Resenhas - O parque das irmãs magníficas

julydaily 08/03/2024

A realidade nua e crua
A Camila nos leva a realidade do mundo das travestis que infelizmente não tem a visibilidade merecida! É um livro sensível, fala sobre pertencimento, amor, violência e sobrevivência.

babi 07/03/2024

Dilarecador
O parque das irmãs magníficas é uma obra que transcende as páginas, mergulhando fundo na jornada complexa e multifacetada das pessoas trans e travestis. com uma escrita poética e visceral, camilla nos leva por uma montanha-russa emocional, nos fazendo rir, chorar e refletir a cada virada de página. à medida que conhecemos suas personagens cativantes e profundamente humanas, somos confrontados com a dura realidade de suas vidas, marcadas por preconceito, dor e luta por aceitação. no entanto, em meio às sombras, também encontramos momentos de luz e esperança, destacando a resiliência e a força dessas comunidades marginalizadas. este livro não apenas nos convida a enxergar além das aparências, mas também a reconhecer a importância vital da empatia, compreensão e inclusão. uma leitura transformadora que ressoa muito além do fechamento da última página, ecoando a urgência de uma sociedade mais justa e compassiva para todos.

Beea 07/03/2024

Que experiência! Com um grande tom autobiográfico, Camila nos traz uma realidade que muitas vezes não enxergamos, ou preferimos não ver. É sensível, tocante e importante, essa leitura e esses personagens ficarão comigo pra sempre.

Vevemler 06/03/2024

O que é essa obra de arte?!
De forma poética e dura, Camilla nos leva até uma realidade que sabemos que existe e que ignoramos: o mundo das "travestis" como ela mesma chama.
Chorei, ri, gargalhei, me emocionei e sinto saudade. Personagens incríveis e apaixonantes e um final de tirar o fôlego e te fazer chorar no meio da rua ( o que aconteceu comigo, afinal era um áudio livro, então já imaginam, né?!), essa história foi de tirar o fôlego!
Tão poético quanto tudo é Rio!
Aplausos especiais para Valéria Barcellos, que narrou esse áudio livro de forma primorosa e garantiu que o encanto fosse ainda maior!

C4nteiros 05/03/2024

Assim como a imagem de Deus
Quando leio narrativas como essas, me orgulho de ser lésbica e fazer parte da comunidade LGBTQIAPN+. Sem romantização de nenhuma parte, porque apesar da delícia de existir de forma plena, nossos corpos, em suas individualidades, ainda sofrem de forma coletiva o ódio dos corações alheios.
Mas, apesar de tudo, repito: "isso de ser exatamente quem se é, ainda vai nos levar além".
Essa leitura é cheia de tristeza e dor, muito amor e medo. O toque de realismo mágico é magnífico, assim como todas as personagens.
Belas e brutais, assim como a imagem de Deus.
A poesia em suas formas concretas.

brendkarla 05/03/2024

Incrível e indescritível
Não tenho palavras para descrever a grandiosidade dessa obra. Um livro muito sensível, mas ao mesmo tempo real e cruel, que nos faz refletir sobre muita coisa.
Acredito que este livro deveria ser tipo uma leitura obrigatória, principalmente para pessoas cis, para que possamos entender, pelo menos 1%, da realidade de muitas pessoas transsexuais, que ainda é muito pior no nosso país.

Muitas vezes me peguei pausando o audiobook, tentando assimilar o que essas mulheres passaram, e pensando em como o ser humano consegue ser tão lixo, tão preconceituoso. Sempre soube disso, mas sempre continuo me chocando, e com muita esperança de uma realidade diferente, onde todos possamos existir sem opressões, sem julgamentos e sem morrermos por nossas escolhas pessoais.

Recomendo a leitura para todos!!! Muito necessária!

helivros 04/03/2024

é bom, mas não prende
Demorei muito pra ler esse lviro, considerando o tamanho dele. gosto muito do fato dele retratar a violência e preconceito inerentes a ser travesti e a ser GP. também é legal ele tratar a irmandade que elas tem, como elas se apoiam, até que tudo acaba. não sei o que faltou, mas simplesmente não me empolguei pra ler, embora quando tivesse lendo, fosse legal

abacaxeira 03/03/2024

A leitura foi tão impactante que sinto dificuldade em relatar sobre e não entregar. É mais facil descrever um livro que nao gostei do que relatar um livro que me apaixonei.
O livro se passa em uma cidade na argentina na qual Camila escreve esse romance ficcional com traços autobiográficos, relatando a vida das mulheres trans na residência chamada "o parque das mulheres magníficas".
Conhecemos as dores que uma criança trans convive em sua mente, com sua família e na sociedade, e acompanhamos a sua trajetória até conhecer o parque que leva o título do livro e ser acolhida pela comunidade trans alí existente.
Às margens da sociedades, vemos às atrocidades no qual as travestis têm que submeter na violenta vida de prostituição para conseguirem sobreviver. Cabendo à comunidade trans que criaram ser esse lar de acolhimento mútuo para amenizar o sofrimento e a solidão.
A autora escreve de forma dura, mas poética, e não nos poupa dos detalhes. A poética presente no livro tamhem se apresenta em formas de metáforas com personagens que se transforma em pássaro ou que vivem muito mais de cem anos.
Apesar de a leitura ser fluida, o livro é doloroso sendo necessário momentos de pausas para processar o que se está lendo. Mas não deixa de ser uma leitura envolvente e essencial.

Luis1098 02/03/2024

Esse foi o melhor livro que li em fevereiro, sem dúvidas! livro incrível e com uma escritora foda. esse livro é um relato sobre a comunidade trans e travesti.
ela fala sobre sua história, realidade e dificuldades como mulher trans, de forma direta, crua e ao mesmo tempo poética.
camila mostra a realidade de muitas pessoas trans que não tem o acolhimento de suas famílias biológicas, e vemos seu acolhimento por um grupo de travestis na qual tornaram-se sua família, que não era de sangue e sim de história, sofrimento e principalmente de afeto por pessoas que compartilham a mesma história de vida. esse livro contêm partes felizes e muitas, mas muitas partes tristes! porém vale muito a pena ler e a partir disso enxergarmos a vida com outra perspectiva.

Tayná 02/03/2024

O parque das irmãs magníficas
Um livro que fascina e ao mesmo tempo entristece, ele nos apresenta como diz Camila, a festa e a fúria em ser travesti. Não é uma leitura fácil, é muito difícil ler alguém falando das violências que sofreu, alguém que relata que a sua maneira de existir é negada e com ela tem seus direitos violados, podemos imaginar o comunidade trans sofre, mas ler isso é muito perturbador. Ao mesmo tempo, ela relata que como as travestis se ajudam e como ela se sente acolhida quando chega no parque, de como ali ela se identifica as colegas de profissão, e partir desse momentos criam uma grande rede de apoio. Uma leitura necessária e impactante!

Francys 01/03/2024

Lágrimas nos olhos do começo ao fim
Como sou grata à TAG Livros por este livro. Para começarmos, temos uma autora bonarense, que já nos tira muito da zona de conforto. Além disso, conta a história de mulheres (trans) que vivem da prostituição para sobreviverem. É um livro que consegue fazer com que possamos, minimamente, sentir a dor desse grupo social. Uma das passagens mais lindas da obra é quando Tia Encarna amamenta um bebê que ela resgatou na rua. Naquele momento, ela diz que se sentiu completo como uma mulher (é de arrepiar).

Vitória 01/03/2024

"Ser travesti é uma festa"
Doloroso e necessário, um audiobook bem fácil e rápido de ouvir e q te mantém entretido nas histórias das irmãs do parque e com um final nd mais do q de dar ódio

Ana Karolê || @anakaroline_gc 29/02/2024

A fúria e a festa que há em ser travesti
Um dia, vão bater nessa porta pra me avisar que a encontraram morta jogada numa vala". Esse era o único destino possível para um rapaz que se vestia de mulher : prostituir-se e ser encontrada numa vala."

Começo está resenha com um quote que impacta essa leitura desde o início. E digo: Que livro!

Essa é a história de um menino que se descobre e se acolhe junto a um grupo de travestis que vivem a dor e a alegria de ser quem são.
Na pensão de Tia Encarna, elas se unem e formam uma família que nunca pensaram ser capazes de construir. O bebê brilho dos olhos, a matriarca de tempos dourados, Maria muda que cria asas para alçar vôos, Sandra taciturna, Natali a lobiscate das noites de lua cheia ... Tantas elas são , tantas histórias , tantas noites e situações .

O parque das irmãs magníficas é o palco onde o show acontece, show cuja categoria é ser. Na escuridão do Parque Sarmiento - em Córdoba, as travestis mais famosas, bonitas e desejadas brilham. Pelo menos na mente da jovem travesti que fugiu dos abusos de sua família e cidade natal, para descobrir , a duras penas, que as travestis só querem sobreviver.

Da autora argentina Camila Sosa Villada, esse é um relato sobre a comunidade trans e travesti : acompanhá-lo é doloroso, e também bonito. É tortuoso, e também leve. Em vários momentos me peguei rindo , mas na maioria , chorando . Em cada situação, um recomeço:

"As travestis choravam enquanto a curavam . Por que tanta maldade e selvageria? Por que este mundo de merda ? Por que esta injustiça imensa ? Por que tantas misérias em nosso caminho? A dor de uma era a dor de todas ."

No fim, eu terminei este livro e sentia , em meu coração , o impacto da cena final e o peso de cada palavra proferida nesta história.

Eu amei . E odiei também.

"No entanto, quando uma travesti chora e te pede para ir embora , é melhor ficar . Pq a dor das travestis, nas poucas vezes que rompem de verdade , é como um feitiço. Subjuga o espectador a um estado de lisergia triste. De piedade fosforescente."

#DLL24: Um livro LGBTQIAPN+

leeesouzaa 29/02/2024

Leitura obrigatória
Eu estranhei a estrutura da narrativa de início, ficou um pouco confuso acompanhar todas as mulheres de uma vez, por vezes eu não sabia quem estava falando e isso foi um pouco frustrante no começo.
Depois a história faz exatamente o que eu esperava, voltou para mostrar a vida da narradora desde o início, a relação com os pais, o auto descobrimento e cada momento que a levou ao parque.
Em questão de mostrar a realidade de uma mulher trans na América Latina é um retrato completamente bem exposto, por vezes até poético. Todas as dores, a violência, o escárnio, o descaso, a tentativa de viver sem serem vistas, o agrupamento como forma de sobrevivência. É muito desolador, uma pedra no estômago, sabemos que essa é a realidade dessas mulheres e é revoltante.
Um livro extremamente necessário para que todos entendam um pouco dessa realidade que não é nossa, para que possamos começar a fazer diferente.

Renata Barreto 28/02/2024

Uma leitura bem dolorida que parece um retrato do não-lugar das pessoas travestis e trans na nossa sociedade. A história se passa na Argentina, mas me pareceu muito com uma história que poderia ser ouvida em muitas cidades do Brasil.