Geane.Gouvea 05/05/2024
Um título curioso, mas me envolvi com a história logo no início, sendo meio diminui o ritmo mas depois retomou a linha interessante.
Antônia Vasquez mora numa ladeira de Santa Tereza e ultimamente sua vida parece acompanhar o movimento que ela faz todos os dias ao sair de casa: uma descida íngreme. Ela se desdobra em mil para pagar a faculdade, dar conta dos estudos, cruzar a cidade de uma ponta à outra para ir ao trabalho e, ainda por cima, tomar conta de dona Fifi, sua avó, que está apresentando os primeiros sintomas de Alzheimer.
Como se não bastasse, um dia, em meio aos tantos transportes públicos que utiliza, ela dá o azar de pegar o mesmo que Gregório, seu ex-melhor amigo. E, pior ainda, acaba desenvolvendo um crush nele.
Não existe espaço para uma paixonite na rotina de Antônia. Mas como explicar isso para o coração?
Com capítulos intercalados, você confere também sobre o lado do seu ex-amigo e crush Gregório.
Aimee Oliveira nos surpreende com uma história emocionante e cheia de reflexões que trata um tema pesado de maneira sensível e com deliciosas pitadas de romance.
? Minha experiência:
Por diversas vezes, me coloquei no lugar de Antônia, a personagem principal; com sua desenvoltura em "dar conta de tudo", e cuidar da sua vó com Alzheimer. Em alguns momentos se mostra imatura ao lidar com suas inseguranças, e aceitar ajuda da sua mãe, revivendo toda a dor do abandono.
Ahhh dona Fifi (a vó de Antônia), é esperta, e uma fofa ??
O final criou em mim uma expectativa que poderia ter sido de outro jeito, mas.. a história em si é boa, tirando o gênio difícil da Antônia, mas é interessante ir vendo o desenrolar dos conflitos familiares e amorosos, e que de fato, não damos conta de tudo, sem ter o apoio de alguém! Na vida, é preciso em determinados momentos, exercer um voto de confiança! ??