Resenhas - A Conspiração do Violino

ericadavila 25/10/2023

Eu gostei bastante do livro, achei a leitura fluida e divertida. Mas não é um thriller, o roubo do violino é só o pano de fundo. A história não foca no mistério de quem roubou o violino, e sim na trajetória do Ray, como um musicista negro, que sofre com o racismo e com uma família, em sua maioria aproveitadora, mas que também encontra pessoas que enxergam o seu talento e o incentivam. A resolução do mistério em si foi previsível, então quem for ler pensando que se trata de um thriller vai se decepcionar, mas acho que vale a pena a leitura, principalmente porque aborda temas sociais muito relevantes.

DEA 02/11/2023

Achei o livro bem maçante e no final comecei a pular vários parágrafos ?? para conseguir terminar logo.
Infelizmente no final não foi explicado porque a mãe era tão estúpida, fria e indiferente com Ray; não fala mais nada da tia Rochelle; ou o que foi feito com o dinheiro arrecado. Foi um final curto, onde o próprio Ray descobriu quem roubou o violino e o encontrou, isso porque tinham vários especialistas investigando ?. Para um livro que se estendeu em tantos outros pontos e foi super detalhado, acho que o final deixou a desejar em vários aspectos. Além disso o livro em si não se trata do roubo do violino, nem da conspiração, como diz o título, mas sim da vida de um jovem que deseja ser um grande violinista, porém não tem condições financeiras, nem apoio da família e enfrentou preconceito em diversas situações, mas apesar disso tentou não se afetar com isso nem desanimar, ainda mais tendo como apoio e exemplo a avó Nora, que simplesmente é a personagem mais linda do livro. Uma mulher carinhosa, guerreira, que nunca deixou de demonstrar amor e apoio ao neto.
A profundidade do relacionamento entre eles é linda e isso foi uma das coisas que mais deram força ao Ray e o impulsionaram a não desistir, o desejo de honrar e dar orgulho à avó.
O livro mostra como a família de sangue, não significa de fato união, amor, ter apoio, infelizmente sabemos que na realidade, principalmente quando envolve dinheiro, isso gera muitas vezes discussões, brigas, sobressaindo o que deveria ser acima de qualquer coisa, o amor familiar. Mas muitas vezes encontramos num amigo, o amor e apoio que jamais encontraremos nos nossos familiares e muitas vezes dos próprios pais.
Tia Rochelle também foi uma graça, totalmente diferente dos demais que só pensavam no benefício financeiro que teriam. A professora Janice também foi fundamental para que Ray conseguisse chegar onde chegou, desde o início o incentivou, mostrando que ele tinha muito talento e que poderia aperfeiçoá-lo. E Ray com humildade aceitou toda ajuda e se agarrou a isso.
Então o livro é bonito considerando a história de Ray, seu empenho para ser um grande violinista, apesar de quase tudo ser oposto a isso, ele se apegou ao pouco de bom que recebeu e fez disso um degrau para atingir seus sonhos, colhendo os frutos somente lá na frente.
Além disso aborda em alguns momentos sobre o lado absurdo e insano da escravidão e também reforça muito sobre o preconceito que ainda existe bastante, infelizmente. Inclusive no final o próprio autor, que é um violinista, descreve que muitas das situações do livro foram baseadas nas suas próprias experiências.

Enfim, não gostei do livro pois achei chato, mas ele nos deixa algumas reflexões:
- será que somos como a tia Rochelle, ou como a professora Janice, agindo como incentivadores das pessoas? Ou somos aqueles que só pensamos no benefício que teremos de ter uma amizade, por exemplo?
- será que usamos nossas dificuldades (falta de dinheiro, preconceito etc) como desculpas para não fazermos nosso melhor e alcançarmos nossos sonhos? Será que conseguimos ver o lado bom, mesmo que seja pouco em comparação com as coisas negativas que estão ocorrendo?
- será que temos a humildade de aceitar que muitas vezes precisamos de ajuda e apoio para conseguirmos alcançar nossos sonhos e objetivos?

Soliguetti 08/01/2024

Sinfonia de suspense
"A Conspiração do Violino", de Brendan Slocumb, é uma envolvente obra que mescla elementos de mistério, superação e paixão pela música clássica. A trama gira em torno de Ray McMillian, um talentoso violinista determinado a vencer as adversidades que permeiam o mundo da música erudita. O autor tece uma narrativa cativante, explorando temas como racismo, competitividade e dificuldades financeiras, enquanto Ray luta para alcançar seu sonho de se tornar um violinista de sucesso.

A reviravolta na trama ocorre quando Ray descobre que o violino herdado de seu trisavô é, na verdade, um raro Stradivarius, tornando-se sua chave para o prestigioso Concurso Tchaikovsky. No entanto, o destino prega uma peça cruel quando o instrumento é roubado de seu quarto de hotel, deixando um bilhete de resgate exigindo uma fortuna para sua devolução. A trama se complica ainda mais com a entrada em cena de uma família de descendentes de escravagistas que reivindica a propriedade do violino.

A força do enredo reside na habilidade do autor em manter o suspense ao longo da história. A busca de Ray para recuperar seu violino roubado mantém os leitores ávidos por respostas até o desfecho. A trama é conduzida de maneira habilidosa, com reviravoltas que mantêm o interesse do leitor.

Os personagens são um ponto alto da obra, especialmente Ray, cuja determinação e paixão pela música transcendem as adversidades enfrentadas. A namorada de Ray e sua professora desempenham papéis essenciais na jornada do protagonista, oferecendo apoio emocional e encorajamento.

A escrita de Slocumb é fluida e envolvente, permitindo que o leitor se conecte facilmente com a história. A inclusão de detalhes sobre o universo da música clássica enriquece a trama, proporcionando uma experiência enriquecedora para os amantes do gênero.

Apesar do entusiasmo gerado pela narrativa, o desfecho poderia ter sido mais desenvolvido, uma vez que a revelação da trama acontece de forma abrupta. O leitor mal tem tempo de saborear a resolução do mistério antes do término do livro. No entanto, esse pequeno deslize não diminui o impacto positivo da obra como um todo.

Em suma, "A Conspiração do Violino" é uma leitura empolgante, repleta de emoção, mistério e uma visão intrigante do universo da música clássica. Brendan Slocumb entrega uma trama que cativa e entretém, conquistando os leitores desde o início até o último acorde.

Luana899 18/03/2024

Achei uma boa história, com boas provocações e reflexões, mas esperava ser uma leitura mais envolvente...

Thaiza.Vianna 31/12/2023

Resiliência, perseverança pelo sonho da música clássica
Esse livro têm uma linda história de vida! O suspense em torno do roubo violino raro
é apenas um pequeno detalhe. Então se espera um triller com um grande plot não é nessa trama que irá encontrar. Aqui nesse drama familiar pouco importa quem roubou, o foco onde teremos uma lição muito importante sobre as dificuldade que o racismo ainda hoje impõe à população de pele negra, o quão tudo é mais difícil e com quantas pessoas ignorantes e intolerantes precisam lidar diariamente. Como com menos oportunidades, se faz necessário dar sempre o seu melhor e ainda assim muitas vezes não conseguir provar o seu valor.
E não apenas isso, a dificuldade de tentar viver da música, principalmente musica clássica, tocando violino onde as pessoas não enxergam como uma profissão.
Ray, nosso protagonista, passa por muitas provações e dificuldades, começando desde a falta de aceitação familiar, a própria mãe que considera sua música um barulho irritante, seus tios gananciosos, uma briga judicial com a família escravagista de seu trisavo, até o racismo sofrido na pele pela sociedade excludente.
Mas também nos encantamos pelo seu amor pela música e o coração fica quentinho com o amor e carinho pela sua avozinha e as histórias que ela lhe contava de quando o avô dela, na época da escravidão, ganhou gosto por tocar violino. Amor este que em dado momento me fez chorar, coisa tão rara de acontecer em minhas leituras.

Jess 03/01/2024

Acho que poderia ter sido muito mais. O mistério e as descrições dele tocando o violino são bons, mas o final deixa muito a desejar. O motivo do roubo foi meio meh.

Andressa.Rojahn 13/10/2023

Vale a experiência!
O livro é muito bom, achei o suspense do livro vago e raso, mas como romance de formação é muito bom. Você torce pelo Ray, odeia a família dele e se sente enojado com tanta discriminação.

Ricardo Tavares 02/11/2023

A conspiração do violino: Thriller ou drama psicológico?
A partir do furto de um violino e um pedido de resgate, pois se trata de um instrumento musical raro, que vale mais de 10 milhões de dólares, a história é desencadeada e o leitor é levado em uma viagem no tempo para conhecer a história do protagonista e seu valioso instrumento.
A narrativa é um pouco idealizada, porque consegue transformar um musicista negro em astro internacional após a descoberta de que ele possui um violino Stradivarius raríssimo.
Também após a revelação de que o violino, uma herança de família, é um raro instrumento musical, desperta ambições e intrigas entre vários membros da família.
Preconceito, racismo, discriminação, escravidão, entre outros temas difíceis, perpassam a narrativa e leitores sensíveis podem se sentir incomodados com cenas fortes em que o protagonista e seus ancestrais são molestados por serem negros.
Há alguns problemas na tradução, o livro pede um glossário com notas sobre termos técnicos usados por musicistas e violinistas.
A história, apesar de mostrar muitos momentos críticos na vida do protagonista e apresentar algumas descrições desnecessárias, cativa o leitor.
Não gostei do desfecho. Achei a solução do crime corrida, preguiçosa e inverossímil. Não é convincente. Contudo, pode ser que agrade a outros leitores.
A história se passa, em grande parte, nos EUA e, no finalzinho, na disputa de um torneio internacional, o confronto entre vários musicistas ocorre na Rússia.
Para leitores sensíveis que possuem ligação com a música clássica, música de orquestra e, principalmente, violinistas, a história pode ser interessante.
Livro enviado pela TAG INÉDITOS aos seus assinantes em outubro de 2023. Entre as leituras desse ano, certamente esse é um dos meus favoritos.

Rodolfo 24/10/2023

Ray está prestes a estrear num dos concursos mais disputados do mundo com os maiores violinistas, mas o roubo do seu violino coloca sua participação no concurso em risco.
Isso porque Ray acredita que o violino seja o responsável pelo qualidade de suas apresentações. Para agravar a situação sua própria família decide processá-lo querendo o violino de volta, que pertencia a sua avó.
Em paralelo uma família questiona na justiça a posse do violino roubado, tendo em vista que o mesmo é um instrumento centenário avaliado em milhões.
Inicialmente imaginei que seria uma história de investigação e caçada ao ladrão, porém vamos acompanhando a história de Ray, um garoto negro apaixonado em tocar violino e o quanto seu talento é questionado somente pela sua cor.
Muitos momentos deixam o leitor indignado devido as situações em que Ray passa só pela cor de sua pele e como essa característica anula a verdade.

Paola 19/10/2023

Serve para reflexão
Um livro bom, mas não me encantou.
Me deixou curiosa sim, mas nas partes que o autor descrevia sobre música (musicistas, ré menor, solistas?) foi bem chato kkk
A família do Ray então? insuportável, interesseira, uma mãe sem escrúpulos, que chamar ela de egoísta é um elogio.
O suspense fica em segundo plano.
O autor aborda muito mais o preconceito e suas decorrências, que achei muito mais válido nesse sentido do que o roubo em si. Tanto é que ao final você percebe que se encerra de forma muito óbvia.
Dessa maneira achei uma leitura muito importante e válida, de uma forma diferente.

Lizandra.Mirelle 15/12/2023

Ray, você conseguiu!
Somos levados a história de Ray, um cara negro vindo de uma familia de escravos e acabou herdando um violino do seu avô e o violino acaba se tornando um reliquia avaliada em mais de 10 milhões de reais. Porém, um dia, seu violino foi roubado e o livro vai narrando parte do passado de Ray para entendermos como tudo se desenrolou até chegar no roubo.
O plot twist desse livro foi muito bom, não passava pela minha cabeça a pessoa que poderia ter roubado.
Chorei em algumas partes, principalmente os relatos de racismo (são fortes e necessários)
Vale a pena a leitura.

Camilla.Conti 19/11/2023

Sou suspeita pra falar, mas?
Sinto que sou suspeita pra falar sobre esse livro, já que aborda todo um universo que estou inserida. Assim como o Ray, também sou violinista. Porém, o livro me trouxe uma outra visão: o racismo no meio da música clássica.

Pra mim, o livro não é sobre o sumiço do violino, mas sim sobre a trajetória de Ray como um musicista negro, vivendo no sul dos Estados Unidos, querendo realizar um sonho.

Lucas990 31/10/2023

Desconfie de qualquer pessoa que te vender esse livro como um livro de mistério, isso é a última coisa que ele é.
Quando li a sinopse eu pensei que o livro não iria entregar muita coisa, e que pena que eu estava certo. O tal ?mistério? do roubo do violino é só um pano de fundo que guia a narrativa, a história em si chega a ficar quase interessante em alguns momentos, mas infelizmente não se sustenta muito. As questões raciais, os conflitos familiares e o próprio roubo do violino parecem muito superficiais, assim como o desfecho da história. No geral, deixa muito a desejar.
A escrita do autor é bem fluida e por isso consegui finalizar tão rápido, mas esse provavelmente vai ser um daqueles livros que eu nem vou me lembrar de ter lido daqui uns anos.

Gustavo.Okonosky 29/10/2023

Poderia ter sido, mas não foi.....
O autor perdeu inúmeras chances de fazer o livro mais interessante. de conspiração pouco tem, resolve-se nas últimas 30 páginas com inserção de um personagem aleatório. é difícil acreditar em algumas coisas como: 1) que alguém como a vó nora tenha criado tão mal os seus filhos; 2) que o roubo de um violino chame atenção de qualquer mídia; 3) que um carinha normal descubra sozinho informações que o FBI e uma investigadora profissional não conseguem; 4) que a família Marks teria desistido do processo tão facilmente; 5) que o protagonista consiga ser tão chato e sem educação.... enfim, já que se fala em conspiração, poderiam as família marks e a família do protagonista estarem combinados, Nicole seria uma espiã... talvez eu só tenha esperado mais que o livro poderia entregar

Rayssa Bonissatto @livrosdarayssa 26/10/2023

Arrastado.
Terminei esse livro de 355 páginas e parecia que tinha lido 1000.

A Conspiração do Violino é um livro do autor norte-americano Brendan Slocumb, que tal qual o autor, retrata a história de um jovem negro que aspira viver da música.

Ray McMillian tem um dom e um sonho: subverter toda sua realidade e viver de sua música. Não recebe apoio de ninguém, exceto uma professora de música e sua avó.

A avó de Ray o presenteia com um violino velho e coberto de pó, que pertencia ao avô dela, um ex-escravizado. Esse ponto é interessante: como essa ferida ainda é recente. A escravidão nos EUA terminou em 1865 após a guerra civil americana. São pouco mais de 150 anos apenas. Para a história da humanidade, isso é um suspiro, um nada. Trazendo para o Brasil, nossos avós conviveram com ex-escravizados!

Voltando ao livro: acaba que uma reviravolta acontece, quando Ray já está consolidando sua carreira. Descobre-se que o tal violino velho é um raríssimo e valiosíssimo Stradivarius. Mas como todo azar é pouco, o tal violino é roubado um mês antes do Concurso Tchaikovsky (tipo as olimpíadas da música clássica).

Pois bem, o livro traz como mote o roubo, mas acaba ficando mais na história de Ray... Ou melhor, na paixão dele pela música... Sendo mais específica, nas intermináveis descrições das sensações a cada nota das peças de Mozart, Bach, Tchaikovsky, etc etc etc... Ensaios e ensaios, e mais Ravel, Kreisler e Paganini.... Eu não aguentava mais! Lia pulando parágrafos.

O que foi interessante mesmo, a vida de Ray, os episódios de racismo, violência policial, as histórias dos oportunistas querendo o violino, a relação familiar de Ray e o tal roubo, devem preencher uns 50% do livro e são resolvidos de forma simplória, inverossímil e frustrante. Polícia e investigadores pra quê , né? Pra quê trancar um estojo com um violino de milhões de dólares?

Confesso, não entendo absolutamente nada de música clássica, nunca tinha ouvido falar da maioria dos compositores clássicos citados no livro. Certamente foi isso que prejudicou totalmente minha experiência. Porque além de não conhecer, reconheço que isso sequer desperta meu interesse.

Pois bem, eu acredito que o autor seria mais feliz se tivesse escrito o livro com enfoque nas demais questões e não na música. Acredito que assim ele conseguiria conquistar uma gama maior de leitores, afinal, como ele mesmo evidencia na história, o ambiente da música clássica é extremamente restrito e elitizado.

Esse livro só me mostrou que um livro muito extenso não quer dizer que tem muitas páginas.