As pequenas chances

As pequenas chances Natalia Timerman




Resenhas - As pequenas chances


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FellipeFFCardoso 06/10/2023

É uma narrativa tão pessoal, que fica difícil encará-la para além disso. Creio ter sido isso que me deixou distanciado do texto durante a leitura: entender o luto a partir do recorte de relação com o pai que ela nos apresenta, sem desenvolver o personagem que morre, deixando difícil entender quem foi esse homem para além dos seus dias de agonia. É um livro não sobre o pai, tampouco para o pai, mas sim para a posição que ficou desocupada a partir da morte do pai e, por isso, sem referência, levando a narradora a encampar uma viagem genealógica como se isso definisse o contorno dessa ausência, que justifica-se pela morte e pela possibilidade da perda da memória. É complicado, enquanto leitor, ver-se nesse lugar de observador da dor, mas não da dor real (porque jamais saberemos o tamanho da dor do outro), mas a dor que a escritora inventou para caber no livro que ela quis escrever. Penso que o final é também bastante previsível nos paralelos estabelecidos pelo tema principal e solução batida, no lugar-comum do empoderamento feminino e de seus sagrados ancestrais. De qualquer forma, Natália escreve sempre lindamente e o livro tem passagens e reflexões que são lindas, memoráveis. Vale ser lido.
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Bela 30/08/2023

Emocionante combinação do real e da ficção
Meu trecho favorito:
"Algo de uma pessoa permanece em um lugar? O lugar em que se viveu, o lugar em que se nasceu é capaz de guardar marcas, indícios, vestígios? O lugar do qual se saiu, que antes havia sido o lugar onde transcorria a vida, onde se caminhou, sorriu, comeu, comemorou, chorou, onde se rezou, de onde se decidiu, enfim, sair? Ficam para sempre em um lugar os ecos de quem já esteve lá?"

Natalia compartilha conosco sua história e seus sentimentos, nos fazendo refletir sobre morte, perdas, migrações, nascimentos e encontros como parte de um mesmo caminho. E nos mostra que esse caminho é inevitável, não temos como prever nem escolher o destino, mas escolhemos como reagimos, como digerimos os acontecimentos, como traçamos novos planos a partir dali.
Essa leitura foi super rápida, não consegui largar o livro (assim como foi com Copo Vazio, mas diferente), e é muito bem escrita. Gosto como a autora é direta ao ponto, sem rodeios desnecessários de palavras, mas ao mesmo tempo é profunda em suas colocações. O final foi surpreendente, o epílogo mais ainda: justamente a combinação de relatos reais e fictícios são o que tornam esse livro encantador!
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Naiara 14/01/2024

Esse livro nao funcionou para mim, a proposta parecia ser boa, mas veio uma enchurrada de sentimentos e ficou tudo vago em um monte de dor..
Nao sinto prazer em ler por ler, acredito que a leitura tem que trazer algo para o leitor o que me faltou, nao teve um aprendizado e as partes que poderiam ser interessantes como a cultura judaica foi colocada de uma forma que pareceu ser algo que so estava sendo usado pro livro.. sei la, eu nao gostei, parecia uma forma de terapia para a escritora..
Valesca.Castelani 14/01/2024minha estante
Eu acredito muito nisso no livro não ser ruim. Mas nao ser bom pra gente


Naiara 14/01/2024minha estante
pois, tem livro que vejo se afundando nas avaliaçoes e deu tao certo pra mim que terminei em lagrimas rsrs, agora tem estrelinhas que parecem ser compradas rs.. fases, esse nao deu, vamos pro proximo..


Valesca.Castelani 14/01/2024minha estante
Sim, realmente as vezes é até o momento que estamos que faz p livro não funcionar


Naiara 14/01/2024minha estante
sim, perfeita




Gerusa7 28/09/2023

Daqueles que você deixa ou coração ou leva junto
Nat (sim, me sinto íntima), queria te agradecer pela escrita. E agora, não estou focando se é autobiográfico ou ficção, se pensar muito nisso, me sentirei enganada KKKKK e não gosto da sensação. A forma como o processo do luto mencionado me fez (re)conectar foi sem igual. Que bom saber que esse livro existe! É isso!

Só não dei 5 estrelas porque sério, fiquei me sentindo um tanto enganada ? maaaas, tá perdoada. Que preciosidade de livro.

Leiam! Vão com o coração aberto e deixem ele sentir, quase impossível que não sinta.

"É preciso ser rápida, é preciso saber que o tempo de uma vida é pouco, é preciso estar pronta para escutar as pequenas chances que o passado dá de ser visto por nós do presente, o futuro que já foi."
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Erick.Jonathan 18/12/2023

Aproveitemos desde as pequenas chances enquanto há tempo
Grande livro. Inicialmente acreditava que a obra trataria de cabo a rabo sobre a perda do pai da narradora, o que pensei que o tornaria muito melancólico, no entanto, a autora nos surpreende e apresenta várias camadas à sua história. Primeiramente nos passa o tratamento de seu pai, desde a descoberta da doença até seu óbito e como sua família enfrentou isso, com sensibilidade, delicadeza traça o perfil da luta e do luto subsequente. Aqui e acolá a narradora nos apresenta uma reflexão sobre a perda, sobre o luto, sua religião, e traça uma busca por entender quem foram seus antepassados e os motivos da vinda de alguns deles para o Brasil e entende os horrores das perseguições pelas quais sofreram, devido a tristes episódios de antissemitismo. Nos apresenta várias cenas familiares, seu parto, alguns aspectos de sua relação com seu marido e filhos. Tudo isso bem conectado, encaixado. O livro trata da morte e nos ensina a valorizar a vida, perceber até as mais pequenas chances que temos e dar valor a quem amamos enquanto ainda temos tempo. O livro não é piegas, Natalia (a narradora) tem suas falhas e dificuldades as assume, é muito verdadeira, muito humana em sua trajetória pessoal de dor e aprendizagem.
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iammoremylrds 20/05/2024

Uma obra bastante intimista dividida em 3 partes, com tudo estando ligado a morte do pai da personagem principal, trazendo reflexões a respeito disso, uma obra bem sensível, trabalhada com todo o cuidado necessário, bem certeiro
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NatAlia.Estela 30/01/2024

A beleza da escrita de Natalia
Iniciei esta leitura na ansiedade pela escrita de Natalia, há tempos queria lê-lo. Iniciei, parei, reiniciei e pensei em parar novamente, mas não o fiz (ainda bem).
Um livro triste e belo. Me fez revisitar o passado. Conversou comigo e a relação que havia entre meu pai e eu. Em muitos momentos minha dor com a perda dele foi revisitada, como se conversasse com alguém que entendia minha dor e saudade.
A segunda parte me pegou profundamente. A terceira me ensinou e mostrou a força da ancestralidade.
Um livro que te leva a altos e baixos, que talvez não prenda do início ao fim, mas tem um ritmo e escrita impecáveis. Sem rodeios, certeira e direta.
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Fernanda.Martins 06/03/2024

Luto e ancestralidade
Nesse texto de autoficção, Natália Timerman escreve sobre o luto de uma forma que aproxima o leitor.
Com um começo triste porém cheio de afeto, ela discorre a experiência de uma personagem com morte do seu pai, mostrando como nesse momento o viver em uma comunidade/ família e alguns rituais são de certa forma importantes para a aceitar uma perda. Explicando vários aspectos interessantes da cultura judaica.
Toca também em assuntos importantes como os cuidados paliativos .
E faz um reflexão final sobre a importância da ancestralidade para entender o presente.
Livro muito bonito, bem escrito e com leitura fluida.
Recomendo a leitura
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Camila 29/12/2023

As pequenas chances
Esse livro apareceu na minha frente por acaso. Ou talvez não tenha sido por acaso. Uma mão invisível me recomendando a leitura e furando uma fila rs. E assim encerro as leituras de 2023, com esse presente belíssimo e comovente da Natália Timerman.
Em entrevista concedida à Folha de SP: ?Natália finge a dor que sente?. Um livro que transita entre o real e o ficcional, revisitando e ressignificando o que foi, para a autora, perder o pai para um câncer devastador. Um livro que vc quer abraçar ao final, tamanha a delicadeza e ternura posta em cada linha. Especialmente as mais tristes. Não me sinto capaz de escrever mais sem invadir o espaço tão íntimo de memórias e sentimentos que Natália compartilhou nestas páginas. Leiam. Certamente um dos melhores de 2023.

?-
?Morrer não deveria ser um verbo. Morrer é o oposto do verbo. Ao morrer, findam-se as conjugações. O tempo verbal. O tempo?.
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Dannymdn 04/01/2024

As pequenas chances?
A morte é uma afronta. Passamos a vida nos convencendo de que estamos sujeitos ao imponderável só para estarmos preparados para essa única certeza: a de que morreremos e morrerão também nossos amados. O percurso, no fim, talvez seja o que conte. Não sei bem.
Terminei ?As pequenas Chances, de Natália Timerman, sem muitas certezas. Em dúvida sobre a possibilidade de conciliação com a finitude, dividida entre ancestrais e descendentes, volúvel sobre a ficção e a realidade.

A vontade de conhecer e percorrer os caminhos que foram trilhados pelos seus.
O encontro de histórias que cruzam ao longo da vida.
Uma leitura densa, reflexiva e a certeza de que não podemos perder oportunidades de união e celebração.
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thoya0 15/01/2024

Delicado e impactante
Que livro! na primeira parte, precisei muitas vezes fechar o livro para conseguir voltar a respirar. ao mesmo tempo, não queria parar a leitura.
a segunda parte inaugura um outro ritmo, outra intensidade.
delicado e forte na dureza e beleza dos momentos que relata, um livro imperdível.
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Andreia410 09/02/2024

Relações e tradições familiares
A narrativa inicia com a personagem, Nathalia, falando sobre a relação e vida com seu pai recém falecido, depois de ter um câncer gravissimo. Assim como a personagem, seu pai também era um importante e conceituado médico.

Eles tinham uma relação muito próxima e essa perda foi muito dolorida. Eles são uma família judia. Então o livro traz muito sobre os dogmas da religião, tradições . Da metade do livro em diante ela começa a contar sua viagem para a Hungria, onde mergulha em busca de suas raízes e tradições.

O que gostei no livro foi aprender/conhecer um pouco mais sobre a cultura judia, mas achei a narrativa entendiante. A forma como ela descreve todos os momentos antes do falecimento do pai, transparece uma relação que beira a dependência. Depois, quando viaja, parece que estamos lendo outro livro. Nada relembra a primeira parte.
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Taina 06/02/2024

Não me agradou
O livro é dividido em 3 partes onde as 2 primeiras contam a morte do pai e a falta dele. A terceira parte é sobre a busca da árvore genealógica. É um sofrimento de classe média: cenários, questionamentos e passagens típicos.

Um tanto vaidoso em vários momentos e egocentrado em outros, principalmente no que afeta a construção do ?personagem? pai, quem supostamente deveria ser o centro do livro. Em contrapartida, é possível conhecer exaustivamente detalhes pessoais que pouco acrescentam.

A escrita é fluida e bem composta, mas sinceramente esperava uma leitura mais profunda.
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Wadlia 12/02/2024

Escrever é a viagem. Terminar de ler este livro me deu o clique necessário para algo que era um sonho mas foi esquecido: Escrever, escrever sobre minhas vivências profissionais, escrever sobre a história de meus ancestrais... #vemaí
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