spoiler visualizarLorena Correia 25/05/2024
Um marco nos livros de fantasia, mas várias partes desnecessárias!
Cresci lendo Harry Potter, Senhor dos Anéis e Sétima Torre, até hoje busco a magia em outros livros e posso afirmar que achei. É uma história muito bem desenvolvida e envolvente!
Adoro a filosofia e as lições de moral. É um livro de ficção que vale a pena destacar alguns trechos porque nos traz reflexões muito boas sobre a vida.
Kvothe é um protagonista arrogante e muito bom em tudo que faz: canta, atua, faz simpatia, toca alaúde como ninguém e até quando se arrisca na poesia que é algo criticado pelo próprio, arrasa. Nesse livro, parece que o autor nos escuta e nos premia com o fato dele não ser bom em matemática, química etc. Prefiro protagonistas hesitantes, ruins em mil coisas, se questionam se são bons o suficiente, mas adoro o universo que o autor criou e isso me prendeu à história como há muito tempo não acontece. A verdade é a que isso não nos impede de nos deleitar com o crescimento do personagem ao longo dos livros e saber que no final algo deu errado (não é spoiler porque sabemos que algo aconteceu e o que levou a ser um simples hospedeiro cheio de remorso), é um contraponto bom para o excesso de confiança do personagem, afinal ele é humano.
Nesse livro em específico, o autor nos irrita com a passagem de Feluriana. Sinto que ele vai pontuando o desenvolvimento das habilidades e da maturidade de Kvothe com a passado dele em Vintas, Feluriana, Admere, mas o autor tem a sutileza de um elefante na passagem de Feluriana. Se perde na narrativa e nos premia com páginas de uma narrativa cansativa e nos faz odiar Feluriana que podia render arcos narrativos melhores, pois é um ser fantástico que há 1000 anos seduz homens. Afinal, ela só conversou com Kvothe (o mais eloquente dos homens)? Ela só transava com outros? Não tinha nada a ensinar na arte do amor, somente do sexo? Me irritou, cheguei a pular parágrafos, nem as histórias da corte dos encantados salvaram (mesmo sabendo a importância das mil histórias e canções narrativa).
Não me irrito tanto com Denna e Kvothe, pois quem não viveu um amor platônico cheios de não ditos na adolescência e me prendeu a identidade do mecenas dela. Tenho várias teorias e ansiosa pra ver se acertei.
De qualquer jeito, nossa, que universo bem construído! Dá gosto ler os livros, me encanto com as simaptias e com os nomeadores, fico relendo as instruções pra ver se conseguiria fazer simpatia ou chamar o vento algum dia. A parte da universidade é a que mais gosto, mas é porque estava órfã de Harry Potter há muito tempo. Os amigos e as lutas pela sobrevivência tornam o cenário apaixonante. No final, já estava tentando fazer as contas dos talentos!