O Cão Negro

O Cão Negro Alec Silva




Resenhas - O Cão Negro


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Andréia 13/04/2023

Cenas Impactantes
O livro trata da história de uma jovem camponesa,que por uma falsa acusação,foi queimada na fogueira. À partir de então,todos os camponeses passaram a ser perseguidos por seu amigo cão.
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   Gostei bastante da história,pois nos faz pensar,que como um julgamento pode afetar a vida das pessoas,e até mesmo levar à morte. Me fez pensar em como julgamos as pessoas,e esquecemos que também somos julgados. A trama me prendeu do início ao fim,cheia de aventuras.
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   O que mais chamou minha atenção no desenvolvimento da história,é que ninguém teve coragem de ir contra às pessoas que estavam julgando a jovem. Mesmo as pessoas que a conheciam,aceitaram esse fim da jovem. Mesmo a camponesa afirmando não ser uma bruxa,não deram ouvidos à ela.
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   Se você gosta de uma trama que envolve: ação, terror, bruxaria e cenas sangrentas,super recomendo a leitura do livro. Do contrário,não leia.
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   Bom,então é isso pessoal! A resenha fica por aqui,espero que tenha aguçado a curiosidade de vocês. Deixem nos comentários,o que mais te deixou curioso na história,baseando-se em minha resenha.
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Gabriel 19/10/2021

O Cão Negro é uma novela fix-up, modalidade de publicação de contos que foram previamente escritos de forma separada, mas então reunidos e reeditados para se tornarem partes de um todo para a coesão da obra. Os contos em questão foram escritos e preparados ao longo de seis anos, entre 2012 e 2018, pelo baiano Alec Silva e publicados pela Cartola Editora no ano de 2019. Em 2020, o livro chegou às semifinais do III Prêmio da Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror (ABERST).
Escritor e editor dos gêneros terror, horror, fantasia e ficção científica, Alec é um dos fundadores do movimento literário Sertãopunk, que visa a construção de narrativas ficcionais futuristas e genuinamente plural como o Nordeste é e que surge em 2018 em contraponto ao Cyberagreste, que, por sua vez, apresenta visões estereotipadas e geradas de fora da região da qual se apropriam em suas narrativas. Atualmente, concorre como finalista ao III Prêmio ARBEST nas categorias Narrativa Longa de Terror (A livusia) e Narrativa Curta de Terror (A Coisa de Três Faces).
Nos últimos tempos de Inquisição na Europa, o espírito criado pela fúria e pela dor de uma jovem acusada de bruxaria tem como único objetivo perseguir e enlouquecer os descendentes do rapaz que começara com tudo aquilo. O Cão Negro será capaz das maiores atrocidades para alcançar seu objetivo, que se torna cada vez mais claro enquanto avançamos através dos contos, dispostos de forma não-cronológica, instigando-nos a montar esse quebra-cabeças peça por peça.
Em “O amuleto”, uma narrativa em terceira pessoa de poucas páginas, é introduzido o tom sombrio e permeado de uma magia ancestral que acompanha cada história da obra. Um homem, à procura proteção para a filha, aceita um amuleto de uma cigana misteriosa, que demonstra saber mais do que diz sobre o destino que se aproxima. O gatilho é disparado para que o virar de páginas seja viciante e surpreendente.
Logo em seguida, adentra-se a atmosfera sombria e pessimista em primeira pessoa que apresenta loucura e o desespero de um homem que tenta, desde tenra idade, fugir da figura espectral da criatura cuja figura podemos vislumbrar pela primeira vez no conto “O Cão Negro”.
“A lenda do lobo urbano” é o primeiro dos contos que se passa no Brasil. Nele, uma série de assassinatos brutais chama a atenção da mídia nacional para uma cidadezinha interiorana quando os acontecimentos inegavelmente sobrenaturais ou ocultistas culminam na exumação de túmulos no cemitério. Esse foi um dos contos que mais me arrepiou, me fez sentir vulnerável, como se algo espreitasse fora de casa durante a noite. Gostei de sentir esse medo.
“O cão e o homem” é narrado em primeira pessoa numa espécie de relato de relato. Nele, enquanto espera a chegada de seu ônibus, um homem é abordado por um bêbado que lhe conta a história de quando era marinheiro e o navio em que trabalhava servira de palco de uma sangrenta maldição, com uma tempestade que se acercou da embarcação e uma figura canina que perseguia um passageiro, não se contentando apenas com ele.
“A sombra do cão” é uma narrativa em terceira pessoa que acompanha um fazendeiro do interior baiano, marcado pela perda desde a do pai à da primeira esposa, em retorno à casa após uma viagem. Logo que ele chega, uma tempestade ameaçadora cai sobre a região, bem como a figura fantasmagórica que acompanha sua família. E o pior de tudo é que sua filha mais velha está desprotegida, passeando pelo pasto.
Ainda em terceira pessoa, em “O menino lobo” acompanha-se a mente singular de um órfão que se sente mais conectado aos cães do que a pessoas, a quem chega a desprezar. Conforme cresce, uma fúria animalesca torna-se cada vez mais pujante dentro de si, uma sede de sangue a qual ele descobrirá ser originada de uma existência bem mais poderosa e cruel quanto a sua.
Em “O lunático”, as peças da narrativa começam a formar quase por completo o panorama geral. Nele, a investigadora policial Paula se depara com um crime que começa a lhe trazer lembranças que ela não viveu, lembranças terríveis e dolorosas, além da figura negra e canina que, apesar de tudo, lhe parece protetora.
Em “A bruxa e a fera”, mostra-se o início do evento cruel que levou ao surgimento do espírito que vaga vingativo pela terra. Neste conto, há uma clara denúncia às barbáries cometidas pela Igreja Católica às mulheres, principalmente àquelas que decidiam não viver de acordo com os preceitos da instituição.
No conto final, “O horror alvo”, uma perspectiva completamente diferente das anteriores é apresentada. Nele, um diferente espírito, também originado da brutalidade, procura a vingança por uma moça que, apesar de viver séculos depois da Inquisição, foi tão oprimida e violentada quanto bruxas que arderam em fogueiras. O mundo, ainda hoje, não é gentil para com as mulheres.
Apesar de as narrativas acompanharem diferentes pontos de vistas, situados em diversos pontos geográficos e momentos do tempo, todas são construídas ao redor de um elemento em comum: a figura fantasmagórica e vingativa do Cão Negro, que é baseado em lendas de origens que vêm de diferentes culturas, mas que conservam em comum a noção de que tal criatura é mau agouro.
A versão desse símbolo construído por Alec Silva constitui uma figura coerente e forte, uma criatura monstruosa cujos objetivos e razões para existir são plausíveis. Não surge simplesmente como um algoz, como um perseguidor implacável e puramente sádico, mas como a reparação de um crime centenário e que, portanto, deve também levar séculos para a sede por sangue e justiça seja saciada.
Com um ritmo envolvente e principalmente descritivo, com direito a momentos avassaladores, e de estilo narrativo coeso e apesar das diferentes vozes empregadas para a composição do todo, a obra é, com certeza, um dos melhores representantes nacionais do gênero, pois não se utiliza de violência gratuita, para causar o choque pelo choque, mas baseada numa reação a um problema cruel que permeia nossa sociedade até hoje.
E não há terror mais interessante senão o que se apropria da realidade para que, além de nos causar medo e repulsa, nos faça pensar sobre a sociedade e em como fazemos com que seus padrões inumanos se reproduzam. Afinal, qual medida de violência é justificável quando aplicada a certos indivíduos, mas impensada quando voltada aos principais atores dessas atrocidades?
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Nícollas Lopes 08/01/2021

Boa pedida.
Não sou muito ligado ao gênero terror e ainda assim gostei bastante do quebra-cabeças de contos que constrói a obra. Leitura fácil, mas não simplória, trama instigante, arcabouço histórico interessante e desfechos bem feitos. Bom livro!

P.s.: não pulem a introdução!
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Laura Paidosz 17/10/2020

Ideia boa, mas mal executada
A temática do livro foi boa, mas a execução de ideia deixou muito a desejar. As linhas cronológicas que se encontraram em diversos momentos, ficaram com finais em aberto. O livro é inconclusivo, e os personagens foram trabalhados de forma empobrecida, a ponto de não ser possível identificar quem estava em cena.
História confusa, extremo foco em detalhes repugnantes, tirando o foco principal do livro.
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Lêticia Lopes 04/10/2020

Recomendo demais!
Primeiro de tudo, O Cão Negro não foi pensado como a simples história de um cão que poderia ser bom ou mal, dependendo do que fizesse e das histórias que fossem contadas. O Cão Negro, além de uma lenda por todos os lugares pelos quais passou, é um vingador, portanto, espere muito sangue no decorrer das páginas desse livro. Recomendo paciência e sede de saciar a curiosidade, pois a esperta decisão do autor de misturar as narrativas em uma não-linearidade de fatos é de suma importância para nos mantermos presos no livro e ansiosos por entendê-lo. E essa decisão, além de acertada, foi o melhor caminho a ser tomado.

Tudo se encaixa, nada fica de fora e, no fim, ainda ficamos loucos com o gancho deixado para o próximo livro. Ainda preciso dizer que o autor montou descrições de pessoas, lugares e épocas bastante verossímeis, transportando-nos para dentro da história e nos deixando agoniados com o que viria a acontecer em cada conto/capítulo. A minha história predileta acabou sendo a do fazendeiro e a de seus filhos.

Enfim, só elogios para O Cão Negro de Alec Silva, esta é uma leitura super válida para quem gosta do sobrenatural, do terror e horror do que não conseguimos explicar e, sobretudo, das pessoas.
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@resenhandodark 25/11/2019

@resenhandodark
“O Cão Negro”, é composto por contos considerada uma novela fix-up cheia de horror, suspense e adrenalina. Lobisomem é à minha criatura favorita, tanto em livros quanto filmes. E essa leitura conseguiu me deixar muito satisfeita, pois o autor conseguiu transmitir toda a crueldade da criatura, não poupando ninguém que entra em seu caminho.

Ele tem uma escrita incrível, que te deixa viciada nos contos, além de o final ele trazer toda uma conexão com cada personagem, trazendo uma maldição que foi passada por décadas. Então se você gosta de licantropia e muito sangue não pode perder essa rs. O livro já está disponível no site da editora, então corre para garantir o seu!!!
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Diego Sacramento 11/08/2019

Uma boa surpresa!
Gostei bastante da narrativa dos contos, ao longo da leitura somos levados por uma história muito boa e com um final incrível, suspense e terror com muito sangue e cenas que dão aquela agonia boa de um bom livro do gênero!
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Diego Sacramento 11/08/2019

Uma boa surpresa!
Gostei bastante da narrativa dos contos, ao longo da leitura somos levados por uma história muito boa e com um final incrível, suspense e terror com muito sangue e cenas que dão aquela agonia boa de um bom livro do gênero!
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Matheus Bonfim 21/11/2018

Agora vou olhar um cão negro com outros olhos
Uma história muito bacana, gostei da escolha de fazer vários contos que aos poucos vão montando uma história maior. Aqui se tem bastante suspense e horror, uma escrita dinâmica, se quiser acaba em um dia todos os contos. Meu conto favorito é sobre o fazendeiro, sensacional, uma vibe de lenda. Enfim, recomendo a leitura! Mas aviso logo que se tem estômago fraco, como eu, vai ser tenso um certo conto hahaha
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