O alegre canto da perdiz

O alegre canto da perdiz Paulina Chiziane




Resenhas - O Alegre Canto da Perdiz


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Winx_stella 02/06/2024

Qual o preço da sua fome?
Um livro muito interessante! Muitos não estão acostumados a ler livros escritos por pessoas de países africanos, como no meu caso. Livros que carregam um diálogo diferente, uma cultura e religião diferentes e uma realidade totalmente diferente da nossa.
Dessa forma, é comum que a leitura seja enferrujada e leve mais tempo para enlaçar o leitor, mas quando o faz, é com maestria! Um livro extraordinário e muito importante; com ele podemos entender de forma profunda o que o colonialismo fez com países da África, como entrou na mente de seus habitantes e os fez acreditar que eram inferiores e por isso deveriam ?melhorar? sua raça, exterminar sua cultura e religião ?selvagens?.
Com uma pitada do tão infame ?Darwinismo social? a história entrece e destece a trama de uma sociedade racista e misógina que tenta a todo custo calar sua população, principalmente a de mulheres negras. Fala não somente das relações entre brancos e negros, como também da relação entre negros e miscigenados e negros e negros. Como todos se veem e lutam para alcançar a tão sonhada ?raça superior?.
Este livro pode não ser de fácil leitura para todos, pois conta toda sua história à moda do folclore e superstição local; mas com certeza é necessário. Principalmente para nós pessoas brancas; pois sendo o racismo um problema criado por nós, deve ser estudado em sua nascente e mitigado o quanto antes também por nós.
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Nina 23/05/2024

"Segurar um bebé é segurar o mundo. Embalar um bebé é embalar o futuro com braços de mulher."

Demorei um pouco pra engrenar a leitura, mas depois que engrenar gostei muito. Uma história sobre a força das mulheres.
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Rosa282 02/05/2024

Liberdade e ancestralidade
Um livro diferente... mas impactante. A escrita que a princípio confunde aos poucos envolve e nos transporta para Moçambique. Observamos através da escrita as transformações do espaço, mentalidades, a reconstrução de uma nação na passagem do tempo. Percebemos a crueza do colonialismo em suas distintas faces e por fim, a esperança como um pilar que sustenta a memória e a ancestralidade. Tudo isso em meio a uma prosa as vezes poética, em outros momentos acertiva e racional. Deve ser lido com reflexão diante das relações possíveis com outros espaços, que sofreram ou ainda vivenciam a colonização material e das mentes.
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Klelber 16/04/2024

O livro mais lindo de 2024
História muito triste, mas muito linda, de resistência, de erros e de perdão. A escrita é bem poética, tô de ressaca com esse livro!
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J^! 25/02/2024

Sensacional!
Incrível a narrativa. A história. Os personagens. O contexto. A forma. Sobre colonizados e colonizadores com o matriarcado no plano central.
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andrealog 07/02/2024

Uma África muito diferente da romantização
A autora nos mostra o fenômeno da colonização em Moçambique a partir de um ponto de vista muito diferente da tradicional. Fugindo da óbvia dicotomia entre bandidos e mocinhos, salvadores e salvados, a autora nos mostra uma realidade cheia de nuances, onde parte da população é explorada por outra, onde brancos e pretos podem ser cruéis e exploradores, onde a cor da pele também coloca uma estratificação e, acima de tudo, nos mostra que as desigualdades não nasceram nem foram embora com o marinheiro branco
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Milena 26/01/2024

Poético e sensível
Ainda não sei o que pensar sobre esse livro. Eu gostei do livro, mas não posso dizer que amei. É diferente demais de tudo o que eu estou acostumada a ler, e só por isso já foi uma experiência incrível.
Achei a linha do tempo muito confusa. Se você não recordar o nome de todos os personagens, lugares e passagens, você facilmente se perderá durante a leitura.
A escrita da autora é muito poética, e é assim o livro inteiro. Não foi exatamente um problema pra mim, tanto que marquei diversas passagens que eu amei no livro. Mas, não dá para negar que isso dificulta um pouco a compreensão da história, do que a autora quer nos contar.
É uma história triste, muito real, sensível e poética. Incrível a forma como a autora consegue trazer poesia para uma realidade tão dura.
Na minha opinião, é mais um livro daqueles que não é para todos.
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Laris 23/12/2023

Uma das melhores livros que já li, demonstra o processo de colonização e como traz prejuízos psicológicos para as pessoas negras na tentativa de se assimilar. além de falar sobre questões de gênero e a maternidade.
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Maria 23/12/2023

A poesia em prosa da tradição oral
Gostei mais desse livro do que de Niketche (que eu também tinha amado). Acredito que essa história me envolveu mais, trazendo à tona discussões que envolvem a raça e a profundidade do discurso racista que faz o negro enxergar a si mesmo como inferior. Também são interessantes as discussões sobre os conflitos de gênero. Mas, mais do que tudo, você se cativa pela história, pelos personagens e se prende ao que o ser humano é capaz de fazer para encontrar sua dignidade.
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Dayse.Carla 06/08/2023

Este livro foi a indicação de colega, eu sabia mais ou menos sobre o assunto, porém a abordagem traz muita reflexão sobre o preconceito, o sofrimento e o racismo .
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MahCordeiro*.* 26/04/2023

Des-construção da Identidade
E até onde se vai para 'branquear' a família? Até que ponto é possível abrir mão da família para buscar um status arraigado a cor?

A minha tristeza e não ter onde repousar o meu cansaço. Se eu fosse um pássaro nada me faltaria
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Gustavo.Borba 10/02/2023

A alegre leitura
#LivrosQueLi
 
O alegre canto da perdiz, de Paulina Chiziane. Ed. Caminho. 2008, 266 pgs. Que livro, meus amigos! Que livro! Uma escrita lírica, com expressões quase místicas, um narrador filósofo, que expressa os sentimentos e formas de ver o mundo com o olhar da Zambézia, território de Moçambique, onde a história se passa. Por meio da história da família de Delfina e sua filha Maria das Dores, a autora perpassa todo o sentido da colonização portuguesa em seu país e os sentidos que se constroem em torno a esse processo de diferenciação social entre brancos e negros, e de que forma a mestiçagem era vista como fator de mobilidade social. Chiziane, vencedora do Prêmio Camões, de valorização da cultura entre Portugal e Brasil, demonstra maestria literária ao escrever um romance magnífico que perpassa a história de uma nação vítima da violência da colonização. Uma experiência literária magnífica, cuja peculiaridade na construção do texto pode amedrontar alguns, até causar certo estranhamento, mas vale a pena viver essa experiência de leitura. Leiam!
 
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Tainá 23/01/2023

Livro pesado, que trata de forma dura, crua, visceral, as relações de dominação, escravidão e aculturamento.
Leitura ao mesmo tempo linda!
Leiam! Necessária!
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