A Redoma de Cristal

A Redoma de Cristal Sylvia Plath




Resenhas - A Redoma de Vidro


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Ana Clô 28/06/2024

Eu sempre estaria dentro da mesma redoma de vidro.
Me identifiquei com Esther.
A depressão é silenciosa e quando ela se coloca na superfície nos submete a um eterno estado de suspensão.
Sylvia Plath coloca um tom autobiográfico o que me deixa triste ao constatar o vazio que foi sua vida.
As oscilações da personagem nos oscilam também porque a autora consegue traduzir perfeitamente a apatia e indiferença que nos consome ao viver nessa redoma.
É sobre também não conseguir viver as expectativas de nossas mulheridades em um mundo que só nos violenta.
É um livro doído mas ao mesmo tempo poético. Acho que bem parecido com o que foi Sylvia.
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darabwl 27/06/2024

?Eu me sentia um cavalo de corrida num mundo em que não havia hipódromos, ou um campeão de futebol americano universitário que de repente se via obrigado a botar terno e gravata e trabalhar em Wall Street.?
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cristau0 27/06/2024

Achei a leitura um pouco pesada porque sou mais sensível, mas considero o assunto importante, e o livro incrível!
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Stardust_ 26/06/2024

Banhos Quentes, Figueiras e Doenças Mentais
Pouco tempo depois de narrar a história de "A Redoma De Vidro", Sylvia Plath teve sucesso em seu atentado contra a própria vida, nos deixando apenas com diversas obras de arte da literatura e um perfeito retrato de como a depressão é para aquele que sofre com ela.

Ao ler essa narrativa, pude sentir que Sylvia colocava elementos autobiográficos na história, como se Esther fosse, algumas vezes, um reflexo dela. E a autora realmente colocou toda a sua alma e pensamentos em cada linha que preenche as páginas do livro, revelando um sentimento e uma forma de poesia melancólica únicos, um perfeito retrato do sentimento corroente e esmagador da depressão em sua forma mais pura, de como a doencase espalha e você acaba ficando apenas com um vazio emocional no fim de tudo.

Além de inserir essa camada sentimental, Sylvia narra diversos acontecimentos ocorridos no período em que essa depressão estava escondida na mente de Esther, apenas uma ameaça fantasma, fazendo com que o mundo parecesse algo colorido, ainda que entediante aos olhos da personagem.
Logo no meio, encontramos Esther sofrendo diversos pequenos problemas, alguns grandes demais, todos esses problemas e acontecimentos fora da curva servindo como um gatilho para a então encoberta depressão surgir de forma aterradora, levando não só a personagem a se sentir completamente vazia e desesperançosa, como também faz com que o leitor sinta o mesmo.

Cada cena onde Esther se mostra cada vez pior, cada vez mais afundada naquela doença a qual ela não sabe muito bem porque está ali, faz com que o leitor sinta profunda empatia, os sentimentos colocados nas palavras e em cada frase do livro sendo como uma névoa contagiosa, guiando quem lê a se sentir assim como Esther.

Essa é com certeza uma das maiores e mais realistas obras da literatura, que mostram de um ponto de vista cru como uma vida pacata e entediante, onde você tem tudo o que quer e amigos que são perfeitos, nem sempre é a vida perfeita e pode ser apenas uma máscara, que rapidamente vai cair no momento que os ventos mudarem.

Todas as mulheres em algum momento de suas vidas precisam ler essa obra e se sentirem profundamente interligadas e conectadas com Esther Greenwood, honrando a memória da Sylvia Plath e sua mente incrível, celebrando mais uma obra prima da literatura com um profundo luto coberto em melancolia.
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Mari 26/06/2024

Devia haver um ritual para quem nasce pela segunda vez.
[25/06/2024]
Daquelas leituras que você acompanha a personagem como acompanha a vida de um conhecido, torcendo pra ficar bem, querendo falar palavras de conforto, dar um abraço. Como uma pessoa que também luta contra a depressão diariamente eu sabia que teria gatilhos na obra mas o tema foi muito bem trabalhado, não eram ações apenas para chocar como em obras de ficção (me referindo a Garota em pedaços, que não consegui terminar). Que a alma de Sylvia tenha encontrado paz e descanso.
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nicolehuberr 25/06/2024

Comecei esse livro porque li sobre a Sylvia em outra obra e fiquei curiosa sobre a autora e sua complicada e curta vida. Achei A redoma de vidro uma obra delicada e ao mesmo tempo potente, violenta. Um retrato das belezas e das dificuldades do que foi, para Sylvia, ser uma jovem mulher nos Estados Unidos na metade do século XX. A leitura não foi difícil, mas senti como se tivesse perdido o fôlego em algumas passagens, tamanha a dor e a complexidade da protagonista, constantemente lutando contra os seus próprios demônios. As passagens sobre a vida, as incertezas do futuro e as várias nuances da depressão da protagonista são impactantes, mas tecidas com ternura.
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Dave 25/06/2024

é notável a mente preciosa e a sensibilidade singular que Sylvia Plath tinha. ela craveja as situações mais mundanas com figuras de linguagem e observações fantásticas que só quem realmente presta atenção ao mundo à sua volta consegue fazer.

sua escrita é digna de uma pescadora que não tem pretensão alguma de fisgar um cardume inteiro, mas captura uma atenção graúda de quem a lê, adornando beleza ao que não está na superfície do personagem, mas sim em seu lado mais abissal.
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Karol Souza 25/06/2024

A Redoma de Vidro
Viver sobre a redoma não é fácil e escrever sobre isso é algo que poucos conseguem, porém, Sylvia Plath faz isso com êxito.

Ela consegue retratar bem como é viver com depressão, como é estar constantemente em uma rua sem saída, presa dentro da redoma.

Esther Greenwood tinha tudo pra ser quem ela queria ser, para realizar todos seus sonhos, para ser feliz, porém, a redoma de vidro em que vive faz ela desistir desses sonhos e essa mesma redoma faz ela sabotar qualquer pessoa que tenta se aproximar ou tenta apenas ajudá-la.

A Redoma de Vidro é o primeiro livro da Sylvia Plath que li e a história que ela conta nesse livro realmente me surpreendeu. A Redoma de Vidro também foi o único romance de Sylvia Plath, que se suicidou logo após a sua publicação.

Recomendo esse livro, não só pela leitura fluída e rápida, mas porque a história da protagonista me emocionou, em certo ponto eu só queria abraçar ela e dizer que ia se resolver, que tudo acabaria bem.
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Ana Beatriz 24/06/2024

Estaria sempre sob a mesma redoma de vidro
A narrativa, um tanto quanto autobiográfica de Sylvia Plath, conta a historia de Esther, de 19 anos, que a decorrer da história conseguimos sentir junto com ela seu brilho desaparecendo. Percebendo que apesar de ter a pura noção de que era uma jovem brilhante, não tinha vontade de fazer e ser mais nada.
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Amanda Aranttes 24/06/2024

Vi muitas indicações e confesso que encarei o livro sem nenhum spoiler e nenhuma noção de onde chegaria.
Não é leve como achei que seria. É mais desesperançoso que inspirador em alguns momentos, por isso acredito que deveria ter mais explícito alguns gatilhos. Entretanto é um livro extremamente bem escrito e cru na perspectiva de uma mulher depressiva, é realista.
Quase autobiográfico, realmente, acredito que tenha muita inspiração da vivência real da autora.
Gosto da maneira pragmática como ela levantou algumas experiências, sem romantizar, sem fazer a protagonista de coitada e sim uma mulher comum, completamente deslocada dos padrões sociais da época e descontente com sua perspectiva de futuro.
É sufocante em alguns momentos se considerarmos o presente, mas se compararmos os deveres sociais impostos e direitos restritos que as mulheres tinham na época da publicação, se torna uma leitura totalmente diferente.

?Imaginei que estava sentada embaixo da figueira, morrendo de fome por não decidir que figo escolher. Queria todos, mas, escolhendo um, não podia pegar os outros e, enquanto ficava sentada ali, incapaz de resolver, os figos começaram a amadurecer, apodrecer e cair aos meus pés?

?Odeio a ideia de ficar sob a tutela de um homem. Um homem não tem preocupação nenhuma no mundo, enquanto a possibilidade de ter um bebê paira sobre a minha cabeça como uma espada, me fazendo andar na linha.?
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iara360 24/06/2024

Um clássico mais do que merecido!!
Três semanas depois do lançamento desse livro, em 1963, a Sylvia Plath se matou por asfixia enfiando a cabeça num forno a gás. Ela impediu que o gás chegasse ao quarto dos filhos vedando as janelas e as portas com toalhas. Ler os últimos escritos da Sylvia é uma tentativa de compreender a depressão que a dominava. Apesar do livro ser uma ficção, tem muito de uma autobiografia na vida e nos pensamentos da Ester.

Eu conhecia a história do livro por ser um clássico, só que no começo eu não tinha ideia de como tudo ficaria tão ruim em tão poucas páginas, mas durante a leitura fui entrando na história e concordando com cada pensamento.

A Ester perdeu gradativamente a vontade de viver, mas não perdeu a sanidade em nenhum momento, levando o leitor junto com ela. Uma personagem muito fácil de se identificar, uma jovem brilhante que tinha tanto potencial pra ser ?bem sucedida?, mas acabou se perdendo por tantas expectativas e opções, se afundando cada vez mais na depressão e no vazio.

A história é maravilhosa e a escrita é uma das melhores que já li (fora que, se tirassem as partes sobre máquina de escrever e substituíssem por notebook, eu nunca falaria que o livro não é desse ano). 5/5 FAVORITADO
.
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?Eu não via motivo para me levantar. Eu não ansiava por nada.?

?Queria fazer as coisas de uma vez e me ver livre de tudo.?

?Você podia se ajoelhar e rezar o quanto quisesse, mas ainda assim teria que fazer três refeições por dia, ter um emprego e viver no mundo.?

?Eu sabia que devia ser grata à sra. Guinea, mas não conseguia sentir nada. Não teria feito a menor diferença se ela tivesse me dado uma passagem para a Europa ou um cruzeiro ao redor do mundo, porque onde quer que eu estivesse? fosse o convés de um navio, um café parisiense ou Bangcoc?, estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado.?
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Cecilia.Schettino 24/06/2024

Pensando
Tudo é extremamente íntimo e ao mesmo profundamente identificável. pelo menos uma vez na semana me pego pensando nas decisões da vida e na figueira.
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Delma 23/06/2024

A redoma de vidro
Com narrativa muito fluida e envolvente, acompanhamos a vida da jovem Esther Greenwood suas angústias e contradições. Recomendo a leitura.
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Luiza 23/06/2024

Um clássico nunca é um clássico atoa
Diferente do que eu pensei que seria, mas ainda assim uma boa leitura. Se eu não fosse com expectativa de ser algo diferente, a experiência teria sido bem melhor. Acho que muito da grandiosidade desse livro está na obra e na vida e morte da autora. Achei bem real e cheguei a me ver e ver pessoas que eu amo ali também, a Esther é uma personagem muito real, não é atoa que muitos declaram que o livro é uma espécie de "autobiografia" da própria Sylvia.

Acho importante uma reflexão sobre a romantização da morte. Quando lemos autoras(es) fissurados em coisas mórbidas e com problemas psicológicos sendo retratados de forma tão poética, tendemos a romantizar essa morbidez (eu falo por mim, pelo menos, sei que em alguns momentos já fiz isso), mas vamos pensar na mensagem final, em aberto, e nas felicidades da vida quando a gente está bem? Ficar bem (feliz) é sempre possível. E, como a Esther, eu também queria ser muitas coisas, mas sei que podemos exercitar todas as nossas paixões, hobbies estão aí pra isso!! a gente não precisa ter sucesso em tudo, a gente só tem que ser feliz. E, mesmo com uma expectativa diferente no início da leitura, afirmo 100% que o livro merece o "hype" que tem!! Um clássico nunca é um clássico atoa.
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