Dani 30/07/2023
Comecei achando que não ia gostar, mas até que não foi ruim
O livro é legal! Tem uma excelente escrita. Muito boa mesmo. Não discordei de tudo, mas foi meio difícil de ler. As pessoas disseram que era com base nas palestras que realizava na universidade. E do meio para o final do livro tentei ler assim, imaginando como uma palestra. Funcionou! Até começa a me perder novamente. Em forma de palestra pode até ter sido interessante, em formato de livro, achei menos coeso. Vi também dizendo que era profundo e tal. Olha, talvez só chegaram a isto porque a autora não conseguia terminar um raciocínio sem criar outros, e isto vira uma teia de aranha de raciocínio. Em muitos momentos eu achei que eram nescessário estar levemente embriagada para acompanhar o "fio da meada" dela.
O primeiro capítulo é um tédio, ela narra a vida cotidiana dela. Busca de uma pergunta que vão gerando outras.
Porque a mulher é pobre? Ela diz. Eu respondo: porque o homem é pobre? Não é somente a mulher pobre, o homem também. E ela não era pobre. No final do livro ela até trás uma análise de um autor que diz o escritor só tem sucesso quando é bem sucedido.
Capítulo II: leu um livro que a deixou com raiva e tudo é igual o cara. É patriarcado, o mesmo patriarcado que permite ela estudar e ter os devaneios dela. Sem precisar trabalhar.
Irmã de Shakespeare... Que coisa mais ridícula. E se a irmã dela não tivesse feito aquilo. E se ela respeitasse o pai, casando? Falo "e se" pq essa história começou assim.
Ela diz " até que orgulho e preconceito é bom". É bom? É bom? Com certeza orgulho e preconceito é bom, ótimo, maravilhoso, um clássico de respeito. Onde já se viu essa senhora escrever que é bom! Minha senhora, esse livro nem se compara aos seus livros.
Comecei não entendendo o III, entendi, agora já me perdi de novo.
Se ela vê qualquer "inquietação" de uma mulher, discorre sobre ela por páginas a fio. Agora se for uma escritora que não tem a mesma indignação, como Jane Austen, não merece tanto afinco. Ela fala que Brontë poderia ser até melhor que Jane, mais talentosa. Somente pela "inquietação"? Não, não posso discordar mais.
Algo me chamou muita atenção: ela fala o seguinte " as mulheres não gostam de mulheres". E, sim, isso é a pura verdade! Mulher é muito mais crítica com a mulher.
Conclusão: Agora refletindo, Virgínia Wolf nunca foi confiável.
Foi o primeiro livro da autora. Não estou com ânimo para ler outros por agora, mas com certeza lerei futuramente. Concordei com muitos pontos dela.