A rainha dos cárceres da Grécia

A rainha dos cárceres da Grécia Osman Lins




Resenhas - A rainha dos cárceres da grécia


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Paulo 04/05/2010

Anotação de 1998
É claro que o fantasma de Borges assoprou a pena de Lins. Mas Osman Lins manuseou intelectualmente suas idéias brilhantes e construiu um romance absolutamente espetacular, seguramente mais revolucionário que o seu contemporâneo "Zero", sem as invencionices gráficas de Loyola. Ele conseguiu operar em diversos níveis da realidade, da citação literal de jornais da época com notícias verídicas às elucubrações verbais de Maria de França, personagem fictícia criada pela romancista Julia Enone, por sua vez personagem fictícia criada pela análise do professor, por sua vez personagem fictícia que, criada por Osman Lins, vem a identificar-se com Maria de França, num inspiradíssimo final em que rompem o livro que lemos as características marcantes descritas e explicadas pelo professor, que integrariam, na verdade, o romance "A rainha dos cárceres da Grécia", de Julia Enone.

Romance total. Repleto de histórias e repleto de teorias sobre o fazer do romance, o que o irmana ao contemporâneo "A hora da estrela", sem, contudo, o seu lirismo: apesar da paixão ocasional, "A rainha dos cárceres da Grécia" é um edifício do intelecto, que finge estar jogando às claras quando na verdade está dando estranhas cartas marcadas. O mais curioso é que o analista apressado eu, digamos sente que o simples ato de alinhar frases sobre o volume vai resultando involuntariamente num espelhamento do ato do narrador do livro.

Osman Lins, apenas com esta obra, está entre os principais autores de ficção de nosso século.
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Isabela354 16/07/2023

A leitura desse livro era um trabalho pra faculdade que foi um sacrifício cumprir.
A escrita é meio maçante.
Acho que não estou preparada pra ler clássicos literários revolucionado.
Fiquei muito confusa com a ideia de ser um livro dentro de outro livro sendo resumido por um autor dentro de um livro...ai gente, mó brisado.
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Jinkanashi 09/06/2024

Eu, definitivamente, não sou o público alvo
Tenho uma relação conturbada com este livro. Parece-me um daqueles casos em que a ideia é superior a execução. Osman Lins foi genial na idealização do romance, um ensaio sobre um romance fictício escrito por uma autora, também fictícia, que foi parte importante da vida do ensaísta. Embora seja uma sinopse tentadora, o livro me perdeu em diversos momentos. É como se nosso ensaísta estivesse desesperado por encontrar sentido em algo e você, como leitor, torna-se incapaz de acompanhar seu raciocínio. É um livro que te confunde, e talvez seja justamente esta a intenção do autor. Infelizmente, não é o que procuro na literatura.
Ainda assim, meus cumprimentos a Osman Lins!
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