Amanda 01/06/2023
Sinceramente sem sal
Tem alguns tipos de histórias que não me agradam muito, mas uma das que mais me irritam é age gap gritante com a mocinha ainda adolescente. Mesmo quando não se envolvem nesse período, que o cara não a veja dessa forma porque ela é uma ?irmãzinha? ou qualquer coisa do gênero, não me agrada. Normalmente o cara não passa de um babaca que tem tesao por uma quase criança e a energia do ?desconhecido? e da ?experiência? acaba deixando a mocinha sem voz e presa em um relacionamento abusivo disfarçado de romance. Contudo, isso não me impede de ler e até gostar de histórias que contenham esse plot de desenvolvimento.
Gabriel é o filho de Matheus e Sophia, os dominadores da coleção ?Rendidos ao amor?, ele sempre foi um jovem festeiro e livre, gostava de sair, transar e pegar sem se apegar. Uma grande pedra no seu sapato é Sara, filha dos amigos de seus pais, que nutre uma paixonite por ele desde a infância. Sendo sete anos mais velho, ele não vê graça na situação e sempre afasta a menina e tenta matar suas esperanças. Isso aconteceu por anos, até que ela teve uma atitude que o fez ver que ele também poderia sentir algo mais por ela. O problema?? Sua vida liberta e as convicções da jovem.
Sara é filha de Antônio e Cecília e é uma jovem incomum. Apaixonada desde sempre por Gabriel, ela sonha em se casar na igreja com seu amor, virgem, pura e toda de branco. Ela sabe que esse sonho será praticamente impossível, afinal, Gabriel só a despreza, mas isso não a impede de permanecer sonhando. Até que quando está com 17 anos, resolve tomar uma atitude, mas Gabriel não reage bem. Será que esse é o momento que ela deve forçar esse amor pra fora do seu coração e tentar ter alguma coisa com Léo, um amigo da escola que é apaixonado por ela?! Mas e se esses olhares estranhos que Gabriel anda lançando recentemente significarem alguma coisa?!
O livro não é ruim, mas o casal beirou a falta de sal em vários momentos. Principalmente com aquela conversa de casar de branco e virgem, pelo amor de Deus. Eu sei que isso ainda existe (eu mesma fui adepta por anos), mas é tudo muito vinculado a religião e normalmente os dois são adeptos, Sara agia como uma menina mimada querendo cumprir um desejo do século passado para ser diferente. Sei lá, nos últimos livros andei achando que a Nana aborda uns temas de forma meio machista e aqui ano foi muito diferente. A ?impaciência? de Gabriel se dava pela imaturidade excessiva da Sara, o que me irritava sobremaneira - e me lembrava o motivo de não gostar de age gap. Enfim, é legal rever os personagens queridos e torcer pelos filhos, mas essas ?crianças? são cansativas.