A imensidão íntima dos carneiros

A imensidão íntima dos carneiros Marcelo Maluf




Resenhas - A Imensidão Íntima dos Carneiros


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Henrique Sanches 17/06/2023

Realismo mágico regado a memórias!!!
Leitura #038 / 2023

A imensidão íntima dos carneiros, de Marcelo Maluf!

A primeira coisa que chama a atenção é o título, A imensidão íntima dos carneiros.

Não consigo ler este título e não pensar em A insustentável leveza do ser.

Mas a semelhança com o livro de Milan Kundera, começa e termina no título. (Me refiro a brincadeira com as palavras).

A história da família de Marcelo Maluf é contada através de uma mistura de realismo mágico com imaginação, com poesia e, principalmente, com memórias...

Essa mistura toda me faz pensar na escrita do Milton Hatoum, outro brasileiro contemporâneo da gente.

"Das distâncias entre as montanhas de Zahle e Santa Bárbara D'Oeste, entre 1920 e 2013, entre o império otomano e a ditadura brasileira, entre um avô e um neto e, da aproximação do fantástico com o autobiográfico, irrompe a narrativa deste romance evocativo, lírico e sensível sobre o medo e suas consequências."

Será que os carneiros são protagonistas nesta história? Você vai ter que ler para descobrir...

É isso, boas leituras!

#ficçãoNacional #poesia #autorNacional #romanceBiográfico #literaturaNacional

site: https://www.instagram.com/p/Ctmf92zOWN7/
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Daiane316 04/06/2023

Intimidade
A imensidão íntima dos carneiros, primeiro romance de Marcelo Maluf, é um presente em prosa poética para a literatura brasileira, seu tom sombrio e onírico, são extremamente precisos, pois da um peso significante a essa jornada de redenção, sacrifício e maturidade.
Uma obra com a imensidão íntima e bonita de histórias que herdamos.
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Sol 62 20/04/2023

História da ancestralidade
Decidi ler o livro "A imensidão íntima dos carneiros", pelo título e pela capa e me encantei pela escrita do autor, Marcelo Maluf, e pelo enredo da história.

Esse livro me lembrou um livro da Elif Shafak intitulado A ilha das árvores perdidas. Em ambos os livros, os autores desenvolvem o enredo a partir de famílias migrantes de países em conflito que optam por "esconder" dos descendentes a história do sofrimento em deixar o pais de origem. A ausência da história passada, leva, principalmente jovens, a buscar desvendar a origem da família. Há muitos pontos em comum entre as duas histórias, embora sejam diametralmente diferentes.

Marcelo Maluf é brasileiro, escritor e professor de criação literária, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura em 2016 - na categoria estreante com mais de 40 anos. Foi finalista do Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte em 2015 e do Prêmio Jabuti em 2016.

Sua escrita é poética, leve, não linear e bastante sensível. Possui dois narradores que se intercalam em quase todos os capítulos, variando inclusive de um parágrafo a outro, o que demanda do leitor uma boa concentração para acompanhar o desenvolver da leitura. Achei essa maneira de intercalar os narradores muito interessante, gostei.

O título de livro, mostra que apesar do carneiro doar parte da sua corpo durante a vida e todo ele após sua morte, tem algo inatingível fisicamente que é só do carneiro, o som de sua imensidão íntima - seu berro. Assim, o neto busca - por meio da voz/berro contido por muitos anos no mais íntimo do ancestral que foi enviado, ainda menino, do Líbano para o Brasil em busca de melhores dias e preservação da família - a história familiar não contada, ocultada por representar o medo, o desespero, o sofrimento, a aniquilação. Essa voz/berro é do seu avô, que conta também com a voz/berro do carneiro do avô.

É um livro que vale a pena ser lido!
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Campa0 19/04/2023

Filosófico e interessante
É um livro curto, fluido, filosófico com uma escrita poética e ao mesmo tempo acessível. Uma história de gerações, narrado de forma mágica. Eu adorei, é uma escrita que tem um quê de estranheza, mas deixa a gente completamente mergulhada na leitura. Vale a pena, e como trabalho na cidade onde se passa a história, ficou tudo mais palpável. Tem um toque de drama familiar, um estilo que já gosto. Diferenças culturais, no tempo e geracionais. São poucas páginas, que entregam bastante! Vale a pena acompanhar a trajetória Assiid, narrada pelo neto, Marcelo.
mayara.marinheiromartinelli 20/04/2023minha estante
Eu recomendo pra todo mundo pq é muito bom mesmo!


Campa0 22/04/2023minha estante
Excelente recomendação amiga




Tina Lilian Azevedo 16/04/2023

Bom...
A história começa bem, mas desanda. O início é bastante onírico, com relato de lendas familiares e do povo libanês que são prazerosas de ler. Porém, desanda para um aspecto fantástico que não me cooptou. É bom mas faltou algo. Talvez porque eu esperava a história da diáspora dessa família e o que viveram para reconstruir suas vidas no Brasil e a narrativa se prende aos traumas que trouxeram consigo.
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Regiane.Consulin 30/12/2022

Um neto acompanhando os últimos dias de seu avô, que ele não chegou a conhecer, como uma forma invisível que o acompanha pela casa.
Uma leitura agradável com pequenas lições.
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Ramon Diego 13/11/2022

Livraço! Há muito tempo não lia um livro tão bom! Marcelo Maluf consegue construir uma prosa poética que revisita os escombros de uma vida em fuga, mas que tenta se ajustar em meio a memória de uma família judaica que vem ao Brasil. Livraço! Gostei demais!
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Lincoln Couto 08/09/2022

"O medo estava no princípio de tudo"
Mais uma leitura excelente de um autor nacional.
Que livro sensível, lírico e mágico, uma escrita tão íntima quanto a imensidão dos carneiros.

Recomendo sem sombra de dúvidas, além de ser curto a escrita é muito fluida, daria pra ter lido em um dia ou dois fácil, mas foi bom ter degustado com paciência. Nem irei entrar em detalhes sobre a trama do livro, só leia.
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MachadiAninha 07/07/2022

Esse livro toca no fundo de qualquer alma perdida (e encontrada)
"Um dia, você também quis voar, meu pai, por que não consegue compreender o meu bater de asas?"

A maior parte das resenhas que li sobre esse livro parecem ter algo em comum: muitos pegaram A Imensidão Íntima dos Carneiros para ler sem saber do que a história se tratava. Um conhecimento também compartilhado sobre a obra é de que sim: você se emocionará lendo. Comigo não foi diferente em nenhum dos dois casos.

"Imensidão" nos traz um protagonista de origem libanesa chamado Marcelo, que a fim de entender a si mesmo, sua identidade, passa a buscar no passado dos seus antecessores a resposta. Nos deparamos, ao longo da narrativa, com várias gerações que viveram todo o tipo de situação, desde guerras no Líbano a situações cotidianas do ser humano.

O embarque-chave da narrativa dá-se pelo tom metafísico além da realidade que conhecemos. As múltiplas alegorias, as viagens dentro do tempo, o ponto de vista de um lugar distante, mesmo que próximo: ora somos fantasmas que rondam a mente do protagonista junto com seu passado, ora conversamos com carneiros, ora o somos. Outro fator muito incrível em "Imensidão" é essa sensibilidade poética aflorada em cada palavra. Cada uso de metáfora, cada linha parece ter sido pensada, e ao mesmo tempo, vivida, dita com naturalidade.

É, de fato, impossível não se emocionar, não refletir, não viver como vive Marcelo em "Imensidão" aquela mesma experiência de conhecer a si mesmo através do outro. Acredito que para qualquer momento da vida, esse livro levanta à mente um diálogo importante sobre quem somos, o que queremos ser e do que somos reflexo.

Com certeza uma das melhores leituras que fiz esse ano! Ansiosa pra ler tudo o que Marcelo (que também é o nome do escritor da obra) produzir daqui pra frente.
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@ale_raposo 30/06/2022

Conexão Líbano-Brasil em forma de sonho.
Esse livro foi um achado no Kindle Unlimited! Influenciada pela maravilhosa Laura,do canal do YT Literaria e uns buquês de etecéteras,comecei essa leitura.
Aqui encontramos Marcelo Maluf,autor do livro e que narra de forma biográfica/ficcional a história de sua família.
Marcelo tem sonhos com seu avô Assaad falecido antes de seu nascimento,um imigrante libanês que veio para o Brasil fugindo da opressão/violência dos turcos ao seu povo,por conta de preseguições religiosas. Em São Paulo,ele se estabelece como mascate e dá origem a sua família,sem nunca esquecer um segredo que o atormenta a décadas.
Vamos acompanhar 4 gerações: Simão,pai de Assaad,que é pai de Michel,por sua vez pai de Marcelo.
A grande sacada Desa narrativa,é ver como o medo,arrependimento e culpa são capazes de ser transmitidos "no sangue" por gerações.
A história é maravilhosa,e por vezes bem confusa caso você não esteja 100% atento ao livro. Apesar desse detalha,valeu muito á pena conhecer essa história.
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Sarah 14/03/2022

Laços familiares e ancestralidade
Em busca da compreensão da história de sua família, bem como pela construção de sua identidade, Marcelo, viajando no tempo, passa a acompanhar seu avô Assaad, já nos seus últimos momentos de vida, recobrando-se de episódios de seu passado que culminaram na sua vinda para o Brasil. A partir daí, inicia-se uma jornada que mescla a infância Assaad no Líbano, sua vida no Brasil e também episódios da vida de Marcelo enquanto membro de uma família de imigrantes libaneses.

O livro, com uma escrita muito lírica, utiliza de recursos narrativos próprios das fábulas e parábolas árabes, o que pode, a princípio, causar certo estranhamento no leitor, mas à medida que vamos nos envolvendo com a história, logo nos acostumamos.

É um livro que fala sobre ascendência, o quanto podemos ou não herdar dos nossos antepassados e que influência eles podem ou não exercer na construção de nossa identidade. Me fez refletir sobre o processo de deixar sua terra natal e o quanto dela ainda se carrega dentro de si, o quanto os traumas lá vividos os acompanhará aonde quer que se esteja.

Gostei muito do livro e fico na torcida para haja novas publicações do autor.
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Pavozzo 27/02/2022

Encarar o medo para livrar-se dele
A temática da ancestralidade, que explicita o quanto de nossas vidas (e de nós mesmos) é determinado por aqueles que nos geraram, é de grande valor.

A importância de se livrar do medo - do passado, da natureza, dos estranhos, de si mesmo - é retratada aqui na narrativa de um homem que, atormentado por tragédias de seu passado, decide exteriorizá-las em um caderno.

No entanto, tenho dificuldade de gostar de histórias que não possuem um enredo claro (pareceu, por vezes, ser apenas um livro de memórias). O excesso de lirismo não me atrai; e a mistura de elementos fantásticos pode confundir o leitor - há momentos em que você não sabe se o que está acontecendo é real ou um sonho.

Relerei futuramente para ver se minhas impressões mudarão.
Pedróviz 27/02/2022minha estante
O excesso de lirismo e a mistura de elementos fantásticos também é uma coisa que me causa certo desconforto.




kedy 13/01/2022

Destaques
Aprendi que o medo nos preserva de viver hinos da a morte em vida. O medo também nos torna cruéis e, escravos dele, podemos nos tornar assassinos. E é da morte que todos da nossa família tem medo desde sempre. Temos medo e por isso preservamos tanto as nossas vidas a ponto de não vivermos tudo o que poderíamos ter vivido.

Confesso não haver nada melhor do que a imensidão do oceano para colocar as coisas no lugar certo dentro de mim.

Abaixo dos meus músculos habita sentimento de ausência, a falta de um lugar para apoiar os meus pés, o modo de viver sempre suspensão, entre o céu e a terra, sem reconhecer um território que seja meu.

Uma estrela cadente é um segredo que se guarda para sempre nos olhos, pois eles contemplaram o último sopro de uma luz.

Eu queria conhecer o mundo. Lembro-me que vivia imaginando minhas aventuras. Em um dos meus devaneios recorrentes, me via, já adulto escalando montanhas, saltando de cidade em cidade, conhecendo pessoas, não me fixando em lugar algum. De certa forma, a estrela atendeu ao meu pedido, vim para o brasil e me tornei mascate.

Por isso, vive. Seja apenas aquilo que é. E não anseie por nenhuma verdade, além da compreensão da sua própria sombra.
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oliviaghetti 04/01/2022

Uma jóia!
A imensidão íntima dos carneiros é um livros que mescla autobiografia, realismo mágico com toques históricos.
Li em uma sentada.
A escrita do autor é altamente lírica, envolvente e sensorial.
Além disso, o livro todo tem um tom de saudade que nos remete à infância, à casa dos avós? enfim, uma agradabilíssima surpresa em 2022!
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Abduzindolivros 30/12/2021

É uma história com potencial de atingir todo leitor. Todo mundo tem família, e uma história com ela. A gente herda coisas; cor dos olhos, pintas estranhas, calvície ou pelos demais, nariz grande, altura, predisposição para ser mais gordinho ou vara seca. Coisas que podemos ?corrigir?, se quisermos.

Diabetes, problemas no coração, pressão alta, depressão. Coisas que a biologia explica, coisas que podemos mapear geneticamente, que dá para entender fácil fácil de onde vêm.

Mas a gente também herda os medos. O calar diante do perigo. O falar demais para fugir. A raiva que ferve o sangue. Aquele encolher de ombros e o olhar baixo de quem se apavora, igualzinho a um antepassado que nunca conhecemos, nunca vimos, mas que sabemos replicá-lo porque alguma coisa dele, indetectável em um exame, corre dentro de nós.

Com uma linguagem poética, fantástica, Marcelo escreve sobre essas heranças que se manifestam em um problema no coração passado por gerações junto com os medos e traumas. Como é que se pode resolver a si mesmo sem saber de quanto tempo remontam os problemas?

A história é narrada tanto por Assaad, o avô, quanto pelo seu neto, Marcelo, em primeira pessoa ? mas sem que suas vozes se confundam. Passado encontra o futuro quando Marcelo transcende o tempo e espaço para acompanhar seu avô, nos seus últimos dias de vida, escrevendo para contar tudo o que mudou em sua própria história desde que seus irmãos foram assassinados, no Líbano.

Então Marcelo entende de onde vieram seus medos de enfrentar a vida, e seu problema no coração.

É sublime, perfeito, impossível não me identificar e não traçar um paralelo com minha própria história, e as heranças que também recebi.

O livro inteiro é uma lição de vida e de escrita ? o autor consegue dominar duas vozes diferentes em primeira pessoa, sem confundi-las, às vezes com mudanças de narrador dentro do mesmo capítulo, de um parágrafo para o outro.

Recomendo fortemente, que seja lido e relido várias vezes. Esse é um dos livros cujas lições não se esgotam.
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