bobbie 07/10/2023
Vale a leitura.
Um grupo de amigos, adultos plenos (que não se pense que são adolescentes inconsequentes), têm o hábito de, com certa frequência, na mansão de um deles, passar um fim de semana jogando o jogo do assassino: um deles é escolhido secretamente para ser o assassino, deve anunciar, também secretamente, quem é sua vítima, e, uma vez consumado o assassinato de brincadeira, os outros devem descobrir quem é o culpado. Só que desta vez um assassinato verdadeiro acontece, e o pequeno grupo de convivas, mais os empregados da casa, são colocados sob suspeita. Este é um livro rápido, agradável e envolvente. O grande trunfo está, a meu ver, em confinar os suspeitos na casa do anfitrião, o que proporciona um ambiente ao mesmo tempo acolhedor e ameaçador: quem do grupo é o assassino e quais foram suas motivações? São todos amigos: quem seria capaz de tamanha atrocidade? Entra aqui uma pitada de conspiração internacional e a história está pronta. São 198 páginas de mistério ao longo de uma história que faz o leitor querer considerar cada frase lançada em suas páginas, em busca daquela dica derradeira que irá solucionar o caso. Vi avaliações dando conta de que a história se arrasta em determinado ponto. Discordo. Em nenhum momento me senti enfadado. Mas confesso que praticamente solucionei o caso (como é que se "praticamente soluciona um caso?", você pode se perguntar. Se eu explicar, poderei dar spoiler).