Ratinha da Biblioteca 14/04/2024
#DLL24
Cecilia não aceita a vida que seu pai quer impor. Vivendo no período imperial do Brasil, onde mulheres são vista como objetos, é preciso muita coragem para ir contra a sua realidade. No entanto, Cecilia é determinada e, com uma identidade falsa de homem, consegue se alistar na Guarda Nacional e parte rumo ao Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor e da realização dos seus sonhos. Claro que no meio do caminho, o tenente da guarnição, Pedro, descobre a verdade sobre Cecilia e assume a responsabilidade de protegê-la. A coisa vai esquentar a partir dai, porque ela não é uma mocinha frágil, sabe se defender muito bem, mas vai precisar da ajuda de Pedro depois que chegaram ao Rio de Janeiro, para se livrar de vez do pai e do marido cruel que o pai quer desposá-la.
Eu nunca tinha lido nada do período imperial aqui do nosso país e foi maravilhoso. A escrita da Sheila é muito fluída, e foi gostoso ler sobre estados brasileiros e trechos da nossa história. Alguns personagens me deram nojo, como deveria ser, e outros me conquistaram totalmente, tanto que eu quero ler mais sobre! Teve uma coisinha só que me incomodou, mas vou deixar em off aqui da resenha para não estragar a experiência de quem for ler, porque vocês precisam ler!!!
Quotes:
"Quero ser livre e dedicar minha vida a lutar pela liberdade de outras mulheres através da educação, para que elas jamais sejam obrigadas a se submeter aos desmandos dos seus pais ou maridos. Jamais me submeterei a homem algum. Sou dona do meu corpo, da minha vida e serei dona das minhas escolhas."
"Ele dizia que só se vive uma vez, e a vida é efêmera para que não busquemos o que nos faz verdadeiramente feliz."
"É surpreendente como uma simples vestimenta pode modificar a forma como as pessoas nos exergam. Como se nosso valor, ou a falta dele, estivesse atrelado às roupas que usamos."
"Aprendi que, quando não deixamos claro quais são os nossos desejos, damos margem para que o silêncio e as palavras não ditas criem espaço que dificilmente poderão ser preenchidos novamente."
"[...] o que move um homem é o desejo do seu coração, e que a vida não faz sentido se a desperdiçarmos querendo agradar qualquer outra pessoa além de nós mesmos."