Mares de Sangue

Mares de Sangue Scott Lynch




Resenhas - Mares de Sangue


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Dani 25/05/2017

3,5 - Esperava mais
Acho que acabei ficando um pouco desapontada por esperar mais desse livro.
Adorei o primeiro livro dos nobres vigaristas. Ele teve uma construção lenta , mas foi sempre interessante e a conclusão fez todo o investimento valer à pena.
O mesmo eu não posso dizer desse segundo volume. Apesar de ter também gostado e me divertido com a história, ele teve muitos momento extremamente lentos , ao ponto de eu ficar bem entediada.
A história começa bem, com um prólogo que me deixou imediatamente curiosa ( embora tenha ficado bem decepcionada quando esse prólogo é finalmente explicado mais ao final do livro. Sério que era só isso?) . Ela começa à ficar bem mais lenta no meio do livro e só volta à ganhar ritmo no final .
Gostei da introdução da pirataria, mas acho que talvez o autor tenha ficado muito tempo nesse enredo e tenha acabado se distanciado muito do enredo inicial do roubo. O excesso de termos náuticos também me cansou.
O final foi satisfatório e, em algumas partes, inesperado, mas ficou longe de alcançar o nível do primeiro livro.
Fernando Lafaiete 25/05/2017minha estante
Putz... pretendo ler pelo menos o primeiro livro ainda este ano. Quero muito gostar desta trilogia. Mas quem me conhece já me avisou que eu provavelmente vou achá-la mediana. :(


Dani 25/05/2017minha estante
kkkkk Será? O primeiro eu gostei bastante, mas dei 4 estrelas pq tem uma construção muito lenta. Uma coisa que me ajudou muito nesses momentos mais lentos dos 2 livros foi intercalar a leitura com o audiobook que tem uma narração excelente!


Gisele @abducaoliteraria 01/06/2017minha estante
Eu sou super suspeita pra falar dos Nobres Vigaristas porque gosto DEMAIS desses livros. Gostei da sua resenha e concordo com alguns pontos. O primeiro é sem dúvidas melhor, mas eu acabei adorando este também rs




Ju Zanotti 25/02/2015

A falta de Objetivo na Série Nobres Vigaristas - Isso era para ser um Debate, mas eu não achei a opção!
Acho que hoje eu descobri qual o meu problema com Mares de Sangue As aventuras de Locke não tem um objetivo claro, ok, eles são ladrões e a narrativa conta suas peripécias, mas sinto falta de um objetivo final, por exemplo: em Senhor dos Anéis o objetivo é destruir o Um anel, já em As crônicas do matador do rei é descobrir o que aconteceu na vida de Kvothe e pq ele se esconde ( esses são só dois exemplos). Mas em Nobres Vigaristas não tem objetivo, Locke é pilantra desde cedo e aplica seus golpes, ponto! Será que alguém viu algo que eu não enxerguei e seja capaz de me dar uma luz?
Blanda 23/01/2017minha estante
Então você iria piorar lendo As mil e uma noites...
Onde o foco são as narrativas paralelas. A história seguinte não faz conexão com a anterior, e o objetivo de "Sherazade viver mais uma noite" é, no fim, seu menor interesse...


Ju Zanotti 26/01/2017minha estante
Não sei Blanda, não li ainda As mil e uma noites, e não posso dizer que não iria gostar. O caso de Mares de Sangue é que parece que a história se perdeu depois do primeiro livro, contudo isso melhora no fim. Gosto muito dos livros de Scott Lynch, tanto que no geral até curti esse depois de finalizar a leitura, mas a falta de objetivo persistiu, já os outros livros são muito melhores




Vagner46 02/01/2015

Desbravando Mares de Sangue
CONTÉM SPOILERS DO LIVRO ANTERIOR!

A sequência de As Mentiras de Locke Lamora dá continuidade às aventuras de Locke e Jean, dois anos após partirem de Camorr sem os seus amigos Pulga, Calo e Galdo, já que eles tiveram um destino bem desagradável (tristeza lembrar disso). Quando parece que eles vão descansar um pouquinho das loucuras que aconteceram em Camorr, Locke e Jean resolvem apostar em um plano ousado: roubar a maior casa de jogos de Tal Verrar, a Agulha do Pecado, nunca antes expugnada. Era óbvio que eles não iriam sentar numa rede e aproveitar a vista, né? Roubar está no sangue dos dois, principalmente no de Locke Lamora!

"– A fortuna é uma dama que gosta de ser passada adiante – disse Locke."

Scott Lynch começa a expandir seu mundo e o torna cada vez mais atraente. Tal Verrar é uma beleza por si só, com suas várias ilhas em seu domínio e caminhos por onde um navio possa passar, podemos imaginar claramente como ela é formada enquanto estamos lendo. O worldbuilding de Lynch começa a ficar interessante, sem contar que ele ainda nem chegou a explorar cidades como Talisham e Karthain, por exemplo.

O plano dos dois parece estar dando certo, tudo corre completamente bem até que antigos e agora novos inimigos resolvem aparecer e a dupla se vê envolvida em TRÊS frentes diferentes. Isso mesmo, três! É extremamente engraçado e gratificante ver Locke Lamora e Jean Tannen totalmente perdidos em determinado momento tentando mentir para três lados diferentes e ter que sobreviver no meio de tudo isso, correndo riscos de morte a cada momento.

"- Sabe de uma coisa? Eu apostaria que, contando as pessoas que estão nos seguindo e as que estão nos caçando, nós viramos o principal meio de emprego desta cidade. Toda a economia de Tal Verrar está baseada agora em foder com a gente."

Uma coisa diferente nesse segundo livro é que temos mulheres praticamente protagonistas nele, como Zamira Drakasha, a capitã do navio Orquídea Venenosa, e sua tenente Ezri Dalmastro, que acabarão cruzando o caminho de Locke e Jean quando eles menos imaginam. Esperem por uma personagem de caráter forte, capaz de tudo para proteger seus filhos e fazer com que sua tripulação sobreviva. Grandes momentos são vivenciados pela dupla com a capitã e algumas das melhores partes do livro tem o Orquídea Venenosa como palco. Sobrou páginas até para ter um pouco de romance ali no meio! haha

Aliás, em Mares de Sangue temos muito de aventuras navais, como o próprio título já nos antecipa claramente. É interessante ver a nossa dupla preferida tentando desbravar outros tipos de atividades (mesmo que obrigados, haha) e acredito que o autor fez isso de uma maneira bem satisfatória, mas ainda assim prefiro as trapaças dos dois em terra firme, onde eles costumam se sair muito melhor e a, digamos assim, "qualidade" das suas mentiras é insuperável.

Esse segundo volume da série, na minha opinião, não é melhor do que o primeiro, já antecipo isso, mas a diferença é tão sutil que ele merece ser desbravado o quanto antes. Teve um capítulo quase no final que eu dei tanta, mas tanta risada, que achei incrível o jeito que o Scott Lynch fez até o Jean e o Locke serem passados para trás uma vez que fosse na vida. Foi hilário!

Vale lembrar que a linguagem continua a mesma: recheada de palavrões e o sarcasmo rola solto a cada cinco palavras (obrigado, tradutor!!). Eu gostei muito disso, pois há tempos não lia algo desse tipo e é sempre bom variar um pouco, tanto é que esse sarcasmo gera tantas piadas e momentos engraçados que a leitura flui muito mais rapidamente.

Um último ponto importante a ressaltar: a relação entre Locke e Jean é aprofundada bastante nesse livro. Erros e fantasmas do passado são relembrados, opiniões diferentes entram em conflito e os dois precisam conviver com isso. Preparem-se para o último capítulo, pois ele deixa extremamente explícito o que um pensa do outro e como eles irão se relacionar daqui por diante. Jean é bem mais explorado do que no volume anterior, deixando de se tornar aquela mera sombra de Locke e agora tendo uma opinião bem mais firme e uma atitude que o torna extremamente importante para a dupla, custe o que custar.

Fica portanto a minha recomendação, principalmente da série Nobres Vigaristas, que está fazendo um grande sucesso aqui no Brasil. Não sou o único fã brasileiro, podem ter certeza! hauhauahauh. E que venha o terceiro livro, The Republic of Thieves!!

Avaliação final:5/5

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2015/01/resenha-mares-de-sangue-scott-lynch.html
Esperanza.Villanue 21/02/2022minha estante
Ansiosa pra começar a ler....




Victor Hugo 07/12/2021

É....
Gostei do livro, mas não tanto quanto o primeiro. Senti esse segundo livro um pouco lento demais fiquei um pouco entediado e até enrolei para terminar. Torcendo para a sequência ser melhor
EuSouRose 07/12/2021minha estante
O primeiro é o melhor mesmo.




Anderson Tiago 05/12/2014

[RESENHA] Mares de Sangue (Nobres Vigaristas #2) - Scott Lynch
O final do ano se aproxima e começamos a olhar em retrospectiva para as coisas que fizemos durante o ano que se encerra. É nesse período que surgem as boas e velhas listas de melhores do ano. Por causa do site tenho tentado manter uma lista organizada desde cedo para ter menos trabalho na hora de montá-la, porém, devido ao grande número de ótimos lançamentos, tem sido difícil organizar um ranking ideal. No entanto, o primeiro lugar da minha lista pessoal esteve sempre bem definido com As Mentiras de Locke Lamora, do autor Scott Lynch, como dono dessa posição desde o seu lançamento. Isso tudo mudou com a publicação de Mares de Sangue, a própria sequência das aventuras de Locke Lamora e Jean Tannen, os Nobres Vigaristas.

Dois anos após quase terem morrido nas mãos do Rei Cinza em Camorr, Locke e Jean estão de volta aos seus melhores momentos, preparando um golpe tão audacioso que fará todos os anteriores parecerem brincadeira de criança. Eles pretendem roubar a Agulha do Pecado, a casa de apostas da alta sociedade de Tal Verrar, cujo cofre é conhecido por ser inviolável e onde trapacear é punível com a morte. Esse detalhe, no entanto, não parece desanimar os nossos nobres vigaristas, muito pelo contrário.

Os preparativos para o golpe correm exatamente como o planejado pela nossa querida dupla de ladrões, mas fantasmas do passado aparecem para assombrá-lo no momento mais crítico do golpe. Por causa disso, eles são envolvidos na efervescente agitação política de Tal Verrar e tornam-se, por sua vez, parte dos planos do Arconte, uma espécie de líder militar, que pretende esmagar o conselho dos nobres e se tonar o governante absoluto do reino. Forçados a trabalhar para o Arconte, Locke e Jean terão que usar de toda a sua lábia e capacidade de interpretação para se passarem por uma coisa que nem o treinamento do Padre Correntes os preparou para fingir ser: piratas!

"Sabe de uma coisa? Eu apostaria que, contando as pessoas que estão nos seguindo e as que estão nos caçando, nós viramos o principal meio de emprego desta cidade. Toda a economia de Tal Verrar está baseada agora em foder com a gente."

Mares de Sangue segue o mesmo padrão narrativo do seu antecessor com alguns capítulos tratando do passado, no caso, quando os nobres vigaristas chegaram a Tal Verrar fugidos de Camorr após o fim dos problemas com o Rei Cinza. Nesses capítulos, vemos como a dupla lidou com as enormes perdas que sofreram e como isso uniu, se é que isso é possível, mais ainda a dupla formada por Locke Lamora e Jean Tannen. A interação da dupla é, inclusive, um dos pontos altos dos livros. Os diálogos entre Locke e Jean são sempre divertidos e a conexão com os personagens é tão forte que entendemos não apenas suas palavras como também os seus silêncios.

"– Aposto que eu teria estragado as coisas mesmo assim. Mas... não consigo imaginar aqueles pobres coitados prendendo a presa com arpéus, saltando por cima das amuradas, espadas na mão, gritando “Seus gatos! Entreguem todos os seus gatos malditos!”.

Scott Lynch escreveu um dos livros de fantasia mais engraçados que já li em toda a minha vida. Durante a leitura, era muito comum eu abrir vários sorrisos ou mesmo dar gargalhadas com algumas das situações descritas pelo autor. Quem já leu As Mentiras de Locke Lamora entende do que estou falando, mas acredite, em Mares de Sangue o autor realmente se superou. Algo que pode incomodar alguns leitores (a mim não incomodou) é a “boca suja” do autor, mas isso é algo que combina muito com a atmosfera do livro e, caso incomode, deve ser relevado em nome do bem maior que é o prazer de uma leitura como essa.

Um grande diferencial entre Mares de Sangue e o seu antecessor é a presença de personagens femininas em papéis importantes dentro da trama, principalmente a capitã Zamira Drakasha e a Tenente Ezri Delmastro, que, além da sua força, também traz para a obra um elemento em falta no primeiro volume. O que é esse elemento é algo que deixo para vocês descobrirem.

"– Isso não entra na minha cabeça – sussurrou Jean. – Porra, seu filho da puta, como pôde fazer isso? Quero abraçar você. E quero arrancar sua cabeça. As duas coisas ao mesmo tempo.

– Ah. Pelo que sei, esta é a definição de “família”."

Mares de Sangue é um daqueles livros cuja leitura voa, um daqueles casos em que se você tem compromisso marcado é melhor nem começar a ler porque, muito provavelmente, você vai chegar atrasado. E já que comecei o texto falando sobre listas, o final da história também estaria no topo da minha lista de “finais que te deixam com vontade de voar para a leitura do próximo volume imediatamente”. Scott Lynch é realmente um dos grandes nomes da fantasia atual.

site: http://intocados.com.br/index.php/literatura/resenhas/479-resenha-mares-de-sangue-nobres-vigaristas-2-scott-lynch
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Cath´s 12/12/2014

Resenha Mares de Sangue.
Passou dois anos desde os acontecimento em Cammor, agora Locke e Jean fingem ser outras pessoas, mas continuam sendo Nobres Vigaristas.

Assim, o segundo livro começa com eles armando para ganhar um jogo de carta, mas é tão bem feito que eu fiquei tentando imaginar o que eles fizeram e não me liguei até contarem. E claro, isso tem um plano maior por trás, roubar o Requin, que é o proprietário do Agulha do Pecado, um local para jogos onde a maioria deixa guardado seu dinheiro, mas altamente vigiado, onde quem furta é jogado pela janela mais alta, depois de perder uma das suas mãos, a qual o Requin guarda como um troféu.

Só que na mesma noite em que ganham o referido jogo, eles descobrem que estão sendo seguidos, pois a vingança do Falcoeiro está só começando, este por meio de seus amigos vão deixar Locke e Jean o tempo todo receosos, seguindo-os escondidos ininterruptamente.

Óbvio que vindo dessa dupla não poderia ser só isso, pois logo o Arconte de Tal Verrar (que comanda a cidade junto com o Priori) descobre quem são e resolve usá-los para causar uma guerra pirata. Só que vocês imaginam Locke e Jean como piratas? Eles também não.

Dessa forma, eles acabam ganhando um navio e uma tripulação, mas não conseguem convencer por muito tempo, logo depois acabando no barco da capitã Zamira Drakasha e da Tenente Ezri Delmastro, o que incluiu mulheres inteligentes na trama.

Ao contrário do primeiro livro que mostrou como é forte a relação entre Locke e Jean, nesse eles tem problemas em vários momentos, mas inegavelmente, colocam a vida do outro acima da sua.

E para quem é fã de um romance, nesse acontece, não vou dizer entre quais personagens, mas não é algo meloso, é convincente e muito bem escrito.

Eu devo admitir algo, por mais que adore os Nobres Vigaristas, e eu adoro, são livros que demoro muito para ler, esse foi mais de três semanas, o que nem passa perto do meu normal, mas todos os detalhes que o autor dispõe são necessários, ele basicamente usa todos posteriormente, logo não é aquela coisa "as pétalas das flores são rosas e esse tom de rosa vai cair no chão e geral uma poça rosa e vai criar uma luminária". Resumindo, não é enrolação e sim importante.

A capa eu achei linda (e todos que eu mostrei também acharam, ou mentiram para mim, rsrs) e a diagramação perfeita.

Além disso, vale salientar que o humor e frases inteligentes de Locke e Jean é o que fazem o livro tão bom, é gostoso de ler, divertido e inteligente. Mas eu afirmo, se você gosta somente de leituras leves que passam voando, esse livro não é para você, caso contrário eu acho mesmo que deve dar uma chance para os Nobres Vigaristas te conquistarem.

Afinal As Mentiras de Locke Lamora e Mares de Sangue foram uns dos melhores livros que li no ano e foram para a lista de favoritos.

site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/12/resenha-mares-de-sangue.html
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ricardo_22 19/12/2014

Resenha para o blog Over Shock
Mares de Sangue, Scott Lynch, tradução de Alves Calado, 1ª edição, São Paulo-SP: Arqueiro, 2014, 512 páginas.

Logo após a batalha em Camorr, os Nobres Vigaristas deixam a cidade em direção a Tal Verrar, onde querem se recuperar e planejam voltar ao que sabem e gostam de fazer: roubar dos ricos e ficar com toda a grana. O alvo dessa vez é a Agulha do Pecado, a mais exclusiva casa de jogos do mundo, onde trapacear é o mesmo que assinar uma sentença de morte.

Mas após dois anos elaborando o melhor plano para conquistar o objetivo, as intenções dos Nobres Vigaristas são descobertas por Stragos, o líder militar verrari que quer se aproveitar deles para alcançar seus próprios desejos. Quando isso acontece, eles acabam envolvidos em uma aventura pirata e precisam enfrentar um dos maiores desafios até então: não saber nem mesmo como começar a liderar um navio.

“Durante um tempo, observaram Tal Verrar ficando para trás, a aura dos Degraus de Ouro e o brilho de tocha da Agulha do Pecado sumindo atrás da massa mais escura do crescente sudoeste da cidade. Depois, passaram pelo canal de navegação nos recifes de vidro, indo para o Mar de Bronze, para o perigo e a pirataria. Para incitar a guerra e trazê-la para a conveniência do Arconte” (pág. 245).

A série Nobres Vigaristas, que em As Mentiras de Locke Lamora demonstrou um potencial incomparável, precisou de apenas um segundo volume para afastar todos os tipos de comparações e, mais do que isso, criar sua própria identidade. Mares de Sangue é o tipo de continuação que todos os escritores querem escrever, mas poucos conseguem concretizar, por isso Scott Lynch entra para um seleto grupo de escritores incríveis.

O intervalo de dois anos entre as duas aventuras não foi de completa inatividade. Depois de toda a confusão em Camorr, os Nobres Vigaristas iniciaram seus planos para uma nova ação e a princípio esse é o foco do livro, mostrando o novo estilo de vida dos protagonistas, bem como as personagens que atualmente estão interpretando. No fundo, apesar das surpresas preparadas por Lynch, sabemos que isso faz parte apenas de uma preparação para algo muito maior.

Para apresentar os acontecimentos dos anos anteriores, o autor se utiliza de reminiscências — apenas na primeira parte —, diferente do primeiro livro, quando interlúdios apresentavam o passado e a construção das personalidades dos protagonistas. Seja no presente ou no passado, novos lugares são exploradas, como Tal Verrar, além de povos e costumes originais, provando a identidade própria do universo em que tudo se passa.

Como o título e a capa sugerem, Mares de Sangue tem como diferença significativa as aventuras marítimas. Apesar de lentas, ao menos nos momentos iniciais, tudo é narrado para empolgar quem gosta e conquistar quem não aprecia aventuras piratas, por exemplo. O principal motivo de isso acontecer é que Locke Lamora está distante de sua zona de conforto e precisa ir muito além, se arriscando em suas trapaças por um bem maior.

site: http://www.overshockblog.com.br/2014/12/resenha-299-mares-de-sangue.html
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Poly 21/01/2015

Vale a leitura!
Locke e Jean estão de volta. Após dois anos desde que eles saíram de Camorr eles chegam a Tal Verrar para aprontar mais.
Roubar está no sangue deles e eles não iriam para outra cidade apenas de férias, não é mesmo?
Na bela cidade de Tal Verrar eles armam um plano bastante ousado: roubar a casa de jogos mais exclusiva mundo, a Agulha do Pecado, e seu dono Requin. Tentar qualquer tipo de crime contra o local é o mesmo que assinar sua sentença de morte. Requin é um homem poderoso e todos que tentam lhe roubar é jogado da janela mais alta depois de perder uma das mãos. Requin guarda essas mãos como troféu e para provar ?quem manda? no local.

Quando não se pode trapacear no jogo, é melhor encontrar um modo de trapacear o jogador.
P. 65

Quando está tudo pronto para eles aplicarem o golpe, o destino muda a sua sorte e eles se envolvem em uma aventura muito maior. Eles são forçados a entrarem no plano do Arconte, uma espécie de líder militar, que pretende tomar o governo e se veem na maior enrascada de suas vidas.

Mas os romances não são reais, e certamente nunca foram. Isso não tira parte do sabor?
P. 72

O Arconte decide usar Locke e Jean em uma guerra pirata e os dois precisarão de todas as suas habilidades de interpretação que adquiriram ao longo dos anos como ladrões.
Eles ganham um navio e uma tripulação e precisam fingir que estão no comando, mesmo não entendo nada de navegação, nem das superstições que envolvam navegar.

- Segundo, é um tremendo azar partir sem ter gatos a bordo. Não só porque eles matam os ratos, mas porque são as criaturas mais orgulhosas que existem, no seco ou no molhado.
P. 194

Tudo de errado acontece no navio e o tempo todo somos instigados a acreditar que finalmente chegou o fim dos Nobres Vigaristas. A tensão é muito grande e o desejo de não parar a leitura é enorme!
Há muita aventura, como acontece no primeiro livro, mas há também um pouco de romance e a presença de mulheres inteligentes na estória. E o humor do Locke continua afiado, então prepare-se para ótimos momentos de diversão.
Scott Lynch faz uma trama tão bem amarrada e cria um cenário maravilhoso e um novo universo mágico e cheio de detalhes que é impossível ler e não se imaginar no lugar.
Não é uma leitura rápida, diversas vezes tive a sensação de que não avançava em nada na leitura, mas é assim mesmo. O livro é riquíssimo em detalhes e prestar atenção em todos eles é essencial.

- ?Paredes frias não fazer uma prisão? ? recitou Jean com um sorriso. ? ?nem algemas de ferro fazem um escravo?.
P. 280

Achei a capa lindíssima, combinou perfeitamente com a trama e a diagramação interna é muito bem feita. Não é apenas um livro para ler e deixar para lá. Este é um desses livros que a gente tem o prazer de manter na estante.
Achei a leitura de As mentiras de Locke Lamora mais fácil e rápida e esperava o mesmo com esse livro, mas me decepcionei neste ponto.
Não foi uma leitura ruim, mas eu esperava ler em 2 dias e li em 2 semanas, bem mais do que minha meta usual de leitura, mas valeu à pena e agora espero ansiosamente pela continuação.
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dani 06/02/2015

[Livro] Mares de Sangue – Scott Lynch
Em Mares de Sangue continuamos acompanhando Locke e Jean em suas aventuras como nobres vigaristas, eu estava bem curiosa para descobrir os rumos que eles tomariam e a história apresentada me prendeu, mas esperava mais em alguns aspectos dos livro.
Nesta nova parte da vida dos dois nobres vigaristas eles continuam com seus planos e armações, mas a narrativa não começa com eles tão ativos assim, e sim logo depois dos acontecimentos em Camorr, com Locke bem ferido e os dois tentando fugir e se safar de todos os seus perseguidores. Não vou contar mais o que aconteceu entre o tempo da fuga de Camorr até eles voltarem a ativa, mas eles conseguem se recuperar e armar um novo plano.
Em outra cidade com um novo alvo os dois programam um enorme golpe mas no meio disso são interrompidos por alguém que tem um plano diferente para eles e com isso acabam no meio do mar, lutando e se aventurando por lugares não passados antes.
A narrativa continua seguindo o estilo do primeiro livro, não linear dando o efeito para os golpes de Locke, primeiro acontece uma situação depois um flashback para fornecer explicação ao leitor, e isso prende a leitura e mantém um bom ritmo, não vou negar que há alguns momentos “mornos”, mas logo algo acontece e o ritmo acelera mais uma vez.
Gostei de ambas as situações mostradas neste livro, como uma pessoa que ama filmes de grandes golpes ou roubos, o fato de o plano inicial deles ser um roubo a um cassino me deixou especialmente interessada, considerando um cenário medieval regado a artefatos e alquimias fiquei curiosa em como eles realizaram o roubo. E segundo cenário é a viagem ao mar, no começo fiquei um pouco incomodada com os termos técnicos, mas Scott Lynch usa de um bom artifício para explicar tanto para os personagens como para o leitor alguns termos e o restante acontece naturalmente.
Jean e Locke agora estão mais unidos mas também com alguns conflitos entre eles, o que é normal considerando tudo o que passaram no livro anterior. Além deles novos personagens são apresentados e gostei muito de alguns, na verdade, algumas; personagens femininas entraram nessa história e foi um toque especial, pois elas são fortes e bem marcantes na história. E aqui faço uma resalva que é para reclamar um pouquinho que eles continuam falando de Sabeta, mas não aprofundam nem explicam nada, espero que o mistério sobre ela se resolva nos próximos livros.
Porém mesmo ficando envolvida com a leitura alguns pontos não me agradaram e o principal foi a estrutura dos casos, pois foi uma repetição do primeiro, os pontos, as reviravoltas, a forma como as coisas aconteceram é bem parecida com a do livro anterior, por mais que o final tenha surpreendido mesmo nele há certa semelhança. Isso não prejudicou tanto a leitura, mas alguns acontecimentos perderam o fator surpresa pra mim.
Scott Lynch fechou esse livro de um modo que fiquei bem ansiosa para descobrir os rumos dessa história e continuar acompanhando os golpes dos Nobres Vigaristas.


site: http://vintecincodevaneios.blogspot.com.br/2015/02/livro-mares-de-sangue-scott-lynch.html
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cotonho72 14/02/2015

Excelente!!!!!
Nesse segundo livro da série Nobres Vigaristas, as aventuras e mentiras de Locke Lamora e do seu fiel companheiro Jean Tannen continuam, claro que agora eles não têm a companhia de seus amigos Pulga, Calo e Galdo e isso tornam as coisas um pouco mais complicadas para os dois.
Após dois anos dos acontecimentos de Camorr, em que quase morreram, Locke e Jean desembarcam em Tal Verrar com o objetivo de executar um plano muito audacioso e perigoso; roubar a Agulha do Pecado, a maior casa de jogos do mundo, onde trapacear é punível com a morte. Requim, dono do estabelecimento é um homem poderoso, costuma punir os que tentam trapacear, cortando uma das mãos e jogando o indivíduo pela a janela, mas isso não preocupa os nobres vigaristas.
Estava correndo tudo bem, mas, Stragos, o Arconte de Tal Verrar, é informado da presença dos nobres vigaristas e de seus planos por um antigo inimigo e se vêem forçados a lutar numa guerra política, desta maneira são obrigados a se disfarçarem de piratas, assim eles ganham um navio e uma tripulação e vão para o mar sem o total conhecimento de navegações e das superstições dos marinheiros. Só que essa aventura dura pouco e logo eles param nas mãos da capitão do navio Orquídea Venenosa Zamira Drakasha e sua tenente Ezri Dalmastro, aumentando ainda mais os seus problemas e com eles as suas mentiras.
Se para aqueles que leram o primeiro livro e gostaram, não vão se decepcionar com essa excelente seqüência, o autor Scott Lynch construiu uma trama fantástica com cenários incríveis e cheio de detalhes, os capítulos se alternam entre apresentar a história no presente e mostrar lembranças do passado, da mesma forma como o primeiro livro. Novos personagens surgem e enriquecem ainda mais a história, como os personagens femininos que tem papéis importantes dentro da trama.
Ação, intrigas, aventuras e claro muitas mentiras não faltam nesse segundo volume, à capa é muito bonita e tem tudo a ver com a história, a leitura flui bem apesar da riqueza de detalhes e o final é surpreendente, uma leitura obrigatória para os fãs do gênero.

site: devoradordeletras.blogspot.com.br
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Raniere 04/04/2015

Os piores navegadores do mundo no mar mais traiçoeiro do mundo
“Uma rede de mentiras tão complexa que um peido de mariposa poderia desintegrá-la”. Esta descrição feita por Locke Lamora é perfeita para descrever o livro “Mares de Sangue”.

Após os acontecimentos de “As Mentiras de Locke Lamora” (resenha: http://zip.net/bxq3j6), os Nobres Vigaristas vão para Tal Verrar, fugindo dos Magos Servidores e, neste ínterim, resolvem praticar mais um grande golpe: desta vez contra o poderoso Requin, na Agulha do Pecado. Porém, no meio do procedimento, são pegos pelo arquiinimigo deste, o Arconte de Tal Verrar, igualmente poderoso, que os envenena e, para que pegar um antídoto temporário e continuarem vivos, eles precisam seguir suas ordens: Locke e Jean, que não sabem nem se a vela de um navio aponta para o céu ou para o mar, precisam fingir que são capitão e imediato (respectivamente), soltar piratas prisioneiros, incentivar uma guerra nos mares para, assim, amedrontar a população de Tal Verrar, fazendo a marinha do Arconte ser, novamente, necessária, para derrotar o Priori e Requin. E, além de tudo isso, estão sendo perseguidos pelos Magos Servidores, que querem se vingar do que aconteceu com o Falcoeiro, e sendo caçados por outra pessoa desconhecida, que está colocando assassinos profissionais na cola dos dois.

Ou seja: Locke e Jean precisam: mentir para Requin, que os vigia o tempo inteiro, mostrando que não estão contra ele e sim contra o Arconte; mentir para o Arconte, mostrando que não estão contra ele e sim contra Requin, para poderem salvar a própria vida; mentir para sua “tripulação”, fingindo que são piratas de verdade, que sabem navegar e que estão agindo contra os interesses do Arconte; inventar uma desculpa muito boa para instigar todos os outros navios piratas, para guerrearem entre si e contra Tal Verrar, para instigar a marinha do Arconte a derrotá-los; escapar dos Magos Servidores; escapar dos assassinos que tentam assassiná-los o tempo todo e descobrir quem está colocando-os atrás deles.

Resumindo de uma forma mais breve: Locke e Jean estão no pior apuro possível e precisam usar toda a inteligência que tem para saírem vivos.

Além do suspense e da tensão, Locke Lamora e Jean Tannen, com o cinismo e o senso de humor característico de ambos (e de Scott Lynch), conseguiram tirar risadas de mim inúmeras vezes, e com certeza farão o mesmo com qualquer leitor que tenha este livro em mãos.

Scott também usa o mesmo artifício de “As Mentiras de Locke Lamora”, ao colocar no final de cada capítulo uma reminiscência (lembrança do passado). Mas, desta vez, com uma diferença: no primeiro livro da série, tais reminiscências falavam sobre a infância dos protagonistas da série; desta vez, elas falam sobre os acontecimentos imediatamente após o livro antecessor, falando da fuga de Camorr, da chegada de Locke e Jean em Tal Verrar, da recuperação de ambos do trágico desfecho do problema que passaram e do início do golpe que eles pretendem dar em Requin.

Em uma sequência eletrizante, Scott Lynch nos traz de volta ao sensacional mundo dos Nobres Vigaristas, com personagens cativantes, extremamente inteligentes, sarcásticos e irônicos, com uma forma de escrever igualmente inteligente, sarcástica e irônica (a redundância foi intencional). Com um início que deixa o leitor tenso durante o livro inteiro e um final que o deixa agoniado por “República dos Ladrões” (terceiro livro da série), “Mares de Sangue” consegue prendê-lo e o instiga a devorar o livro o mais rápido possível.

site: https://www.facebook.com/EncontrosLiterariosRJ
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Frederico80 06/05/2015

Que venha o terceiro volume!
Não vou escrever uma resenha porque já existem várias escritas abaixo.
Depois que li As Mentiras de Locke Lamora e agora Mares de Sangue, definitivamente me tornei fã de Scott Lynch. O tipo de linguagem usada no livro arranca boas risadas.
Vale muito a pena ler estes 2 primeiros volumes. Se vcs gostam deste tipo de leitura contendo fantasia, mentiras, magia, ação, com certeza não vão se arrepender.

Mas quero fazer uma crítica (até certo ponto, severa), não ao livro ou à coleção em si. Mas no fato das editoras, de um modo geral, demorarem a publicar as continuações das histórias, trilogias, etc. A demora só é justificável quando o autor ainda não terminou de escrever a série, convenhamos. Caso contrário, publiquem tudo de uma vez ou com o mínimo de intervalo possível.

Se o livro é muito bom, claro que ficamos ansiosos para ler a continuação (que é meu caso com relação as aventuras de Locke) e já partimos para o próximo. O que não dá mais, é gastarmos 7 anos para finalizar uma saga com 7 volumes sendo lançados um por ano, como foi o caso de Harry Potter.

Desculpem o desabafo, mas o gostinho de quero mais de bons livros, vale a pena relatar.
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Amanda 03/06/2015

Mentiras, piratas, muito sangue e reviravoltas
Mares de Sangue é o segundo volume da série Nobres Vigaristas. Assim como o seu predecessor, começa em ritmo vagaroso, reunindo várias informações para o pano de fundo da trama: Scott Lynch é extremamente detalhista e meticuloso em seus cenários e gosta de usar muitas passagens de tempo, explicações, etc. Num certo ponto a leitura se arrasta, confesso.

Mas então a ação começa. Com base em todas as informações antes dadas sobre o "background", sobre o plano da vez (ou planos) e sobre as personagens do plot principal, Lynch começa a encaixar o quebra-cabeça, e resta a impressão de que ele se despedaça constantemente, só para se encaixar ainda melhor no próximo capítulo.
Excelente obra do ponto de vista técnico, e toda a lentidão inicial se compensa conforme progredimos na história.

Os personagens estão mais cativantes ainda do que no livro anterior, já que passamos um pouco mais de tempo com eles, e com a adição de outros ainda mais interessantes. O humor continua muito presente, as mentiras mais enlouquecedoras que nunca e a ação ainda mais empolgante que antes.

"Falemos por trás das mãos, para que os lábios não sejam lidos como o livro dos nossos desígnios, e vamos encontrar algum local onde apenas os deuses e os ratos possam ouvir nossas palavras ditas em voz alta."

Recomendo demais o livro, praticamente um item obrigatório na estante de amantes do gênero fantástico, e uma grande aquisição mesmo para os que não tem intimidade com séries do tipo.
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Laís Helena 08/06/2015

Resenha do blog "Sonhos, Imaginação & Fantasia"
Mares de Sangue se inicia com um prólogo que atiça a curiosidade do leitor, para então dar início à história no primeiro capítulo, em que vemos Locke e Jean aplicando mais um de seus golpes geniais na Agulha do Pecado, a casa de jogos mais famosa de Tal Verrar. Esses acontecimentos se dão dois anos após o grande desastre do livro anterior, que os levou a fugir de Camorr. Por meio de interlúdios, o autor nos mostra como os dois chegaram a Tal Verrar e começaram a se preparar para o golpe que exigiu muito tempo e dedicação.

Porém, logo os problemas começam a surgir para os Nobres Vigaristas. Stragos, uma figura importante em Tal Verrar, fica sabendo que os dois estão na cidade, apesar de seus disfarces, e os coage a trabalhar em seu favor. Assim, os Nobres Vigaristas vão para o mar. E para que sua missão de provocar piratas para Stragos dê certo, precisam se passar por piratas, apesar de seus conhecimentos sobre navios serem praticamente inexistentes.

Assim, temos Locke e Jean muitas vezes lutando contra mais de um inimigo, em um ambiente em que não estão totalmente confortáveis, e a isso se seguem diversas reviravoltas, com a situação ficando mais difícil a cada momento e exigindo o máximo das habilidades de Locke e Jean. E essa é uma das melhores partes do livro: o autor não tem medo de colocar seus personagens em condições aparentemente irremediáveis, para que depois eles mesmos tenham de sair da enrascada usando aquilo que possuem.

"Sabe de uma coisa? Eu apostaria que, contando as pessoas que estão nos seguindo e as que estão nos caçando, nós viramos o principal meio de emprego desta cidade. Toda a economia de Tal Verrar está baseada agora em foder com a gente." (p. 187)

As únicas ligações desse livro com o anterior são os Magos-Servidores, que fazem uma breve mais muito marcante aparição, e os Nobres Vigaristas, mas ainda assim recomendo que seja feita a leitura de As Mentiras de Locke Lamora antes desse volume, pois diversos detalhes sobre o mundo em que a história se passa e sobre os próprios personagens são introduzidos no primeiro volume, apesar de as tramas serem independentes.

A narrativa é excelente, colocando tensão, ação, mistério e — é claro — humor nas doses certas, tornando muito difícil a tarefa de largar o livro. O único ponto negativo da narrativa são as descrições de ambientes. Não tinha reparado muito nisso em As Mentiras de Locke Lamora, mas nesse livro as descrições são feitas sob o ponto de vista do narrador e não dos personagens, o que em alguns momentos quebrou um pouco a imersão.

"- Maldição! Deixem-nos sair. Vocês já provaram seu argumento!
- Que argumento seria esse? - perguntou Jean, rouco.
- Não sei. - Locke tossiu. - Não importa. O que quer que seja, eles provaram, não acha?" (p. 83)

O livro também ganha muitos pontos no quesito personagens. Locke e Jean são excelentes personagens, com personalidades muito interessantes e bem elaboradas. Além disso, sua amizade foi muito bem explorada, especialmente pelo fato de agora eles serem os dois únicos Nobres Vigaristas. Além dos dois, outros personagens muito interessantes se envolvem na trama, como Requin e Selendri, donos da Agulha do Pecado, Zamira Drakasha, capitã do Orquídea Negra, e, é claro, Stragos. Ainda que não sejam o foco da história, foram bem construídos e não tem como deixar de gostar (ou de desgostar) de todos eles.

Como Locke e Jean viajam pelo mar, mais do mundo onde vivem é apresentado, embora o autor mantenha mistério em torno de alguns elementos, como os ancestres e seu vidrantigo. Apesar disso, os cenários que nos são apresentados são muito peculiares, e esses mistérios só os tornam ainda mais interessantes, além de emprestar verossimilhança à história, afinal não é possível saber tudo sobre o mundo.

A revisão traz um pequeno deslize. Não sei se o erro ocorreu também no original, mas há no livro um trecho onde Jean aplica um "telefone", o que ficou um pouco fora de contexto, já que não há nada no livro que indique a existência de telefones no mundo onde a história se passa.

"Jean assentiu, sorriu, depois deu um telefone no rapaz que cambaleou." (p. 41)

Os últimos capítulos do livro trazem a parte mais frenética da história, cheia de ação e tensão, e fecha todas as pontas soltas levantadas ao longo da trama, mas deixando um cliffhanger que fará o leitor implorar pelo próximo volume. Mares de Sangue foi um livro ótimo, que satisfez todas as minhas expectativas (e elas eram altas depois da surpresa positiva que tive com o primeiro volume).

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2015/06/resenha47.html
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