Luana.Paganini 31/01/2024
Um exercício de empatia em forma de literatura
Conta a estória de Camila e suas companheiras, mulheres transexuais, na realidade de opressão que as cercam, suas dores e esperanças.
Apesar de delicado, poético e recheado do belo realismo mágico latino-americano, é extremamente pesado ao expor a dura realidade das travestis: o preconceito, a fechitização, a solidão, a quase imposição da prostituição.
No entanto, é um livro que prende, que causa curiosidade, de leitura leve, marcante e original. Não se limita à tristeza, mas traz também romance, amizade, amor, alegria e resiliência.
“Passarei muitas noites rezando para que, ao despertar, a vida seja outra, para que o dia seguinte seja diferente. No começo rezo para mudar, para ser como eles querem. Mas, na medida em que me interno nessa fé cada vez maior, começo a rezar para despertar no outro dia convertida na mulher que quero ser. Na mulher que sinto dentro de mim com tanta franqueza que as horas se passam rezando por ela”.