Resenhas - O Que Resta De Nós

Soliguetti 10/06/2023

Uma jornada emocionante de encontros e superação
Nunca fiquei tão desidratado ao ler um livro. Já na primeira página estava chorando.

Nesta obra emocionante de Virginie Grimaldi, somos levados a acompanhar a vida de três personagens marcados por diferentes pesos emocionais. Esses destinos aparentemente divergentes se cruzam de maneira surpreendente quando o acaso reúne essas almas solitárias em um mesmo apartamento compartilhado, desencadeando surpresas e transformações profundas na vida de cada um deles. O encontro entre Iris, Théo e Jeanne é como um choque de solidões.

Ao longo das páginas, somos imersos nas narrativas individuais desses personagens tão distintos, mas cujas dores e anseios se entrelaçam de maneira surpreendente. Eles ganham vida de forma cativante, nos envolvendo com suas histórias marcadas pela dor, esperança e superação.

Particularmente, me identifiquei imediatamente com Jeanne, principalmente por ter passado por um processo de luto recente. Os capítulos dedicados a ela eram verdadeiros socos no coração, mas ao mesmo tempo, extremamente inspiradores. A forma como ela escolhe continuar vivendo, firme e de pé, mesmo diante das adversidades, é um exemplo poderoso de resiliência e força.

A escrita de Virginie Grimaldi é sensível e tocante, capturando com maestria as nuances das emoções humanas. A autora habilmente constrói uma trama que nos faz refletir sobre os encontros inesperados que podem transformar nossas vidas de maneiras inimagináveis. É uma história sobre a importância da empatia, da compaixão e da capacidade de se reinventar.

"O Que Restou de Nós" é, sem dúvidas, um dos melhores livros do ano. Através de personagens complexos e uma narrativa envolvente, a autora nos presenteia com uma obra que nos faz rir, chorar e refletir sobre a fragilidade e a força do ser humano. Uma história que toca o coração e que ficará guardada com carinho na memória de todos que tiverem a oportunidade de lê-la.

Raquel 21/06/2023

O que resta de nós
A solidão, não demoramos a descobrir, é o motor do livro. As primeiras páginas nos apresentam, em uma alternância de pontos de custas que se estende a toda narrativa, três personagens que precisam lidar de maneira bastante solitária com seus dramas individuais.

As passagens iniciais são comoventes: ao longo delas, conhecemos Jeanne, uma senhora de 74 anos que está vivenciando um processo de luto. Ela perdeu o marido, Pierre, grande amor de sua vida, e as recordações dos momento ao lado dele, dos primeiros pedidos de casamento até o seu funeral, são descritas de modo sensível por Grimaldi, que mescla habilmente a descrição dos dois rituais, o do matrimônio e o da morte, de modo a intensificar a exposição da dor da personagem.

Na sequência, lemos o relato de Théo, um rapaz prestes a fechar um curioso negócio: em pleno expediente na confeitaria onde trabalha como aprendiz, ele decide comprar um carro velho de um homem que lá entrará para anunciar a venda do automóvel. Percebemos, então, a precariedade da sua rotina - afinal, o jovem não comprou o carro para dirigir pelas ruas da capital francesa, mas para ter um lugar para dormir que não fosse uma estação de metrô.

A terceira personagem que enfim conhecemos é Íris, uma cuidadora de idosos e doentes. Sua apresentação é no mínimo, instigante: o que lemos é uma enumeração de machucados e cicatrizes colecionados por ela ao longo de sua vida. Se a lista começa com acidentes e enfermidades banais, como uma queda de patins e uma apendicite, termina sugerindo um trauma mais profundo, uma dor que como testemunhamos ao longo da leitura, ainda abala sua rotina.

Em meios ao luto pelo marido, uma preocupação prática impõem-se a Jeanne: ela percebe que, apenas com sua renda, não terá como pagar todas as contas. A solução encontrada é justamente aquela que permitirá o encontro entre esses três personagens. A viúva decide alugar um dos quantos de seu apartamento. Diante do interesse dos dois jovens, que veem o seu anúncio de modo quase simultâneo, os planos precisam ser repensados, já que ambos estão desesperados por um lar.

Thaiza.Vianna 26/08/2023

Sensível ao extremo
Uma belíssima narrativa que entrelaça 3 pessoas solitárias que irão dividir um apartamento e leremos o passado e o presente de suas vidas em capítulos curtos e extremamente concisos. A autora de forma sucinta e precisa consegue abordar temas muito importantes e dramáticos de uma forma sensível, linda e leve, que conseguirá te fazer sorrir e possivelmente também chorar.
Jeanne de 74 anos, que acabou de passar por uma grande perda, Iris de 33 anos que precisa recomeçar e Théo de 18 anos que precisa finalmente de um lar.
Pessoas completamente diferentes que irão conectar suas vidas através da convivência e deixar uma bela reflexão sobre amizade.

Lety Valadares 30/05/2023

Emocionante
Esse livro é de uma delicadeza!
A autora descreve a vida e história de Théo, Íris e Jeanne de forma comovente.

@vcdisselivros 08/08/2023

"Quando vemos pesadelos no retrovisor, avançamos mirando nos sonhos"
O QUE VOCÊ PRECISA SABER

° Jeanne, de setenta e quatro anos, é uma viúva enlutada que devido às dificuldades coloca o segundo quarto de seu apartamento para alugar.

° Iris, com trinta e três anos, foi notificada e precisa desocupar o espaço que vinha alugando, agora a jovem carrega a vida em uma mala.

° Théo, que tem apenas dezoito anos, decide que precisa procurar um lugar para morar pois o carro que usava para dormir foi rebocado.

° Por obra do acaso, três pessoas completamente diferentes, com solidões diferentes, não imaginavam que um dia viriam a dividir o mesmo teto.

° Aos poucos a senhora reservada, a mulher misteriosa e o jovem solitário passam a conviver, na medida que vão descobrindo a dor de cada um e a força, superação, que surge dessa amizade.

POR FIM

O primeiro favorito do ano não poderia ter sido melhor! Com pouco menos de trezentas páginas, a obra da autora francesa, Virginie Grimaldi, reforça que não é preciso muito para cativar.

De longe a história de vida dos personagens pode até ser depressiva, no entanto, quanto mais conhecemos de cada um, mais fica impossível não se emocionar. A verdade é que essa melancolia une o trio, fazendo com que esse laço resulte no melhor que cada um tem a oferecer.

Os capítulos curtos que se intercalam entre os personagens (torno de uma página para cada) deixam a leitura mais leve, instigante e objetiva.

A autora foi sábia ao escolher uma faixa etária para cada um, os jovens são os adultos de amanhã e os idosos de mais tarde, então fica impossível não se identificar ou perceber algo em comum. Nos apegamos ao trio de tal modo que ao fim não queremos dizer adeus, mas um sútil, até mais.

O que resta de nós é um livro relevante, cheio de emoções e que merece uma chance. Sigo na torcida para que ele seja publicado pela Editora Gutenberg o quanto antes e atinja o maior número possível de leitores.

Guilherme.Dabul 26/11/2023

Geralmente uma história conta encontros e desencontros.
Essa história conta apenas o encontro entre 3 recém solitários.
Uma senhora recém viuva; uma mulher de 33 anos recém separada; e um jovem de 18 anos que acaba de sair de um abrigo de menores.
Os três passam a coabitar um apartamento e esse fato vai moldando a vida deles.

Lucas990 30/06/2023

Ultimamente estou meio criterioso com as estrelas de avaliação aqui no Skoob, mas não tem como não dar 5 pra esse livro. Olha vou dizer, mas que profissional, que critério.
O que eu já sabia é que o livro contaria a história de 3 completos desconhecidos que estão enfrentando suas próprias dificuldades e vão morar juntos. O que eu não esperava era conhecer personagens tão relacionáveis, tão vivos, a ponto de nos fazer torcer, amar e chorar com eles e se sentir quase como um 4º morador do apartamento.
Terminei o livro sem querer que terminasse, a escrita da autora é um espetáculo (pretende ler outros livros dela).
É uma história muito sensível e que vale cada página!

Marta 22/06/2023

“Ao longo de nossas vidas, conhecemos milhares de pessoas. Laços invisíveis se tecem entre elas e nós, laços que formam a pessoa que somos.”
O que resta de nós é um romance que tem tudo para prender a atenção e foi isso que aconteceu comigo, ele une a trajetória de três figuras solitárias de um jeito delicado e inusitado. Logo que comecei a ler percebi que a solidão era o motor do livro, nas primeiras páginas ficamos conhecendo três personagens que precisam lidar de maneira bastante solitária com seus dramas individuais. Ao longo da história conhecemos Jeanne, uma senhora de 74 anos que está num processo de luto. Na sequência conhecemos Theo, um rapaz prestes a fechar um curioso negócio. A terceira personagem é Iris, uma cuidadora de idosos e doentes. Cada capítulo é dedicado a um dos personagens que aos poucos vão se mostrando e vamos mergulhando de cabeça no interior da jovem misteriosa, o rapaz solitário e a senhora discreta que passam a viver juntos em um apartamento compartilhado que lhes reserva surpresas, de encontros inesperados que soam como algo predestinado a acontecer. Eu particularmente gostei muito dessa leitura, fluiu rápido e me emocionei com os três personagens em várias passagens do livro. Recomendo a leitura para quem gosta de literatura francesa e tramas entrelaçadas. O que resta de nós é um romance que tem tudo para prender a atenção e foi isso que aconteceu comigo, ele une a trajetória de três figuras solitárias de um jeito delicado e inusitado. Logo que comecei a ler percebi que a solidão era o motor do livro, nas primeiras páginas ficamos conhecendo três personagens que precisam lidar de maneira bastante solitária com seus dramas individuais. Ao longo da história conhecemos Jeanne, uma senhora de 74 anos que está num processo de luto. Na sequência conhecemos Theo, um rapaz prestes a fechar um curioso negócio. A terceira personagem é Iris, uma cuidadora de idosos e doentes. Cada capítulo é dedicado a um dos personagens que aos poucos vão se mostrando e vamos mergulhando de cabeça no interior da jovem misteriosa, o rapaz solitário e a senhora discreta que passam a viver juntos em um apartamento compartilhado que lhes reserva surpresas, de encontros inesperados que soam como algo predestinado a acontecer. Eu particularmente gostei muito dessa leitura, fluiu rápido e me emocionei com os três personagens em várias passagens do livro. Recomendo a leitura para quem gosta de literatura francesa e tramas entrelaçadas.

Mari Briese 11/06/2023

O que resta de nós
Que livro simplesmente INCRÍVEL! Estou emocionada e ainda não superei.

De acordo com Grimaldi, um livro considerado ideal é aquele que evoca fortemente as emoções. Ainda a autora ressalta que os sentimentos essenciais para um bom livro são " arrepios, nó na garganta, frio na barriga".

Uma história que fala sobre encontros... O encontro de três solidões:

Jeanne enxerga a vida apenas pelo retrovisor, depois da perda do seu amado Pierre. Em suas visitas diárias ao túmulo de Pierre, ela desabafa seu receio de não conseguir pagar as contas, então, impulsivamente ela decide alugar um dos quartos de seu apartamento para ter uma tenda extra.
Os candidatos são:

Théo que está ansioso para ter um lugar para chamar de seu, enquanto isso, mora dentro do seu carro que tem toda a sua vida e seus pertences lá dentro.

Íris também está desesperada para um lugar para morar porque sem aviso prévio o locatário de seu atual apartamento pede o imóvel. Como se a situação não estivesse difícil, ela precisa ser o mais discreta possível pois, precisa se manter escondida de uma pessoa de seu passado.

Jeanne acaba por desocupar o terceiro quarto, e receber Théo e Íris para morarem com ela. A princípio os três são indiferentes uns aos outros, porém a convivência vai despertando sentimentos. Esse encontro inesperado soa como algo que estava predestinado a acontecer.

É realmente encantador acompanhar esse trio e a amizade que floresce entre eles, enquanto desvendamos as tristezas e segredos de cada um. Uma história cativante e envolvente. Impossível não se apaixonar, não se identificar com esses três. ???

Um livro que fala sobre encontros, amor, amizade, perdas, superação, amor próprio, relacionamentos.

Um dos melhores do ano que li até então, que privilégio conhecer a escrita de Viviane Grimaldi ?

marina.siqueira 02/06/2023

Sublime
Um livro muito sensível que mostra a transformação de três solidões em uma familia cheia de amor e cumplicidade.
Os capítulos são bem curtos. A escrita é leve e não investe em detalhes que não alteram a história. A leitura é bem rápida, com cada página trazendo uma profusão de emoções.
Foram três histórias belíssimas e emocionantes que me marcaram profundamente. Certamente sou mais feliz por ter recebido esse livro. Obrigada, TAG.

"Ao longo de nossas vidas, conhecemos milhares de pessoas. Laços invisíveis se tecem entre elas e nós, laços que formam a pessoa que somos. Alguns são efêmeros, outros duradouros. Todos exercem uma influência sobre nossas vidas. Da pessoa com quem trocamos algumas palavras na fila de espera à que escolhemos compartilhar um pedaço de nosso caminho. Há rostos que passam e outros que permanecem. Há rostos que escolhemos e outros que se impõe. Há rostos que esquecemos e outros que nos marcam."

Ricardo Tavares 24/06/2023

O que resta de nós
Há momentos em que chegamos ao fundo do poço e parece que não há saída.
Nada mais enganoso! O ser humano tem, entre muitas outras características, a resiliência e o poder de superação.
Amizade, amor, empatia também são características humanas e elas, como a resiliência, ajudam a superar fracassos, a tentar um novo recomeço e, finalmente, sair do fundo do poço e ver a luz brilhando novamente com intensidade revigorante.
Jeeane, Iris e Theo são personagens que terão suas trajetórias entrelaçadas, convergindo em busca de um rumo único: estabelecer novos laços e reencontrar-se a si mesmo para logo se encontrar no outro.
Família, amor, amizade, empatia se misturam com outros temas espinhosos: luto, violência doméstica, abuso de poder, entre outros.
O saldo positivo é bom demais.
Escrita fluida, capítulos curtos, personagens cativantes.
Virginie nos entrega um livro maravilhoso, desses que deixam "o coração quentinho".
Uma história emocionante e inesquecível.

Giu 20/01/2024

Quentinho no coração
Ai que livro que enche nosso coração de amor e fraternidade!
Recomendo sem sombra de dúvidas esse romance contemporâneo e acho que deveria ser um livro para se ler todo o ano.
Como podemos insistir em viver se nós mesmo naõ nos permitimos deixar o passado ir?

Creio que o tema luto, que foi tratado em meio a história, foi muito bem desenvolvido e muito bem amarrado em todo o desenrolar da trama.
A violência domética e psicológica é tratada de um jeito tenro porém com muita singularidade e de modo muito franco (só quem passa por isso entende que a autora foi fiel a todos os pontos que envolvem a violência psicológica).
O vício, abandono e casa foi tema de grande fortaleza tanto ao personagem, quanto para que pensemos nomundo como um todo.

FAVORITO!

Sabrina Tamelini 23/09/2023

Leitura gostosa
Leitura fluida e rápida. Tem como tema secundário da perda e o relacionamento abusivo, mas como tema central a amizade entre três pessoas tão diferentes entre si.

Ana Livia 07/06/2023

O que resta de nós
Eu acredito que este seja o meu tipo de livro favorito, adorei conhecer a autora (acabei de comprar outro livro dela!).
Jeanne, Théo e Iris são incríveis, tive a impressão que morava com eles no apartamento.
Torci por todos, a reviravolta na história do Théo foi um dos pontos altos do livro pra mim. A força de Jeanne e Iris é inspiradora. Não sei de quem gosto mais.
Super recomendo! ??

Brina 04/07/2023

Sabe quando uma leitura da aquele quentinho no coração... esse aqui e desses .
Uma leitura gostosa, personagens que a gente ama. Uma história cotidiana que aparenta ser boba, mas que mostra a humanidade nas pessoas. ?
Super recomendado