele estupram ele. Isso não aconteceu na vida real. É algo bem irrealista, feito pra chocar


clara.acalegari 18/02/2024minha estante
Acontece**




Bookster Pedro Pacifico 30/01/2024

Uma vida pequena, de Hanya Yanagihara
Dilacerante! O romance de quase 800 páginas da autora norte-americana é alvo de polêmicas. Há quem leia e ame, mas há quem enxergue na obra um exagero do sofrimento, a banalização da dor. E em qual desses grupos eu me encaixo?

Bom, para começar, o enredo tem como ponto central a relação entre quatro amigos que se conhecem na universidade e cuja amizade invade os próximos anos de suas vidas. Hanya transita entre um presente e um passado para conseguir nos mostrar as particularidades e histórias de cada um daqueles homens. São dores, perdas e medos, mas que acabam encontrando naquela relação de amizade um amor que acolhe. O problema é que o passado extremamente sofrido de um dos amigos acaba exigindo a atenção de todos e impedindo um futuro sem dor.

Não há como negar que a autora despejou uma carga muito alta de sofrimento, que recai praticamente apenas sobre esse personagem. Às vezes, as repetidas tragédias podem até soar exageradas e inverossímeis, mas Hanya não escreveu somente uma história triste. Na minha opinião, a autora conseguiu construir uma narrativa com personagens extremamente bem desenvolvidos e que despertam a compaixão do leitor. E isso é sim uma consequência de um talento incrível da autora.

Ora, escrever sobre sofrimento não é uma garantia de prender ou impactar o leitor. Todo esse furor que “Uma vida pequena” causa, tem origem nesse universo tão real e humano criado por Hanya. A escrita também é muito cativante, com um mergulho na relação dos quatro personagens principais, ainda que a primeira parte do livro possa ter um ritmo mais arrastado. Há também muitos momentos felizes, emocionantes e que causam sensações boas em que lê a obra.

E o livro é tão impressionante que, muito embora eu tenha ficado com vontade de largá-lo, para não enfrentar mais o sofrimento, eu não consegui. Eu estava apegado demais àqueles amigos e precisava saber sobre o desenrolar daquela narrativa. Terminei o livro aos prantos, mas com a certeza de que os personagens ficaram marcados em mim. E isso, repito, é uma qualidade.

Ainda que eu tenha gostado muito, eu recomendo a leitura com MUITAS ressalvas. Leia ciente de que ele é muito triste e repleto de temas sensíveis, que podem ser gatilhos para diferentes leitores.

Nota: 10/10

Para mais resenhas, acesse o @book.ster no Instagram.

site: https://www.instagram.com/p/C1vIFsvLnSh/

site: https://www.instagram.com/p/C2sv5JDRGBr/
Daianebcs 01/02/2024minha estante
Eu sabia que vc daria 10/10 pra ele.


Alexandre 04/02/2024minha estante
E olha que você quase parou de ler. Eu vou começar.


gabriela z 27/02/2024minha estante
Achei a escrita da Hanya execelente. Contudo, na minha opinião, o livro caiu um pouco no melodrama. A primeira parte é muito boa, já a segunda não me parece crível. É uma estória meio apelativa e cheia de clichês.




Pam 04/04/2021

Uma tempestade de sentimentos devastadores.

Acho que antes de ler Uma Vida Pequena, todo mundo é avisado de que ele é um livro muito triste e pesado, mas, mesmo assim, creio que ninguém está preparado para essa leitura.
Chegando lá pela metade do livro, começam as situações pesadas e traumáticas, e aí é só ladeira a baixo... É muito triste acompanhar personagens que se tornam tão queridos e que são tão reais, tendo que passar pelas coisas as quais são expostos. Realmente, o livro mostra como a vida é pequena... em alguns capítulos, décadas se passam, sendo que na maior parte do livro, acompanhamos os personagens principais na faixa dos 40 anos (e o livro começa com eles na faixa dos 20). É curioso ver que décadas e décadas se passam, mas eles não mudam. Suas dinâmicas entre si não se alteram tanto: os relacionamentos e as pessoas tem uma "essência".
Não dá pra falar desse livro sem falar do personagem principal, o Jude. Acompanhar a história do Jude é sofrer. Ao mesmo tempo que você fica ansioso pra saber mais sobre ele, você sabe que isso vai custar caro, porque não é uma história feliz. Vemos o reflexo do trauma desde o nascimento numa pessoa que cria diversos mecanismos de enfrentamento nocivos pelos quais ele vive. Claro que também não é um mar de desgraças, e vemos como ele aprende a conviver com coisas boas nas amizades que construiu durante a vida. Ele é muito apaixonante, um dos personagens mais ricos psicologicamente que eu já vi.
Não vou falar muito dos relacionamentos construídos durante o livro para não dar spoiler, mas tenho que dizer: nesse livro todos os personagens de destaque são homens, e eu não senti "masculinidade tóxica" em momento algum. Pode parecer óbvio dizer isso, mas esse traço deixou o livro muito mais humano. É raro ver homens se expondo emocionalmente, e aqui isso ocorre com frequência. Vemos os personagens revelando suas vulnerabilidades, falando de amor, ternura, demonstrando carinho e simpatia para outros homens sem vergonha ou com receios. Claro, há momentos de desconforto, mas eles são desconfortáveis por motivos intrínsecos dos personagens. Isso foi uma coisa que me envolveu muito na leitura, eu podia sentir o amor dos personagens totalmente exposto, tudo isso deixa os sentimentos deles muito mais tangíveis, acho que, por isso, o livro se torna não pesado: ele é muito carregado emocionalmente.
Uma Vida Pequena também explora outras formas de relacionamentos não convencionais na nossa vivência, como uma construção de uma família de forma atípica, e também outras maneiras de se viver relacionamentos românticos. Acho que são coisas tão válidas e necessárias pra gente, é algo que precisa ser avaliado e ensinado, como a necessidade de sexo numa relação é algo bem debatido. Sabemos que, em geral, pessoas ligadas a comunidade LGBTQIAP+, principalmente no espectro assexual e arromântico, são mais familiarizados com esses conceitos, e gostei de ver uma obra tão famosa e com tanto alcance também expondo isso ao grande público.
É um livro gigante, não só no tamanho e nos sentimentos, mas também nos ensinamentos. O leitor é exposto a reflexões desde ensino universitário até envelhecimento, sexualidade, traumas, relacionamentos, amizade, e muito mais. Acredito que não seja um livro para todo mundo, mas imagino que quem lê não se arrepende e jamais o esquecerá. Eu poderia escrever diversas páginas falando dele, mas ainda não seria suficiente.
comentários(0)comente



miri.miri 10/04/2024

Uma vida pequena, uma tristeza maior
"Uma tristeza, assim poderia chamá-la, mas não uma tristeza digna de pena; era uma tristeza maior, que parecia englobar todas as pessoas pobres e sofridas, os bilhões que não conhecia, todos vivendo suas vidas, uma tristeza que se misturava com um assombro e uma admiração diante do quanto os seres humanos do mundo inteiro lutavam para tentar viver, mesmo nos dias mais difíceis, mesmo sob circunstâncias tão desafortunadas. A vida é tão triste, pensava nesses momentos. É tão triste, e, ainda assim, todos a vivemos. Todos nos agarramos a ela; todos procuramos algo que nos console."

É avassalador. Uma experiência única.
Emocionante, frustrante, revoltante, belo, cruel, impressionante, viciante, impiedoso, angustiante. Sem dúvida, capaz de arrancar lágrimas.

Eu comecei esse livro já viciada nele, a primeira parte de certa forma é confortável mesmo com com o toque de tristeza (que está sempre presente em cada página) que foi surgindo na narrativa. É interessante o dom da autora de saber detalhar o importante, o essencial, ela já começa nos apresentando os personagens principais. E ela detalha muito sobre cada um em cada capítulo, eu adorei conhecê-los, é um grupo de amigos fácil de se simpatizar, se envolver.

Temos JB: Um artista, um pintor, foi interessante o contato com a arte que algumas centradas nele conseguiram transmitir. Inclusive muitas passagens e momentos nessa obra são muito artísticos, JB por sua vez via seus amigos como arte. Eu gostei muito quando ele começou a retratar eles nas pinturas, foi gostoso imaginar os quadros e cenários, vivido e lindo. Porém existe mais sobre ele do que isso, do quarteto talvez ele seja o que tem mais defeitos em sua personalidade.

Temos Malcolm: A história acabou focando mais nos outros três do que ele, mesmo assim ele tem sua importância. Ele é arquiteto, e apesar disso não ter sido tão aprofundado existem passagens interessante sobre o conforto que as casas trazem pra ele e pro Jude. (Não tenho muito que falar sobre ele, mas ele é legal, juro)

Temos Willem (Wirrell, na minha mente o nome dele ficou sendo pronunciado assim): Ele é mais apegado ao o Jude, e muitas vezes parece ser o mais sensato dos quatro, o livro foca bastante nele, que também possui um passado triste (não tanto quando o de Jude). Ele é ator, e sim, vemos muito do mundo da atuação, mas apenas o necessário pra nos aprofundarmos no personagem. Eu já tive raiva dele, confesso, mas só por uma ou duas atitudes.

E por fim, o mais importante, Jude: Um personagem impossível de não amar. Nas primeiras páginas ele é um mistério, nem os próprios amigos sabem muito dele, seu passado. O passado de Jude é perturbador, é pesado, angustiante, ninguém jamais deveria passar pelo que ele passou. É algo tão desumano que os flashbacks vem aos poucos, foram as cenas mais difíceis de ler, não tive lágrimas pra chorar isso... Só tentei ler o mais rápido possível. Jude é advogado, então naturalmente a advocacia também entra em pauta aqui. Ele tem um problema nas pernas, que logo descobrimos que na verdade é na coluna, ele vive com dores e até subir uma escada é um desafio pra ele. Jude pode ser um amor de pessoa, gentil com todos mas ele repudia a si mesmo e se automutila. (Inclusive esse é um dos gatilhos que esse livro tem) Sim, eu me revolto, mas depois de saber o passado dele não tem como sentir raiva, apenas tristeza por ele ter a necessidade de autodestruição.

Eu preciso admitir: o livro é doloroso, mas é necessário.

O que mais desejei foi que a história tomasse um rumo bom, só pra eu ter esse alívio. Mas não aconteceu, isso não parece uma ficção, parece uma realidade cruel demais pra ser aceita. Como aceitar que existem pessoas passando pelo o que Jude passou nesse exato momento? Já vi em resenhas dizerem que os acontecimentos são muito exagerados, improváveis. Eu discordo, e é dor saber que aquilo é realidade pra alguém.

Agora
Pq é necessário?

1. Traumas e marcas, os abusos que Jude sofreu no passado e até no presente o perseguem pra vida toda. Olha só o que um ser um humano é capaz de fazer com o outro, olha só a dor que você é capaz de infringir ao ponto de fazer alguém não querer mais viver.

"Sabia que era feio. Sabia que era um lixo. Sabia que era doente. Mas nunca se considerara grotesco. Mas agora era. Parecia haver certa inevitabilidade naquilo, em sua vida: que a cada ano se transformaria em algo pior ? mais repulsivo, mais depravado. A cada ano, seu direito à humanidade diminuía; a cada ano, deixava aos poucos de ser uma pessoa. Mas não se importava mais; não podia se dar ao luxo."

Veja o peso, as pessoas precisam estar cientes que até mesmo as palavras tem poder pra destruir alguém. E o que o Jude passa é além disso. Mostrar isso é revelar o quanto um desejo nojento e doente dos homens pode estragar toda uma vida. O que os homens fizeram com ele tirou toda a possibilidade de ele ser feliz, de se considerar normal.

"Quer ser normal, tudo o que sempre quis foi ser normal, mas a cada ano ele se afasta mais e mais da normalidade."

Será que esse livro seria capaz de mudar a mentalidade de pessoas podres, violentas, ou pelo menos lhes causar aversão ou arrependimento por seus crimes/desejos criminosos? A vida do Jude é pura dor, uma dor capaz de tocar qualquer um que tenha coração.

(Me desculpem se viajei na maionese agora)

2. Se você convive ou conhece alguém que tenha traumas, que sofra de depressão, e que se automultile, talvez esse livro seja obrigatório pra você. No meu ponto de vista, se Jude tivesse sido tratado o quanto antes por um profissional de saúde mental alguma coisa ali poderia ter mudado. Se houvesse mais insistência por parte dos amigos dele, alguns incidentes nesse percurso poderiam ter sido evitados. É uma lição, teve um momento lá pela primeira parte mais ou menos que senti realmente que os amigos de Jude fecharam os olhos para o fato de ele se cortar.

"Como ajudar alguém que não quer ser ajudado enquanto sabe que, se não tentar ajudar, você não estará sendo um bom amigo? Converse comigo, sentia vontade de gritar para Jude às vezes. Me conte alguma coisa. Me diga o que preciso fazer para que você se abra para mim."

Mas também é preciso ter cuidado ao ler esse livro, as cenas de automutilação e os pensamentos auto depreciativos do Jude são coisas delicadas para quem já sentiu coisas assim. São tópicos sensíveis, inclusive o abuso sexual e pedófilia, outros traumas abordados aqui. Pode ser que a leitura ajude ou atrapalhe quem já foi vítima disso, então deve ser lido com cuidado.

3. Seja grato, e seja bom para as pessoas, seja um Harold, seja um Wirrell (não totalmente) na vida de alguém. É só se deparando com situações extremamente piores que a nossa que então ficamos cientes de nossa sorte. A trajetória de Jude fez com que todos os meus problemas parecessem insigficantes. Então esse livro pode te despertar gratidão pela vida que você tem, só que também vai te deixar mal pela vida que o protagonista tem.

"? Mas, você sabe, sempre tive sorte na vida." O JUDE DISSE ISSO. Ele é grato pelas pequenas alegrias da vida, mesmo já tendo sofrido tanto.

3.0. Relacionamento abusivo e até onde ele pode chegar: sim isso tem no livro também. E não diria que isso seria um motivo pra a leitura ser essencial. Mas sei lá, tenha cautela e conhecimento sobre quem você se relaciona. Também tem uma pequena parte que vai te fazer de verdade nunca querer nem chegar perto de drogas na sua vida.

Pra mim, além do motivo desse ser o melhor drama já escrito (com passagens lindas sobre várias questões da vida) esses são os três motivos que tornam "uma vida pequena" uma leitura bastante necessária.

(Também achei interessante o modo como luto, vida e morte, paternidade e família, foram abordados no livro, eu adoro o Harold. Um dos melhores personagens do livro)

Eu chorei? Não tive lágrimas pra esse livro, com exceção do último capítulo o qual me fez chorar mais do que chorei no livro todo. Então com exceção disso, cheguei a derramar umas poucas lágrimas, mas a maioria só quando algo muito bom acontecia ao Jude.

Raiva, ódio, angústia e agonia foram impossíveis de não sentir. Mas também ouve momentos em que sorri, sorri pela amizade deles. E é uma amizade linda SE TEM UMA COISA QUE BRILHA NESSE LIVRO É A AMIZADE.

Qualquer migalha de felicidade foi o suficiente pra eu me emocionar, inclusive as cenas boas do livro são as mais lindas e de aquecer o coração. As festas, o jeitinho da amizade deles, o jeito afetuoso... Lindo!

Mas e o amor? Sim, por mais inacreditável que parece esse livro tem um romance. E é um MM romance. Mas no geral é diferente demais, o drama não para, então temos o amor, mas não é convencional. É até um pouco frustante em certo momento. Bonito em outros, genuinamente verdadeiro. E isso também vai trazendo várias questões.

Eu achei alguns dos diálogos dignos de cinema (principalmente as "discussões" entre Wirrell e Jude, os discursos de Andy, os últimos capítulos). Todo esse livro seria um áudio visual emocionante, impactante e muito doloroso, mas belo em diversas cenas.

Eu me pego imaginando como tudo seria se algumas coisas fossem diferentes... "Uma vida pequena" é inesquecível... O Jude é inesquecível, eu só posso imaginar pra me confortar, uma vida feliz pra ele. É só o que resta.

Ou simplesmente pensar nos quatro amigos indo a restaurantes, se divertindo juntos, "os bons tempos" em que eu ainda não tinha lido mais páginas disso. Quase não consegui continuar a ler depois do "Axioma da Igualdade" porém valeu a pena eu não ter desistido da leitura.

Eu leria imediatamente se tivesse uma versão alternativa dessa história. Que essa fosse uma história de superação positiva. De vida e não de sobrevivência.

Realmente tudo só piora e vai ladeira abaixo, e a autora parece uma sádica... É uma trama que mexe com o leitor de várias formas, é pra refletir e é pra sofrer muito. Essa mulher escreve bem, mas não tem piedade, vemos só pior da humanidade, em específico o pior dos homens (agora vou precisar dar spoilers)




Olha: !!!!!! SPOILER ABAIXO !!!!!

Spoiler:




Rir de tristeza pq o Wirrell não tankou o "celibato" (que decepção) não justifica o Jude saber e concordar. Wihell disse que não faria isso, mas fez, que ódio, homem só pensa com a cabeça debaixo (nesse caso sim).

O Caleb teve uma morte dolorosa, mas isso foi tarde demais. Custava alguém ter ido surrar esse infeliz antes disso?

E Andy foi um frangote as vezes sim, deveria ter tomado atitudes, seria ruim pro Jude no momento. Mas lá no futuro seria algo que agregaria. Andy poderia ter feito mais, e cedo seria melhor, mas os anos passaram e tudo ficou mais enraizado no Jude... Realmente me irritei com as coisas que todos poderiam ter feito pra ajudar Jude, mas foram covardes demais. Da mesma forma que é triste saber, que fizeram quase tudo o possível. Principalmente Harold e Julia no final, o livro não mostrou o pensamento de Jude quando ele pôs um fim em tudo. Mas deve ter sido algo muito forte.

"E ele chora e chora, chora por tudo que foi, por tudo que podia ter sido, por cada velha ferida, por cada velha alegria, chora pela vergonha e pela felicidade de finalmente poder ser criança, com todos os caprichos, as vontades e as inseguranças de uma criança, pelo privilégio de se comportar mal e ser perdoado, pelo esplendor do afeto, dos carinhos, de servirem-lhe uma refeição e forçarem-no a comê-la, pela capacidade, finalmente, finalmente, de acreditar nas garantias de um pai, de acreditar que ele é especial para alguém, apesar de todos os seus erros e de seu ódio, por causa de todos os seus erros e de seu ódio." Achei que ele ficaria bem então, mas única resposta pra ele foi a morte, o que mostra o quão incurável era seu sofrimento nessa terra. Simplesmente avassalador.

Harold um bom pai, eu chorei quando ele e Julia contaram que iam adotar o Jude. Impossível não se emocionar.

E também chorei nessa cena aqui: "? Jude ? diz Harold para ele, em voz baixa. ? Meu pobre Jude. Meu pobre querido."

Foi muito marcante, o último capítulo inteiro, sinto vontade de reler. É verdade quando dizem que esse é o melhor pior livro.

!!!! Spoiler Acima !!!!
skiiwt 10/04/2024minha estante
uau, que resenha amg.


majesticbi 10/04/2024minha estante
Me convenceu a ler


Tamires.Andriola 11/04/2024minha estante
?Por isso tento ser amável com tudo o que vejo, e em tudo que vejo, eu vejo ele.?

LÁGRIMAAAAAAAAAAAS, Amo kkkk




mpettrus 21/12/2022

A Pornografia da Tortura de Um Deficiente
?No início do romance de Hanya Yanagihara, ?Uma Vida Pequena?, quatro jovens, todos formados pela mesma prestigiada universidade da Nova Inglaterra, começaram a estabelecer suas próprias vidas adultas na cidade de Nova York. Eles são fortemente ligados uns aos outros: Willem Ragnarsson, o belo filho de um trabalhador do rancho de Wyoming, que trabalha como garçom, mas aspira ser ator; Malcolm Irvine, o descendente birracial de uma rica família do Upper East Side, que conseguiu uma posição de associado com um arquiteto europeu; Jean-Baptiste Marion, o JB, filho de imigrantes haitianos, que trabalha como recepcionista em uma revista de arte do centro da cidade, em cujas páginas espera, em breve, aparecer; e Jude St. Francis, um advogado e matemático, cuja proveniência e origens étnicas são amplamente desconhecidas, mesmo por seu trio de amigos.

? Jude, o protagonista do romance, a princípio, julguei que a história seria centrada no quarteto de amigos, mas no decorrer de 780 páginas, JB e Malcolm se tornam meros coadjuvantes de si mesmo e Willem é salvo entre um arco e outro bem delimitado, nos é revelado paulatinamente sua vida desvendando o seu passado chocantemente traumático no qual ele foi desfigurado por um psiquiatra sádico, e permeia sua existência fingindo buscar a redenção e só depois se mata por um derrame auto administrado - é muito triste.

E o que restou para mim, enquanto leitor foi um evangelho ferozmente tenso do sofrimento da protagonista. Fiquei com a impressão de que o grande objetivo da autora era chocar o leitor. Presa nessa cegueira, em minha opinião, ela acabou escrevendo um romance altamente previsível. E, uma vez que eu leitor descubro suas previsibilidades, a leitura se torna monótona e insípida.

O romance é vendido como um romance gay. Nada de negativo quanto a isso. Amo romances gays. Porém, deixe-me lhes dizer uma coisa: existem apenas dois homens gays reconhecíveis nesta história: JB, quase o estereótipo de uma rainha gay muito criativa e Caleb, um sádico violento e, possivelmente psicopata. Todas as outras ?possibilidades? são pedófilos (categoricamente não gays ? isso é uma doença, um mal, que não tem nada a ver com ser gay) ou tão irremediavelmente confusos e impotentes que você não consegue saber o que eles são.

A abordagem dos gays aqui é antediluviana não importa a superfície brilhante de suas vidas, estão fadados apenas a morrer de forma solitária e miserável. JB, a metáfora da rainha espirituosa, extravagante, instável e criativa é apenas um ponto da trama. Sua felicidade, dito, mas não mostrado, no final amargo não significa nada mais do que isso. Ele é um dispositivo para arrancar de você mais um arrependimento, mais uma tristeza. Você pode ter certeza de que ele também terá uma morte ignóbil logo após a última página deste romance. E você não ficará incomodado, ofendido ou excitado pelo sexo gay (ou realmente por qualquer sexo) aqui porque não há: é o sexo que não ousa dizer seu nome. Tudo isso porque a autora não sabe absolutamente nada sobre gays além dos estereótipos mais superficiais e não tem imaginação para se aventurar mais fundo.

Também discordo que este é um romance sobre amizade. A própria autora nos diz que a amizade nada mais é do que o gotejamento lento das misérias. Digo-lhes que é a própria autora quem nos fala na narrativa porque, para mim, sua presença foi o tempo todo sentida. Não há absolutamente nada aqui que não seja a presença da autora. É tudo sobre contar uma história e não mostrar a própria história.

Este livro não é sobre amigos, é sobre facilitadores. Todos os personagens principais estão lá especificamente para ajudar Jude, que é justamente o que o destrói. Se fossem seus amigos, nunca teriam deixado às coisas progredirem do jeito que aconteceram. Os personagens são desenhos animados. Eles não podem crescer. Eles não podem surpreender. Tudo o que eles podem fazer é seguir adiante com o enredo meticuloso. Eles não estão aqui para nenhum outro propósito. Eles não são realmente personagens, são apenas peças de engrenagens em uma máquina.

Outro ponto que me incomodou muito foi perceber de imediato a quão manipuladora é a autora com seu leitor levando-o até o enésimo grau de miséria e tristeza. É uma manipulação intencional de emoções para compor a história para provocar dor no leitor, para fazê-lo se sentir o mais terrível e triste homem da raça humana.

Tais maquinações deliberadas violam o pacto implícito entre leitores e autores: para o primeiro, manter a mente aberta e suspender a descrença na leitura do romance, e para o último escrever uma história tão verdadeira quanto possível, o que significa não tentar enganosamente manipular a opinião do leitor. Escrever a história com seus fatos fictícios de forma honesta, verídica, orgânica. Claro, o escritor pode influenciar com subtexto e humor, para tornar a leitura da história edificante, não que seja uma obrigatoriedade.

Hanya não tem uma narrativa ruim. Admito que gostei de como ela desenvolveu o protagonista no decorrer da narrativa, foi seu maior acerto. Mas estou falando em termos de estrutura narrativa, em termos técnicos de literatura. Ela emprega uma estratégia de enredo do qual eu gostava muito quando era adolescente, que era pensar em tantos destinos terríveis quanto pudesse e acumulá-los sobre a protagonista, um após o outro, até que a autora fica sem ideias, mata a protagonista e escreve cenas comoventes de seus amigos e parentes lamentando sua vida miserável e morte prematura. Atualmente, estou um leitor extremamente exigente.

Por fim, e não menos importante, é bom saber que Jude é inteiramente uma invenção da Yanagihara, não uma figura baseada em testemunhos de sobreviventes de estupro infantil, estudos de casos clínicos ou qualquer coisa empírica. Jude é um objeto irritante de atenção, mas resisti em culpar a vítima. Eu culpo o autor.

A protagonista é uma invenção da mente da autora totalmente formada, pronta, sem chances de revelar nuances e crescimentos pessoais. Fica claro para mim que ela criou essa personagem apenas para nos contar de um homem deficiente que não tem a menor chance de ser feliz. Dito isso, pareceu-me uma história pornográfica torturando um homem deficiente. Deixe-me lhes dizer mais sobre isso: eu, enquanto homem gay e pessoa com deficiência, não me sentir representado por essa personagem em nenhum momento durante a longa narrativa de 780 páginas. Mais uma vez, fica claro para mim que a autora não sabe nada sobre a vivência do homem gay e, sobretudo, a vivência de pessoas com deficiências.

Esse romance desenvolve uma trajetória descendente implacável. Poderia ter tido ainda mais impacto com menos animais selvagens rondando por menos páginas, mas me pareceu apenas um livro voyeurístico. Eu estava desejando que o protagonista se parecesse mais com aquela foto de Hujar na capa do livro, de um belo jovem no auge de um orgasmo. Neste ponto, me repreendi pelo meu prazer de um pouco de vida, mas há de se lembrar de que o bom gosto tem seu lugar e também seus limites. Gosto de escritores que estão dispostos a ultrapassar seus limites narrativos, mas desde que o façam bem feito nos levando ao lugar que na minha imaginação de leitor posso chamar de paraíso.
Amal0 22/12/2022minha estante
Ótima análise


Gu Vaz 22/12/2022minha estante
Esses detalhes que você descreve em sua crítica casam perfeitamente com a imagem que construí deste livro sem mesmo ter lido, principalmente porque a pornografia da tortura aconteça com frequência com lgbt+ nas mídias em geral.


Bastos 22/12/2022minha estante
Muito boa a resenha. Nunca li o livro só que sempre vi geral amando ele e pra mim sempre pareceu um livro bosta que quer chocar o leitor de tantas maneiras que parece forçado até.


Abduzindolivros 22/12/2022minha estante
Agora perdi a vontade de continuar lendo


Nilsonln 22/12/2022minha estante
Amigo, fiquei maravilhado com a tua resenha. Você é uma pessoa certamente muito inteligente, crítica e consciente, parabéns por isso. Entendo a literatura como algo subjetivo de leitor para leitor. Não discordo necessariamente de nenhum dos pontos que você menciona em sua resenha, alguns reconheci por minha leitura, outros não. Isso porquê literatura para mim é lazer, escape, conhecimento e não dou importância para alguns pontos e eles não me atingem tanto por serem ficção. Como disse, as reações são diferentes para cada leitor. Apesar de todas os seus problemas, gostei do livro e até favoritei, essa foi a minha reação ao livro, mas respeito qualquer outra. Quê bom poder ver aqui no Skoob as várias reações e perceber as várias nuances de um livro através da visão dr outros leitores.


mpettrus 22/12/2022minha estante
Muito obrigado, Amal Nandini ??????


mpettrus 22/12/2022minha estante
Oi, Gustavo Vaz!

Obrigado pelo feedback!!!

Então, esse tipo de narrativa pornográfica em literatura LGBTQIA+ me deixam numa ?gastura? sem fim. Com alguma frequência, eu percebo isso mais em autores héteros que se propõe a escrever sobre personagens LGBTQIA+.

Se formos parar pra prestar atenção, autores queer tem uma linguagem mais límpida, mais honesta, mais verdadeira e crível. E também mais respeitosa.


mpettrus 22/12/2022minha estante
Oi, Daniel Bastos!!! Obrigado pelo feedback!!!

Eu fui justamente ?envolvido? pela empolgação da galera que ama o livro e me propus a ler.

E de verdade lhe digo: uma das primeiras coisas que notei na narrativa da Yanagihara foi justamente isso: ela está obcecada em fazer você se chocar com cenas gráficas de pura violência. Podiam fazer sentido no começo. Mas em 780 páginas já não faziam sentido nenhum.

???


mpettrus 23/12/2022minha estante
Oi, Márcia Arantes!!! Obrigado pelo feedback!!! ???

Mas você já iniciou a leitura né?! Eu olhei no seu feed. Minha linda, se até esse momento a leitura está fluindo para você, continue a sua leitura. Super incentivo a continuar. Do contrário, parta logo pra outra jornada, porque nossa lista de leitura nunca acaba né?! Hahahahahahhahaha

Boa leitura e divirta-se!!!


mpettrus 23/12/2022minha estante
Oi, Nilson Neumann!!! Muito obrigado pelo feedback ??? De verdade, muito obrigado!!!!

Super concordo com suas palavras e, principalmente, quanto a dizer que a literatura é algo muito subjetivo. Que as emoções e impressões se diferenciam de leitor para leitor. E que também os motivos de cada leitor para embarcar na literatura é permeada de mil motivos e possibilidades de entendimento.

E tudo bem cada escolha e cada motivo do leitor sobre como ele enxerga a literatura. Eu tenho meus momentos de lazer com a literatura, de escape, de conhecimentos. Assim, como também tenho aqueles momentos em que embarco num determinado livro em que minha leitura será de análise, de observação crítica, de pontuar o que me incomodou, o que me agradou. Enfim?

E é sempre maravilhoso também ler outros pontos de vista de outros leitores. Isso nos ajudar a ampliar nosso próprio entendimento do que é a literatura né?!

Grande abraço ?


Abduzindolivros 23/12/2022minha estante
Por enquanto, continuarei lendo, agora estou curiosa para saber o que vai acontecer com Jude, mas tem sido uma leitura sufocante


Regis 25/12/2022minha estante
Ótima resenha, mpettrus!
Desde que vi a resenha do Paulo Ratz sobre esse livro, já o mandei para o fim da fila e agora permanecerá lá por muito tempo após ler a sua.
Adorei acompanhar o desenvolvimento do livro pelos seus comentários no decorrer da leitura e agradeço por ter economizado meu tempo com seu ponto de vista. No futuro pretendo fazer a leitura e ver por mim mesma o que o livro transmite, mas por enquanto estou satisfeita em passá-lo para o último lugar da fila.
Adorei sua resenha, ficou perfeita! ? ???


mpettrus 26/12/2022minha estante
Ai que tudoooooooooo ler esse comentário maravilhoso e saber que pude contribuir de maneira positiva para sua percepção acerca desse romance. Obrigado pelo feedback!!! ???

E o mais legal também é saber que você tem sim pretensão de ler esse livro num futuro próximo, que você não ficou ?fechada? em não se aventurar por esse romance. Mas que, por ora, você tem outras prioridades ??? e verdade seja dita: temos sempre uma prioridade na nossa interminável lista de leitura de livros kkkkk

Feliz Natal, Poder!!! ????


Natalie.Coppola 30/12/2022minha estante
Resenha perfeita, traduziu todo o desconforto que senti lendo esse livro. É uma sequência absurda de abusos, chega um ponto que fica inverossímil e parece que está ali apenas para chocar. La pelos 80% poderia ter acabado pq o final é apenas para ruminar ainda mais toda a tragédia. Gostei em partes porque me causou muitas emoções, e gosto de livros assim, mas não recomendo para quem não quer ser chocado.


mpettrus 30/12/2022minha estante
Oi, Natalie Coppola!!! Obrigado pelo comentário e feedback!

Perfeita a sua colocação. Confesso sim que gostei de algumas cenas porque me trouxe emoções e como qualquer leitor, gosto disso. Mas é que no final de tudo eu fui tão ?massacrado? com a insistência da autora em ?narrar sofrimento pós sofrimento?, que sinceramente fiquei borocoxô.

Feliz Ano Novo, Nat! ??????


Cristine 28/05/2023minha estante
não concordo com algumas das suas observações sobre o livro, mas creio que você tem mais lugar de fala que eu. Ainda assim, gostei do livro. E quanto à foto da capa, interpretei como uma expressão de dor, não de prazer. Abraços!


edufreg 03/11/2023minha estante
achei interessante essa parte "eu, enquanto homem gay e pessoa com deficiência, não me senti representado por essa personagem em nenhum momento durante a longa narrativa de 780 páginas".

porque pressupõe que uma expressão artística de ficção tem o dever de representar alguém. no caso, teria o dever de representar especificamente você. o Jude, pra ser considerado um personagem bem escrito, precisaria ser uma representação sua. ou minha. ou de alguma pessoa com as características dele. ou de todas as pessoas do mundo que tenham alguma característica dele.

eu não acho que esse deve ser o papel de uma obra de ficção. na verdade, pelo contrpario. se eu me sentir representado por algo, bacana. se não, tudo bem. eu não leio pra procurar representações fieis a mim. eu leio justamente pra encontrar coisas novas, diferentes, criativas e inesperadas. eu sou gay e não me senti representado pelo Jude, e talvez por isso foi um personagem inesquecível e fascinante pra mim. o mesmo sobre o Willem. sobre o JB, talvez eu tenha sim me identificado em algumas coisas, e não fico orgulhoso de admitir isso.

eu também acho que a orientação sexual, nem de longe, é um fator determinante nesses personagens. é apenas uma de suas características. personagens heteros, que são a maioria na ficção, podem ser tudo. podem ser reais, irreais, malucos, santos, depravados... ninguém cobra que eles representem todas as pessoas heteros do mundo de maneira correta e realista. por que os personagens gays sempre precisam seguir uma cartilha moral da representação correta e verossímil?

sobre gays terem finais trágicos, olha, sendo bem sincero, as histórias mais memoráveis, icônicas e inesquecíveis têm finais trágicos, incluindo as histórias sobre heteros. finais tristes e trágicos são populares porque são marcantes. os filmes e livros mais populares e adorados da história têm finais trágicos. romances, mais ainda. a Hanya sabe disso, ela falou sobre a vontade de escrever algo forte e inesquecível, e ela conseguiu.


Gabriel Saraiva 09/04/2024minha estante
o título da review foi tão cirúrgico que poderia parar nele mesmo kkkkkkk




spoiler visualizar
Macabea0 25/02/2024minha estante
Livro da minha vida! Tenho até tatuagem


thod 25/02/2024minha estante
tô lendo e nem cheguei na metade do livro e já tô espantado


lorranyestev 25/02/2024minha estante
Foi certeira!




Rosangela Max 10/05/2022

Drama na potência máxima.
Esta é uma das histórias de ficção mais difíceis que já li. É tão carregada emocionalmente que acredito que nem todos conseguirão seguir com a leitura.
Fala sobre dor física e emocional, violência, abusos de diferente formas, traumas, desesperança, desilusão? enfim, é um pacote cheio de tristezas.
Mesmo quando aparecia uma ?luz no fim do túnel?, essa luz não tinha força suficiente para brilhar.
É uma história sofrida e a única coisa fácil nela é a escrita da autora que é fluída.
Há excesso de drama e do desenvolvimento do perfil de bom-moço do personagem principal, talvez para tornar o leitor ainda mais sensível ao sofrimento dele.
É o tipo de enredo que deixa como lembrança as passagens de sofrimento porque são elas que compõe a maior parte do livro. Chega a ser demasiado, a ponto de se tornar cansativo.
Eu não gosto quando os autores exageram no gênero, prefiro histórias equilibradas. Mesmo assim, recomendo a leitura para quem gosta de dramas.
comentários(0)comente



resenhasdajulia 19/08/2021

"E em tudo que vejo, vejo ele."
Primeiramente, vou alertar sobre alguns gatilhos que esse livro possui: pedofilia, automutilação, violência à pessoa com deficiência, estupro, prostituição infantil, suicídio, depressão, abandono, relacionamento abusivo e tortura.

"Uma Vida Pequena" conta a história de quatro amigos, que se conhecem desde a época de faculdade: Jude, litigante de muito sucesso, mas que possui inúmeros traumas do passado; Willem, ator; Malcom, arquiteto e JB, pintor.

Os capítulos são longos e a narrativa é feita ora em terceira pessoa, ora em primeira, alternando entre presente e passado. Pode ser um pouco confuso no começo, porque essas mudanças são bem sutis, mas depois fica mais fácil de entender.

Eu amo livros com personagens "reais" e, com certeza, essa foi a história que eu mais senti isso, ao ler. É um livro intenso, que retrata a vida de uma maneira verdadeira, crua, e o sentimento de impotência ao ler algumas cenas específicas do Jude, foi muito grande para mim. É uma tristeza atrás da outra.

Mas não achei que a autora passou do ponto ao tratar sobre os sofrimentos do Jude porque, as vezes, o trauma é tão grande na vida de uma pessoa que, por mais que ela queira "se ajudar", não é simples assim, e a dor não vai embora, não importa quanto tempo passe.

Queria fazer uma resenha melhor mas, sem dúvidas, é a mais difícil que já fiz, porque esse livro me fez sentir tantas coisas, e ele é tão profundo, tão dilacerador, que é complicado falar sobre.

Foi um livro devastador para mim, e que, com certeza, jamais vou esquecer. Jude e Willem ficarão para sempre em meu coração.
mari 19/08/2021minha estante
Tenho uma curiosidade sobre esse livro... mas sempre vejo as pessoas falando que é muito triste, que é "de querer fazer cortar os pulsos" kkkkk fico com medo de ler, pelos gatilhos.


Madu 19/08/2021minha estante
Quero muito ler esse livro, mas definitivamente estou sem saúde mental pra ler agora rsrsrs


resenhasdajulia 19/08/2021minha estante
Eu também estou sem saúde mental e li mesmo assim, Madu, mas não recomendo kkkk


resenhasdajulia 19/08/2021minha estante
Têm muitos gatilhos mesmo, Mari!


Lavih.medeiros 22/08/2021minha estante
estou com vontade de ler, mas tenho medo




Daniel 28/06/2016

Pesado e tristíssimo
Tem spoiler, mas LEIA, se pretende ler este livro

É um livro pesado e muito triste. A sinopse dá a entender que é um livro lindo sobre a amizade entre quatro amigos. Não é bem isso. Quem pretende ler deve estar preparado para temas pesados, como violência física e psicológica, abuso infantil, e auto mutilação. O personagem principal, Jude sofre, sofre muito, MUITO. Este sofrimento acontece durante sua infância, adolescência (narrados em flashbacks) e na vida adulta. E ele não consegue superar estes sofrimentos, apesar de contar com amigos generosos e presentes – e taí uma coisa que o leitor fica meio sem entender bem: como um personagem tão negativo, tão traumatizado, tão fechado, consegue fazer amizades tão sólidas e tão devotas. Achei surpreendente que seja um livro que fala mais sobre a amizade, sendo que o amor romântico fica em segundo plano. Todos os personagens do livro acham Jude carismático, inteligente, brilhante, mas o leitor não consegue ver estas qualidades (eu pelo menos não). Então lá pelo meio do livro o leitor fica – eu fiquei - cansado de tanto sofrimento e tanta mutilação... Apesar de ter todas as oportunidades de seguir adiante, o personagem Jude simplesmente não consegue superar seus traumas, nem consegue pedir ajuda. As descrições de lesões corporais autoinfligidas beiram o sadismo. E não se enxergam caminhos ou soluções, tudo é muito negativo...

Então você, que pretende ler este livro, pergunta: depois dessa desgraceira toda, vale a pena ler? A resposta é talvez, por que a autora escreve bem e permeia sua narrativa com reflexões nas quais o leitor se identifica. Mas acho absolutamente contra-indicado para pessoas muito sensíveis e com tendência a estados depressivos. Ao final da leitura, sei lá... bate uma sensação que, definitivamente, não compensou acompanhar tanta dor e tanto sofrimento.
Fabiana.S 28/06/2016minha estante
Não tinha ouvido falar dele. Apesar de estar evitando livros de histórias muito pesadas ultimamente, me interessei por esse depois de sua resenha. Está na chuva...


Cesinha 28/06/2016minha estante
Pois só me animou mais a ler!!


edu basílio 28/06/2016minha estante
Seu comentário me deixou curioso sim para lê-lo... apenas farei isso em uma época bem tranquila para mim, para saborear o que a escrita da autora tem de bom, sem risco de deixar essa atmosfera depressiva me contaminar.


GilbertoOrtegaJr 28/06/2016minha estante
Dan, eu estou procurando chifre em cabeça de cavalo, ou ele lembra o Pintassilgo em alguns aspecto ?


Daniel 29/06/2016minha estante
Não lembra não Gilberto. É um outro tipo de narrativa. Muito down, mesmo. Donna Tartt dá de 10 a 0. Este livro com 400 páginas a menos - exatamente as páginas mais trágicas - seria muito melhor


GilbertoOrtegaJr 29/06/2016minha estante
Vish, Dan, não me desanime hahaha


Debora.Goncalves 07/07/2016minha estante
Estou na metade da leitura e realmente é um livro muito pesado e estou me arrependendo de ter comprado esse livro e iniciado essa leitura. Estou me perguntando: O que vou trazer de bom ao fim dessa leitura? Até agora não estou vendo nada rs...Achei que com desenrolar da história o personagem Jude fosse ter uma vida melhor, apesar de todo o seu passado e também seu presente, com sua paranoia e sua automutilação, mas a coisa só tá piorando


Bruno 17/07/2016minha estante
Cara, eu comprei esse livro sabendo que seria um livro pesado e difícil de digerir mas quando ele chegou nas minhas mão eu tive uma sensação ruim, como se eu tivesse prevendo que esse livro ia me fuder emocionalmente. Não cheguei nem a ler as primeiras página e dei de presente a uma amiga. kkkkkkkkk
Depois de ler esse seu comentário eu agradeço por não ter lido! Não tenho estrutura emocional pra certos livros.


Zi 11/11/2016minha estante
Realmente, seu comentário está bem, apesar de bem avaliado, não é o tipo de livro que faz a minha cabeça, eu daria apenas duas estrelas para ele.


rogê 23/02/2018minha estante
Daniel, entendo seu ponto de vista, mas, ainda assim, gostei bastante do livro.
Muitos leitores acham exagerado o "chororô" de Jude. Talvez devido ao fato de ser difícil se colocar no lugar desse personagem, ver a vida do ponto de vista dele. Talvez seja difícil entender tamanho dano emocional causado pelas experiencias de Jude, que, mesmo diante de tanta (mas muita mesmo) ajuda, ainda perece.
Contudo, tentar se colocar no lugar de Jude é uma boa experiência. Será que suportaríamos tanta miséria por muito tempo?


Daniel 26/06/2020minha estante
Rogê, a autora me incomodou muito com sua intenção clara de "chocar" e de "fazer o leitor chorar". Se o objetivo era incomodar, isso ela conseguiu com láureas. Mas o principal no meu descontentamento é o fato da leitura, na minha opinião, "nao compensar". Não há redenção, não há alívio, não há bálsamo pras feridas. Sendo assim, pra quê?? Desgraceira e injustiça já basta a vida real.


Treicy 23/10/2020minha estante
Muito sincera sua resenha, depois de ver muito sofrimento no booktube, achei sem dúvida que a sua resenha é a mais próxima e sucinta do que aparenta ser a sensação do livro e as consequências dele. Conhecendo o livro hoje sem ter lido, eu não acho que vale a pena pagar pra sofrer. Eu entendo quem vai por curiosidade ou até mesmo sem saber o que essa aventura vai acarretar, sei lá encontrando o livro numa livraria física e achar interessante levar pra casa, mas o sofrimento existe na vida fora do livro, o jornal mostra isso, acho que pra sofrer de graça basta ligar a TV.


Vinicius 08/06/2021minha estante
Eita. Esse ta no meu radar faz tempo... agora vou repensar rs


Cris 05/07/2021minha estante
É angustiante como Minha sombria Vanessa?


Daniel 06/07/2021minha estante
Cris Pimentel, Minha sombria Vanessa parece um conto de fadas perto desse aqui


Cris 07/07/2021minha estante
Vixi... Vou esperar um pouco pra ler. Obrigada


vera 14/01/2022minha estante
Eu terminei e so pensei 4 coisas:
a) quanta tragedia junta;
b) quanta gente bem sucedida junta;
c) que livro pretensioso;
d) podia ter metade do tamanho ...




maltchik/ 06/06/2024

Brilho eterno de uma mente sem lembranças.
Em muitas ocasiões da história me peguei pensando nesse título/filme. Em como as lembranças tem uma forte influência em nossas vidas. Se vc parar pra pensar, dependendo do contexto até uma lembrança boa, aquela que vc guarda com tanto carinho, pode lhe causar dor. Imagina então  se grande parte da sua vida for só de lembranças muito ruins, traumas muito severos que vão abrindo caminho feito uma serra na tua mente.
Lembranças que vão surgindo como Hienas famitas, com o único objetivo de destruir vc.
Como seria tão bom ter alguma forma de simplesmente apagar cada uma e não deixar que acabem ditando o rumo que sua vida tomará. E conseguir criar o próprio futuro sem todo o fardo negativo e experiências perturbadoras pelo qual já passou.

Enquanto lia esse livro me senti em uma arda escalada de tragédias ao cume de uma montanha e uma vez chegando ao topo, jogado lá cima pra cair. Oque vai se relatando de certo personagem é triste, é desolador. Mas nem só coisas tristes e desoladoras da pra tirar desse livro, pelo menos pra mim, (e acho que isso sera muito particular de cada um) essa leitura foi um misto de emoções, com muitas lições de companherismo, amizade, amor. E acima de td tb de força, de ver alguém lutando pra se tornar uma pessoa, quando tudo na sua vida a leva por outro caminho.
Por aguentar tanta coisa e ainda sim, nem que de uma maneira muito torta (acho que a que era possível no contexto) tentar viver e conquistar tantas coisas que conquistou.

Não é uma história fácil de ser lida, e acredito que cada leitor que se propor a ler, terá uma percepção diferente. Mas é certo que de uma forma ou de outra essa história vai ser marcante.

Sofrivelmente apaixonante.
Thaí 06/06/2024minha estante
A primeira vez que vi essa capa pensei que era o Jim Carrey!


maltchik/ 06/06/2024minha estante
Thaí, parecido né kk


Rafaela.Knak 06/06/2024minha estante
Que livro, né?? Não tem um dia que eu não pense no Jude e no Willem


maltchik/ 06/06/2024minha estante
Rafaela.Knak, tenho a impressão que ficarei igual vc, pensarei neles por um bom tempo. Apesar de já ter sido contaminado com o pessimismo do Jude a uma certa altura, (sabendo que a qualquer momento alguma merda ia acontecer) n esperava oq aconteceu com Willem ?


Stephane.Grizafis 07/06/2024minha estante
Você me fez ficar com ainda mais vontade de ler!


maltchik/ 07/06/2024minha estante
Stephane.Grizafis, se prepare pra fortes emoções.


Raio de Sol 07/06/2024minha estante
Esse livro é tão incrível, fico feliz que tenha gostado também




Daniel 26/06/2021

O melhor/pior livro que já li na vida
Desde o momento no qual iniciei a leitura de "Uma vida pequena", sabia que esta seria uma leitura pesada. Os fortes temas abordados, além de opiniões de conhecidos que haviam lido previamente deveriam ter sido alertas suficientes a respeito, mas acho que quase nada te prepara para o que existe ao longo das quase 800 páginas.
Acho que em todos os meus anos com livros nunca encontrei algo que fosse tão capaz de mexer com meus sentimentos da forma como a obra me proporcionou. Eu nunca havia chorado com um livro em minha vida, mas esse foi suficiente para me fazer cair em lagrimas três vezes. Além dos momentos em que me controlei para não chorar muito mais do que isso.
O enredo muda diversas vezes ao longo da história. Em seu inicio acredito que já causa a sensação de que irá seguir por uma linhagem difícil, mas isso muda no decorrer da trama pelo fato de centralizar nas questões do personagem principal. Ele não tem seu protagonismo revelado logo no começo, mas assim que a autora da indícios disso, passa a ser exposta a parte realmente difícil de ler.
Uma vida pequena não é um livro para qualquer tipo de leitor, e requer preparo emocional até para aqueles que se sentem dispostos a lê-lo sabendo seu conteúdo. As cenas explicitamente descritivas causam extremo desconforto, angustia e muitas sensações ainda piores. Existem fortes gatilhos emocionais, que em certo ponto causam a impressão em certas partes de que a autora quis focar em excesso no drama, na tristeza e isso, para mim, é o único pecado da escrita.
O desenvolvimento de alguns personagens são excelentes, outros nem tanto. Contudo, também é impossível não se apegar a pelo menos um deles, assim como aprender a ama-los por seu erros e acertos.
Escrevo essa resenha dois meses depois de ter lido o livro, e confesso que ainda me pego relembrando de diversos momentos da história. Os poucos acontecimentos felizes são muito emocionantes, e os tristes, extremamente dolorosos. Acho que nunca serei capaz de rele-lo, mas isso não faz com que eu deixe de considera-lo como o melhor livro que já li na vida.
Gabryel 26/06/2021minha estante
Essa resenha me deixou com vontade de começar esse livro agora. Arrasou ?


Sofi 26/06/2021minha estante
Hit




Júlia. 17/06/2022

Chorei no ônibus pensando nesse livro
Esse livro não vai mais sair da minha cabeça. As relações de amor e amizade são tão verdadeiras e cruas, o narcisismo, a ambição e a simplicidade se juntam perfeitamente e a cada linha as palavras entram mais profundamente na minha alma.
Me sinto, ao mesmo tempo, alimentada e sugada por esse livro. Foi uma leitura que me custou muito, tive que parar diversas vezes porque não é fácil lidar com tudo que está escrito, mas ao mesmo tempo me sinto grata por ter sido presenteada com a oportunidade de acompanhar 4 vidas tão bonitas. Mas, infelizmente, vidas pequenas.
Aline Michele 17/06/2022minha estante
Chorei horrores com esse livro, mas te entendo, também sou grata por ter lido


Milyzin 17/06/2022minha estante
nunca superei esse livro desde que li,mudou minha visão de mundo,sobre as pessoas. É cruel devastador, impossível esquecer e digerir.




@amwnnda 14/01/2022

uma pequena resenha sobre uma vida pequena
falar sobre esse livro não é fácil.

comecei minha jornada de leitura com ele em setembro, mas logo na segunda parte do livro fiquei terrivelmente afetada. cometi o terrível erro de tentar ler esse livro num período onde estava me recuperando psicologicamente de um evento traumático, e não deu certo. então a primeira coisa que qualquer um tem que saber antes de ler esse livro é: apenas leia se você estiver não apenas bem mentalmente, mas estável.

essa história é, no mínimo, inconstante. é intensa, é crua e é cruel, em tudo que ele se propõe a fazer. em vários momentos da leitura eu me encontrava enojada pelo o que lia, mas não por o livro conter especificamente um conteúdo de caráter nojento. mas sim por que eram narrações tão cruéis para com o leitor que eu não conseguia sentir nada além de repulsa pelo livro e, até mesmo, pela autora.

essa autora é... inexplicável. nunca vou entender o que a motivou a escrever um livro como esse por que, no final, é um livro sem objetivo: sabemos que fala sobre quatro amigos que se conheceram na faculdade. só. não promete nada além disso, e não entrega nada além disso, de fato, mas a autora te surpreende com os cenários mais desconcertantes que você possa tentar adivinhar pra ter numa trama como essa.

hanya yanagihara escreve muito, muito bem. ela te prende de uma forma sobrenatural, mesmo quando está narrando os acontecimentos mais monótonos que a rotina de quatro homens pode ter.

esse livro foi irredutível em mim. citado o livro: "em tudo o que vejo, eu vejo ele" vejo jude, vejo willem, vejo a dor e o amor que senti pelos personagens. nunca vou esquecer.
black.fire 14/01/2022minha estante
tenho interesse em ler esse livro, mas tenho é medo do vou encontrar...




Alice 25/01/2024

O livro mais difícil de descrever
Sem sombra de dúvidas esse é um dos melhores livros que já li em minha vida, e ainda sim não é um livro que eu consiga fazer uma indicação.

Esse livro exige uma estrutura emocional para ser lido, é um livro com muitos gatilhos e é o livro mais pesado que já li.

E mesmo assim a história consegue ser fascinante e linda, é lindo ser ensinado sobre o amor dessa forma, é lindo entender que nem sempre somos sombra nas nossas ações, podemos ser além.

Primeira vez que não termino uma resenha de 5 estrelas com um: ?leiam, e apenas leiam?. Dessa vez término com um: se preparem, e se possível, leiam !
marytw 25/01/2024minha estante
Eita vou ler!!!


lalai_ 25/01/2024minha estante
UAU.


@eusaraabreu 25/01/2024minha estante
Estou no início dessa leitura e já sou ansiosa por natureza, sinto que esse livro desperta muitas emoções ao qual ainda me preparo pra ler ??


Josiane.Smaha 25/01/2024minha estante
Fiquei intrigada com sua descrição Alice! Hehe... já coloquei na minha lista de leitura. Obrigada por compartilhar


Canoff 25/01/2024minha estante
É incrível como não vejo NINGUÉM falando mal desse livro. Todas as resenhas que vi aqui indicavam fortemente a leitura.




Lukinhas 10/08/2021

Uma vida pequena
É o livro mais triste que já li na vida.
Eu termino esse livro com duas opiniões divergentes, mas que pra mim, fazem sentido.
Primeiro: é um livro 5 estrelas e favoritado.
Segundo: se eu pudesse voltar no tempo, não teria lido esse livro.

Meu coração está destruído.

Jude, onde você estiver, espero que tenha encontrado paz.
Vivi 10/08/2021minha estante
Já faz bastante tempo q li este livro e sempre tenho um sentimento de tristeza qdo olho pra ele...




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