O Livro do Amanhã

O Livro do Amanhã Cecelia Ahern




Resenhas - O Livro do Amanhã


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Carolina 02/06/2013

Ótimo
Não vou negar, pensei em abandonar este livro várias vezes. A leitura no início é lenta e às vezes cansativa. Mas ao decorrer das páginas, a estória foi melhorando e se tornando bem mais interessante.

As reviravoltas começam a surgir nas últimas páginas. Tudo começou a fazer sentido e o que era definitivo, deixou de ser.

Uma boa estória com um ótimo final. Recomendo!
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Karine 03/05/2013

O livro do amanhã
Como seria se soubéssemos o que o amanhã nos reserva? Nós o consertaríamos? Será que conseguiríamos?

Da autora dos sucessos P.S.: Eu te amo e A vez da minha vida, Cecelia Ahern agora nos traz O livro do amanhã.

Tamara Goodwin sempre teve tudo o que queria em sua vida. Vivia em uma realidade onde não tinha consciência do dia do amanhã. Contudo, drasticamente, tudo muda com o falecimento de seu pai. O cara que proporciona toda essa vida de conforto para Tamara e sua mãe, ou melhor: proporcionava, já que, junto com a sua morte, ele leva também a realidade confortável em que elas viviam. Acontece que estava atolado de dívidas e de problemas financeiros. Quando o banco hipotecou sua própria casa, não aguentou mais a pressão e, bem, se matou.

Após perder tudo, então, Tamara e sua mãe se mudam para a casa de seus tios, Arthur e Rosaleen, que vivem em uma cidade do interior afastada de grandes centros comerciais e da antiga cidade de ambas. A vida de todos muda da água para o vinho, assim, de repente. A protagonista logo é obrigada a se acostumar com uma família e uma casa diferente. Adolescente e de personalidade forte, ela se vê em uma vivência difícil de se adaptar.

Rosaleen e Arthur são um casal um tanto quanto estranho, além de muito reservados e monossilábicos. Ter certas conversas com Rosaleen é algo impossível. Tamara se frusta tentando ajudar sua mãe a melhorar, tentando achar alguma diversão nessa cidade. No meio do tédio da cidade do interior, a moça acha um livro, ou melhor, um diário, no qual, em todos os dias, aparece a narração dela, com a sua própria letra, do que acontecerá no dia seguinte. E mesmo sabendo de tudo, as coisas tendem a se desenrolar como o diário diz, ou como sua versão do futuro diz. Tamara vai se surpreender com o que o amanhã lhe reserva e como,por mais que ela tente, é difícil mudar o que estava escrito.

A história é construída em cima de personagens bem definidos, e o meu personagem favorito foi a Irmã Ignatus. Isso mesmo, ela é uma freira, que acaba conhecendo Tamara e tenta ajudá-la a se adaptar a essa nova situação. Está sempre de bem com a vida, e nunca deixa a jovem aborrecê-la. Uma freira com seus hobbies que está sempre tentando fazer os outros verem as coisas de outro modo. Adorei ela.

"Quando a gente fecha os olhos, pode ficar em quase todos os lugares que deseja estar"

Confesso a vocês que o livro me surpreendeu, este é apenas o segundo livro que leio da autora, mas a história segue um ritmo linear e tranquilo. Quando faltavam cerca de umas 100 páginas para acabá-lo, juro que pensava "Como tudo isso vai se resolver coerentemente em apenas 100 páginas?". Fiquei meio receosa de tudo acontecer muito rapidamente e ser uma explicação escassa, que deixasse a desejar. Todavia, estava enganada. O final me surpreendeu demais, mas foi uma surpresa boa. Adorei a conclusão do livro e adorei ser surpreendida também, pois esperava que a história continuasse no mesmo ritmo em que esteve durante a leitura inteira.

Gostei da trama, do desenvolvimento dela, do final (isso é algo muuuuito importante!) e da narrativa. É uma leitura leve e tranquila. Espero que vocês também gostem!
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Isabel 03/05/2013

Alguns desses devaneios mais estapafúrdios me deixam com uma pulginha atrás da orelha. Poder mudar o passado é o que mais me faz tender ao horror na hora de pensar nessas impossíveis possibilidades: vale a pena fugir de lições e evitar a dor? É em vão. Fugimos, ao mesmo tempo, do problema e do aprendizado que ele traria.

Amei a premissa de O livro do amanhã por tratar justamente dessas questões. Infelizmente, aqui não funcionou muito bem.

O pai de Tamara Goodwin, uma menina irlandesa de dezesseis anos, acaba de suicidar – e, com ele, vão também a casa com praia privativa, a fortuna da família e, acima de tudo, as sanidade de sua mãe. Sem um tostão furado, as duas são obrigadas a se mudar para a casa do tio de Tamara, Arthur, uma guarita simples ao lado das belas ruínas de um castelo medieval onde ele vive com sua esposa Rosaleen, tirando dali mesmo o seu sustento.

Tamara é mimada e extremamente mal agradecida, mas não é o sarcasmo com que ela trata os gentis tios que me irritou mais – foram as suas mudanças de humor. Às vezes a morte do pai lhe doía como seria esperado, às vezes mal era lembrada; sua mãe era a sua maior preocupação e no segundo seguinte era completamente negligenciada. Isso poderia ser o sinal de uma personagem inconstante, mas não – só cria uma falta extrema de verossimilhança.

Um belo dia, um ônibus para na porta de sua nova casa – é uma biblioteca ambulante, onde ela encontra um diário. Um dos poucos pontos realmente reais da obra é a reação de Tamara ao descobrir as “habilidades especiais” do livro – ele lhe mostra o dia seguinte, em sua própria caligrafia e com suas próprias palavras. O livro do amanhã é um bom título, mas O diário do amanhã seria um pouco mais exato.

E então inicia-se a grande dúvida: mudar ou não os acontecimentos futuros? Essa questão (que achei que permearia todo o livro) não é colocada tão em foco assim. O livro do amanhã mostra, principalmente, a formação e melhora pessoal de Tamara, além de um mistério envolvendo a sua mãe e a pequena cidade onde as duas moram agora. Enquanto a primeira não cumpre bem a sua promessa de romance de formação, o mistério me envolveu de forma razoável e posso apontar como uma das razões pelas quais continuei lendo.

Ainda assim a leitura dificilmente vale a pena. Como já disse, Tamara é uma personagem com muita pouca verossimilhança, e ficaria impressionada se alguém me dissesse que se identificou com ela. Cecelia Ahern emprega uma escrita pseudo poética que não funcionou muito bem (auxiliada por uma tradução ruim) e o sarcasmo de Tamara (com potencial para ser pelo menos engraçadinho) nunca funciona.

O livro insinua alguns personagens bastante interessantes – Rosaleen, a tia de Tamara e cheia de sorrisos amarelos e segredos; e a irmã Ignatius, freira que logo se torna a única amiga de Tamara na cidade. Isso, porém, é deixado de lado para por em foco as crises artificiais e romances capengas da protagonista. Uma pena: no final, acabei sentindo que Cecelia Ahern tem algum potencial. Só que ele não se concretizou em O livro do amanhã.
Publicada originalmente em distopicamente.blogspot.com
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AlémContracapa 05/05/2013

Resenha
Após o suicídio de seu pai, Tamara vê sua vida virar de cabeça para baixo. Criada em uma bela casa, acostumada com luxo, ela vê tudo isso desaparecer e de repente a única opção que resta a ela e sua mãe é se mudar para o interior - onde não há amigos, festas ou as lojas com as quais ela estava acostumada – para morar com seu tio Arthur e Rosaleen, a esposa dele. Dia após dia ela sente que está sendo sugada para o fim do mundo, até que encontra um curioso diário que todos os dias – através de sua própria letra - lhe revela o que acontecerá no dia seguinte. Ao final do dia, o registro se apaga e um novo surge em seu lugar. No início ela fica apenas intrigada, mas dia após dia o diário se revela preciso: o que está escrito ali de fato se tornará realidade, a não ser que ela mude os acontecimentos. Mais do que isso, o curioso artefato pode mudar a vida de Tamara e lhe revelar segredos sobre sua família que ela nunca imaginou.

“O Livro do Amanhã” é narrado em primeira pessoa por Tamara que nos conta a história depois que ela já aconteceu. Isso fornece à trama um elemento interessante que é o fato de a protagonista passar o livro inteiro em uma espécie de auto-analise, recriminando seu próprio comportamento muitas vezes. Antes da morte de seu pai, ela era apenas uma adolescente mimada (não se deixe enganar pela foto da capa. A personagem tem apenas 16 anos), mas agora que sua vida mudou tão radicalmente, já não é mais a menina que era, mas também não é uma pessoa nova. Assim ela tenta se encontrar enquanto sua mãe fica cada vez mais apática.

Mesmo achando a premissa da história de uma doçura quase poética e adorável – um diário escrito por você mesmo que conta como será o seu amanhã - confesso que tive vários problemas durante a leitura de “O Livro do Amanhã”. As primeiras páginas têm um ritmo lento e repetitivo que fizeram com que eu me desanimasse e depois disso foi difícil recuperar o interesse. Acredito que as primeiras 100 páginas poderiam facilmente ter sido reduzidas a metade e com isso manter a história mais ágil. Para mim era como se a história estivesse prestes a começar a qualquer momento, mas não começava. Não sei explicar exatamente o porquê dessa sensação. Não era que os personagens não fossem bons – eles apenas não despertavam aquela faísca – ou que nada acontecesse – várias coisas aconteciam, tanto no presente como nas lembranças da protagonista – apenas o que acontecia não era o suficiente para mim.

Foi assim que desenvolvi uma espécie de birra durante mais da metade da leitura, mas devo dizer que me aproximando do final, fiz as pazes com o livro. Se as primeiras páginas careciam de sal, as últimas se revelaram com um tempero bastante satisfatório. Aos poucos você começa a sentir que tem alguma coisa muito errada acontecendo e a partir daí a curiosidade vence. No fim consegui gostar da história, mas continuei acreditando que o livro seria melhor se reduzido a 70%.

Preciso, porém, ressaltar que “O Livro do Amanhã” não é exatamente o meu gênero de livro, então se você gosta desse tipo de história e se interessou pela sinopse - ou até mesmo se gostou de outros livros da autora - não deixe meus comentários pouco favoráveis impedi-lo de ler. Como eu disse, no final a história me envolveu, o único problema é que considerei o caminho muito longo até lá. Para alguém que gosta de uma história leve com direito a drama familiar, amadurecimento pessoal e final feliz acredito que seja uma boa pedida. Mas uma resenha precisa transmitir a experiência de quem leu e a minha foi essa.

Publicado anteriormente em www.alemdacontracapa.blogspot.com
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Paula 09/05/2013

Tamara Goodwin é uma adolescente de 16 anos que vive em uma mansão contemporânea de 650 metros quadrados, seis quartos, com piscina, quadra de tênis e uma praia particular em Killiney, na região de Dublin. Seu quarto tinha uma vista panorâmica para a praia, um banheiro completo com chuveiro, banheira Jacuzzi, uma TV de plasma acima da banheira, um armário cheio de bolsas de grife, um computador, um video game e uma cama com dossel. Quando descobriu uma forma de escapar de seu quarto, encontrava-se com seus amigos à noite e ia até uma área da praia particular beber e ficar com os garotos. Tamara costumava passar os verões com seus pais em sua mansão em Marbella, Espanha, o Natal no chalé de Verbier, nos Alpes suíços e a Páscoa no Ritz de Nova York.

Um Mini Cooper conversível pink com seu nome a esperava em seu décimo sétimo aniversário, além de um amigo de seu pai que possuía uma gravadora a esperava cantar e talvez contratá-la.

Mas tudo isso agora não pertencia mais à Tamara. Ela encontrara seu pai morto no chão de seu escritório com um frasco de pílulas ao lado e uma garrafa vazia de uísque na escrivaninha. E suas finanças gozavam de tanta saúde quanto seu pai. O banco já havia decretado a ordem de retomada da posse da casa e de todos os outros bens da família, o que obrigava sua mãe a vender tudo o que tinham para pagar as dívidas que não sabiam existir.

"Quando percebi que papai ia nos deixar passar por tudo aquilo sozinhas - soprar o ar em seu corpo morto, deixar mamãe arranhar o caixão diante de todo mundo e, depois, nos observar destituídas de tudo o que já havíamos possuído -, tive absoluta certeza de que ele se fora para todo o sempre". (p. 12)

Tamara amava o pai, mas sabia que ele não era um homem bom. Raras vezes se falavam e quando conversavam, sempre acabava em briga. Já sua mãe não era uma pessoa muito afetuosa e por esse motivo não costumava receber afeto de mais ninguém. No entanto, Tamara acreditava que isso não significava que ela não se importasse, mesmo tendo sentido isso algumas vezes.

"(...) eu era um pesadelo de filha, grosseira, respondona, esperava que me dessem tudo e, pior ainda, achava que merecia tudo, apenas porque todos que eu conhecia mereciam". (p. 14)

Tamara nunca pensou no amanhã, sempre viveu no aqui e agora. Nunca deu um passo para fora de seu mundinho e, sem saber o por quê, sempre dizia ou fazia coisas com a intenção de magoar a outra pessoa.

Com a morte de seu pai e a linha de suas vidas rompida, Tamara e sua mãe foram morar com Arthur, irmão de sua mãe e Rosaleen, sua mulher, em uma antiga guarita reformada, anexa a um antigo castelo no campo, em um lugar chamado Meath, no meio do nada e com quase ninguém por perto. A moradia media um quarto do tamanho da antiga casa de Tamara, com três quartos, uma sala de estar e cozinha.

Rosaleen sempre está pra lá e pra cá, arrumando e limpando as coisas. Os temas de sua conversa são completamente sem importância: o tempo, a triste notícia de alguém que vive do outro lado do mundo, vizinhos etc. Já Arthur é quieto e reservado, expressando-se através de grunhidos, meneios da cabeça e bufos nasais.

Em frente à ex-guarita em que estava morando, havia um bangalô. Tamara não fazia idéia de quem podia morar lá, mas Rosaleen partia depressa para lá todos os dias com pequenos embrulhos de comida. Há alguns quilômetros podia-se encontrar uma agência de correio e, em frente, uma pequena escola.

A vida de Tamara não estava de maneira alguma do jeito que ela planejara.

"Em vez disso, moro na roça, numa antiga guarita reformada, com três pessoas loucas e as quatro coisas mais próximas de nós são: um bangalô ocupado por gente que nunca vi, uma agência de correio instalada de fato na sala de estar de alguém, uma escola vazia e um castelo em ruínas. Não tem nada a ver com meu estilo de vida". (p. 30)

Ou pelo menos era assim que Tamara pensava...

Torcia para que sua mãe, Jennifer, melhorasse. De início pensava que ela estava agindo como uma boa viúva, mas quando seu comportamento não mudou, perguntava-se o quanto de sua mãe ainda continuava lá. Parecia que aquele fissura que iniciara logo após a morte de seu pai apenas aumentara e logo que as pessoas pararam de olhá-la e retomaram suas vidas, Tamara parecia ser a única a enxergá-la.

Sua mãe não saía do quarto, dormia ou ficava sentada em uma cadeira de balanço, sem se balançar e olhando pela janela que dava para o quintal. Sempre exibia um pequeno sorriso no rosto, mas nunca passava das mesmas breves palavras e suspiros nas conversas.

"- Tem razão, mamãe. Tudo ficará bem. - Minha voz tremeu. Decidi avançar mais um passo. - E veja o elefante branco no quarto, não é lindo?
Mamãe fitou a árvore no jardim, o mesmo sorriso nos lábios pink.
- Sim, é lindo.
- Foi o que imaginei que você acharia". (p. 56)

Rosaleen dizia que Jennifer estava apenas passando por uma fase difícil e que logo melhoraria. Mas Tamara se sentia perdida, achava que a mãe deveria ver um médico. Ocorrera-lhe que os problemas dos Goodwin eram resolvidos assim, na superfície, sem chegar às raízes, ignorando sempre o elefante branco no quarto. Depois daquela conversa com sua mãe, compreendeu que sempre vivera com um grande elefante em cada aposento.

Sem nada para fazer naquele local, acaba passando os dias em casa, até que conhece Marcus que, em um ônibus com livros, vai até cidades que não possuem biblioteca. Como na cidade não existe serviço de ônibus, Tamara fica feliz com o convite de Marcus em levá-la para a cidade, o que acaba por decepcioná-la: a cidade é composta por uma igreja, um cemitério, dois bares, uma lanchonete, um posto de gasolina com uma banca de jornais e uma loja de ferragens.

Apesar da decepção, Tamara conseguiu se divertir viajando ao México com Marcus através de um livro que o rapaz encontrou na seção de viagens e saiu com um livro que logo chamou a sua atenção: grande e encadernado de couro na seção de não ficção. Marrom, grosso, sem nome do autor nem título na lombada. Além disso, o livro tinha as páginas fechadas com uma barrinha dourada, presa à um pequeno cadeado dourado.

Tamara não era do tipo explorador e tudo que envolvia movimento a aborrecia, nada parecia intrigar-lhe a ponto de se aprofundar um pouco e entender melhor, mas ela se sentia tão entendiada... ultimamente pensava muito e falava pouco, coisa que fazia pela primeira vez na vida.

Andando ao redor da propriedade encontrou a autoritária ruína do castelo, com cicatrizes expostas, ferido e coberto do sangue das batalhas. Parada, naquele momento, sentiu-se com suas cicatrizes expostas e no mesmo instante Tamara e o castelo se uniram.

A antiga guarita em que Tamara estava vivendo, protegia a entrada lateral do castelo Kilsaney, nos anos 1700. Gerações haviam passado por lá e os descendentes dos Kilseney continuaram a viver no castelo até a década de 1920, até que um incêndio transformou o local em um lugar inabitável, restando apenas uma pequena seção do prédio, e como não tinham recursos para reerguê-lo, os Kilseney acabaram se mudando na década de 1990. Tamara não sabia quem era o proprietário atual, mas o estado do castelo era deplorável, no entanto, sentia-se atraída pelo local.

Percorrendo mais uma vez as redondezas, encontrou um jardim, um pequeno oásis.

"Não sabia ao certo o que esperar, mas, decididamente, não esperava o que vi. No fim do jardim, a origem da cantoria e a pessoa, que então me encarava como se eu tivesse chegado de outro planeta, vestida no que parecia um macacão espacial branco, a cabeça coberta por um véu branco, nas mãos um par de luvas de borracha e nos pés um par de botas de borracha na altura da panturrilha. Parecia que acabara de descer de uma nave espacial de encontro a um desastre nuclear". (p. 101)

Tudo fez sentido quando Tamara observou o armário de vidros com mel, as dezenas de caixas no jardim murado e o ridículo macacão espacial. Despindo-se das peças, Tamara deparou-se com uma senhora de 70 anos, que logo se apresentou. Tratava-se da irmã Ignatius, uma freira extremamente divertida, com uma risada cantarolada, meiga e clara. A irmã Ignatius percebeu o livro que Tamara carregava e disse que ajudaria a garota a abrir o cadeado com algumas de suas ferramentas.

Mas quando abriram o cadeado, o livro se revelou algo um tanto estranho: não havia escrito nada nele. As páginas creme encadernadas, duplas, pareciam vir de outra época.

"- Páginas brancas à espera de serem preenchidas! - continuou com aquela voz maravilhosa.
- Que emocionante! - Revirei os olhos.
- Mais emocionante que um já preenchido, pois você, sem a menor dúvida, não poderia usá-lo.
- Então, eu poderia lê-lo. Daí se chamar livro - respondi irritada e mais uma vez senti que esse lugar me decepcionava.
- Preferiria que lhe dessem uma vida já vivida também, Tamara? Desse modo você pode relaxar e observá-la. Ou preferiria você mesma vivê-la? - perguntou, com um sorriso nos olhos". (p. 113)

Tamara nunca escrevera um diário, não via utilidade alguma nisso e nem suas amigas. Faziam contato por Twitter e Facebook, postavam suas fotos quando estavam de férias, nas noites fora e ao experimentar vestidos nos provadores. Enviavam mensagens de textos e e-mails umas às outras, acerca de assuntos genéricos divertidos, mas tudo se limitava a informações superficiais. Nada emotivo ou com profundidade. Mas por que não tentar? Apenas não conseguiria escrever em casa, com Rosaleen para lá e para cá, entupido-a de carboidratos.

O castelo seria o local ideal para escrever um diário. Tamara queria que as primeiras palavras escritas significassem realmente algo e quando pensou em um início, abriu o livro. No entanto, seu queixo caiu: a primeira página já havia sido escrita com a sua própria caligrafia. A data remetia ao dia seguinte e não ao atual.

A garota pensou que aquilo fosse uma brincadeira de mau-gosto, mas conforme ia lendo, percebia que apenas sua mãe poderia saber daquelas coisas e sua mãe não saía do quarto. Terminada a leitura, percebeu que só ela mesma poderia ter escrito aquilo. Mas como? Enquanto isso, sentia que era observada naquele castelo em ruínas.

Logo pensou que a irmã Ignatius poderia ter respostas ou estar envolvida com aquilo. Foi ao encontro da freira no dia seguinte e lhe mostrou o diário, contou a freira que escrevera coisas que não poderia saber que iriam acontecer, mas aconteceram.

"- Nossas mentes fazem coisas estranhas às vezes, Tamara. Quando procuramos coisas, ela toma sob sua responsabilidade seguir o próprio rumo. Só nos resta acompanhá-la.
- Mas não estou procurando nada!
- Não?" (p. 146)

Tamara pensou que poderia ser sonâmbula e aquelas anotação não passavam de uma simples escrita ininteligível, inconsequente. Mas o fato era que todo dia Tamara verificava o diário e lá ela encontrava algo escrito sobre o dia de amanhã e, como em um script, tudo acontecia como o diário havia previsto.

Mas Tamara tinha o poder de transformar o que o amanhã lhe reservava, poderia mudá-lo, pelo menos tentar. Mas seria possível mudar completamente o seu destino?

Além disso, Tamara precisa lidar com a estranha relação de Arthur e Rosaleen, o estado de sua mãe, que apenas parece piorar e cavar fundo para descobrir o que se passa naquele pitoresco vilarejo.

O Livro do Amanhã, de Cecelia Ahern (P.S. Eu Te Amo e A Vez da Minha Vida) não me agradou de início, mas só de início mesmo. Logo me vi presa à trama e torcendo, vibrando, além de formar diversas suposições sobre o que aquela cidadezinha poderia estar escondendo ou qual a verdadeira intenção de cada um dos personagens.

Com uma narrativa em primeira pessoa que destaca a voz de uma adolescente sem papas da língua e que sofre todo um processo de amadurecimento, o livro torna-se envolvente e compreende uma história verdadeiramente encantada, onde apresenta um mundo que mistura fantasia e realidade, cheio de risos e lágrimas, aprendizados e superações.

O Livro do Amanhã é lindo, com personagens de personalidades variadas e mistérios que me fizeram não conseguir largar o livro. É um verdadeiro conto de fadas moderno.
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Gíh Santos 14/05/2013

Resenha do Blog Livros Lovers (http://livroslovers.blogspot.com.br/)
O Livro do Amanhã é um lançamento de fevereiro da Editora Novo Conceito. Mais um livro da Cecelia Ahern, autora esta do Best Seller P.S Eu Te Amo, sendo o mesmo já adaptado para o cinema, e autora também de A Vez da Minha Vez.
Tamara Godwin é uma garota de 16 anos que se encontra em um momento crítico de sua adolescência. Acostumada a ter tudo do bom e o do melhor, Tamara sempre foi esnobe, a clássica menina rica. Tinha de tudo e pouco ligava para o resto. Como “defesa” ela sempre foi chata, do tipo brigona com seus pais. Seu mundo perfeito vira de cabeça para baixo quando seu pai se suicida. Afundada em dívidas elas tem que se mudar para a casa de Arthur, em uma cidade interiorana. Morar no “fim do mundo” não era o desejo de Tamara, mas o que fazer se morar com seus tios foi à única opção que restou?
Sua mãe Jennifer encontra-se em um lastimável estado de depressão. Tamara se sente péssima ao analisar os fatos sobre sua vida. Como companhia ela tem o tédio, o terrível nada para fazer. Em um dia, um ônibus diferente para em frente a sua nova casa. É uma biblioteca itinerante, ela conhece Marcus um cara fofo. Ela não gosta de ler! Entretanto ela se vê atraia por um volume, uma obra que não possui nome ou autor, um livro trancado! Ela o toma emprestado.

Perto de onde esta morando existe um antigo castelo, as ruínas do que um dia foi um belíssimo castelo, paredes que tivera tudo consumido pelas chamas no grande incêndio. Tamara sente uma “afinidade” pelo castelo e gosta de passar horas sentada nos decadentes degraus. É aqui que ela descobre o que o livro esconde, é um diário. Um diário que possui a sua letra, narrando acontecimentos do dia seguinte. Após duvidar de sua sanidade ela comprova que o diário tem razão e os acontecimentos acontecem como descritos. E agora, saber o futuro do amanhã pode ser um farto, será possível mudar o amanhã?

CONTINUE LENDO>>>http://livroslovers.blogspot.com.br/2013/05/resenha-o-livro-do-amanha.html
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Maressa 18/05/2013

O livro do Amanhã - Cecelia Ahern
Apesar de gozarem de uma vida confortável, Tamara e seus pais não eram exatamente uma família feliz. Enquanto George dedicava sua vida a obter lucro e prosperar, Tamara não fazia o mínimo esforço para ser uma pessoa agradável. A jovem passava por um momento de extrema rebeldia quando o pai se suicida. Depois de perder tudo Tamara e a mãe são obrigadas a mudar de casa. Já em Meath, hospedadas na casa de Arthur e Rosaleen as duas tentam se recuperar mas algo no comportamento de Rosaleen parece alertar Tamara de que a mulher pode não estar tão bem intencionada assim. Curiosa, Tamara decide investigar os segredos obscuros que a família esconde contando com um livro absolutamente misterioso.
"O livro do Amanhã" é uma obra com poucos picos. Talvez por isso demore tanto empolgar o leitor. Porém, o que chama mais atenção nesse volume é a protagonista. Logo nas primeiras páginas Tamara já mostra a que veio. Extremamente ácida, a jovem diz tudo que lhe vem à cabeça e não tem medo de revelar seus segredos. Sua personalidade é bastante incomum e de algum modo cativa.
É preciso reconhecer o esforço de Cecelia Ahern, que através de Tamara quis mostrar que precisamos valorizar aquilo que temos. A garota que por vezes foi extremamente grossa e magoou os entes queridos passa por muitas dificuldades e acaba reconhecendo que falhou com sua família mas que acima de tudo os amava. Por outro lado, mesmo em seu desfecho a história não revela grandes surpresas. As cenas finais são bastante agitadas mas confusas em determinado momento. A autora ainda tenta esclarecer tudo no penúltimo capítulo mas se esquece de explicar por exemplo a origem do livro que revela o amanhã. Em suma, a obra de Cecelia tem pontos negativos e positivos mas conseguiu passar uma bela mensagem.
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Ju 19/05/2013

no começo achei meio cansativo, mas a partir da página 100 mais ou menos, me encantei. lindo! e Cecilia parece falar com a gente
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Ju Oliveira 19/05/2013

O livro do Amanhã foi uma leitura que me surpreendeu bastante. É o segundo livro que leio da autora Cecilia Ahern. O primeiro foi P.S. Eu te amo e confesso que não gostei tanto quanto imaginava que fosse gostar. Se surpreender positivamente é tão bom! :wub:

Tamara é uma menina de 16 anos rica, mimada, que nunca ouviu um não de ninguém. Até o dia em que, atolado em dívidas e totalmente falido, seu pai comete suicídio, deixando Tamara e sua mãe totalmente desamparadas.

Sem ter para onde ir, depois de perderem até mesmo a mansão em que viviam, as duas são obrigadas a pedir abrigo ao único parente próximo, o irmão de sua mãe, tio Arthur. Arthur e sua esposa Rosaleen moram literalmente onde Judas perdeu as botas. :tongue:

“Eles moram em uma antiga guarita reformada, anexa a um antigo castelo no campo, num lugar chamado Meath,(interior da Irlanda) no meio do nada e sem quase ninguém por perto”

Arrasada com sua nova condição de vida, Tamara fica cada vez mais deprimida, principalmente vendo sua mãe em estado de depressão profunda devido ao luto e também a condição financeira. Sem ter o que fazer e nem para onde ir, sem amigos ou conhecidos, Tamara se afunda cada dia mais em sua tristeza.

Até o dia em que uma “Biblioteca Itinerante” cruza seu caminho. E Tamara faz seu primeiro amigo, Marcus, o bibliotecário. Dentre todos os livros disponíveis no ônibus, o que chamou atenção dela foi um livro de capa lisa, sem título nem autor e o pior, trancado a chave. Parecia uma espécie de diário fechado.

Ela se encantou com o livro misterioso e então Marcus deixou que ela levasse para casa. Sua curiosidade estava aumentando cada vez mais, então ela conseguiu abrir a fechadura do livro. Para sua enorme surpresa, assim que abriu, foram surgindo letras, frases, como se uma caneta invisível estivesse escrevendo no diário naquele momento. E o susto foi maior ainda quando Tamara percebeu que a letra que escrevia no diário era a sua…

Ao ler o diário, ela entendeu que o que estava escrito ali era o seu “amanhã”. Mas como poderia isso? Que mistério era esse? Seria alguma armação de sua tia Rosaleen? Tão misteriosa e cheia de atenções ao mesmo tempo.

Esse livro é demais!!! A trama é tão perfeita, tão inusitada que eu praticamente o devorei. Ver a confusão de Tamara lendo o que seria o seu dia de amanhã, sem entender nada e sem saber se poderia mudar o amanhã, foi perfeito! É aquele tipo de história que te faz refletir,que dá pra se imaginar no lugar da personagem e pensar, será que eu mudaria isso ou aquilo?

A tia de Tamara, Rosallen, sempre tão solícita, tão carinhosa, passa o dia fazendo tortas, bolos, geléias, pães, etc… Mas ela é extremamente irritante. Nossa, faz tempo que eu não pegava tanto ódio de um personagem como o que senti pela Rosaleen. A pureza e bondade dela me irritou desde o começo, e isso que eu nem imaginava o que vinha pela frente hahaha.

Melhor parar aqui pra não soltar nenhum spoiler. Porque só de lembrar já fico com raiva :devil:

Enfim, é um livro que eu super recomendo, adorei!!! Bem diferente do que eu imaginava e a surpresa boa é sempre a melhor parte. Leiam!!!
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Juliana ;* 21/05/2013

O Livro do Amanhã - Cecelia Ahern
Como Seria Se Soubéssemos o Que o Amanhã Nos Reserva? Nós o Consertaríamos? Será Que Conseguiríamos?

Tamara Goodwin era uma garota de 16 anos que levava uma vida extremamente confortável. Sempre teve tudo o que quis sem ter de enfrentar grandes dificuldades para isso. Curtir com os amigos era sua única ocupação. Mas será que Tamara e seus pais formavam mesmo a família perfeitamente feliz que aparentavam?

Enquanto seu pai vivia para ganhar dinheiro e a mãe se mantinha distante, nossa protagonista não fazia o menor esforço para ser educada, e muito menos agradecida, a tudo o que recebia. Pelo contrário. Tamara era agressiva, prepotente, irônica e mimada. Garota problema. Até que George, seu pai, comete o suicídio.

Agora sem o pai, e todo o luxo que estava acostumada Tamara, juntamente com sua mãe, se vê obrigada a despedir-se de suas coisas e sua linda mansão e mudar-se para a casa de seus tios e padrinhos Rosaleen e Arthur. Onde espera ter de passar o menor tempo possível.

Enquanto sua mãe parece não conseguir fazer nada além de dormir, Tamara tenta lidar com sua nova, e não tão boa assim, rotina e a convivência com os tios.

Cada vez mais assustada, triste e revoltada com sua nova vida, nossa menina procura refúgio num antigo castelo, antigamente habitado pela família Kilsaney, e que por conta de um terrível incêndio transformou-se quase que em ruínas.

Tamara vive assim, solitária e entediada, até que um dia bate em sua porta uma biblioteca itinerante, administrada por um jovem. É no meio de tantos livros que Tamara encontra algo muito interessante e que logo lhe chama a atenção.

É um livro, porém, sem título, sem autor e principalmente trancado. Sim, o livro vinha acompanhado de um cadeado, mas sem a chave. Que estranho não?

Mas estranho ainda é quando, ao abrir o livro, nossa menina encontra inscrições com sua própria letra, narrando como será o dia seguinte. Que incrível! Ela agora é capaz de saber o futuro!

No entanto, será que é mesmo tão bom saber o que acontecerá no dia seguinte? Esse o futuro não for assim tão bom? E se nada que ela faça, possa mudar o seu destino? E se as descobertas que fizer, tiverem o poder de mudar para sempre sua vida?

Ao contrário da maioria das pessoas, esse foi o primeiro livro da famosa autora Cecelia Ahern que tive o prazer de apreciar, e não me surpreende nem um pouco o fato de Cecelia ser tão reconhecida pelo seu trabalho.

O meu envolvimento com o livro foi evoluindo no decorrer da narração. Conforme a narrativa foi ganhando força, pegando ritmo, mais eu ficava atenta e ligada à história. O começo pra mim foi meio monótono, porém não chegou a ser cansativo e nem de longe chato. Conhecer os fatos através dos olhos de Tamara já é algo provocativo, instigante e de fato empolgante.

Sim galera, eu gostei da Tamara! Oh! Palmas! Eu gostei de uma protagonista! kkkk

Mas é porque apesar de ser mimada, rabugenta, agressiva e extremamente irônica, ela tem atitude. Atitudes precipitadas quase sempre, mas tem atitude. Ela é curiosa e corre atrás do que quer independente dos obstáculos ou das pessoas que tem que enfrentar. Isso a torna forte e me faz gostar dela.

Todos os personagens apresentados pela autora têm grande importância pro desenvolvimento e construção da história e isso me agrada em qualquer livro. Não consigo me identificar com obras que contenham milhares de personagens dispensáveis.

A relação entre Tamara e, a tida dela, Rosaleen é de extrema importância e está presente em todo o livro de forma muito marcante. É uma relação conturbada, mas que num primeiro momento não fica muito claro o porquê. Ás vezes parece que as atitudes de Rosaleen são suspeitas, ás vezes parece pura implicância da Tamara. E esse jogo que a autora faz com o leitor é o mais legal de tudo.

A diagramação do livro é, como sempre, muito boa. A folha é amarela, a letra tem um tamanho bom e a capa é simples, mas eu gostei. O livro é daqueles que dá gosto de ler sabe? A leitura flui bem.

Eu gostei bastante de “O Livro do Amanhã”, por ser uma leitura leve, divertida, misteriosa e por poder acompanhar o crescimento da personagem principal conforme ela vai passando por situações difíceis, complicadas, mas que acabam fazendo dela uma pessoa melhor.

Recomendo!
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Daiane251 17/03/2013

Resenha "O livro do Amanhã"
Resenha publicada em meu blog!

O livro do amanhã é o novo lançamento da famosa autora Cecelia Ahern, que também escreveu os best-sellers P.S Eu te amo e A vez da minha vida, lançados ano passado pela Editora Novo Conceito. Mais uma vez a diva arrasou e nos trouxe uma história maravilhosa nesse novo lançamento.
A protagonista agora é Tamara Goodwin, uma adolescente de dezesseis anos, filha única de uma família rica. A jovem tem uma personalidade forte e às vezes chata, ela está acostumada a impor suas vontades e magoar as pessoas de forma agressiva que às vezes lhes dizia, isso era uma forma de defesa da jovem. Mas as coisas mudam quando seu pai se suicida, e a família mergulha em dividas, perdendo até mesmo a casa para o banco. Não havendo outra saída, elas se mudam para a casa do irmão de sua mãe, Arthur, que morava com sua esposa, Rosaleen.
Tamara e sua mãe, Jennifer, sempre foram aquele tipo de pessoa esnobe, e lógico que morar em uma fazenda, em uma cidade interiorana, praticamente no meio do nada, é o fim para ela. Jennifer estava em choque desde que o marido falecera, caindo em um estado preocupante de depressão. Tamara detestara o lugar, era um dia mais entediante que o outro. Mas havia algo estranho pairando no ar, e isso envolvia seus tios.
Certo dia aparece um ônibus, com uma biblioteca itinerante, o rapaz que cuidava da biblioteca se chamava Marcus (gatinho). Vendo alguns livros Tamara encontra um bem estranho, estava trancado, não havia título e nem autor. Até que um dia, em um castelo em ruínas que ficava ao lado da casa dos tios, Tamara abre o livro e vê ali dentro inscrições com sua própria letra datadas para o dia seguinte. Tudo acontece conforme o livro previa. Isso poderia ser uma solução para alguns de seus problemas e mistérios.
Mas mesmo vendo seu futuro, cada página ainda é um mistério, e nem sempre é bom ver o que o amanhã nos aguarda, pois o destino não pode ser mudado, mas será o que Tamara descobrirá a ponto de mudar seu destino?

"Eu fora pisoteada como uma planta, mas não morta, e, assim como essa planta, não me resta outra opção a não ser crescer numa direção diferente da qual eu me desenvolvera até então"

Maravilhoso! É a palavra que me define esse livro. Mágico em todos os sentidos, de uma forma que só Cecelia Ahern sabe escrever. Ao começar a leitura, somos muito bem ambientados a vida da jovem Tamara e a confusão sentimental que se encontra. Ahern começa o livro com diversas metáforas, todas delicadas e que nos traz já nas primeiras páginas belas reflexões.
Tamara é uma adolescente chata, esnobe, se acha superior e o modo como trata seus tios me irritou em alguns momentos. Mas com o tempo, com o desenvolver da narrativa vamos compreendendo essa jovem, seu pai se suicidara e sua mãe estava num estado deplorável, ela não tinha a quem recorrer, e para piorar havia brigado com seu pai antes dele cometer o suicídio. Confesso que depois a fui compreendendo mais, e também ela foi "domada" pelas ações do destino.
As imagens do livro são maravilhosas, há um castelo em ruínas, onde antes vivera uma família, mas o castelo pegou fogo, e restaram somente algumas colunas. Há muita descrição do "verde" na história, não podemos nos esquecer de que se passa na Irlanda. Cecelia Ahern escreve cada cena com detalhes tão lindos, que você realmente viaja nas páginas, é como se estivesse realmente lá, essa para mim foi a maior magia do livro.

"Quando a gente fecha os olhos, pode ficar em quase todos os lugares que deseja estar"

Outra personagem maravilhosa é a freira irmã Ignatus, essa personagem é importante para a protagonista. Mas cuidado com os personagens pessoal, há todo um mistério que vocês perceberão nos primeiros capítulos, comecei a pensar que seria tal coisa, mas fui surpreendida com o final, e nada é previsível.
Em relação ao livro que previa o amanhã também foi algo genial. O interessante é que quando Tamara lia sobre seu futuro ali, ela não mudava tudo completamente, mesmo quando se tratava de algo ruim, ao contrário, ela pensava em como podia amenizar a situação. Mas pensando bem, são coisas que nós podemos fazer em nossa vida real, sem precisarmos saber do amanhã. Como dizer eu te amo para as pessoas que amamos, ou pensar antes de magoar alguém, refletir sobre algumas ações e nas consequências que aquilo acarretará depois. Semeando o bem, você colherá o bem.

"Acho que a maioria das pessoas entra nas livrarias sem a menor ideia do que comprar. De algum modo, os livros ficam ali, quase que por magia, desejosos que as pessoas os escolham. A pessoa certa para o livro certo. Parece que já sabem de qual vida precisam fazer parte, em qual delas podem fazer diferença ou podem ensinar uma lição, pôr um sorriso no rosto no momento preciso. Penso em livros de forma muito diferente agora"

Não precisamos ser adolescentes para nos identificarmos com a história e com a personagem, há diversos detalhes que nos tocam e nos fazem rever algumas atitudes que tomamos em nosso dia a dia. Amadurecemos junto com Tamara. Porém como sempre, Ahern escreve de uma forma que toca ao leitor e fala diretamente ao seu coração. É mágico! Sentimos a história e dificilmente a esqueceremos.
A leitura é gostosa, leve, já pelos elementos que a autora incluiu. O livro do amanhã é aquele tipo de livro que você não quer acabar tão cedo, mas também quer ao mesmo tempo saber como será o desfecho. As cenas, imagens, tudo foi descrito com cuidado, e de uma maneira que nos emocionamos e ao mesmo tempo nos entretemos. É um conto de fadas moderno.
Recomendo a leitura a todos, e não só desse livro, mas também os demais da autora. A Novo Conceito fez um belo trabalho na diagramação, adorei a capa e a contra capa (é azul claro e tem estrelas brilhantes!). Cecelia sabe contar uma boa história, é como se nos recostássemos no livro e viajássemos para as terras irlandesas somente através das suas palavras, e chegamos tão perto que o mágico se torna possível aos nossos olhos!

LINK DA RESENHA EM MEU BLOG: http://www.nouniversodaliteratura.com/2013/03/resenha-o-livro-do-amanha_4.html
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Giovanna 23/05/2013

Blog Café com Livro: cafe-com-livro.blogspot.com.br

O Livro do Amanhã foi o primeiro livro de Cecelia Ahern que li. Desde que li a sinopse tive muitas expectativas com o livro, e finalmente pude saciar minha curiosidade. Além de uma escrita maravilhosa, a autora foi capaz de criar uma história que te prende do começo ao fim.

Tamara Goodwin nasceu em um berço de ouro, sempre foi mimada e teve tudo o que quis, estava acostumada a todos fazerem suas vontades no momento em que queria. Nunca foi grata por nada que tinha, e sempre criticava seus pais quando algo não saia do jeito em que gostaria.

Mas ela não contava que seu pai tiraria sua própria vida, abandonando-a. Junto com seu pai, Tamara viu sua casa, suas amigas, sua vida indo junto com ele, afinal seu pai havia escondido um segredo que ela jamais adivinharia: Estavam afundados em dívidas.

Não demorou nada até o que banco lhe tomasse a casa, logo Tamara se vê forçada a ir morar no meio do nada com seus tios – Arhtur e Rosaleen. Como se a situação já não estivesse ruim, sua mãe entra em um luto profundo passando dias e noites trancada no quarto, não importa o que Tamara faça ou diga.

Seu tio Arthur é um homem de poucas palavras, mesmo com a irmã em um estado decadente não faz nenhum esforço para ajuda-la, apenas concorda com o que sua esposa diga. Rosaleen é a dona de casa perfeita, porém sua personalidade é digamos... estranha. Tudo tem que ser do seu jeito, e está sempre rondando Tamara, como se deixa-la sozinha fosse um grande risco. Sabia que desde o começo ela não era boa coisa.

Sua vida começa a melhorar um pouquinho quando um belo jovem aparece em sua biblioteca móvel; Marcus parece ser a única pessoa normal naquele hospício, com seu jeitinho maroto logo faz o coração de Tamara bater mais forte...

"Oi, mãe, sou eu. Saí de casa num ônibus cheio de livros e um rapaz simpático vai me levar até a cidade. Voltarei em algumas horas. No caso de eu não voltar, ele se chama Marcus Sandhurst, tem um metro e oitenta de altura, cabelos pretos, olhos azuis... Tatuagens? — perguntei. Ele levantou a camisa. Ui, cheio de costelas! — Tem uma cruz celta na parte inferior do abdômen, sem pelos no peito e um sorriso tolo. Gosta de Scarface, Coldplay e pizza, e espera se dedicar a livros com muito empenho. Até logo!"

Em uma desses passeios com Marcus, Tamara acaba por achar um livro – na verdade um diário - muito curioso. Tamara nunca foi de ler nem nada, mas aquilo poderia ser a distração ideal. Porém quando o abre, vê que apenas as primeiras folhas estavam escritas. E não é qualquer escrita! É sua própria caligrafia narrando o amanhã

“Meu queixo caiu. A primeira página já fora escrita, cada linha preenchida à perfeição... em minha caligrafia.”

Agora com o poder de ver o amanhã, Tamara tem o desafio de consertar o passado, sobreviver ao presente e transformar seu futuro. Ainda com a ajuda do diário, ela ainda tem que descobrir o mistério do bangalô, o que aconteceu com o castelo em ruínas e com as pessoas que moravam lá.

Mesmo que a escrita seja um pouco pesada, com poucos diálogos, O Livro do Amanhã é aquele tipo de livro que você devora sem perceber. Desde o início gostei de Tamara, não condeno suas ações, afinal ela sempre tudo o que quis e de repente seu mundo se resume a nada. Mas podemos perceber a sua evolução, porém ela não deixa de ser quem é.

Sem sobras de dúvidas me surpreendi e aprendi muito com o livro, se você tiver a oportunidade de lê-lo, não a perca! Só não leva a nota máxima por sua escrita um pouco maçante em alguns capítulos.
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Vanessa Sueroz 28/05/2013

Neste livro conhecemos a pequena Tamara Goodwin, uma menina de 16 anos que sempre teve tudo na mão e nunca se preocupou com nada em sua vida, e isso inclui os pais. Vivia com os amigos para cima e para baixo, era respondona e malcriada, Tamara era assim, até o dia que entrou no escritório do pai e o encontrou morto, pior que isso, ele tinha cometido suicídio.

“Quando percebi que papai ia nos deixar passar por tudo aquilo sozinhas – soprar o ar em seu corpo morto, deixar mamãe arranhar o caixão diante de todo mundo e, depois, nos observar destituídas de tudo o que já havíamos possuído -, tive absoluta certeza de que ele se fora para todo o sempre”.

Descobrimos que a família de Tamara está cheia de dividas, por isso o suicídio de seu pai. Com essa tragédia na família Tamara e Jennifer (sua mãe) vender tudo que tem para pagar as dívidas e se mudam para a casa de uma tia (Rosaleen e Arthur) em uma pequeno vilarejo.
Tamara se isola do mundo, ou quase, sua única companhia seria sua mãe que não quer saber de nada a não ser dormir, então Tamara não vê outra solução e explora o pequeno vilarejo, nisso ela descobre um castelo e uma biblioteca viajante onde encontra um livro muito intrigante, assim como conhece a irmã Ignatius que a ajuda sempre e se torna uma boa amiga.

Resenha completa: http://blog.vanessasueroz.com.br/o-livro-do-amanha/
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