Dez Coisas Que Aprendi Sobre o Amor

Dez Coisas Que Aprendi Sobre o Amor Sarah Butler




Resenhas - Dez coisas que aprendi sobre o amor


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Larissa Benevides 20/11/2015

Resenha: Dez coisas que aprendi sobre o amor
O livro é narrado em primeira pessoa e dois personagens intercalam os capítulos nos dando a visão de ambos os personagens. Em alguns capítulos Alice em outros Daniel compartilham seus sentimentos com o leitor.

Alice é uma jovem que perdeu sua mãe quando criança e está retornando para a sua cidade natal pois o pai se encontra muito doente. Quando a narrativa é da Alice presenciamos a dor de pessoas que enfrentam a tristeza de ver um ente querido com uma doença terminal e passar os últimos momentos ao seu lado.
Sempre pensamos no futuro que poderíamos ter ao lado da pessoa, voltamos no passado para relembrar bons momentos vivenciados, mas também costumamos pensar nas coisas que podíamos ter dito ou feito quando não levamos em conta que um dia aquela pessoa não estará mais conosco. Isso é quase uma constante, sempre que conversamos com alguém que perdeu alguém recentemente, primeiramente a pessoa lembra de alguma palavra atravessada que disse ou de quando ficou sem falar com a pessoa por um motivo bobo.

"- Você alguma vez discutiu com uma pessoa que... sei lá, se foi? - pergunto [...] E, quando você pensa nisso, percebe que nunca fez nada além de discutir com ela. Ou que nunca disse o que realmente importava. Não de verdade. E  daí ela se vai e não há nada que você possa fazer, sabe? - Passo o dedo por uma das rosas. Tento me lembrar de ter escolhido esse papel de parede. É horrível."

Assim durante o livro compartilhamos este momento doloroso da vida da jovem que além disso tem o sentimento que o pai e a irmã não gostavam tanto dela e até mesmo se sente um pouco culpada pela morte de sua mãe há tantos anos.
Alice uma jovem que gosta de viajar, volta para casa e passa mais tempo com as suas irmãs e sobrinhos, tendo que lidar com o sentimento do luto e também de uma paixão não esquecida por seu ex namorado, além de decidir o que fará daqui em diante.

Daniel é um senhor morador de rua, que passa os dias andando pela cidade e recolhendo objetos coloridos. Tem uma mania, cada letra possui uma cor específica e ele passa o dia escrevendo palavras. Por conta de sua vida, a saúde dele não está tão boa e no primeiro capítulo já nos é apresentado que Daniel tem que evitar emoções e deixar seu coração mais calmo.
Através de suas histórias e fala podemos perceber que ele não viveu sempre na rua, estudou com certeza e possui um tanto de cultura na vida.

"A questão é que você perde o ritmo do cotidiano. Dormir, se lavar, fazer a barba, comer, sair para o trabalho. A coisa toda se desintegra mais rápido do que você acha. Você me perguntará por que eu vivo como vivo. Você tem todo o direito. Mas há mais de uma resposta."

Enquanto está narrando temos bastante informação de como é a vida de moradores de rua, em busca de um lugar para comer, roupas diferentes, abrigo do frio e chuva. Bem como as amizades formadas e as pessoas que estão dispostas a ajudar sem esperar nada além do que a amizade, a satisfação de ver a felicidade do próximo. Muitos momentos em que a empatia fala mais alto do que a ganância.
Este senhor também compartilha suas lembranças, algumas sobre sua família e outras sobre a mulher pela qual ele foi completamente apaixonado, com ela teve uma filha porém nunca a encontrou. Este é um dos sonhos que ele ainda conserva, conhecer a filha que teve e explicar o motivo de sua ausência, expressar esse amor que existe dentro de seu peito desde o dia que soube da gravidez.

"Você não pode sentir saudade de alguém que nunca conheceu. Mas sinto saudade de você."

A princípio os dois não possuem nada em comum, mas no desenvolver da narrativa as histórias vão se encontrar.
Uma coisa muito interessante do livro é que cada início de capítulo traz uma lista de dez coisas escrita pelo personagem que vai narrar o capítulo (Alice ou Daniel). Cada lista traz um tema totalmente diferente, mas sempre tem ligação com o que vai ser compartilhado no capítulo. Deixa o leitor mais conectado com os personagens, assim conhecemos mais ainda sobre os pensamentos/sentimentos de cada um.
A escrita da autora é bem tranquila, por isso é um livro rápido, daqueles que você nem percebe a quantidade de páginas já lidas.
Apesar de abordar vários temas complexos da vida de algumas famílias, foi um drama leve de se ler.


site: http://www.sociedadedosleitores.com.br/2017/09/resenha-dez-coisas-que-aprendi-sobre-o.html
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Nina 09/11/2015

Se tivesse que definir um tema para Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor diria que é um livro sobre perdas, mas é também sobre culpa, dor, tristeza, meias-verdades, conflitos internos… Com uma carga dramática muito pesada, confesso que tive uma certa dificuldade para me conectar com essa história, mas que, no fim das contas, se revelou muito linda!

Daniel é morador de rua há mais de trinta anos. Ele perdeu tudo o que amava: sua mãe, seu pai, com quem ele tinha uma relação de amor e ódio, a mulher que ele amava, mas que não pertencia a ele, e uma filha que nem sabe quem ele é e a quem ele nunca conheceu. Há 30 anos sua vida só tem sentido pela esperança de encontrar sua filha, porém isso ainda não aconteceu.

Alice tem 30 anos e se sente rejeitada em sua família. Ela perdeu a mãe muito cedo, e a maior parte de seu tempo passa viajando para não ter que encarar seus problemas familiares. Mas quando descobre que seu pai está morrendo, ela volta para casa para dar um último adeus.

Essa é uma história que tem tudo para ser um drama daqueles, mas que, infelizmente, não conseguiu me conquistar. A narrativa é em primeira pessoa, um capítulo para cada um dos protagonistas e talvez por isso, não consegui me conectar com nenhum dos dois. Com Daniel até rolou uma empatia, me solidarizei muito com a situação dele, mas com Alice não teve como. Ela está sempre reclamando sobre sua relação com a família, mas nunca faz nada para mudar a situação, muito pelo contrário, ela sempre foge.

Outro ponto que me incomodou foi a autora tentar fazer mistério de algo que já está na cara do leitor desde a primeira página, isso fez o livro perder um pouco de sentido para mim porque eu tentava encontrar outra explicação enquanto ela não admitia o óbvio, e quando enfim aconteceu eu não senti o impacto que deveria. A narrativa também não fluiu muito bem, achei arrastada e entrecortada, principalmente nas passagens que retratam os pensamentos dos personagens. Eu até entendi que era uma maneira de representar a confusão dos sentimentos deles, mas acabou atrapalhando minha conexão com a leitura.

Um ponto positivo que encontrei foi a construção dos personagens, eles são reais e críveis. Não tem ninguém 100% bom ou 100% mau ou que tenha sua personalidade definida por uma única característica, todos eles tem suas peculiaridades e sua bagagem de vida. Provavelmente, se a narrativa tivesse se desenvolvido melhor, eu teria amado o livro.

Enfim, o livro é um drama muito interessante e que pode conquistar muita gente, é reflexivo e cheio de ensinamentos mas que, infelizmente, não funcionou para mim. Imagino que muitos leitores vão amar a experiência e por isso não deixo de recomendar, afinal gosto é algo muito pessoal, portanto leiam e tirem suas próprias conclusões.

site: http://www.quemlesabeporque.com/2015/10/dez-coisas-que-aprendi-sobre-o-amor.html#.VkE3E_mrTIU
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Andressa.Soares 26/10/2020

Esperava mais
Sabe aqueles livros ?legalzinhos? só que sem final completo? Então... é desse tipo.
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Khrys Anjos 11/12/2015

A vida sempre encontra uma maneira de lhe mostrar o que realmente importa
Alice precisa voltar para casa pois seu pai está morrendo e quer vê-la antes de partir. Ela acaba tendo que lidar com suas feridas do passado que permanecem pulsantes apesar de cicatrizadas.

Seu relacionamento com o pai e suas irmãs Tilly e Cee é bastante conturbado. Eles indiretamente a culpam pelas atitudes que sua mãe tomou. Assim Alice cresceu no meio de uma família que estava com as bases completamente corroídas não lhe permitindo criar um alicerce firme para os seus sentimentos.

Cee é casada e tem 3 filhos. Super controladora. Acredita ser a dona da verdade. Tilly mantém um relacionamento com um homem casado e é mais condescendente com a Alice. O pai no fundo sente um ressentimento muito forte pois Alice é fisicamente parecida com sua mãe.

Seu último relacionamento amoroso não acabou bem pois o namorado não a assumiu para a família.

Daniel é um sem-teto que vaga pelas ruas de Londres tentando encontrar a filha que nunca teve a chance de abraçar. Ele tem a mania de equivaler uma cor para cada letra do alfabeto. E assim vai catando "lixo" pelas ruas e montando suas mensagens codificadas para a filha.

Ele tem um problema sério no coração e precisa correr contra o tempo para realizar o sonho de estar junto com sua filha. Conhece pessoas que passam por dramas parecidos com o seu em cada abrigo que pernoita.

Dois seres que vivem em "mundos diferentes" que compartilham o mesmo desejo: serem amados. Os dois também compartilham a mania de fazer listas para tudo sempre tendo 10 itens em cada uma.

Desta forma vamos conhecendo suas essências, seus sentimentos, suas dores, suas mágoas, suas alegrias, suas tristezas, seus desejos.

Alice não sabe lidar com a rejeição do pai e das irmãs por isso acabou por entrar num relacionamento com o Kal pois no fundo sabia que não daria certo. O que ela sabe fazer com perfeição é fugir. Quando se sente pressionada arruma a mochila e cai na estrada.

Porém desta vez a vida lhe mostra uma razão para ficar. Os segredos vêm à tona e a fazem enxergar as razões por trás das atitudes da sua família.

Daniel amou desesperadamente alguém no passado. Mesmo sendo um amor impossível ele tinha esperança num final feliz. Não conseguiu viver plenamente este amor e ainda foi afastado de sua filha. Passou a vagar pelas ruas por causa desta decepção.

Cada personagem desta história acaba por ter o mesmo meio de expressar sua dor: a fuga. Alice viajando. Daniel indo morar nas ruas. Cee sendo controladora. Tilly submissa. O sr. Tanner, pai da Alice, se esquivando da filha.

Esta é a atitude típica de todo animal ferido. Se retrair e tentar sarar sozinho a ferida. Porém o que poucos admitem é que para uma ferida ser verdadeiramente expurgada é necessário a ajuda de um "enfermeiro".

Guardar para si mesmo as mágoas, as decepções e as dores acaba por tornar uma simples ferida numa doença generalizada que termina por deixar a pessoa sem defesas.

O amor é o sentimento mais sublime que existe porque é capaz de curar uma alma ferida. Mas ele deve ser sentido plenamente. Não apenas entre um casal mas também entre pais e filhos.

As pessoas não aceitam o fato de um pai ou uma mãe ter predileção por um filho ou filha. Negam que o fazem. Mas quando negam esta verdade estão apenas se engando e ferindo ainda mais aquele que não recebe todo o seu amor. Isso não quer dizer que não o ame. Porém a afinidade espiritual conta muito num relacionamento. Admitir isso torna a pessoa capaz de enxergar a dor que está causando ao outro.

Não aceito amor por obrigação. Se não o sentir por vontade própria não irei me "obrigar" a amar seja quem for.

Ao longo da minha vida aprendi algumas coisas sobre a vida (sei que são apenas gotinhas neste imenso oceano de lições) tais como o amor pode sim morrer se não for cultivado. Principalmente de um filho que se sente rejeitado e que a mãe ou o pai não admite para pelo menos minimizar os danos. Viver tentando agradar e só receber desaprovação é frustrante demais. Esvazia o coração e o amor que antes ali existia se apaga.

Por isso sou a favor do diálogo franco (mesmo tendo crescido numa família com um défit de comunicação). Esta é a única forma de poder seguir em frente sem ter que ficar fazendo paradas para espantar os fantasmas do ressentimento.

Alice e Daniel são dois exemplos de como o amor pode ferir e curar. Em cada etapa de suas vidas tiveram que flutuar num mar de emoções tendo sempre o cuidado de permanecer com a cabeça para fora da água para não se afogarem.

E acompanhar o desenrolar da trama foi um aprendizado pois cada personagem tem uma lição a ensinar para o leitor. Basta que este esteja disposto a enxergar além das aparências.

A ideia de fazer listas é bem bacana pois nos faz refletir sobre tudo o que está gravado no nosso coração, na nossa mente e na nossa alma. Colocar isto para fora ajuda na cauterização das feridas e nos leva a caminhar rumo a cura. Por mais estranho que isso pareça.

P.S.: Deixarei aqui as Dez Coisas que gostaria de dizer para o meu pai se tivesse a chance de estar com ele mais uma vez:
1- Sinto muito.
2- Obrigada.
3- Volta.
4- Me leva.
5- Desculpa.
6- Preciso de um cafuné.
7- Devolve meu chão.
8- Me perdoa.
9- Te perdoo.
10- Nossa ligação ainda não terminou.


site: http://minhamontanharussadeemocoes.blogspot.com.br/2015/09/resenha-dez-coisas-que-aprendi-sobre-o.html
jay98 15/12/2015minha estante
Eu fiquei bastante curiosa com o livro e vim ler algumas resenhas para confirmar meu interesse. E nossa, além de fazer um excelente descrição, você foi tão tocante quanto o livro parece ser. Queria dizer que você só aumentou o meu interesse com suas palavras tão simples, porém dizendo muito mais do que parece.




Pandora 01/02/2016

Desejei “Dez coisas que aprendi sobre o amor”, da Sarah Butler, desde o primeiro olhar. A capa e o titulo me chamaram atenção de cara, algo me disse que esse livro era o meu número. De muitas formas não errei, afinal um pé cansado reconhece um sapato adequado de longe, mas confesso que também não foi uma leitura 5/5.

O livro se passa em Londres, aliás a velha cidade emerge do livro mais do que um cenário, ela é um personagem. Enquanto conta como se cruza a história de Daniel, um sem teto; e Alice, a filha mais nova e enlutada de um médico, Butler explora os lugares e cidadãos londrinos com pericia e afeto tão grandes que fiquei desejando que alguém escrevesse um livro assim sobre Recife.

O livro foi todo escrito em primeira pessoa, oscilando a narrativa entre Alice e Daniel, assim conhecemos o lado dele e dela da história. Ele também pode ser dividido em duas partes, embora a autora não tenha feito isso de fato.

Na primeira parte, conhecemos retalhos da história pessoal de Daniel e Alice, aparentemente eles não possuem relação alguma, a não ser o fato de gostarem de fazer lista de “10 coisas que...” e de ambos gostarem de vagar sem rumo. Daniel, na qualidade de sem teto, vaga por Londres, Alice, na qualidade de filha de um homem bem sucedido, vaga pelo mundo. Na segunda parte descobrimos quais vínculos unem os dois e para onde esses vínculos os levarão.

A narrativa é lenta, introspectiva e emotiva, não é em absoluto um romance no qual almas gêmeas se encontram, não é uma história que te leva para um mundo de fantasia. Butler ancora sua história nas sensações, medos e sentimentos conflitantes dos personagens. Ambos reais, um pouco mal sucedidas em vários aspectos carregando pesos, sonhos, desejos, frustrações e impossibilidades.

Acredito que existem livros feitos para nos fazer sonhar, desconectar com a realidade humana, e outros feitos com o intuito contrario, ou seja, de nos ancorar na realidade, nos fazer olhar em volta e desenvolver empatia com pessoas com as quais jamais vimos, mas que sabemos que estão por ai vivendo suas histórias.

“Dez coisas que aprendi sobre o amor" é do segundo tipo e ele só não é 5/5 porquê apesar da escrita da Sarah ser limpa e correta, quando pensei que ela ia me embalar ela passou a se arrastar. A parte disso, foi uma boa leitura 3,5/5, indico para quem gosta de vez ou outra fugir do romance, do idílico e mergulhar em outras histórias.

site: https://doqueeuleio.blogspot.com.br/2016/02/dez-coisas-que-aprendi-sobre-o-amor-de.html
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Iara.Antunes 10/04/2020

O livro é narrado por duas pessoas Daniel e Alice ambos contanto presente, mas com recordações do passado. Onde ambos tenta entender e tomar decisões na sua vida.
Daniel um morador de rua está numa missão de encontar uma pessoa, quando desisti, o acaso ou destino o ajuda ele tem medo de estragar tudo e isso o impede de falar a verdade.
Alice sempre se sentiu rejeitada pela família, nunca se encaixou e sempre sentiu que seu nascimento vou a causa de muitos problemas. Elas sente que eles esconde algo dela. Mas não quer saber. Quer viajar e fugir deles.
Porém quer saber mais do passado da sua mãe e enteder seus sentimentos com o ex namorado e ter feito a coisa certa por seu pai.
Porém quando ela encontra um morador de rua ela se sente em casa de forma que não sabe explicar.

O livro fala de amor familiar sobre tomar decisões e tentar ser uma pessoa melhor .

Porém o final ficou muito aberto e sem revelações aos personagens, mas pro leitores a informação foram claras.
Isso me frustou por a autora não desenvolver a história que estava se encaminhado por grande revelações.

E você que imagine o final da história, cada um pode criar o desfecho da forma que quiser.
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Bela 07/03/2016

Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor. Autora: Sarah Butler. Editora: Novo Conceito. Páginas: 256.

Recebemos esse livro como cortesia da Novo Conceito por termos postado uma primeira impressão sobre a amostra de 28 páginas e fiquei bem animada para ter a oportunidade de lê-lo por completo porque a história tinha tudo para ser muito boa. Mas confesso que fiquei um pouco frustrada com o livro.

Alice é uma mulher confusa, ela nunca se sentiu em casa no lugar onde cresceu, em Londres, e resolveu largar tudo - as duas irmãs, o emprego, o namorado e o pai- para viajar e, quem sabe, encontrar um lar, em algum lugar. Ela está na Mongólia quando recebe a notícia de que seu pai está com câncer e ela deve voltar para se despedir antes que seja tarde demais.

Daniel é um mendigo, ele teve um relacionamento há uns trinta anos atrás com uma linda mulher casada e ela teve uma menina, que ele nunca conheceu e está procurando. Ele não tem muita ideia de como encontrá-lá, apenas acredita que ela deve ser parecer com a mãe. Mas, quando o pai de Alice morre, um homem rico e conhecido, ele acaba ficando sabendo do local do velório em um jornal e tem a chance de finalmente conhecer a filha. Mas o que dirá para ela? Como irá se apresentar? Será que ela dará atenção a um homem sujo e maltrapilho como ele? E o pai que ela acabou de perder?

"Uma vez que tenha me apaixonado é quase impossível me desapaixonar; aprendi isso sobre mim mesmo. Não é algo que torne a vida mais fácil."

Sarah Butler acaba trazendo algumas reflexões interessantes, é curioso como ela faz com que nos afeiçoemos a um sem teto, um personagem que vive a margem da sociedades e não costuma receber nossa afeição no mundo real. Ela faz com que nos perguntemos sobre a história dele e como ele foi parar naquela condição. E, pensar que cada pessoa que vive nessa condição também tem uma história para contar. Outra reflexão que ele traz é sobre família, algo tão simples e tão importante. São um monte de pessoas imperfeitas que a gente ama, mas dificilmente consegue dizer isso para eles e como é difícil lidar com eles.

"Há pessoas na minha situação que ficam no mesmo lugar, que desenham uma linha invisível ao redor de si mesmas e não a ultrapassam, mas não sei onde você está, por isso continuo me movendo."

O livro é narrado pelos dois personagens, alternando os capítulos, que sempre começam com uma lista de dez coisas. E, curiosamente, tem poucos diálogos. A escrita da autora é um pouco poética, ela deu bastante atenção aos pensamentos dos personagens e às descrições dos ambientes. O que foi bastaaante cansativo e deixou a leitura lenta. A história custou a caminhar, a autora ia jogando informações sobre o passado dos personagens, mas as vezes ficava um pouco confuso, porque mesmo poucas informações eram contadas de forma fragmentada. Acho que ela podia ter escrito o livro em muita menos páginas e passado a mensagem que ela queria sem ter cansado o leitor.

"Se você ficar imóvel num lugar tempo o bastante, ele se mostrará para você. Leva tempo, mas você encontrará estampas e, depois que as encontra, pode começar a sentir em casa - diz ele."

Mas acho que o que mais me frustrou foi o fato do livro não ter fim. Não gosto de livros que te deixam sem saber o que aconteceu de fato, prefiro quando o autor deixa tudo elucidado e eu não fico pensando em mil maneiras do livro poder terminar. Porém, eu até aceito esse tipo de desfecho quando a história é muito boa, do início ao fim. O que não foi exatamente o caso, então eu estava esperando um final muito bom, para compensar todos os pontos negativos do livro, sabe? Aquele final emocionante, que te faz chorar e suspirar. Mas, isso não aconteceu e fiquei assim, meio decepcionada...

site: http://www.sigolendo.com.br/
Lana Wesley 16/03/2016minha estante
Já tinha lido outras resenhas desse livro, e essa foi a primeira que me fez realmente querer lê-lo, pois você conseguiu com tantos elogios da leitura me desperta um curiosidade muito grande em relação a história, a trama me pareceu ser realmente muito emocionante, e linda, adoro livros nesse estilo, espero não me decepcionar com essa leitura.


Francisca 25/03/2016minha estante
O livro parece conter uma estória muito comovente!! Gosto de livros que nos fazem refletir sobre alguma coisa, pois às vezes somos meios relapsos!! Poderia arriscar um palpite em relação ao final do livro, mas deixa pra lá!! Posso errar!!




Fernanda 26/09/2015

Resenha: Dez coisas que aprendi sobre o amor
CONFIRA A RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/09/resenha-dez-coisas-que-aprendi-sobre-o.html
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Aione 22/09/2015

Já havia iniciado a leitura de "Dez coisas que aprendi sobre o amor" quando recebi da editora Novo Conceito os quatro primeiros capítulos da obra para degustação, sendo minhas primeiras impressões, em partes, expressas abaixo:

“A narrativa, em primeira pessoa, se alterna entre as visões de Alice e Daniel, sempre separadas por listas com 10 itens diversos, e já pude notar um pouco do que a obra promete. A escrita de Sarah Butler, não apenas fluida, é bastante poética e envolvente, e suas personagens, interessantes. Enquanto Alice se sente estranha dentro de sua própria família e aparenta ter alguns conflitos pendentes com ela, Daniel vive nas ruas, sonhando encontrar a filha que jamais chegou a conhecer. Vale dizer, também, que me encantei mais pela narrativa de Daniel do que pela de Alice: enquanto a escrita na visão dessa, ao menos inicialmente, é mais descritiva e não tanto emotiva, a daquele desde o início traz suas emoções e pensamentos, tornando-a mais poética e sensível.”

Apesar de meu envolvimento inicial, fui, aos poucos, fazendo uma leitura mais distante da trama, tendo dificuldade em me manter envolvida. A narrativa, por ser muito introspectiva, muitas vezes traz fluxos de pensamentos que acabam sendo entrecortados e, até mesmo, incompletos, por representarem a dificuldade das personagens em lidarem com suas emoções e reflexões. Ainda que esse seja uma característica interessante, seria mentira dizer que proporcionou minha imersão na leitura .

Além disso, a história acabou não me conquistando em seu desenvolvimento. Senti que a parte de Alice em si não teve um grande avanço no enredo, estando limitada ao aprofundamento de suas emoções e ao seu sentimento de inadequação, tanto sobre sua família quanto sobre sua referência de lar. A parte de Daniel, por outro lado, traz a série de acontecimentos relacionados à sua busca pela filha, ainda que, também, seja narrada de maneira totalmente introspectiva e nostálgica – característica essa, aliás, comum às duas narrativas.

Por fim, o próprio desfecho deixou a desejar para mim. Embora mantenha a característica poética da obra como um todo e diga muito mais nas entrelinhas do que naquilo escrito propriamente dito, achei o final um tanto quanto aberto e senti falta de maiores resoluções e explicações. Acredito que, em partes, a intenção da autora tenha sido justamente essa, priorizando a característica emocional do enredo, mas, para mim, infelizmente não foi suficiente.

De modo geral, Dez coisas que aprendi sobre o amor, embora seja uma leitura muito voltada ao emocional das personagens, não se fez intensa ou arrebatadora, ainda que bastante sensível. É uma obra recheada de cores, principalmente, e lembranças, ingredientes responsáveis por seu ar poético.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2015/09/22/resenha-dez-coisas-que-aprendi-sobre-o-amor-sarah-butler/
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Mari Siqueira 20/09/2015

Sensível, emocionante!
Amor, saudade e duas pessoas em busca de um recomeço. O livro de Sarah Butler emociona e toca fundo nos corações mais sensíveis. Com uma narrativa detalhista e bastante descritiva, a autora fez uma história clichê se transformar em uma obra de arte, literalmente. Duas almas perdidas em Londres vagam buscando algo que perderam e, enquanto isso, tentam encontrar a si mesmas.

O cenário londrino foi minunciosamente explorado. Cada esquina, cada tonalidade, cada nome traz realismo, comoção e um mar de sentimentos. Sarah constrói imagens claras na imaginação do leitor e as colore de acordo com o desenvolvimento de suas personagens. Enquanto lia, revisitei a cidade inglesa e li cada trecho como se estivesse tomando um hot chocolate no Starbucks da Russel Square, sentindo o inverno europeu que congela até a alma, mas aquece o coração.

O enredo criado pela autora não é extremamente complexo, assim como não é apelativo. Seu romance é comovente por si só, por contar a história de uma garota que perdeu o pai e um pai que perdeu a filha. Ambos buscam a coragem necessária para seguir em frente, mesmo quando tudo tenta puxá-los para trás. Seus caminhos se cruzam em uma bela mensagem de amor e esperança.

Daniel é um morador de rua que vive em busca de alguém. Sua procura incessante chega a ser desesperadora e nos faz pensar sobre o que sobra para os que perderam tudo. Apesar de viver nas ruas há muitos anos, Daniel carrega uma vida de boas lembranças e um dom especial: a arte. Talentoso e sensível, ele enxerga as cores em sua essência e vê o mundo sob uma perspectiva incrível. Juntando pedaços de lixo, o senhor de idade que mendiga pelas ruas londrinas, faz coisas lindas para presentear a filha que perdeu e, mesmo assim, tanto ama.

Alice acabou de perder o pai para o câncer e não consegue se livrar da saudade, da dor e da culpa por não ter estado ao seu lado. A jovem costuma fugir quando as coisas estão muito difíceis, mas a doença do pai e o apelo de suas irmãs fazem com que ela permaneça em sua cidade natal. Com uma vida amorosa destroçada e a impressão de que destrói tudo em que toca, Alice se sente perdida e sozinha. Tanto Alice quanto Daniel tem uma curiosa mania de fazer listas e as coisas que eles têm em comum vão aproximá-los e mostrar o verdadeiro sentido da esperança.

Dez Coisas Que Aprendi Sobre o Amor é um livro delicado, que traz duas histórias extremamente bem contadas e que, apesar de opostas, se completam. Sarah Butler narra mais do que dramas familiares, dramas humanos. De forma singular, a narrativa traz mais de dez lições sobre o amor, um milhão delas.

"Porque há sempre uma chance, e no dia em que eu desistir pode ser o dia em que encontrarei o que procuro." (p. 80)

site: http://loveloversblog.blogspot.com
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Silvânia Alves 02/09/2015

Dez coisas que aprendi sobre o amor...Primeiras impressões
Sarah Butler ingressa no mundo literário em grande estilo, com seu primeiro livro sendo indicado por ninguém menos que a apresentadora Oprah Winfrey e a escritora Vanessa Diffenbaugh.
Dez coisas que aprendi sobre o amor nos apresenta a Alice e a Daniel, protagonistas desta história.
Ambos com seus medos, seus receios, suas angustias e dúvidas vão se desvendando pro leitor nas páginas do livro.
Daniel, que vive em busca de sua filha, é um morador de rua que vence a cada dia que passa a dor de só saber dela seu nome, mas não perde a esperança de reencontrá-la um dia e dizer tudo que sempre guardou para si.
Alice, uma jovem que diante de uma doença grave, precisa retornar a Londres, tem muitos receios em seu regresso, mas buscará enfrentar estes medos para estar ao lado do pai em sua luta contra o câncer.
Conflitos familiares, medos, dúvidas, fazem parte deste enredo, que embora pareça nada ter entre a vida de Alice e de Daniel, ambos são movidos por um único e mesmo sentimento: A amor.
O livro tem uma capa linda, que já desperta a atenção do leitor em ler a história só de olhar pra ela, remete a um mistério que só desfrutando vagarosamente cada página o leitor saberá descifrar e se deliciar com a história.
Eu li as primeiras páginas em pdf (ebook) e mesmo sendo um arquivo digital, percebe-se o cuidado da editora em relação a diagramação e aparência do texto.
LEIA NA ÍNTEGRA NO BLOG:

site: http://www.detudopouco.com.br/2015/08/dez-coisas-que-aprendi-sobre-o.html
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Tamirez | @resenhandosonhos 31/08/2018

Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor
O livro me ganhou pelo nome e fui esperando uma história meio auto ajuda. Quebrei a cara. Dez coisas que aprendi sobre o amor é provavelmente o livro mais sensível e implícito que li esse ano. Ele diz tudo, sem dizer nada. Faz você sentir muito, com poucas palavras. Faz você pensar, sem trazer a densidade de um problema. É raso e fundo. Profundo e superficial.

É difícil de explicar? Muito. Mas o que posso dizer pra vocês é que, ao fim de cada capítulo escrito por Sarah Butler eu via meus olhos se encherem de lágrimas. A cada nova lista era uma aposta, será que agora tudo virá a tona? A cada conjunto de páginas uma sensação: rápido, rápido. A cada novo parágrafo o desejo de revelação, de entendimento, de conclusão.

Um pouco disso e ao mesmo tempo nada disso aconteceu nessa história e eu não sei explicar direito. Não é um best seller. Não é o melhor livro do ano. Mas é um livro sensível, bonito, simples e emocionante e é por isso eu acho que você deveria ler ele e como eu, ter os olhos marejados em alguns momentos.

A escrita de Butler é por vezes confusa, mas acho que é porque os personagens são assim: almas únicas. Parecem vários narradores, mas são só dois. Você descobre quem eles são e torce por eles. Pelos dois. Esse é um daqueles livros em que você não aceita algo diferente de um final feliz. E mesmo o final sendo tão vago quanto grande parte do livro, o amor vai inundar seu coração.

Essa é provavelmente a resenha que eu menos sei como fazer esse ano, porque é difícil por em palavras, é difícil expressar o que vai ser diferente pra cada leitor, porque vai puxar de cada um memórias ou sentimentos das coisas que viveu. Isso faz a diferença. Isso transforma Dez coisas que aprendi sobre o Amor em um livro que você precisa ler, em um livro que vai tocar você.

site: http://resenhandosonhos.com/dez-coisas-que-aprendi-sobre-o-amor-sarah-butler/
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Ronnison 07/08/2015

Amor por amor conjudado
Recebi com muita felicidade um demo do livro Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor, de Sarah Butler para degustação. O livro é um dos lançamento da Editora Novo Conceito para este mês de Agosto, aliais a Novo Conceito vem surpreendendo a cada mês com um lançamento mais apaixonante que o outro. Bem, o que aprendi com essa degustação?

Minha primeira impressão assim que vi a arte da capa era de que o livro tinha um ar de mistério. E por mais indiferente que eu tenha tentado ser não consegui ignorar as provocações do livro, confesso que a história mal havia começado e já me sentia preso à ela. Difícil não se apaixonar por uma capa tão bela e ao mesmo tempo obscura, mas tão convidativa quanto um beijo ou grande abraço apertado. O que me deixou ainda mais surpreso e fascinado pela trama, foi a escrita leve em sem muitos floreios com suas narrações intercaladas entre Daniel e Alice, um tipo de prosa inovadora embalada em sentimentos doces. Os personagens são pessoas completamente diferentes dos habituais modelos do gênero, possuem em comum apenas o amor pelas estrelas, mirtilos e cores, mas traduzem um sentimento tão puro, que é praticamente impossível não se apaixonar por ambos.

Descrever os sentimentos durante a leitura não é fácil. O livro mexe com vários tabus, com o fato do protagonista não ser um modelo de personagem, com as traições que ocorrem na história, os relacionamentos citados, Alice e Kal que não poderia ''mostrar'' Alice para o mundo, Alice e sua culpa, uma culpa que não deveria existir, Daniel que se acha tão ''pouco'', tão pequeno e que é tão grande, mostrando que nem sempre o que tem maior preço é o mais valioso. Você se coloca no lugar de Daniel e se vê cercado pelas mazelas da sociedade, ou se coloca no papel Alice e encara uma vida sem rumo, sente o desespero de ambos e quer que tudo seja resolvido numa história tão especial e diferente.

Esse é o livro é estreia de Sarah Butler e que pelo visto irá ser um grande sucesso! Pelo meu "sentido leitor", estou achando que algo incrível ainda vai acontecer, (mas ainda preciso confirmar minha teoria).

Achei muito legal a degustação que recebi. Quero poder ter o livro inteiro em minhas mãos para poder saber o que vai acontecer com os personagens e matar essa curiosidade que já está me deixando louco pois com certeza aprendi muito mais que DEZ coisas sobre o amor!

Para fechar resolvi fazer uma lista sobre 10 coisas que senti ou pensei durante a leitura.

1. O amor enlouquece.
2. O amor inspira.
3. As pessoas morrem.
4. A vida segue sem pedir permissão.
5. Há um lado bonito na tristeza.
6. Nunca se está realmente só.
7. Serei um pai coruja.
8. Quero ter um filho chamado Dante e/ou uma filha chamada Sophia.
9. É melhor ter paz do que ter razão.
10. Um homem bom respeita a família.

http://umfilosofonaweb.blogspot.com.br/2015/08/primeiras-impressoes-dez-coisas-que.html

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Hannaletix 09/08/2020

Não achei ruim, mas também não achei bom. É um livro que tem não tem final, e deixa muitas coisas em aberto.
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Paula Juliana 02/08/2015

Resenha: Dez coisas que aprendi sobre o amor - Sarah Butler
http://overdoselite.blogspot.com.br/2015/08/resenha-dez-coisas-que-aprendi-sobre-o.html

''Alice, Alice, Alice. Não desça na toca do coelho. Não suporto vê-la partir. fique aqui comigo, Alice, Alice, Alice.''

Uma obra emocionante! Uma obra fria e quente, daquelas que as lágrimas chegam sem pedir licença, sem convite! Um livro azul. Definitivamente azul. Azul como o nome da protagonista. Azul como o frio e o gelo. Azul como Londres e a sua semelhança com o oceano! Azul como o amor que se apresenta de inúmeras formas, não necessariamente romântico e confortável!

''Sou um velho de coração meloso, não há outra maneira de descrever. E a verdade é que me sinto mais em casa aqui - à beira do rio, onde há lama e confusão...''

Como começar a descrever essa história? Bem... fala de aceitação, de diversas formas diferentes, fala de relações familiares, pai, mãe, irmãos, namorados... Fala daquilo que deixamos de falar, dos segredos velados e mentiras mascaradas, e também do carinho e amor de pai. Fala por si só, sem nem as vezes ter realmente dito algo. Dez coisas que aprendi sobre o amor é um livro que você olha e já sabe que tem que preparar o coração.

'' Você é mais feliz externamente do que internamente, disse ele, e eu olhei para as estrelas e percebi que ele tinha razão.''

Alice. Começamos com a mulher Alice. De quase 30 anos, perdeu a mãe aos quatro e se culpa pelo acidente, volta para casa depois de uma das muitas viagens, pois seu pai está quase morrendo, a doença terrível o levando sem preparação.

Alice corre, foge de um lugar para o outro, como se isso pudesse a proteger da própria vida, dos problemas, dos medos que sente tão intensamente em seu coração.
Ela não se fixa, não se sente parte daquele meio, não se sente parte de parte nenhuma.

Daniel. Daniel é o que chamamos de sem-teto, de mendigo, andarilho.
Não tem casa, não pertence a algo nenhum. Daniel é um senhor já, um triste velho, com o coração quebrado em todos os sentidos.
Daniel acredita que não tem nada a oferecer para ninguém, sempre pensou assim desde novo, desde que não se ajustou na faculdade, não foi o filho perfeito, não permaneceu em nenhum emprego por muito tempo, desde que seu pai se suicidou, sua mãe faleceu, desde que perdeu a única mulher que amou na vida.
Seu único pensamento e sentido? Sua filha, filha essa que nem sabe de sua existência.

É quando o pai de Alice morre e Daniel vê seu nome no jornal que consegue localizar sua amada e desconhecida filha perdida.
Filha essa que chora por um pai, sem saber que tem outro na vida com tanto amor para compartilhar!

Dez motivos e pensamentos durante a leitura - por Paula:
1) As pessoas fogem. Não fuja.
2) Londres é chuvosa e linda. E parece o mar.
3) Cores. Eu sinto as cores Daniel.
4) Como não se sentir amada... com tanto amor?
5) As pessoas morrem.
6) A vida segue sem pedir permissão.
7) Há um lado bonito na tristeza.
8) Não há um lado bonito na solidão.
9) Ame seus irmãos e perdoe sempre
10) Diga sempre para seu pai o quanto o ama. Aprenda que o amor é um sentimento amplo. Muito grande!

A obra é narrada por Alice e por Daniel, com capítulos intercalados, logo no início de cada um encontramos listas de dez coisas que dizem muito sobre os dois protagonistas!

Os capítulos narrados por Daniel são especiais, é como se ele estivesse o tempo todo contando sua história para Alice, um grande diálogo silencioso, entre pai e filha, como se ela fosse o ser mais especial do mundo. E eu penso: ''Como uma pessoa pode ser tão amada e nem suspeitar disso?''.
Então a história vezes corre, vezes anda, como seus personagens e você se envolve com eles, quer dizer para Daniel: ''Não se entregue. Tenha coragem... força! Segue em frente. Tudo sempre segue em frente na vida. Nada espera a gente se curar.'' e quer dar uma sacudida em Alice e lhe tirar da toca de coelho ou do buraco que se encontra.

''Entre; seja bem vinda. Você erguerá os olhos para o teto e sorrirá. Surpreendente? Não é? Deixe-me explicá-lo. Cada letra tem uma cor, entende? Você tem isso também? Sempre soube. Mas talvez não sejam das mesmas cores que as minhas. De qualquer modo, deixe-me lhe mostrar. Eis aqui seu nome. Este azul-claro é para o A; dourado para o L; rosa para o I; azul-marinho para o C; e cinza-escuro para o E. Você está fazendo que sim. Você entende. Claro que sim. Alice. Filha. Amor. Desculpe. Pai.''

Descrever os sentimentos durante a leitura não é fácil. O livro mexe com vários tabus, com o fato do protagonista ser um mendigo, com as traições que ocorrem na história, os relacionamentos citados, Alice e Kal que não poderia ''mostrar'' Alice para o mundo, Alice e sua culpa, uma culpa que não deveria existir, Daniel que se acha tão ''pouco'', tão pequeno e que é tão grande, mostrando que nem sempre o que precisamos é algo dourado e luminoso. Você se coloca no papel desse pai, e se coloca no papel dessa filha sem rumo, sente o desespero de ambos e quer que tudo seja resolvido, quebra seu coração, você chora, fica emotiva e sensível, vive aquela história tão especial e diferente. Aprende muito mais que DEZ coisas sobre o amor!

''Por isso preciso deixar essa cidade: porque é o tipo de lugar onde alguém destruiria algo feito obviamente com cuidado, só pelo prazer de destruir.''

É uma história de pessoas perdidas. Perdidas de várias maneiras, perdidas dentro de si, correndo ou andando, procurando um rumo, um caminho, uma direção, procurando pessoas ou simplesmente algo que por vezes nem mesmo se sabe o que é.
Talvez Aceitação, talvez segurança, talvez aventura. Talvez somente algo para preencher o vazio que nós mesmos criamos e alimentamos constantemente.
Dez coisas que aprendi sobre o amor é mais que recomendado, embrulhado em algo brilhante, azul e cheio de vida e não esqueça dos lenços... muitos lenços! Você vai precisar!

'' - Se você ficar imóvel num lugar tempo o bastante, ele se mostrará para você. Leva tempo, mas você encontra estampas e, depois que as encontra, pode começar a se sentir em casa.''

Paula Juliana

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