Resenhas - Frizzy

C. Aguiar 13/05/2024

Marlene ama fica com sua melhor amiga Camilla, também ama sua tia maneira Ruby e não consegue entender porque todo final de semana precisa ir ao salão para "domar o cabelo". A medida que ela foi crescendo teve que parar de brincar com as outras crianças, pois ela tem sempre que estar apresentável e isso significa não suar para que o cabelo não volte ao estado natural.

Paola leva a garota todo final de semana para o salão a fim de "alisar" o cabelo da criança, mas Marlene odeia tudo aquilo, a mulher que cuida do seu cabelo sempre está machucando ela, fora que tanto sua mãe, quanto os demais parantes fazem questão de falar que seu cabelo "não é bom"!

Com uma história envolvente, emocionante e cheia de reflexões, Frizzy vem trazendo uma história cheia de camadas, mas de forma simples, interessante e com uma linguagem de fácil acesso para os jovens leitores! O livro toca em vários assuntos interessantes, um deles é porque os parentes podem desrespeitar você, te humilhar e serem péssimas pessoas, mas você tem que ser educada e escutar tudo calada?

Marlene é uma garota doce, que perdeu o pai tem alguns anos e quando as outras crianças zombam dela, de seu pai falecido e colam fitas em seu cabelo ela acaba explodindo, e confesso que achei a reação da mãe irritante; ela entende que o que a outra criança fez foi errado, mas é como se Marlene tivesse mais culpa por ter se defendido, fora que Paola nem sequer perguntou toda a situação, apesar aceitou Marlene ser dispensada 3 dias da escola e ficou por isso mesmo!

Paola carrega marcas do bullying que sofreu no passado quando era mais nova, então está tentando fazer com que a vida da filha não passe por isso, mas acaba mais atrapalhando do que ajudando. E apesar do final corrido existe uma evolução nos personagens dentro do possível, Marlene começa a se amar mais e sua mãe está no processo para aceitar a si e também sua filha.

Foi uma história muito interessante, é impossível não se emocionar com Marlene e seus problemas, senti como se a história fosse feita pra mim, e talvez muitos adultos e jovens se sintam representados nessa leitura!

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