MaatSantos 19/03/2024
Uma ideia original, mas muito maçante
Como o próprio autor comenta no prefácio do livro, esta história não é para todas as pessoas e provavelmente nem todas irão gostar.
Bem, devo dizer que não é realmente para mim.
A história se passa durante um período do nome do vento, onde acompanhamos o ponto de vista de Auri em um período de sete dias onde basicamente vemos o dia a dia dela.
Não acontece nada demais, não há aventuras ou conflitos, vemos apenas Auri procurando um presente para seu amigo e andando e organizando os lugares do subterrâneo da Universidade.
O que há realmente de intrigante é a forma como esta garota vê o mundo, pois ela observa os objetos e tudo ao redor quase como se tivessem vida. Auri sente coisas que outras pessoas não sentem, ela sabe de coisas que outros não sabem, e pelo que entendi, ela tenta organizar tudo ao redor, até as pequenas coisas, ajudando aos poucos o mundo para que uma grande diferença acabe acontecendo no futuro, talvez por imaginar que outras pessoas um dia irão tê-la como exemplo, ou até mesmo que suas pequenas ações estão sim fazendo efeito a longo prazo.
Apesar dessa perspectiva, na realidade da minha leitura achei bastante cansativa e desinteressante. Auri viaja de cômodo em cômodo, movendo objetos de lugar, pensando no melhor presente para seu amigo, é um jogo de palavras, ações e pensamentos que passam por ela, mas que para mim não foi algo incrível de se ler. Com toda certeza se este livro tivesse sido reduzido em um capítulo e colocado no primeiro livro, eu com certeza teria gostado bem mais.