eliangab_ 11/01/2024
Se o mar chama, eis-me aqui.
Desde quando chegou aqui em caso eu passo tempo paquerando esse livrinho de bolso com um olhar radiante e cheio de expectativas, então não ia dispensar a oportunidade da primeira leitura do ano ser um clássico.
"Ah, os bons tempos – os bons tempos. Juventude e mar. Sedução e mar. O bom e poderoso mar, o salgado e amargo mar que podia sussurrar, rugir ou tirar-nos o fôlego."
O texto narra a crônica de uma viagem de um Jovem querendo provar para si mesmo e para o mar que ele era digno de pertencer àquela vida. Onde o mesmo é posto a prova diversas vezes e de inúmeras formas que a maioria de nós teria desistido - eu mesmo teria desistido em diversos momentos - mas ele continua determinado, tanto por ousadia dele, quanto pelos outros.
Em diversos momentos é perceptível o contraste entre a juventude e ousadia dos jovens do navio, quando comparado à experiência e calma dos mais velhos, principalmente do capitão.
Embora a escrita e a qualidade textual do escritor sejam invejáveis, o excesso de termos náuticos - compreensíveis, devido a natureza do texto - acaba tornando a leitura maçante e confusa, em alguns momentos.
Infelizmente não foi uma leitura da qual me apaguei a qualquer personagem, ou ao conto em si, mas no final tornou-se digno de merecer uma releitura em algum momento próximo.