Línguas

Línguas Domenico Starnone
Domenico Starnone




Resenhas - Línguas


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pampamcviana 25/08/2024

Não me conectei
Como já escrevi em resenha anterior, a pontuação no Skoob se refere muito mais ao quanto nos conectamos com o livro do que com a sua real qualidade. Tanto que temos "obras" famosas e fradas com pontuações maiores do que grandes clássicos.

Talvez seja o caso deste. Talvez. Acredito que algo deva ter se perdido na tradução, apesar do esforço do tradutor (reconheço seu belo trabalho). Há uma brincadeira com as palavras italianas, o que não pode ser traduzido para outras línguas, por mais que se tente. Na revista, nos é contado a respeito do conflito entre o sul e o norte da Itália, e sobre seus dialetos variados (que não são dialetos rss). Em leitura anterior, também descobri a respeito de como a língua italiana se tornou a oficial do país, em um processo diferente dos demais, onde a língua de Dante Alighieri, autor da "Divina Comédia", era apreciada até então, e foi a escolhida (não naturalmente falada).

De toda forma, não me apeguei à história da infância do narrador. Não me importei com sua faculdade e seu namoro fajuto. Entendi sobre a idealização da menina milanesa. Fiquei chocada com a forma que tratavam a avó.

Foi uma leitura entediante, e, talvez, eu tenha começado pelo livro errado de Domenico (caso ele seja tão bom quanto a Tag descreveu). Posso dizer que, no momento, foi a pior leitura da Tag de 2024.
Jvcsantanna 25/08/2024minha estante
Que pena que não gostou! Eu comecei gostando, no meio eu achei sofrido, mas terminei gostando novamente.


pampamcviana 25/08/2024minha estante
Infelizmente não, JVC! Queria ter gostado, mas realmente não me conectei. É questão de gosto e história de vida. Sobre o último livro antes desse, "A árvore mais sozinha do mundo", uma moça comentou que odiou, e eu adorei, talvez por ter mais contato com trabalhadores rurais e ver a dificuldade deles na vida real (mesmo não sendo plantadores de tabaco). No caso de "Línguas", o enorme foco na língua italiana me fez sentir "não pertencente", pois, fora o que "aprendi" em "Terra Nostra", não sei nada sobre o italiano.


Amanda3913 26/08/2024minha estante
Senti exatamente o que você descreveu. Tentei sentir um pouco mais a "dor" do tratamento dispensado à avó, mas parece que faltou alma pra trabalhar os pontos mais sensíveis do livro.
Talvez se trate disso...um personagem insosso, apagado, com um história escrita de forma igualmente apagada, morna pra fria.


pampamcviana 27/08/2024minha estante
Justamente, Amanda! Passou muito rápido por pontos que, por mim, seriam temas centrais do livro.


Carol 11/09/2024minha estante
Fiquei com a mesma sensação..que leitura entediante!




LeonardoGS89 11/09/2024

Não me senti tocado por esse, achei o livro bem mediano, para fraco, personagens não me cativaram, não me apeguei em nenhum, achei a trama sem profundidade, como quando Nina e Lello se envolvem, a única coisa interessante, são os relatos do protagonista ( narrador) sobre a avó, e o ponto alto é quando o mesmo descobre a verdade sobre a milanesa, é sobre isso.
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Jvcsantanna 02/08/2024

Honesto, bonito e diferente
Livro curto e interessante. É um livro que acompanha 3 períodos da vida do protagonista. De início, acompanhamos a infância dele e sua primeira paixão, como o amor surge e reverbera na mente de uma criança e como tudo no mundo parece se voltar a isso. Depois de um evento trágico, acompanhamos o processo de amadurecimento frente à tragédia, e a recorrência da temática da finitude da vida, legado, memórias e propósito, ao mesmo tempo que vemos o ingresso do protagonista na faculdade de letras e o início de um novo relacionamento. Mais para o fim, vemos um amadurecimento real e o reencontro no significado das coisas que sempre estiveram ali, em direção ao equilíbrio e satisfação.

Minha impressão foi de um livro cativante no início, algo entediante e confuso no meio, e novamente empolgante no final. Gostei da forma como o autor abordou a relação com a avó durante toda a narrativa, honesta e real, relatando o lugar de submissão da avó em relação ao protagonista e à família, e a ingratidão com a qual ele a tratou durante a maior parte da vida. Gostei da forma que essa relação se desenvolveu, mesmo demorando muito para que o amadurecimento necessário para o respeito surgisse, quando isso ocorre é muito bonito. Gostei bastante também da temática da língua. Justo esse tema que descrito da forma que foi tornou o meio do livro uma leitura um pouco cansativa e chata para mim, quando o leitor atravessa essa parte, entende, junto com o autor/protagonista, a beleza da língua e das diferenças fonéticas e lexicais na construção da identidade individual e coletiva daqueles personagens (e de todos nós, seres com ancestralidade). Como, por mais completo, detalhista e específico seja o estudo da linguagem, a tentativa de eruditar a língua é insuficiente e falha, e que a língua, falada e escrita, é viva e maior, carrega história.
Lis 02/08/2024minha estante
Parece muito interessante. Não conheço muitas histórias que tratem o tema da linguagem e como ela reverbera na vida das pessoas, parece promissor.




Rick Shandler 31/08/2024

Línguas - Domenico Starnone
Existem escritores que têm o dom de construir narrativas belas. Domenico Starnone é um. Seu mais novo livro lançado aqui no Brasil, Línguas, parece ter sido escrito na ponta dos dedos. Mesclando diferentes afetos, o autor nos entrega uma bela história pautada pelo carinho.

O livro de Domenico fala de língua, mas fala de coração também. Na verdade, ele nos faz perceber o quão próximo ambos estão. A língua, presente na história pelo dialeto napolitano, cria um conexão particular entre os personagens, seja entre um neto e uma avó, seja entre dois amigos. Para além de conexões interpessoais, Domenico nos mostra que a língua é capaz também de fazer ligações temporais e geográficas, sendo assim podemos ver uma infância ser recordada através do dialeto napolitano, ou até mesmo uma garotinha ser considerada milanesa apenas por falar um "italiano perfeito”. A língua se mostra como expressão cultural, como identidade, como intimidade, como amálgama de pessoas. A língua como afeto.

O afeto é outro marco do livro. Uma jovem bailarina ao treinar na sacada dá vida a um primeiro amor. Encanto se mistura a preocupação. Logo vemos surgir cuidado e carinho. O menino não é mais capaz de arredar o pé da sacada, sempre à espera de algum contato, de um simples aceno, o qual já é capaz de impulsionar revoluções dentro de si. A menina milanesa morre, mas, por sorte, este não é o único afeto de sua vida. Vemos ao longo do livro diversas relações sendo construídas, cada uma a sua maneira. Cada uma contrastada com a menina milanesa. Vemos a relação de amizade com seu vizinho Lello, vemos seu primeiro namoro, o qual é um tanto quanto mais realista que sua primeira paixão (e com um fim que é uma lição pro Bentinho), e acima de tudo vemos a sua relação com sua avó. Cada sentimento, cada afeto se distingue dos demais. Cada um com sua própria língua. O amor é poliglota.

Línguas é um daqueles livros que lemos com um sorriso no rosto. Um afago. Domenico, ao desbravar a glossologia através do seu dialeto napolitano, acaba achando uma língua universal a qual todos somo capazes não só de entender, mas também de apreciar. A língua do afeto. Tem que ler.
nay.gba 01/09/2024minha estante
Capa e resenha belíssimas


Rick Shandler 01/09/2024minha estante
??




iarasiper 20/08/2024

Línguas.
Infância - devoção pela morte, pelas línguas, pelos mortos - adolescência - fascinação pela milanesa, a garota de Milão (cujo o nome a gente descobre beeem depois que é Emanuela) - namorada que ficou com o ex melhor amigo - fase adulta - vó morrendo. Caramba, mas que livro ESPETACULAR!!!!!!! Que foi isso, Starnone? Consegui sentir tão profundo o que ele carrega pela avó e por Emanuela, a garota de Milão. Esse sentimento bateu forte aqui e trouxe nostalgias. Línguas entrou pro meu coração e pra minha estante de livros favoritos.
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Renata.Mieko 11/09/2024

Gostei muito.
A história é fluída e fácil de ler.
Tanto o personagem principal quanto a avó são interessantes.
Poderia ler muito mais capítulos sobre eles.
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Silvia279 12/09/2024

O livro explora a complexidade da vida familiar e da comunicação entre gerações. O autor apresenta uma história que, à primeira vista, pode parecer simples, mas revela camadas profundas de introspecção e tensão emocional. A narrativa gira em torno das dinâmicas familiares e das dificuldades em se comunicar com honestidade e transparência. Os personagens são muitas vezes incapazes de expressar seus verdadeiros sentimentos e pensamentos, resultando em mal-entendidos, ressentimentos e insegurança psicológica. Domenico Starnone utiliza ?línguas? como metáfora para as barreiras emocionais que impedem o diálogo autêntico entre os membros da família e também entre amigos.
Ele é habilidoso em capturar as banalidades do cotidiano, utilizando-as como pretextos para revelar os conflitos internos, conflitos esses que conduzem às inevitáveis reflexões. ?
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Emilly 02/09/2024

Línguas
Infelizmente em algum momento eu acabo não gostando do livro do mês da TAG Experiências Literárias Curadoria, e esse foi um deles, espero que seja o único esse ano.
Eu não consegui me conectar com a história, não gostei de nenhum personagem, ainda mais que todo o livro foi em primeira pessoa e eu detestei a personalidade do protagonista.
Poderia ter lido em um dia, mas eu arrastei a leitura porque era muito chato, de verdade, muita repetição da mesma coisa, o guri só sabia falar da Milanesa (que triste ser de Milão e ter que ser chamada de milanesa), só assuntos fúteis, em minha opinião.
Do começo ao fim eu não vi o autor entregar tudo o que a revista que vem com o livro disse que ele iria entregar, foi uma grande decepção, felizmente o livro era curto.
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Rodolfo 10/09/2024

Nesse romance com ares autobiográfico acompanhamos a história de um garoto que se apaixona por sua vizinha, por quem desperta um fascínio.
No desenrolar da história uma tragédia acaba por moldar a vida desse garoto a quem a herança linguística acaba influenciando muito suas escolhas.
Confesso que não foi uma história que me prendeu bastante, muito pelo contrário, em alguns momentos achei bastante monótona e desinteressante.
A maneira como a avó é tratada na história também me deixou bastante frustrado, achando inclusive, ela em algumas partes mais importantes do que o próprio personagem principal.
Por fim, para os fãs do autor pode ser um prato cheio (lembra dos ares autobiográficos?) mas não me cativou.
Carol 11/09/2024minha estante
Fiquei esperando até a última página que ele falar de uma maneira da avó que iria fazer valer a pena a leitura das outras cento e tantas páginas ?


Rodolfo 12/09/2024minha estante
Exatamente isso, principalmente pela ajuda dela com os estudos, ele tinha que ter feito uma festa pra ela, já que a prova era importante pra ele e ela ajudou muito... mas nada ????




Candido Neto 17/08/2024

O livro pela capa
Ontem (16/08/24) terminei o excelente Línguas de Domenico Starnone. Ainda ontem eu conversava com um estranho, ele me perguntou a quanto tempo eu moro aqui, acabou sabendo que vivi por mais de dez anos na capital distante de nós por 130km, ele disse que deve ter sido daí que surgiu meu sotaque. Eu tenho um sotaque dentro da terra onde nasci e passei toda a minha infância.
Isso deixou cheio de um colorido diferente o livro que fala sobre diferenças e preconceitos linguísticos. Mas eu quero falar desse livro a partir da capa. Um livro não se julga pela capa, dirá a maioria, entretanto é a capa quem primeiro atrai o consumidor, encantado, esse passa ao lugar de leitor e passa a ler o livro para o segundo e mais importante julgamento, como se o primeiro não tivesse acontecido.
No livro há um julgamento. A vó devota velha e feia que é desprezada conscientemente, e a menina linda da qual nada se sabe que é adotada. A beleza é fundamental para o instinto e o amor, como a capa de um livro que guarda lá seus mistérios mas expõe uma breve mensagem.
A capa desse livro parecem ser duas: na primeira (que sobrepõe a segunda) em amarelo post it uma menina brica distraída sobre um abismo, cores saturadas e traços pueris, tíbios, inseguros e (ainda assim) firmes. Na segunda capa se torna evidente a identidade do mesmo artista, sobre um fundo sépia cores também berrantes pintam um quadro romântico quase melancólico, que diz sem dizer, que afirma isso para fazer falar aquilo.
Como a passagem de tempo entre fim de infância e início da vida adulta, dois momentos onde a vida mortal e a vida imortal, o falar público italiano culto e o falar doméstico napolitano impuros, o amor urgente de Orfeu e a aceitação de um relacionamento encontrado, a velhice decrépita e a morte prematura. Os dois lados do espelho, os antônimos complementares.
A procura pelo vocabulário mais exato na frase, o cuidado linguístico é uma outra característica da escrita, além de um ritmo que me é impressionante, uma cadência preguiçosa que se mostra detalhada e sem pressa da metade para o final, é como se a elegância se curvasse diante do enredo e não da forma, gosto principalmente da história, sem alarde, sem grandes acontecimentos, sem absolutamente nada que qualquer pessoa não pudesse contar.
Gosto do fosso no pátio cuja bomba d?água mimetiza a agonia dos mortos, gosto de cabos de guarda-chuva que se transformam em espadas, em damas que desabam de parapeitos, gosto da vida que não consegue ser expressa em palavras, mas essa incapacidade é declarada, há a linguagem das palavras ditas, das escritas e das melhores palavras ? as palavras vividas, conhecidas e inalcançáveis a todas as línguas.
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SouDulce 24/08/2024

As crianças não têm coerência, essa é uma doença que contraímos ao crescer
Em Línguas, Domenico Startone nos apresenta a história de um menino fantasioso que sonha em ser poeta e tem uma paixão por uma menina que mora no prédio em frente. Entre duelos de amor com seu amigo Lello, sua relação com sua avó que tem um papel fundamental na sua vida e quem nutre uma adoração extrema por ele, e sua relação com a língua napolitana e o preconceito linguístico, acompanhamos essa jornada escrita por esse menino agora idoso.

Ler esse livro foi uma experiência fantástica, ele tem uma linguagem fluída, bem humorada que somente um pessoa relembrando suas experiências de infância e fazendo uma releitura dela, sob uma nova ótica, poderia contar. E apesar desse bom humor, a história também é bastante reflexiva. Esse homem vai relembrar esse amor platônico de infância com a milanesa, enlaçando nessa história as diversas perspectivas e memórias presentes e passadas que são construídas por diferentes pessoas, no caso, as percepções dele e de seu amigo, e sobre a nossa vida mortal - vivida - e imortal - imaginada por aqueles que ficam.

Vamos acompanhar esse menino com certa devoção pela morte e uma grande capacidade inventiva para criar histórias e sua relação com a avó, que não era muito valorizada por ele na infância e refletimos sobre essas relações que não demos valor no passado, mas que ganham relevância quando pensamos em nossa trajetória (quem vai ficando mais velho, vai se conectar com essa experiência). E por fim, refletimos sobre a nossa relação com a língua, aquela que falamos e a língua oficial que aprendemos e é considerada como padrão e como essas características acabam nos construindo e nossas relações com as pessoas e com os lugares que habitamos.

É um livro sobre amadurecimento e como perdemos e ganhamos com a nossa trajetória, sobre nostalgia, sobre aceitação da nossa mediocridade. O livro é pequeno de páginas, mas ele embarca tanto nessas poucas páginas que você saí dele, ainda mais se você está nessa vibe passado reflexiva, com tanto sentimentos e razões para pensar que já está na minha lista de segundas leituras. Certamente já anotei o nome de Startone na minha lista de autores para ler outro livro, foi minha primeira experiência lendo algo dele. Obrigada Tag!
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Sabrina 22/08/2024

Uma belezura de livro, com uma prosa poética sensível, delicada, apesar de abordar temas profundos como a complexidade da morte através da beleza e inocência do olhar de uma criança. É possível acompanhar o amadurecimento da escrita a medida que o personagem cresce e reflete sobre suas lembranças. A relação com a avó tbm deixa o livro ainda mais bonito, mesmo que por momentos seja conflituosa. Só achei que não manteve o mesmo fôlego até o final, mas ainda assim gostei bastante. Nunca tinha lido nada do autor, curiosa com os rumores em torno dele e sobre Ferrante ser seu pseudônimo. Será?! Acho que não, mas vale a pena, curtinho e gostoso de ler.
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Geórgia 01/08/2024

Uma leitura gostosa de fazer , um mini romance de amadurecimento e autonarrativa passando pelas nuances do italiano formal e o dialeto do povo. Achei incrível a relação entre o protagonista e a sua avó em toda a história, acredito que os avós são as grandes testemunhas da infância de seus netos. Tudo se mescla nas fantasias da infância que são carregadas até a maturidade e na construção da personalidade. Ha também uma reflexão sobre a passagem da vida e a morte. A vida mortal vivida realmente e a vida imortal que mora nas lembranças dos outros.
Não entendi o motivo do título original não ter sido mantido , acho que ?línguas? não captou tanto o espírito da narrativa.
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Day Malze 18/08/2024

Se você for da área de Letras provavelmente vai gostar mais
Não me tocou profundamente!! Fala muito do preconceito linguístico dos dialetos italianos, sobre morte, Linguística, acho que não se aprofundou emocionalmente em nenhum tema e por isso é um livro esquecível.
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Clarissa220 28/08/2024

Esperei muito desse livro, mas durante a leitura cheguei a ponderar largar por diversas vezes. Achei uma leitura arrastada e, apesar de achar algumas poucas passagens cativantes, não gostei. De modo geral, achei muito melancólico e toda vez que eu imaginei que melhoraria, não melhorava.

24/2024?
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