spoiler visualizarCris 09/06/2024
Ótimo para passar o tempo, razoável como história.
O livro começou de uma forma muito promissora, fiquei empolgada logo de início, entretanto essa força foi se perdendo. A forma banal como foi tratado os problemas psicológicos da Sally me incomodaram demais, a recuperação dela foi da água para o vinho em pouco tempo, não estou dizendo que ela não sofreu reflexos desses traumas durante todo o livro, mas ficou raso, incompreensível. A escrita é fluida, me manteve entretida, mas isso não é suficiente para um livro ser bom.
Pontos negativos:
O que me incomodou demais, é que durante o livro, rondava o fato da Sally ter esquecido da mãe e do que viveu no cativeiro, e isso simplesmente nunca é revelado. Até tentam dar uma explicação de que o pai adotivo a sedava muito, mas isso não é uma justificava plausível.
A Sally puxa os cabelos assim como a mãe biológica, isso é um sinal claro de que ela sofre com o trauma, e mesmo que ela se esquecesse ela teria flashes de memórias e isso não acontece.
Quando o sequestrador foge com o Peter e se estabelece na Nova Zelândia, tudo corre bem, ele consegue um emprego de dentista, sua formação de fato, mas com o diploma alterado com o seu novo nome, como que ninguém verifica isso ? Não é possível ser tão fácil assim.
Peter leva um corpo para o rio e ninguém vê nenhuma câmera, nada, e em momento algum ele demonstra preocupação com isso, porque aparentemente câmeras de segurança não existem nesse lugar. Eu sei que muitos crimes não são registrados, mas os personagens deveriam ao menos se preocupar.
Quando o assaltante entra na casa e Denise grita pedindo ajuda, ela está lúcida, tanto que depois que o ladrão foge, Peter entra no cativeiro e ela tem uma conversa lúcida com ele, ela tem consciência de tudo. Mas a partir do momento que ela é salva, ela se torna selvagem e sem raciocínio lógico. Com toda certeza tem sentido ela ser desconfiada, ter medo, mas a forma como a encontraram não ficou condizente com a mulher que falou com o Peter poucos momentos antes.
Quando Christine vai falar sobre o pai adotivo de Sally, dizendo que não poderia morrer com isso, ela conta tudo o que já tinha sido dito no livro, que a forma como ele a tratava não era saudável, então fiquei sem entender esse capítulo.
Mark é um personagem tão sem sentido, que só serviu para desvio de atenção para as cartas que a Sally recebia.
Sally Diamond por motivo raso se afastou de todo mundo, com atitudes frias e egoístas. Sinceramente vou para por aqui, tenho mais alguns exemplos mas irei me estender muito.
Eu não odiei, mas não é tudo o que foi dito, é um livro excelente para te tirar da ressaca, a leitura é gostosa, para quem ficou curioso, vale a pena ler, como disse é um livro fluido e gostoso de ler, mas não espere muito.