Breno.Benicio 09/05/2023
Livro ou filme ?
"O Bebê de Rosemary" é conhecido mundialmente pelo clássico filme de terror lançado em 1968 dirigido por Roman Polansky. O livro, publicado em 1967 é escrito por Ira Levin e contém exatamente a mesma história do filme, sendo o principal precursor pro lançamento do longa.
O espectador que teve a oportunidade de assistir ao filme, muito provavelmente vai indentificar vários pontos extremamente semelhantes. Há quem diga que vimos uma boa adaptação devido a fidelidade quanto o material fonte, mas creio que temos uma linha bastante tênue neste caso.
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A experiência do espectador cinematográfico quanto ao livro pode se assemelhar a uma reassistida, ou melhor dizendo, uma versão estendida da história. Claro, obviamente, a experiência vai de espectador para espectador e leitor para leitor, fato é, independente do primeiro consumo, seja o filme ou o livro, a experiência será prejudicada pelo fator da previsibilidade, pois nada muda entre uma obra e outra.
No entanto, olhando com uma perspectiva mais profunda, ao analisarmos a obra como o material que deu origem ao filme, sendo o principal responsável pela criação do clássico, contendo em suas páginas a a verdadeira história, acredito que o livro ganhe bastante neste aspecto.
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Embora muito curto e direto, a narrativa é bastante detalhista e as vezes pesa muito a mão em questões que (embora relevantes para o final) deixam o desenvolvimento bastante perdido e muito monótono.
A escrita de Ira Levin compensa no desfecho, ao terminar de forma bastante interpretativa, deixando bastante pontas soltas. Finais como este costumam ganhar fama de "ame ou odeie" neste caso, embora prefira o suspense e a omissão do bebê gerada a partir da direção do Polansky no filme, o material fonte também se destaca dentro da sua própria singularidade.