Um Teto Todo Seu

Um Teto Todo Seu Virginia Woolf




Resenhas - Um Teto Todo Seu


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Valerya insta @leslivres_ 07/09/2023

A irmã de Shakespeare.
"Pois bem, minha crença é que essa poetisa que nunca escreveu uma palavra é que foi enterrada numa encruzilhada ainda vive. Ela vive em vocês e em mim, e em muitas outras mulheres que não estão aqui esta noite, porque estão lavando a louça e pondo o filho os filhos para dormir. "
Mas essa poetisa vive e cabe a todas nós mulheres, não deixarmos que suas palavras e poesias morram efetivamente.
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Ana Paula 06/09/2023

De 1929, poderia ser de 2023
“Vocês têm ideia de quantos livros são escritos sobre as mulheres no decorrer de um ano? Vocês têm ideia de quantos deles são escritos por homens? Têm consciência de que somos provavelmente o animal mais discutido do universo?”

Virginia Woolf compõe esse ensaio baseado em duas palestras que deu em faculdades para mulheres em 1928 sobre o tema "Mulheres e Ficção". O tema, por si só, seria muito amplo e teriam diversas abordagens possíveis, porém o modo como Woolf o desenvolve é uma arte a parte.
Essa foi uma escolha de última hora para o projeto de 100 Anos em Livros (ainda estava/estou um pouco assustada para encarar O Som e a Fúria, eu acho, mas vem aí a qualquer momento), porém foi uma escolha extremamente acertada. Essencialmente porque encontrei a frase que sumariza perfeitamente meu propósito com esse projeto pessoal de leitura: "Pois os livros são continuações uns dos outros, apesar do nosso hábito de julgá-los em separado".
De qualquer forma, de volta para o livro. Virginia Woolf pega o tema da discussão de mulheres e ficção e, no lugar de discutir sobre ficções escritas por mulheres ou mulheres escritas em ficções, ela discute o porquê mulheres tinham tanta dificuldade em estar nessa posição. E então, uma conclusão simples: uma pessoa precisa de dinheiro e um lugar próprio para conseguir exercer sua criatividade.
Apesar de o conteúdo em si ser muito relevante para a época e ainda continuar dessa forma, o mais interessante, como em qualquer obra da Virginia que já li, é a forma como ela escolhe contar essa história. As personagens que a permitem ter mais liberdade para dizer exatamente o que ela quer dizer, a irmã de Shakespeare (lembranças de Hamnet, saudades), as reflexões sobre uma obra de ficção fictícia!
É incrível, é fluido, é uma leitura incrível.
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edwarda 29/08/2023

Virginia Woolf
Ler esse livro foi como receber um abraço coletivo em um grupo composto só por mulheres. Gratidão Virgínia por essa escrita maravilhosa.
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Mah Milevuski 24/08/2023

Ah, Virginia...
E se Shakespeare tivesse uma irmã, com mesmo talento, vivência e aptidão, ela seria tão famosa e renomada quanto ele? tanto eu quanto Virginia acreditamos que não. Não vou mentir se falar que não é uma leitura densa, mas também apresenta várias informações e pensamentos de nossa queridíssima Woolf. Se tiver paciência e interesse, é uma ótima leitura, mas não é para todos.
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Dri 13/08/2023

Com lucidez e sensatez Virgínia discorre sobre os obstáculos às mulheres escritoras desde o século XVI. Entre relatos de fatos históricos, suposições, e análises de pérolas como "...a melhor mulher era intelectualmente inferior ao pior homem", do digníssimo professor de Cambridge, Oscar Browning, fui me dando conta da grandeza da luta das mulheres para ter direito a escrever. O ensaio com o tema "As mulheres e a ficção" foi escrito para alunas universitárias, mas suas profundas reflexões servem não só para aspirantes a escritoras, mas para qualquer mulher. As questões da falta de independência financeira, da descrença na capacidade e no talento, do escárnio, do desprezo e da opressão sofridas pelas mulheres ao longo dos séculos me tocou muito e me fez dar valor à luta e a coragem de nossas ancestrais. Que saibamos honra-las, nos lembrando da maior lição que este livro me deixou: "...é muito mais importante ser você mesma do que qualquer outra coisa.".
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stephanie169 12/08/2023

Senti a escrita costumeira da autora muito mais proeminente nessa obra. E com isso, encontrar a linha de pensamento foi bem difícil, imagino que pelo próprio formato proposto.

Um ensaio completamente contemporâneo, o que mostra a grandiosidade dela. Porém, afirmo, dificílimo. O primeiro capítulo é uma caminhada sem fim onde não saímos do mesmo lugar ao mesmo tempo que questionamentos surgem na nossa cabeça. A partir do momento que encontramos um fluxo de leitura, acabamos até por conversar com as ideias escritas no papel e a leitura se torna mais fácil apesar de densa.
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dudateixeira._ 10/08/2023

Difícil, mas toda mulher deveria ler !
Encontrei esse livro através da personagem Maeve Miley de Sex Education, a qual eu pensava ser fissurada por essa obra, ja que fazia leituras cíclicas constantemente. Hoje vejo que não se tratava de uma obsessão: é um desafio entender no âmago tudo que Virgínia tenta nos passar com sua linguagem profunda e rebuscada e mais difícil ainda é continuar da mesma página que você parou no dia anterior.

A obra é um complexo rio de pensamentos, como se houvesse uma conexão direta do cérebro com a pena, sem filtro algum. Por isso é possivel alcançar a intensidade total das dores e complicações de ser uma mulher ainda mais no século XX em que foi escrito, porém chega a ser assustador que, mesmo séculos depois, ainda vivenciamos situações similares (ou ate mesmo iguais) nos dias de hoje. Como se nós ja nascessemos com um nível maior de dificuldade apenas pelo fato de sermos mulheres... Certamente terei que revisitar esse livro novamente daqui uns anos, quando mais madura, para poder decifrar as entrelinhas que não pude alcançar com os olhos que tenho hoje.
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Dani 30/07/2023

Comecei achando que não ia gostar, mas até que não foi ruim
O livro é legal! Tem uma excelente escrita. Muito boa mesmo. Não discordei de tudo, mas foi meio difícil de ler. As pessoas disseram que era com base nas palestras que realizava na universidade. E do meio para o final do livro tentei ler assim, imaginando como uma palestra. Funcionou! Até começa a me perder novamente. Em forma de palestra pode até ter sido interessante, em formato de livro, achei menos coeso. Vi também dizendo que era profundo e tal. Olha, talvez só chegaram a isto porque a autora não conseguia terminar um raciocínio sem criar outros, e isto vira uma teia de aranha de raciocínio. Em muitos momentos eu achei que eram nescessário estar levemente embriagada para acompanhar o "fio da meada" dela.
O primeiro capítulo é um tédio, ela narra a vida cotidiana dela. Busca de uma pergunta que vão gerando outras.

Porque a mulher é pobre? Ela diz. Eu respondo: porque o homem é pobre? Não é somente a mulher pobre, o homem também. E ela não era pobre. No final do livro ela até trás uma análise de um autor que diz o escritor só tem sucesso quando é bem sucedido.

Capítulo II: leu um livro que a deixou com raiva e tudo é igual o cara. É patriarcado, o mesmo patriarcado que permite ela estudar e ter os devaneios dela. Sem precisar trabalhar.

Irmã de Shakespeare... Que coisa mais ridícula. E se a irmã dela não tivesse feito aquilo. E se ela respeitasse o pai, casando? Falo "e se" pq essa história começou assim.

Ela diz " até que orgulho e preconceito é bom". É bom? É bom? Com certeza orgulho e preconceito é bom, ótimo, maravilhoso, um clássico de respeito. Onde já se viu essa senhora escrever que é bom! Minha senhora, esse livro nem se compara aos seus livros.

Comecei não entendendo o III, entendi, agora já me perdi de novo.

Se ela vê qualquer "inquietação" de uma mulher, discorre sobre ela por páginas a fio. Agora se for uma escritora que não tem a mesma indignação, como Jane Austen, não merece tanto afinco. Ela fala que Brontë poderia ser até melhor que Jane, mais talentosa. Somente pela "inquietação"? Não, não posso discordar mais.
Algo me chamou muita atenção: ela fala o seguinte " as mulheres não gostam de mulheres". E, sim, isso é a pura verdade! Mulher é muito mais crítica com a mulher.
Conclusão: Agora refletindo, Virgínia Wolf nunca foi confiável.
Foi o primeiro livro da autora. Não estou com ânimo para ler outros por agora, mas com certeza lerei futuramente. Concordei com muitos pontos dela.
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Mariana 29/07/2023

O livro conta a história de uma experiência feminina muito próxima a realidade atual. Indicaram-me numa livraria como requisito para começar uma pesquisa. Descreve a relação da mulher com o ato de se mostrar pensante
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Gabi Rodrigues 20/07/2023

A realidade estampada
É muito ruim pensar que mesmo depois das mulheres adquirirem muitos direito, ainda hoje são tratadas como inferiores aos homens. Mesmo com um teto todo seu.
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luiza 19/07/2023

Virginia Wolf demostra nesse ensaio o tamanho da sua contemporaneidade.
Um Teto Todo Seu contempla uma tese precursora para o tema " mulheres e ficção", liderada pela ideia que "uma mulher precisa ter dinheiro e um teto todo seu, um espaço próprio, se quiser escrever ficção".
É uma leitura que exige muita paciência por apresentar uma escrita difícil, como é de se esperar de uma mente tão complexa, então me vi muitas vezes perdida e demorei um tempinho pra concluir.
Acho que a única falta dele é da abertura de vertentes em questões como classe e raça, já que isso abrangeria o tema para muito mais mulheres.
no mais é uma obra genial e importantíssima!
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Carolina 17/07/2023

Obra atemporal: no cerne, (quase) nada mudou.
A obra é um ensaio baseado em duas palestras ministradas por Virginia Woolf em 1928, que, em uma síntese, a mulher que deseja escrever ficção necessita de dinheiro e um teto todo seu - que a propósito é o título do livro.

Importante mencionar aqui: não é um livro de ficção igual aqueles que costumeiramente lemos, ou, ainda, não é uma leitura fácil.

É o meu primeiro livro da Virginia e fico contente que tenho a maturidade e o discernimento necessário para compreender seus argumentos.

É uma obra que quase completa os seus cem anos, mas ela se demonstra atual, infelizmente. Nós, mulheres, alcançamos muitas coisas nesse período, mas ainda há tantas outras conquistas remanescentes.

Aliás, vou além: direitos que julgamos básicos nos vem sendo usurpados a cada segundo. Questiono: Virginia expõe que homens, aquela época, julgavam que não haviam mais diferenças entre ambos os sexos (sabemos a falácia desses argumentos), no presente, também não nos deparamos com alegações levianas, imponderadas?

Ainda há muito o que evoluir na psiquê e nas atitudes da sociedade para que esse abismo constante entre as mulheres e os homens se atenue, e por isso, essa obra é atemporal.

No cerne, percebemos que quase nada mudou.
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Carol.Negreiros 16/07/2023

Para as que gostam/querem escrever
Ganhei esse livro maravilhoso de uma amiga muito querida e de cara entendi suas intenções: esse livro chacoalha e provoca as mulheres que gostam/querem escrever.
A autora faz uma cronologia, uma volta ao passado (e olha que esse livro foi escrito a quase um século atrás) pra mostrar o quanto o ato de escrever é um verdadeiro desafio para as mulheres. Durante algum tempo, porque não podiam mesmo; depois, porque nos faltava condições: financeiras, de espaço, de tempo, de credibilidade, de liberdade... Não a toa, o título do livro é "Um teto todo seu", fazendo referência a um espaço onde uma mulher possa escrever sem interrupções. Nas palavras da autora "para uma escritora, é essencial ter um teto todo seu, um ambiente de liberdade pessoal que lhe permita exprimir-se sem sujeição."
Tanto tempo se passou, as condições mudaram consideravelmente, temos uma imensidão de mulheres escritoras, reconhecidas, que vivem de sua escrita, que receberam premiações, mas várias questões ainda permanecem, principalmente a divisão tão desigual das tarefas com lar e filhos (que influencia no tempo que essa mulher terá pra escrever), e a liberdade financeira que ainda é uma questão para grande parte de nós.
gwasem 20/07/2023minha estante
??




Maria.Batagin 12/07/2023

Tese de milhões
Alguns sábios declaram que o cérebro delas é mais superficial; outros, que sua consciência é mais profunda. Goethe as honrava; Mussolini as desprezava. Para onde se olhasse, os homens pensavam sobre as mulheres, e pensavam diversamente. Era impossível encontrar sentido em tudo aquilo, decidi?
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