Rafa 04/10/2017SurpreendidaMila Wander me surpreendeu com sua escrita.
Em Despedida de Solteira vamos conhecer Amande, uma mulher madura e extremamente certinha, organizada e tudo o mais. Confesso que sua mania de arrumação me lembrou a mim mesma, ahaha.
Ela está noiva e junto com suas amigas, a doida Jéssica, a educada Paloma, a advogada Fabiana, a experiente Cláudia e a insegura Lara embarcam em uma despedida de solteira pra lá de diferente e muito sensual.
Pois bem, elas acabam convencidas por Jéssica a irem para o litoral em uma casa regrada de beleza masculina, sim, ali estão a disposição delas um homem mais lindo que o outro para entretê-las.
E em meio a essa loucura sensual que Amande vai conhecer Caleb, um homem misterioso, lindo e sexy, dono de uma risadinha de fazer qualquer uma desmaiar.
O envolvimento dos dois é muito nítido, porém gostei muito de ver como ele conduz essa relação, sendo gentil e atencioso. Caleb sem dúvida foi moldado para ser perfeito, fazendo as amarras e muros de Amande desmoronarem pouco a pouco.
Outro ponto interessante, foi um tema muito tabu abordado, a prostituição, neste caso de luxo. Porém dessa vez estamos do outro lado da moeda onde, sim, o homem é quem tem um preço.
Vemos o quanto ele sente vergonha e o quanto sofre por essa escolha, que de fácil não tem nada. É um assunto complicado e difícil de se aceitar, pois temos resistência em sempre achar que há outras saídas e tal. E a medida que a história flui muitas de nossas dúvidas e curiosidades, que também são as de Amande, vão sendo esclarecidas por Caleb.
Em meio a essa mudança de Amande, suas amigas vão acabar se abrindo mais para ela, assim que a postura de certinha vai caindo.
O único ponto em que não me agradou foi a traição, espero que não seja um baita de spoiler...mas está bem na cara o que vai acontecer.
É um livro curtinho, muito gostoso de se ler e você fica na expectativa até os últimos segundos para saber a decisão de Amande. Casa ou não casa?!
O conteúdo é bem sensual sim, e muito bem escrito, tem alguns clichês, mas vale a pena conhecer a escrita viciante da Mila (e claro o Caleb).