Sonhos em tempo de guerra

Sonhos em tempo de guerra Ngugi wa Thiong'o




Resenhas - Sonhos em tempo de guerra


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Dulcinea2 18/05/2024

Palavras escritas também podem cantar
Ngugi wa Thiong'o registra o seu cotidiano crescendo no Quênia em uma família polígama composta pelo pai, quatro esposas (inclusive a sua mãe) e vários irmãos enquanto conta um pouco sobre o modo de vida, o próprio país na luta pela independência e sua própria trajetória.

O autor é um ótimo contador de histórias e faz a gente mergulhar em sua infância e conhecer a cultura da sua família e do seu país, enquanto discursa também sobre os seus próprios sonhos e suas relações com sua grande família.

É um bom livro pra você conhecer uma outra cultura, tão diferente às vezes, mas que, de algum modo se relaciona em tantas coisas com a nossa própria.

O livro nunca é chato na sua narrativa e em alguns momentos tem algumas preciosidades. O núcleo de personagem principal que giram em torno do autor é bem desenvolvido, e a história do Quênia é contada além da perspectiva de um menino. Vale muito a pena ler!
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Andrea Janaina 06/05/2024

Interessante
O livro que descobri por acaso no app da @skeelo me surpreendeu completamente.

Primeiramente, porque não conhecia o autor e logo descobri sua importância para o Quênia, equiparável à de Mandela para a África do Sul. Ele é um ativista que lutou bravamente pela libertação de seu país do jugo colonial inglês.

Em segundo lugar, através de sua perspectiva, somos confrontados com os danos profundos causados pelos ingleses em sua terra natal. Desmataram florestas para plantar chá, impuseram o inglês às custas da língua nativa e até mesmo proibiram sua própria língua, alegando "prejuízos". Os quenianos foram negados o direito de representação por seus próprios compatriotas; apenas homens brancos, ingleses, podiam defender seus direitos dentro do país. A ironia é que o Quênia era o país favorito da Rainha Elizabeth. Sempre ouvi e li sobre os campos de concentração contra os judeus, mas nunca tinha ouvido sobre os ingleses terem montado um campo de concentração no Quênia para prender quem não respeitasse as regras impostas pelos colonizadores. Apenas no ano passado é que a monarquia inglesa tentou se redimir.

O autor narra suas lembranças como se fosse um diário, proveniente de uma família poligâmica, onde seu pai, apesar de ter quatro esposas e muitos filhos, conseguia sustentá-los bem até perder tudo repentinamente. A partir desse momento, tudo mudou; seus irmãos tiveram que trabalhar nas plantações de chá para sobreviver.

Sua mãe trabalhava nas plantações de milho e frutas e conseguiu mantê-lo na escola. Eles fizeram um pacto: ela faria de tudo para manter seus estudos e ele deveria ser o melhor aluno. Ambos cumpriram suas promessas.

Ele foi o melhor aluno da escola, conquistando uma bolsa integral para o ensino médio em outra cidade. Infelizmente, o livro só menciona isso, mas pesquisando mais sobre sua biografia, descobri o seguinte:

?Ng?g? wa Thiong'o é um romancista, poeta e dramaturgo queniano. Atualmente leciona Literatura Comparada na Universidade da Califórnia-Irvine (UCI). Ele foi convertido à Igreja Escocesa na escola e batizado como James Thiong'o, escrevendo parte de seus livros em inglês. Em 1977, renegou sua identidade inglesa, retomou seu nome e decidiu escrever no idioma nativo g?k?y?, falado em sua infância, para que os quenianos pudessem entender seus romances. No entanto, foi censurado e preso. Foi libertado graças ao apoio da Anistia Internacional em 1978, mas sofreu perseguição sob o regime de Moi e deixou o Quênia em 1982, para viver no exílio, primeiro no Reino Unido e depois nos EUA."
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Toni 18/04/2024

Leituras de 2023 | Ciclo de Leituras: Literatura & Sociedade

Sonhos em tempo de guerra [2010]
Ngugi wa Thiong’o (Quênia, 1938-)
Biblioteca Azul, 2021, 248 p.

A empresa colonial é única para cada uma de suas vítimas. Tentar reduzir as histórias de diferentes nações colonizadas a uma mesma narrativa em comum de horrores mais ou menos específicos, de violências mais ou menos gráficas, não passa de outro gesto de silenciamento, de mais uma tentativa de impor o tempo dos vencedores àquelas culturas que foram subjugadas. Daí a importância de ler mais e sempre livros como “Sonhos em tempo de guerra”, do queniano Ngugi wa Thiong’o: primeira parte de uma trilogia autobiográfica focada na construção de uma identidade pessoal, comunitária e nacional sob o signo do colonialismo.

Neste volume sobre a infância e a adolescência do escritor, língua e educação protagonizam uma história de privações e resiliência durante a Segunda Guerra Mundial (que, diga-se de passagem, contou com a participação de mais 98 mil quenianos). Entrelaçando suas memórias na comunidade poligâmica centrada em torno do pai a eventos históricos que culminaram na Revolta dos Mau Mau (contra o controle da Inglaterra e pela independência do país), Thiong’o reconstrói um universo familiar e cultural atravessado por uma profunda conexão entre a formulação de narrativas e a transformação da realidade, entre texto literário e resistência, entre educação e consciência da precariedade social.

O livro foi escolhido para o “Ciclo de Leituras: Literatura e Sociedade” como exemplo de representação de determinados grupos e contextos históricos por meio de um trabalho literário sobre a memória. Ou ainda, como exercício decolonial de domínio da língua do colonizador para contribuir com a balança de histórias de que falava Chinua Achebe. Por isso mesmo é importante reparar que, neste relato que tem tanto de pessoal quanto de gregário, a memória não seja representada como capricho narcisista ou registro pouco confiável. Aqui, ela faz parte de uma construção coletiva que, aliada à ficção, produz um relato irredutível a categorias estanques e impermeável às generalizações de um olhar colonizado(r).
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cristophxavier 09/04/2024

Para um pequeno conhecimento acerca do colonialismo
Filho de pai poligamo - 4 esposas e 24 filhos, o autor mistura brincadeiras infantis e reflexões sobre o cenário político. Sutilmente, o autor compõe a transformação por qual passa uma sociedade tradicional pela produção escolhida pelos colonizadores. O livro nos revela a perniciosidade do colonialismo sobre os países do terceiro mundo.
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inasantos 03/04/2024

Foi um livro cansativo de ler, possui muita parte história e detalhe. Para quem gosta, certamente é um prato cheio!
Eu li focando mais sobre a cultura, sobre os pensamentos da pequena criança que de pequeno só tinha a idade. Era grande de luz, de dedicação e coração!
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valmir 27/03/2024

Sonhos
" Este trem é ainda mais especial. Ele carregará meus sonhos em tempos de guerra".

Um relato autobiográfico de N?g? wa Thiong'o, na infância e começo da adolescência no Quênia .
Com todas as problemáticas no país, causado principalmente pela colonização britânica, trazendo fome, guerras, e o apagamento cultural.
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Dadá 05/03/2024

Meu ponto fraco é a luta por educação e quando o livro fala disso ele me ganha
Sonhos em tempo de guerra conta a história de Ngugi wa Thing'o desde sua infância até adolescência, vivendo em país colonizado pela Inglaterra e em luta pelo fim dessa colonização. Algumas partes são arrastadas, considerando a necessidade de se mostrar o contexto histórico, mas apesar disso o conhecimento que o livro traz é engrandecedor. O final é simplesmente emocionante.
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César 03/03/2024

Sonhar mesmo em tempos de guerra
O livro traz as memórias de infância do autor, que viveu no interior do Quênia, na época em que o país estava sob o domínio britânico. Nele, conhecemos um pouco dos costumes quenianos, como a tradição oral de contar histórias ao redor da fogueira, o rito de passagem da infância para a vida adulta, através da circuncisão, dentre outros. Além disso, o livro explora a complexa relação entre o autor e sua família, compreendida entre sua mãe, pai, avós e irmãos biológicos, e os meio-irmãos e mães de criação, sendo estas as demais esposas do pai, adepto da poligamia.

Destaca-se a intensa busca do autor, desde os primeiros anos de vida, pela educação e conhecimento, potencializada através de um "pacto" firmado entre ele e sua mãe. Mesmo em um cenário completamente adverso, em meio a extrema pobreza e a guerra, Ng?g? vê nos estudos um combustível para manter seus sonhos vivos.

Sonhos em tempo de guerra é um livro sobre o poder transformador da educação, a qual pode ser utilizada como um ato de resistência, e servir de instrumento na luta pela liberdade e independência de um povo.
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Regina 03/03/2024

Gostei
Apesar de achar a leitura cansativa eu gostei do livro Sonhos em tempo de guerra. Nesse livro o autor/protagonista revela suas memórias desde a infância ao ensino médio. Vemos a melhor modificação da cultura, educação, vestimentas e três outros. Para o autor estudo e educação são prioridades. Primeiro livro que leio do autor e sobre o Quênia. Recomendo
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manumoura18 09/01/2024

"O Quênia é um país de povo africano, legado a nós por nossos antepassados, e ninguém pode tirá-lo de nós."

"Talvez sejam os mitos, tanto quanto os fatos, que mantenham os sonhos vivos mesmo em tempos de guerra."
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Heider 30/12/2023

O poder transformador da educação.
Quando resolvi ler todos os livros de autores africanos que estavam na minha estante empoeirando, era exatamente esse tipo de experiência de leitura que eu procurava. Foi um dos melhores que li em 2023.

Em Sonhos em tempo de guerra, Ngugi wa Thiong'o relembra sua infância no Quênia, ainda sob domínio britânico, sua família e vizinhança, nos apresenta uma sociedade em transformação e detalhes da história da região pouco comentados por aqueles que os colonizaram.

O autor defende o papel da educação e a importância da tradição oral de contar histórias. Logo no início do livro, nos é apresentado a família do protagonista, seu pai, as várias esposas de seu pai e seus muitos irmãos. Cada lembrança é narrada como algo nostálgico, com o encantamento de uma criança que experimenta algo pela primeira vez. Para o protagonista, estudar é mais que um objetivo, é algo que tem o poder de transformar sua vida. A jornada do nosso pequeno herói é emocionante.

Fiquei muito curioso para conhecer ainda mais do autor, da sua literatura, do Quênia e das muitas histórias que dificilmente chegam até nós, histórias sobre culturas ancestrais. Recomendadíssimo.
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Carla.Cerqueira 07/12/2023

Cansativo
Achei que fosse ler mais rápido este livro. Pelas credenciais do autor achei que o livro seria mais fluido. Foi o primeiro autor queniano que li. Mas quero ler outros livros dele... Ver se a experiência melhora...
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Carol 16/10/2023

Ampliando conhecimento sobre países africanos
O livro aborda passagens marcantes da infância e adolescência de Ngugi wa Thiong'o, até o momento em que ele ingressa no ensino médio.

Seu relato traz detalhes de como a população queniana tentou se organizar socialmente, politicamente, economicamente e militarmente sob o domínio britânico.

É o ponto de vista de um nativo e não de quem colonizou e isso é de uma riqueza imensa, ao mesmo tempo em que traz um sentimento ruim pela questão da colonização européia.
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