Kennia Santos | @LendoDePijamas 24/09/2015“Minha teoria é que se eu ficar suficientemente parada, talvez a tempestade da minha mente se acalme e tudo se encaixe.”O que falar dessa mulher? SOPHIE É RAINHA, diva, lacradora, sem mais!
Me desculpem Jane Costello, Gemma Townley, Robin Benway, vocês são ótimas, mas nunca, nunca vi uma pessoa que é tão excepcionalmente boa no chick-lit igual a Kinsella.
O livro começa bastante mediano, porque depois do prólogo fica naquela coisa “você não se lembra?” “quem é você?” “eu gostava disso?/fazia isso?”, e fica bastante parado nessa enrolação de questionamento, e a história parece que não vai para frente porque a Lexi não consegue se encaixar ou localizar em ambiente algum.
O negócio começa ficar interessante quando aparece o Jon.
AH, JON s2
Ele é o elemento chave da história, pois é a única pessoa disposta a ajudar a Lexi a montar a bagunça de fragmentos que restou na memória,e a partir de então as coisas começam a fluir, o livro começa a abordar o gênero no qual foi posto, você começa a RIR, mas RIR MUITO (sabe aquelas risadas absurdas que você só tem quando está em casa? Então essas mesmas), quando você acha que não tem como a situação piorar, a Lexi se enfia numa situação no mínimo duas vezes pior que a anterior.
Todos os ambientes são bem posicionados e descritos, o leitor consegue se localizar, imaginar e realmente entrar na história, se corroer junto com a Lexi nessa situação incrivelmente inusitada e ao mesmo tempo divertida e curiosa.
Sobre os personagens, vou dar prioridade ao Eric, porque ele é uma droga, sabem? Uma maldita D-R-O-G-A, não sei como a Lexi conseguiu aguentar tanto tempo com um robô daqueles na casa dela, que não dá a mínima para as pessoas nos arredores ou os sentimentos da esposa, mas eu ri HORRORES, digo, muito MESMO naquela situação do Mont Blanc, não me aguentei, uma das cenas mais engraçadas do livro (se não for a mais). A mãe dela é outro desleixo total, que prefere se fazer presente para os bichos de estimação do que dar um suporte real para a própria filha que está totalmente perdida num buraco negro de 3 anos (não dias, não meses, ANOS!). As amigas dela tiveram uma participação bem resumida, não ficou nenhum fato no ar, eu amei amei a Fi e em como ela se arriscou pra ajudar a Lexi. Sobre a Rosalie-bitch é só uma society mimimi que era ‘amiga’ da Lexi-Naja, só embaraçou ainda mais a história.
Eu amei o Jon, amei a forma em que ele se expressa pra ela, não colocando pressão, mostrando através de pequenos gestos que ele falava sim a verdade, mesmo tendo evidências explícitas à primeira mão, preferiu se infiltrar aos poucos e mostrar a realidade caótica na qual a Lexi se encontrava. Amei cada apelido e a forma qual ele se revelava pra ela: “você-guincha-como-um-porquinho-da-índia” (achei essa parte tão, tão, TÃAAAAAAAAAAAO fofa).
E o fim foi maravilhoso, achei meio rápida a forma como ela discorreu o ambiente de trabalho, mas foi lindo, romântico, engraçado e natural sem deixar nada a desejar, porque Sophie, meus amigos, Sophie é rainha!