História do cerco de Lisboa

História do cerco de Lisboa José Saramago




Resenhas - História do Cerco de Lisboa


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Charles.Betemps 23/09/2024

Saramago
Para quem já leu Saramago não é necessário dizer que Saramago é Saramago. Ou seja, não existe livro ruim escrito por ele. Porém quando já se leu várias obras do autor você vai tenso que escolher os seus favoritos. E é exatamente onde se encontra "História do cerco de Lisboa". Não figura entre os meuas favoritos.
.pachequinha 25/09/2024minha estante
Por que vc não curtiu? Já li boas avaliações dele, meio que pelo caráter histórico.


Charles.Betemps 26/09/2024minha estante
Gostei. Mas não tanto como outros que li. Os 2 Ensaios por exemplo e o Homem Duplicado estariam na frente se eu fosse fazer um ranking. Mas é um bom livro.




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Soylent Green 08/07/2024

?Os revisores, se pudessem, se não estivessem atados de pés e mãos por um conjunto de proibições mais impositivo que o código penal, saberiam mudar a face do mundo, implantar o reino da felicidade universal, dando de beber a quem tem sede, de comer a quem tem fome, paz aos que vivem agitados, alegria aos tristes, companhia aos solitários, esperança a quem a tinha perdida, para não falar da fácil liquidação das misérias e dos crimes, porque tudo eles fariam pela simples mudança das palavras, e se alguém tem dúvidas sobre estas novas demiurgias não tem mais que lembrar-se de que assim mesmo foi o mundo feito e feito o homem, com palavras, umas e não outras, para que assim ficasse e não doutra maneira.?
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Veri 27/05/2024

Bom Saramago
História do Cerco de Lisboa é um livro bem peculiar. São dois livros em um: a história de Raimundo Silva e dentro dela a história ficcional que ele escreve sobre o Cerco de Lisboa (acontecimento histórico).

A primeira é excelente. A segunda é arrastada. Não porque não seja boa, ela é ótima, mas como não é Saramago que escreve, é Raimundo Silva, e o personagem nem escritor é, é revisor, a qualidade do texto não é? bem, verás.

Até nisso Saramago é genial!
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booksdalaus 28/02/2024

História do cerco de Lisboa.
A história da tomada de Lisboa aos mouros no ano de 1147 e a crônica de um inesperado encontro amoroso na Lisboa do fim dos anos 1980: duas narrativas, tecidas e entretecidas de maneira brilhante, que exploram as possibilidades do romance como meio de recriar o passado e o presente. Leitura obrigatória do vestibular da Unicamp.


Um ato gratuito, sem explicações aparentes, compele o revisor Raimundo Silva a inserir um termo que falsifica a "verdade" histórica. Essa fraude que se impõe àquele fiel respeitador de textos alheios é a origem da fascinante fabulação que Saramago sobrepõe à história do cerco de Lisboa.
A nova história do cerco é a crônica do amor tardio do revisor falsário por Mara Sara, que se espelha, oito séculos depois, no amor primevo do soldado Mogeuime por Ouroana, aos pés da cidade prestes a cair. Assim, a Lisboa de Saramago também se refaz nas ruas da cidadela moura e no arraial português, e o que surge desse amálgama é a um só tempo um thriller e um retrato histórico, como só a mais acabada literatura é capaz de fazer.
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Otávio - @vendavaldelivros 01/02/2024

“porque ninguém sabe o que o beijo é verdadeiramente, talvez a devoração impossível, talvez uma comunhão demoníaca, talvez o princípio da morte.”

Tivéssemos o dom de reescrever o passado, o que mudaríamos? Reescrever passagens, incluir um “não” onde existiu um “sim”, aceitar ou negar propostas e alterar escolhas é um exercício de imaginação que dificilmente não passou na cabeça de inúmeros seres humanos que já passaram por esse planeta. Reescrever o passado pode ser, também, um ato de rebeldia contra o destino.

É no ato de rebeldia que nasce “História do cerco de Lisboa”, do genial José Saramago, livro publicado em 1989. Nessa história, o revisor Raimundo Silva, sempre eficaz em seu trabalho de revisão de livros, em um ato gratuito insere um “não” onde deveria haver um “sim”, em uma passagem que, caso ocorresse, mudaria para sempre a história de Portugal e do famoso Cerco de Lisboa.

Depois de pego pelo equívoco, Raimundo acaba desafiado pela nova supervisora, Maria Sara, a reescrever ele então a história, usando o “não” no lugar do “sim” criando, dessa forma, um novo destino para Portugal e para eles mesmos. Acompanhamos, a partir daí, dois fios narrativos que se cruzam, um através dos eventos recriados por Raimundo em relação ao Cerco e outro com sua vida no tempo presente e sua súbita paixão pela mulher que o desafiou.

Imaginava um enredo diferente quando iniciei esse livro, o que quebrou um pouco minhas expectativas. Saramago era genial, mas sempre digo que para lê-lo é preciso estar ali por inteiro, caso contrário a leitura pode ser arrastada e cansativa. Como a história não me pegou, principalmente pelos detalhes históricos e locais de Lisboa que desconheço, demorei a terminar o livro, mesmo vendo nele passagens ótimas e engraçadas, como é característico do autor.

Destaco, porém, como é lindo ver Saramago falando sobre amor e paixão. É de uma intensidade única a forma que a relação de Raimundo e Maria Sara é construída aos nossos olhos. Passional e intensa, mas extremamente bela, pra mim foi essa história de amor que salvou o livro, muito mais que a história do Cerco em si. No final, é parte da história humana, amores e paixões que mudam a História.
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DIRCE18 27/10/2023

Uma reviravolta de 180 graus. E atenção: isso não é uma resenha.
Não é uma leitura fácil: há muitas alternâncias entre o passado e o presente, e são ,na verdade, três história, mas vale cada parágrafo lido, não só pelos conteúdos da obra, mas por Saramago, mais uma vez, dar voz aos invisíveis. E tem mais: Saramago foi mesmo um incorrigível romântico.
Entretanto, o que mais gostei foi que um revisor - o Raimundo (BENVINDO) Silva. O parênteses no BENVINDO foi por conta do revisor ter abdicado desse seu sobrenome. Ironia, né ? Ser Benvindo à época. Imaginem Saramago hoje...Ele deve estar se virando no túmulo. Mas enfim, voltando ao que interessa: Raimundo Silva não só revisou um livro que deu um reviravolta de 180 graus, como também deu uma revisada na sua vida. AMEI ! AMEI! AMEI!
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Enzo.Makihara 14/10/2023

Muralhas, palavras e amor
É o primeiro livro do Saramago que leio, com certeza não será o último, ainda que tenha levado algumas páginas para assimilar o estilo do autor, sem pontuações. Não creio possuir a percepção para resenhar com profundidade um autor da envergadura de José Saramago, mas vão aqui algumas considerações sobre o que penso ser principal:

A narrativa, muitíssimo bem trabalhada, brinda o leitor com reflexões prolixas advindas de situações cotidianas, que em muito enriquecem a psiquê dos personagens e conduzem a história, não sendo as reflexões um apêndice, mas uma parte intricada do enredo a ser contado.

E o enredo, este muito simples à primeira vista, trata da história de Raimundo Silva, um revisor que, durante a correção de uma obra científica sobre o cerco de Lisboa, propositadamente afirma que ?os cruzados NÃO ajudaram no cerco?, criando uma evidente contradição na história. Esse ato de rebeldia, inconformação e inquietude, inédito em toda a carreira de Raimundo, lhe rende uma forte reprimenda da diretoria da empresa, que o coloca sobre a supervisão de Maria Sara, nova chefe dos revisores, contratada especialmente em função do erro voluntário.

Apesar do primeiro contato pouco amigável entre Maria Sara e Raimundo, é criada uma tensão entre ambos que escala de forma romântica: um amor entre dois adultos que viveram vidas inteiras antes de se conhecer e, agora se conhecendo, atraem-se mutuamente. Nota-se que, à despeito da breve obsessão de Raimundo por sua superiora hierárquica, Maria Sara é quem toma todas as iniciativas, e praticamente conduz sozinha a aproximação e a relação que passará a ter com Raimundo; também surge dela a ideia de escrever uma história fictícia sobre o Cerco de Lisboa, uma em que os cruzados de fato recusam ajuda aos portugueses, instigando o Revisor que, investido nessa nova empreitada, passa a arquitetar um livro em que as muralhas da cidade ocupada por mouros sejam derrubadas, mesmo diante do fantasioso ?Não?. A partir disso, Raimundo cria um romance entre os personagens de sua história, Mogueime e Ouroana, que representam o autor e sua companheira, e concomitantemente desenvolvem-se as tramas, tanto a escrita por Raimundo Silva, quanto aquela escrita por Saramago.

No fim, o livro trata sobre como um simples Revisor foi capaz de derrubar barreiras com uma única palavra negativa, e sucessivamente foram caindo os muros, sociais que o separavam de sua paixão, consuetudinários que o separavam de uma vida propriamente vivida e os de pedra que protegiam os mouros fictícios dos portugueses inventados. Não é estranho, portanto, que tratando de vários temas, acabe por tratar de um só, afinal,

?[?] cada um de nós cerca o outro e é cercado por ele, queremos deitar abaixo os muros do outro e continuar com os nossos, o amor será não haver mais barreiras, o amor é o fim do cerco.?
sofi.mmp 14/10/2023minha estante
O amor é o fim do cerco. Definitivamente vou ter que ler esse.




Alina 24/09/2023

Eu amo Saramago, mas esse livro?

Demorei 10000 anos pra ler e me fez entrar num hiatus de leitura absurdo.

Não me cativou e não consegui gostar da história.

O estilo dele, com aquele humor meio irônico e as análises engraçadas das coisas simples do cotidiano, que eu pessoalmente adoro, está bastante presente. Só que, pra mim, não foi o suficiente para superar uma história essencialmente chata.
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Nath Mel 30/08/2023

O poder do ?não?
A escrita do Saramago sempre me cativa. A primeiro momento nos traz um estranhamento mas a medida que se acostuma com sua escrita peculiar não tem como não se apaixonar.
Nesse livro, acompanhamos as peripécias de um editor que, ao estar em suas mãos um livro histórico sobre o cerco de Lisboa, entra num grande conflito interno. Como lidar e editar com livros que não gostamos ou concordamos ?
Como não modifica-los da forma que sabemos que seria mais interessante e inteligente?
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Lari 03/07/2023

Rico em detalhes
Mais uma leitura do Saramago e sempre me surpreendo com a riqueza de detalhes nas suas narrativas, e no envolvimento do narrador.

Não achei uma leitura muito fácil, principalmente por não conhecer tanto sobre a história de Portugal e Lisboa, mas gostei de como o romance foi construído em cima de fatos históricos.
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Leila 25/06/2023

História do Cerco de Lisboa de José Saramago, é um romance que se destaca por sua abordagem peculiar e sua habilidade em desafiar as convenções literárias. Nesta obra, Saramago mergulha profundamente na história da cidade de Lisboa e apresenta uma narrativa que transcende o tempo, ao mesmo tempo que nos conduz a uma reflexão sobre a natureza da escrita e do poder das palavras.

No contexto de História do Cerco de Lisboa, o romance entre os personagens ganha destaque. Contrariando as experiências anteriores de leitora, Saramago nos presenteia com uma história de amor genuína e apaixonada. A relação entre Raimundo Silva, o revisor de livros que altera acidentalmente a história do Cerco de Lisboa, e Maria Sara, uma colega de trabalho, é retratada de maneira delicada e convincente. O autor explora as complexidades desse romance e o contrapõe ao pano de fundo da cidade sitiada, criando um contraste fascinante entre a intimidade do casal e a turbulência do mundo exterior.

Além do romance, Saramago aproveita a história do Cerco de Lisboa como uma metáfora poderosa para discutir temas mais amplos, como a influência do poder e a manipulação da narrativa. Ao inserir um revisor que decide acrescentar uma frase à história oficial, Saramago questiona a veracidade dos fatos históricos e propõe uma reflexão sobre a natureza subjetiva da escrita. Através dessa trama, ele nos leva a questionar como a história é construída e como as versões oficiais podem ser moldadas ou até mesmo distorcidas.

José Saramago, como de costume, apresenta uma escrita provocativa e profunda. Sua narrativa é repleta de camadas de significado, e o leitor é constantemente desafiado a refletir sobre os temas apresentados. História do Cerco de Lisboa é mais um livraço do autor! um livro que transcende as fronteiras do tempo e do espaço, capturando a essência humana e suas contradições. José Saramago prova mais uma vez sua genialidade ao nos oferecer uma visão única e desafiadora sobre o amor, a história e o poder da escrita. Recomendo.
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Thiaguinho 25/05/2023

Duas histórias
É interessante o modo pelo qual a História do cerco é contada simultaneamente à história de Raimundo Silva.
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