Clio0 29/02/2024
Mario Prata tem uma escrita maravilhosa, bem humorada, com uma narrativa que prende facilmente por ser dinâmica e leve... mas James Lins é um tiro no escuro.
A ideia para o livro começou com uma série de crônicas publicadas no Estadão em que elas seriam, na verdade, um relato sobre James Lins, pretenso playboy do interior do estado de São Paulo. Nessa versão moderna do formato de folhetim, Prata escreveu a vida e obra de James - em homenagem a James Deans - em terras tupiniquins.
O personagem age como o típico representante dessa espécie sendo sedutor, malandro, mentiroso, enfim... um canalha. Crer que tal personalidade seja real é o mesmo que atiçar o ódio de qualquer um que tenha que conviver com tal e suportar ser ludibriado, chantageado e tomado vantagem - o que Prata faz consigo mesmo no livro.
Pode não ser uma leitura fácil para alguns, pois o autor não fez nenuma questão de tornar James alguém simpático. Exatamente como a inspiração da vida real.