Isabella658 18/10/2022
Cheio de maluquices
Geralmente em sagas de fantasias há um primeiro livro pra introdução, quase sempre é o mais chatinho e o com a escrita mais pobre, enquanto no segundo há uma evolução na escrita e os acontecimentos chegam no ápice da ação. Pra no terceiro ser só uma conclusão de todas as questões ou uma continuação de desenvolvimento do livro anterior.
Holly Black, é claro, faz tudo diferente.
Tithe é o melhor dos três, o romance é melhor desenvolvido, o drama te atraí mais e é melhor escrito. Tudo faz sentido. Já no segundo, em Valente, vira uma confusão e uma agonia enorme, quase sempre você bem entende o que tá rolando. Não tem muitos acontecimentos e serve pra introduzir novos personagens que vão fazer aparição depois. Já nesse aqui temos uma junção desses dois livros. Porém, com mais foco nos personagens secundários.
E toda a confusão sem sentido de Valente se junta com Tithe. Corny tem algumas atitudes que talvez se equivale com as decisões da Val, até Kaye faz algumas coisas meio duvidosas.
Porém, o romance que começou em Tithe acaba um pouquinho em aberto e aqui temos uma conclusão mais satisfatória pelo menos. A disputa por territórios também e mais outros detalhes que vão aparecer de novo em o povo do ar.
Falando nisso, só o conto do final com a Lutie já compensa demais a leitura, porque mostra o começo dos conflitos que vão rolar em o povo do ar.
É uma leitura leve e rápida, apesar das confusões e bem engraçadinho também. O mistério, como sempre, muito bom e eu adoro a Kaye.
Vale demais a pena ler esses livros antes de ir pra o canto mais escuro da floresta e depois o povo do ar, porque você vai pegar as referências e entender melhor sobre o universo e as tretas entre as cortes.