larissa 02/06/2024
A Hora da Estrela.
Sensível e triste. Macabéa é uma mulher tão real quanto qualquer outra. Uma figura que representa muitas. Sozinha, suficiente para si mesma (por não conhecer mais), "já que sou, o jeito é ser", não conhecia outros modos de viver. Terminei o livro com um aperto no peito por saber que aquele era o fim de Maca, mas era pra ser assim. "Todas as vidas são uma arte e a dela tendia para o grande choro insopitável como chuva e raios."
Achei curioso a Clarice ter escrito que várias coisas são luxo na história, e de fato, para Macabéa, pobre e desnutrida, sem futuro ou visão de algo bom, tudo era um luxo. A tristeza era luxo. A vida era luxo. E para todos nós, a vida é realmente um soco no estômago.
"Ah pudesse eu pegar Macabéa, dar-lhe um bom banho, um prato de sopa quente, um beijo na testa enquanto a cobria com um cobertor. E fazer que quando ela acordasse encontrasse simplesmente o grande luxo de viver."
Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos. Sim.