A Caçada

A Caçada Clive Cussler




Resenhas - A Caçada


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stsluciano 12/08/2013

Cussler em excelente forma
Quando li “O Espião”, primeiro livro de Clive Cussler que tive em mãos, adorei o enredo intrincado e imaginativo do autor – daquela vez tendo como parceiro de escrita o autor Justin Scott – mas fiquei um pouco frustrado por ele não ser, cronologicamente, a primeira aventura publicada pelo autor do detetive Isaac Bell, uma figura que já entrou metendo o pé na porta em meu seleto rol de detetives favoritos.

Isso por, como sabemos, os livros policiais terem uma tendência que é quase regra, de se desenvolver os personagens, e, em especial, o principal, o detetive/investigador/policial ou a figura que estiver encarregada, naquele momento, de pôr ordem ao caos trazido pelo cometimento do crime e que, invariavelmente determina o início da aventura. Senti não poder ter acompanhado Bell logo em sua primeira aventura, queria ter chegado ao livro já familiarizado com ele, um ricaço louro, charmoso, com uma índole impecável e que renunciara a uma vida de luxos como banqueiro trabalhando na instituição de sua família para se empregar na Van Dorn, uma quase mítica agência de detetives, com uma influência admirável por todos os Estados Unidos; mas que, nem por isso, não se permite prazeres como bons vinhos e passeios nos mais modernos e velozes automóveis.

Bom, a Editora Novo Conceito felizmente está revendo o fato e trouxe ao mercado a primeira aventura de Bell, “A Caçada” – o que me faz especular as razões por não tê-lo lançado de início: contratuais, talvez? – que o coloca como encarregado de capturar o bandido conhecido como Assaltante Açougueiro, um ladrão de bancos que ganhara fama por não deixar nenhuma testemunha em seus roubos, matando todos os presentes – não importando se mulheres ou crianças – para que nenhuma de suas características sejam repassadas à polícia durante às investigações, o que se prova uma estratégia fundamental para que não se tenha nenhuma descrição do mesmo, que, inclusive, se utiliza de disfarces.

Aqui cabe um parêntese: a ação do livro se passa nos anos 1900, então nada de celulares, câmeras de vigilância, rastreamento via satélite ou afins. No livro, o suprassumo da tecnologia é o telégrafo, com o telefone surgindo como uma alternativa nada confiável e vista com olhos não muito favoráveis. Os trens são os principais meios de transporte para longas distâncias, lentamente suplantando as diligências, e os automóveis ainda são raros em muitas cidades – ou bastante arcaicos, com poucos cavalos de potência. Assim, ainda vemos a figura do menino de recados que chega esbaforido aos escritórios dos detetives com alguma informação importante, o que aproxima o livro mais de Sherlock Holmes que de Elvis Cole – ou de Myron Bolitar, pra não citar uma fonte obscura demais.

Com muito pouco em que se apoiar para levar à frente sua investigação, Bell e seus assistentes decidem não ignorar nenhum indício, mesmo o mais insignificante, para que possam construir um caso, e é recompensador ver como o livro se sustenta em pequenos fatos que, somados, levam a algo maior, graças à capacidade de raciocínio de Bell, que – aqui eu aplaudo o autor de pé – é impressionante mas não extraterrena: o personagem não se sai com alternativas mirabolantes ou pensamentos concatenados de forma a deixar o leitor pra trás com cara de paisagem, e esse cuidado do autor com o enredo é um dos elementos que fazem com que o livro seja tão bom.

E uma das características que encontrei nos livros de Cussler – tanto neste quanto em “O Espião” e no excelente “O Reino”, com o casal Fargo – é que o nêmeses do detetive é tão genial quanto o próprio detetive, numa verdadeira batalha de intelectos. Aqui, no “A Caçada”, em especial, o enredo se destaca por trazer um inimigo com uma mente extremamente sagaz e brilhante, com a vantagem adicional de não ter nenhuma reserva moral na qual embasar seus atos, estando livre então para fazer o que quiser e for necessário para sair livre dos mais variados problemas, sem pensar nas consequências; enquanto Bell fica retido em seus preceitos morais.

A narrativa é bastante rápida e Cussler se mostra novamente um habilidoso narrador de cenas de ação: seja a bordo de um automóvel cortando paisagens inóspitas ou em um trem quebrando recordes de velocidade, ele sabe como prender o leitor e fazê-lo sentir aquilo que está narrando, intimando-o a fazer parte e não ser apenas mero espectador.

Soma-se a isso o cuidado histórico e descritivo com que ele compõe os cenários e as máquinas das quais parece gostar tanto: armas, carros, motos, locomotivas; o autor as reveste com detalhes que não extrapolam a boa vontade do leitor mais afoito, nos entregando-as na medida, sem deixar que o texto fique truncado.

E poucas vezes um título caiu tão bem para um livro: a saga de Bell em busca da captura do Assaltante Açougueiro é uma verdadeira caçada, com todos os ingredientes que são necessários para que o leitor acompanhe e seja cúmplice do que vai sendo desenrolado com o passar das páginas.

Uma das poucas coisas que me incomodaram foi o uso de algumas frases de efeito que ficaram meio deslocadas, do tipo “pegue o bandido, detetive, e o faça pagar por todos os crimes que cometeu”, e que em nada somaram à narrativa – e que, felizmente, não me lembro de tê-las visto em “O Espião”, então, sim, as coisas evoluem!

Por outro lado, a ambientação da narrativa durante uma tragédia, o Sismo de São Francisco de 1906 foi muito bem – e lucidamente – trabalhada por Cussler, acrescentando e muito ao livro mesmo sem ter uma relação direta com o enredo principal, que, de quebra, nos brinda com a aparição de um autor de quem gosto muito, e que li bastante durante a adolescência.

No fim, continuo fã de Bell, e especialmente, do autor, Clive Cussler. “A Caçada” é o tipo de livro que tem tudo para agradar mesmo aqueles que não se sentem muito empolgados com as tramas policiais; e, para os que gostam, é um prato cheio.

Resenha originalmente publicada aqui: http://www.pontolivro.com/2013/08/a-cacada-de-clive-cussler-resenha-139.html
Saleitura 19/08/2013minha estante
Para quem já gostou de Bel no Espião fico feliz em saber que em A Caçada vamos aplaudir de pé.
Realmente será um prato cheio e ainda mais que se passa em uma época que para ser detetive tem que se apegar em pequenos detalhes.
Clive Cussler ganhou fãs na sua forma brilhante como narrador.


SINISTRO171 22/08/2013minha estante
Resenha bem escrita, abordando o conteúdo de forma inteligente, nos dando uma boa noção sobre o enredo, vale a pena conferir.


morganarosana 23/08/2013minha estante
Estou assim, com uma vontade tremenda de ler este livro! Adoro histórias detetivescas. E ainda mais histórias detetivescas das antigas. Ao estilo Poirot ou Holmes, ou até um tipo boêmio como Marlowe... aqueles que tem que provar na raça que é bom. Sem ter a tecnologia como bengala. Além de tudo com vilões no mesmo patamar de inteligência... Neste momento estou louca pra saber mais sobre o livro, e agora, não é somente pela capa. :)


PedroA. 15/09/2013minha estante
ótimo livro para quem gosta de histórias policiais, meu amigo já leu e recomendou muito. A capa é muito massa. Parabéns pela resenha, muito bem escrita.




Kevin Kretzu 21/04/2013

O fim compensou o começo chato e sem graça. Mesmo assim foi uma narrativa arrastada e a tal caçada demorou muito para se intensificar de fato.
Jo 28/04/2013minha estante
kevin compensa compra esse livro? fico sempre na incerteza quando vou a livraria? o que acha?


Kevin Kretzu 30/12/2013minha estante
Jo, compensa se você tiver tendo problemas para dormir. Aí você lê e dorme.




Mari 05/02/2015

Um desenvolvimento 5 estrelas, um final 3
Começo logo esta resenha avisando que eu não costumo fazer muitas. E quando faço, é porque algo no livro, ou o livro todo, me marcou bastante.
Foi o meu primeiro contato com Clive Cussler e, devo dizer, que gostei. Mas, eu esperava mais, muito mais no fim da história.
Cussler é realmente bom em detalhar e te fazer mergulhar na história, sem dispersar. Não me lembro de ter tido devaneios neste livro por estar sempre atenta aos detalhes dos personagens e do suspense que os rodeavam.
Eu sou suspeita quando se trata de personagens principais porque, normalmente, eu nunca vou com a cara de nenhum, acho um porre todos eles. Nunca morrem, Sempre corajosos, fortes, inteligentes e etc. Com Isaac não foi diferente. O romance dele então, nem se fala... Por vezes, achei-o frio, sem emoção nenhuma. É claro que Clive quis dar um pouco de humanidade pra ele com algumas histórias do tipo "Sou rico mas sei fazer coisas de homem, porque um dia fugi de casa, até meu pai me achar e me obrigar a ir pra faculdade", claro que não funcionou. Com a namoradinha, ele foi o mesmo, achei que o romance não engatou. Romance bom de livro é aquele que você se identifica, lembra de algum casal/pessoa igual ou tem muita, mas muita vontade de ter um relacionamento igual. Não funcionou.
A história em busca do "Açougueiro" é ótima. O autor soube direitinho colocar todos os detalhes da década de 1910 para saturar a história e deixá-la muito boa. Sério, ele é realmente bom com suspense, ação e descrição.
Eu só pensei no final "li um livro deste tamanho pra acabar desse jeito?", por isso as quatro estrelas... Eu costumo dizer que alguns autores muito bons, têm tanta preocupação com o desenvolvimento da história que não sobra criatividade para terminá-la, o que é errado. Pois, é o fim que te faz lembrar do livro e de todo o resto, é ele que marca o leitor.
Com certeza, lerei outro livro de Clive Cussler.
Marina 06/01/2017minha estante
Pensei o mesmo do Isaac. Essa história do circo e o romance dele não me convenceu. Me pareceu apenas um filhinho de papai que resolveu brincar de detetive. Além do que, tirando a parte do carro caro que serviu pra ele alcançar o bandido, o fato dele ser rico não fazia muita diferença na história, parecia mais uma coisa que o autor fez pro personagem parecer legal




PorEssasPáginas 09/08/2014

Resenha: A Caçada - Por Essas Páginas
Confesso que adoro livros de detetive. Já li Dashiel Hemmet e Raymond Chandler entre outros autores detetivescos. Com o tempo, espero trazer um pouco mais desse mundo aqui no blog. Infelizmente A Caçada não é um bom exemplo. Com uma aventura morna, personagens rasos, um gênero estafado e pouca criatividade, A Caçada apenas entretém e não consegue marcar o leitor. Honestamente, não é um livro que você vai recomendar pra ninguém, é simplesmente um livro razoável.

A premissa de A Caçada é um jogo de gato e rato. Temos o detetive ISaac Bell trabalhando para a agência de detetives Van Dorn, para capturar vivo ou morte o “Assaltante Açougueiro” que está aterrorizando pequenas cidades mineiras dos E.U.A.. Os capítulos se alternam entre a saga de Isaac para capturar o bandido e o próprio assaltante que, apesar da alcunha simplória, é tão sagaz quanto o próprio detetive.
No entanto o livro permanece em um eterno banho-maria, onde nenhum personagem consegue ser profundo tendo apenas alguns momentos de glória, porém insuficientes para convencer o leitor.

"Será uma lembrança terrível que levarei para o túmulo."

É perceptível que o autor é extramente competente no quesito conhecimento histórico. A história se passa em 1906 e toda a ambientação da história é muito bem descrita, sejam os vestuários de época, os carros, a decoração, todos servem para absorver o leitor e transportá-lo pra história. No entanto, o autor pecou em excesso nas descrições por vários capítulos. Uma coisa é descrever toda a composição do carro que será utilizado pelo personagem para uma perseguição, outra coisa é descrever a construção e decoração de uma igreja que o personagem sequer entrou. Há excessos que são perdoáveis, outros não.

Algo que me marcou muito foram as personagens femininas do livro. É um sopro de ar fresco você ver mulheres que são ‘femininas’ de verdade, não predadoras ou garotas frágeis e indecisas, mas sim uma mulher clássica como Marion que soube ser cortejada sem utilizar arquétipos de femme fatale ou mocinha em perigo. Foi a única personagem que evoluiu na história e contribuiu para a mesma, não foi criada apenas para fins românticos.

Ponto negativo do livro para um final bem prevísivel, um vilão arquétipo e uma femme fatalle que deixa a desejar. Talvez sejam itens que um leitor ocasional perdoe, mas pra quem lê muito, fica difícil.

Bom livro para levar em uma viagem ou pra quando estiver em um consultório, mas não pra colocar no topo da sua lista.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-a-cacada
Gleisson 05/12/2014minha estante
Concordo plenamente! Ao ver a recepção do livro aqui no skoob, presumi ser um livro com plena capacidade de ser memorável. Porém, como você ressaltou, é apenas um entretenimento temporário. Completando sua opinião, diria que não gostei da característica do livro de ficar explicando tudo minuciosamente, sejam as emoções dos personagens, as opiniões destes...
não sei para outrem, mas para mim foi algo bem maçante e desnecessário.




Edu4rd0 04/10/2013

A Caçada – Clive Cussler
Esse é mais um daqueles livros que ganham o leitor pela capa. Desde a primeira vez que o vi na livraria imediatamente coloquei como “desejado” no skoob. Livros de ação me interessam. Crimes, investigação, personagens corajosos, adrenalina, cenas de grande impacto... etc. Tendo isso em mente, aproveitei um fim de semana sem nada para ler, fui até a livraria e comprei o meu.

Uma coisa que me surpreendeu no livro é que ele se passa no velho oeste. Não o auge do oeste, com rebanhos de gado, arbustos rolando nas ruas desertas, pistoleiros sagazes etc., mas o final do oeste, com carros sendo um tanto comuns, cidades grandes, mas com grande parte das contendas ainda sendo resolvidas à bala. Como falei acima eu comprei o livro pela capa, e por saber que era uma história de detetives, fora isso, nada sabia de Clive Cussler (além de ser um best-seller do The New York-Times, o que não quer dizer nada), e muito menos sobre o livro. Logo de cara, isso já me surpreendeu positivamente, por que eu gosto muito do velho oeste clássico.

Como era de se esperar, pela temática do livro, a leitura é muito rápida, e de um modo geral agradável. O livro conta uma boa história, sobre um ladrão de bancos profissional, que mata todas as testemunhas após o assalto, não deixando nenhuma pista sobre sua identidade, e Isaac Bell, o mais famoso detetive da renomada Agência Van Dorn, que é posto no caso para “caçar” esse astuto ladrão.

No fim das contas, é um livro divertido, mas não passa disso. Apesar de toda expectativa sobre o nome Isaac Bell, até mesmo na capa do livro (“uma aventura de Isaac Bell”), ele não convence. Quando nos deparamos com esse tipo de chamada, esperamos grandes personagens, com Poirot, de Agatha Christie, Lupin, de Poe, Holmes, de Doyle, ou Bourne, de Ludlum, para citar um mais recente. Mas Isaac não tem mesmo nada de espetacular. É um detetive competente, isso é fato, mas não merece uma chamada de capa.

O livro é bom, e não me arrependo de tê-lo lido. Porém, nem autor nem personagem me conquistaram, de forma que, quando eu procurar outro livro de ação/detetive, optarei por um outro autor, uma vez que o que mais me agradou no livro não foi nem o personagem, nem a história em si, mas o cenário.

3 estrelas em 5


site: catalisecritica.wordpress.com
Marina 06/01/2017minha estante
Pensei o mesmo em relação a chamada na capa. Isaac não é nenhum Sherlock Holmes, não me convenceu nem um pouco essa chamada. Aliás me pareceu um tanto forçada algumas deduções que ele fez.




RUDY 30/07/2013

RESUMO SINÓPTICO:
Isaac Bel trabalha na Agência de Detetives Van Dor que é contratada pelo governo norte-americano para desvendar os assaltos a bancos que vem acontecendo e encontrar o assaltante que não deixa nenhuma testemunha.



O ladrão é impiedoso e sanguinário, conhecido pela alcunha de Assaltante Açougueiro porque além de roubar, não deixa nenhuma testemunha viva, executa todos. Ele não é apenas assaltante e assassino, é o mais inteligente dos mestres no disfarce e consegue fugas incríveis. Ninguém consegue perceber o quanto ele está perto.



Início do século XX sem os recursos da atualidade, Bell usa sua inteligência, beleza e habilidade para descobrir o atroz Assaltante Açogueiro, que, também não fica atrás porque é ardiloso, astuto e sagaz, colocando o agente Bell para correr atrás dele...



Bell descobre quem é o assaltante e começa a travar uma verdadeira caçada para capturá-lo. A impressão é que o assaltante está sempre um passo à frente. O livro é um verdadeiro duelo de Titãs!!!

site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2013/07/resenha-23-cacada-clive-cussler.html
Michelle 24/11/2022minha estante
instigante




julio monteiro 16/04/2013

otimo livro
Super bom. Uma historia muito legal. Leitura que prende o tempo todo. Acao e aventura de sobra. É o tipo de livro que tem um cantinho especial no meu livreiro.
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Rodrigo.Cabanne 13/01/2024

Muito bom
Excelente trama. História policial bem batida, onde existe um mocinho virtuoso e um vilão muito malvado, mas muito bem escrita e desenvolvida. Vale a leitura.
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ricardo_22 22/04/2013

Resenha para o blog Over Shock
A Caçada, Clive Cussler, tradução de Camila Fernandes, 1ª edição, Ribeirão Preto-SP: Novo Conceito, 2013, 384 páginas.

As histórias investigativas surgiram em meados do século XIX e os melhores livros do gênero são justamente aqueles que se passam entre o século XIX e meados do século seguinte. Essas histórias nunca deixaram de atrair o público, nem mesmo as contemporâneas, porém existe algo ainda mais encantador em livros que retratam uma época não tão distante, onde a inteligência era a única maneira de encontrar os culpados.
Sem toda a tecnologia encontrada em histórias mais atuais, o romance A Caçada se passa em 1906 e mostra o oeste dos Estados Unidos enfrentando uma série de assaltos a bancos que já dura dois anos. Esses assaltos foram cometidos por um único homem: o Assaltante Açougueiro, que não pensa duas vezes antes de assassinar qualquer possível testemunha presente na cena do crime. Por já não aguentar ver tantas vítimas e sem saber por onde começar a investigação, o governo norte-americano contrata a Agência de Detetives Van Dorn e entra em cena o detetive Isaac Bell.
Com sua personalidade única e colocando em prática toda a sua capacidade, Bell percorre os Estados Unidos tentando prever os movimentos de seu inimigo e chegar à cena do crime antes do que o Assaltante Açougueiro. Porém esse consegue sempre estar um passo à frente. E quando Bell parece finalmente estar próximo de alcançar o seu objetivo, precisa lutar por sua sobrevivência para não deixar que o criminoso faça mais vítimas.

“Bell sentou-se no chão e massageou a própria garganta, ofegando pelo esforço. Virou a cabeça e olhou para o corredor, vendo que homens vinham correndo para a suíte. Eles se detiveram, pasmos e chocados, à vista do mar de sangue e da montanha de homem cuja face era irreconhecível por causa da máscara de sangue coagulado. A face parecia particularmente grotesca devido aos dentes de ouro que se exibiam entre os lábios abertos, lentamente cobrindo-se de vermelho” (pág. 155).

Quando se trata de sua personalidade, o Assaltante Açougueiro talvez não seja o melhor criminoso já criado na ficção, porém o seu modus operandi é digno de um verdadeiro psicopata, principalmente se pensar que seu objetivo não é simplesmente assaltar um banco. Tudo o que motivou esse personagem a iniciar os assaltos e a prosseguir com eles nos faz questionar até que ponto esse risco era realmente necessário. E o desejo por aventura é a única resposta que encontramos.
Essa aventura era muito produtiva e bem elaborada, mas a partir do momento em que Isaac Bell passa a investigar o caso, esse cenário muda radicalmente. Bell, que tem grande influência dentro de sua agência de detetives, não demora a entender como seu inimigo escolhe em qual cidade deve colocar seu plano em prática, e quando isso acontece tem início uma caçada. Como já diz o ditado: um dia da caça e outro do caçador.
Explorando de forma completa a sociedade norte-americana no início do século passado, sobretudo a sociedade californiana, Clive Cussler consegue dar um charme a mais para a primeira aventura de Isaac Bell, que também protagonizou O Espião. Mas ao contrário do livro citado, terceiro da série que possui histórias independentes, A Caçada possui poucos termos técnicos, o que pode agradar alguns leitores que se decepcionaram com o uso disso em excesso no livro O Espião. Não que em A Caçada isso deixe de assistir, já que faz parte da característica do autor que sempre usa os meios de transporte a seu favor, mas o uso é mais moderado, enquanto a história é mais próxima da nossa realidade.
Além disso, o autor ainda mescla ficção com realidade ao colocar em cena Jack London, autor de O Chamado Selvagem, e ainda usar o cenário criado pelo terremoto que atingiu São Francisco em abril de 1906, resultando em pelo menos 3000 mortes. De extrema importância para o enredo, o terremoto peca apenas por ser usado tardiamente, quando o desfecho já precisava ser revelado. Ao mesmo tempo em que isso pode ser considerado um erro, proporciona uma caçada pelas ferrovias que cortavam os Estados Unidos e foram construídas durante a Corrida do Ouro (1848-1855), e aqui entra a importância dos trens para a história.

Mais em: www.blogovershock.com.br/2013/04/resenha-148-cacada.html
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Clube do Livro 04/05/2013

A CAÇADA
Sou um pouco muito suspeita pra falar sobre o livro por ser uma amante dos temas policiais, principalmente os que envolvem investigação, como em A Caçada. Quem compartilha esse sentimento comigo - e mesmo quem não compartilha - vai se envolver com a história de Isaac Bell e vai se contorcer na cadeira, na cama, no ônibus, onde quer que esteja, para descobrir o que o próximo capítulo tem a dizer. Tudo começa quando uma série de assaltos à banco seguidos de assassinatos começam a acontecer em pequenas cidades, sempre deixando uma grande dívida pros proprietários dos bancos. A polícia local não foi o suficiente para solucionar os casos, prendendo o assaltante, ou melhor, o Assaltante Açougueiro, e é aí que a Agência de Detetives Van Dorn entra em ação. Isaac Bell, conhecido pelas muitas prisões já realizadas, é contratado como detetive principal. No desenrolar da história, Bell acaba se apaixonando por alguém que nem mesmo ele esperaria se apaixonar, é romance com poucos detalhes mas que deixa um "aaaawn" no ar. Além do Assaltante Açougueiro, uma mulher também está envolvida nesses crimes, só não posso contar quem nem como, vocês tem que ler pra saber, haha! A Caçada se diferencia um pouco de alguns contos e livros que já li com o mesmo tema por fazer com que o tempo inteiro Bell tenha que passar por situações inesperadas, mas o governo norte-americano tem sorte de tê-lo como detetive nessa caçada, afinal de contas, cada falha dele é recompensada com o dobro de acertos!

"A caçada inclui locomotiva a vapor e emoções em alta velocidade." Publishers Weekly
Essa foi a frase que com poucas palavras, disse tudo. Super recomendo!

Resenha por Lara Bertrand
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CooltureNews 11/05/2013

Publicada em www.CooltureNews.com.br
Finalmente posso iniciar minha leitura de Clive Cussler, como vocês devem saber esse é o terceiro livro do autor publicado no Brasil pela Editora Novo Conceito, mas os outros dois não são o primeiro livro de uma série, e mesmo sabendo que poderia ler que não haveria grande interferência na leitura, pois os livros são independentes, meu possível TOC não me permitiu começar a leitura, essa mania de ler os livros na ordem de publicação as vezes me irrita.

Antes de continuar, tenho que dizer que a capa desse livro é uma obra de arte a parte que já nos leva a entrar no clima da história, bem como sua ambientação antes mesmo de começar a leitura, como sempre a Editora Novo Conceito arrasa nesse quesito.

A história relatada na obra acontece no início do século XX e é uma verdadeira viagem poder conhecer um pouco mais dos costumes da época e a forma com que tudo funcionava sem o auxilio da tecnologia atual. Em contrapartida o autor nos presenteia com personagens envolventes e de mentes afiadas, muitas vezes cheguei a pensar em o que eles poderiam fazer na atualidade com todos os avanços tecnológicos.

Com uma narrativa envolvente e uma história repleta de ápices o autor nos relata a caçada de Isaac Bell, um grande detetive, a um inescrupuloso e escorregadio assaltante de banco que tem métodos nada convencionais para cometer seus crimes e se tornou conhecido por não deixar viver pessoas que poderiam o reconhecer, em suma, ele mata todos, incluindo aí mulheres e crianças que estejam dentro do banco após levar suas riquezas.

Isaac Bell é filho de uma rica família de bancários, mas sua verdadeira paixão é a espionagem e a caça a bandidos, não é para tanto que ele é o mais valioso funcionário da Agência de Detetives Van Dorn, que também é a melhor e mais respeitada agência do país. Bell possui uma mente extremamente afiada, e consegue através de poucas e insignificantes pistas começar a desvendar os misteriosos assaltos. Em contrapartida nosso vilão, o Assaltante Açougueiro, não deixa nada a desejar e se mostra um adversário a altura para Bell.

Simplesmente um dos melhores livros do gênero que já li, Cussler é mestre na criação de histórias e personagens e definitivamente Bell entrou para o Hall de personagens favoritos. Não vejo a hora do segundo livro da série ser lançado e saber qual será a nova empreitada deste brilhante detetive. Leitura recomendada, e caso vocês não tenham essa mania irritante de ler os livros da ordem, após essa leitura podem ler O Espião, já publicado no Brasil pela Novo Conceito, terceiro volume da série.
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Núbia Esther 14/05/2013

Quando você curte literatura policial (e aqui inclua romances de espionagem também) e de repente se depara com um autor do gênero que ainda não conhecia é uma ocasião muito feliz. Quando ele tem mais de 50 livros publicados e um estilo narrativo cativante isso não poderia ficar melhor. Foi assim que acabei descobrindo Clive Cussler, seu detetive Isaac Bell e sua história com uma mistura de faroeste, espionagem, elementos tecnológicos (condizentes com a época da história é claro), um bandido para lá de arrogante e muita velocidade sobre quatro rodas, ou, mais frequentemente sobre as grandes rodas motrizes das locomotivas.

A Caçada é o primeiro livro da série protagonizada pelo detetive Isaac Bell. A série já conta com seis livros publicados (o mais recente foi publicado em março deste ano) e no Brasil é publicada pela editora Novo Conceito, que pasmem, publicou o terceiro livro da série (O Espião) antes. Espero que o lançamento de A Caçada signifique que agora irão seguir a ordem correta na publicação dos demais livros.

Em 1950, a carcaça de uma locomotiva contendo três corpos e uma carga suspeita é retirada de um lago em Montana após ficar 44 anos desaparecida. É a partir deste acontecimento, a conclusão de uma história iniciada tantos anos atrás, que Cussler nos convida a voltar ao passado e acompanhar os fatos que acabaram assim.

Em 1906, o governo americano decide contratar o melhor homem para efetuar a captura de um bandido que há dois anos tem efetuado assaltos e deixado um rastro de morte nas cidades do oeste dos EUA. Conhecido como o Assaltante Açougueiro, ele é um mestre dos disfarces e some dos lugares dos roubos como se desaparecesse no ar. Isaac Bell, o melhor detetive da agência Van Dorn, foi o escolhido para partir no encalço do ladrão Açougueiro.

O livro está dividido em três partes. A primeira traz o vislumbre de como as coisas terminaram 44 anos depois. Na segunda parte temos a apresentação dos rivais: Bell, o agente atípico, herdeiro de banqueiros que foi contra a vontade da família ao escolher sua profissão, mas que não se priva de utilizar seus recursos para levar a cabo suas missões e porque não fazer algumas benfeitorias pelo caminho; e o Açougueiro e seu modus operandi, alguns de seus roubos, seu senso de invencibilidade e as primeiras falhas que acabam servindo de pistas para Bell partir em seu encalço. E na última parte, temos o fervor da caçada propriamente dita. E o autor faz jus ao título da obra e imprime em sua obra um ritmo e uma velocidade de tirar o fôlego. Clive deve ser um fanático por velocidade e carros antigos, os detalhes que ele confere a eles na história são impecáveis e em vários momentos bastante emocionantes.

Mostrar parte da conclusão da história logo no início tem sido uma técnica bastante explorada principalmente em séries de TV investigativas e apesar de muitos não gostarem por causa do spoiler que de prontidão lhe é esfregado na cara, quando isso é feito de forma comedida, sem ‘entregar muito o ouro’, é uma forma de prender o leitor/espectador na história. E Clive foi feliz em seu uso, não entregou tanto assim e tornou bem legal acompanhar como a cena inicial vai se conectando com a história. E não deixa de ser uma escolha interessante para um livro que marca o início de uma série envolvendo o protagonista. Afinal, os eventos de A Caçada nos apresentam o Bell jovem, detetive de sucesso, mas também nos dá vislumbres de sua vida como aposentado. Algo que combinaria mais com uma história de conclusão de série e não de apresentação de um personagem e que me deixou curiosa para saber como serão as próximas aventuras do detetive da Van Dorn.

[Blablabla Aleatório] - http://blablablaaleatorio.com/2013/05/14/a-cacada-clive-cussler/
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Poesia na Alma 05/06/2013

A Caçada
Até onde devemos ir para atingir o nosso alvo? Até onde devemos ir por justiça? Um livro acelerado, dado a rapidez dos capítulos e cenas; um livro lento, dado a riqueza de detalhes. É nessa mescla de sensações distintas que me deparei com A caçada de Clive Cussler, Editora Novo Conceito, 2013.

Por décadas, Clive Cussler vem deleitando leitores com romances repletos de suspense, ação e pura audácia. Agora, ele faz isso novamente, em um dos mais loucos e estimulantes thrillers de época dos últimos anos.
O governo norte-americano contrata a renomada Agência de Detetives Van Dorn e seu agente igualmente renomado, Isaac Bell, para capturar um lendário ladrão de bancos conhecido como Assaltante Açougueiro. Este assassinara homens, mulheres e crianças, sem deixar nenhuma pista nem testemunhas. O detetive Bell lidera a busca e finalmente descobre a verdadeira identidade do Assaltante Açougueiro. E nesse momento inicia-se a verdadeira caçada.
Com um enredo intrincado, dois vilões extraordinários e a assinatura de Cussler em reviravoltas surpreendentes, A Caçada é o trabalho de um mestre no auge de seu talento.

Isaac Bell é um agente da Agência de Detetives Van Dor, que se vê na sua maior caçada. Apesar de ser astuto, lindo, esperto e o melhor agente secreto dos Estados Unidos, ele encontra um assassino em sério, viciado por dinheiro e com ações impecáveis. Um assassino que ‘nunca’ deixa vestígios, pois todas as testemunhas dos assaltos a bancos, realizado pelo assassino açougueiro, são assassinadas. Inclusive criancinhas!
E então, depois de uma carnificina em bancos pelos EUA, Isaac entra em cena para resolver a situação, sem pistas ou noção exata de como age ele entra na primeira caçada por um pequeno deslize do assassino. E claro, que o grande agente consegue descobrir quem é o assassino, mas ele não contava com uma pessoa tão ardilosa, esperta e escorregadia.
Então se tem início uma segunda caçada, a um banqueiro milionário e cheio de amigos influentes e sua bela irmã. Lógico que não seria fácil, e no meio de tudo isso, uma bela mulher acerta o coração do nosso querido agente.
E quando Isaac acredita que seu assassino está no papo, um terremoto destrói a cidade e termos início a terceira caçada. Louco, né? Eu quase perdi o fôlego, foram tantas emoções, situações e reviravoltas que não consegui fazer mais nada, além de ler A caçada.
Se você quer saber mais um pouco desse fabuloso e recomendado livro, sugiro que corra atrás de seu exemplar.


Por Lilian Faria

http://lilianpoesiablogs.blogspot.com.br/
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André 13/06/2013

Mais do mesmo
E chegamos à segunda aventura do detetive Isaac Bell por terras norte-americanas publicada pela editora Novo Conceito. Dessa vez, além do excelente trabalho de capa e diagramação, a Novo Conceito incluiu um chaveiro do livro dentro de uma caixa temática, tudo ao redor que é a grande caçada.

Apesar de ser o segundo livro publicado no Brasil pela editora, ele reflete a primeira aventura cronológica do sempre infalível detetive Bell. Publicada inicialmente em 2007, o livro começa em 1950 com Bell finalizando a investigação que começara mais de 40 anos antes. Ainda em 1950, fica pela primeira vez claro para o leitor que o detetive não só conseguiu chegar à sua aposentadoria mas também formou família com filhos.

"A Caçada" apresenta um enredo interessante que, diferente de "O Espião" - aventura anterior de Isaac Bell já relatada aqui no blog - é bem definido e apresenta uma linha de construção madura (até mesmo mais madura que obras publicadas posteriormente pelo autor). Uma menção importante à construção do antagonista da obra, que se mostra ardiloso e sagaz o suficiente para enganar a todos, inclusive Isaac Bell.

Por outro lado, a grandiosidade do agente da Van Dorn consolida mais uma vez que não importa o quão bom seja o vilão, ele será capturado e levado à justiça - divina ou dos homens - até o fim da última página. Seja por conta dos seus olhos violetas ou seu Locomobile-vermelho-além-do-seu-tempo, Isaac Bell estará na hora certa e no lugar certo mesmo que isso signifique cruzar terras americanas no melhor estilo novela das oito, em que num piscar de olhos se está à milhares de quilômetros.

Resumo da obra: Uma continuação das aventuras do detetive mais charmoso e rico do começo do século passado que renderá boas horas de leitura àqueles que tiverem procurando um livro de ação leve e dinâmico.
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Ka 19/06/2013

Emocionante
Quem ai sentiu falta do Isaac Bell? Bem, pois ele está de volta em mais um romance policial para a alegria de todos. \o/
O governo americano contrata a agência Van Dorn para descobrir e capturar um criminoso inteligente e muito cruel, conhecido como o Assaltante Açougueiro.

Nesse livro, Bell precisa concentrar todas as suas habilidades na caçada ao misterioso Açougueiro, cruel assaltante de bancos e mestre em disfarces.

A narrativa é em terceira pessoa e super detalhista, mas a história é tão envolvente que todo esse detalhamento não se torna cansantivo ou lento, bem o contrário na verdade, Cussler consegue nos deixar mais e mais curiosos e a leitura é bem rápida.
Os personagens são apaixonantes, e é incrível ver o desenrolar da trama, as atitudes do criminoso e as investidas de Bell para impedí-lo.

A história se passa no início do século XX, e o autor consegue de fato nos levar até essa época com perfeição.

Cheio de mistérios, romances, aventuras e surpresas, A Caçada é um livro recomendado para todos os amantes de literatura.

Espero que tenham gostado
Beijos
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