Por que você voltava todo verão?

Por que você voltava todo verão? Belén López Peiró




Resenhas - Por que você voltava todo verão?


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Amanda 25/05/2024

A realidade brutal
Belén Lópes estrapola a narrativa ao transcrever diálogos e excertos da violência que sofreu, e para além da violência física escancara também as outras violências que nascem a partir desta primeira - as tentativas de silenciamento, o julgamento alheio, a intimidação e a incerteza da justiça. O livro é brutal.
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Sabrina758 26/03/2024

Comecei essa leitura de forma despretensiosa e não esperava me deparar com um relato tão cru e doloroso, apesar de saber do que se tratava. Numa narrativa que mistura ficção e realidade, visto que a autora foi abusada sexu4lmente, somos expostos à revitimização pós denúncia, que ocorre de todas as partes; seja a família, justiça, profissionais de saúde, a comunidade, etc.

O despreparo e o descaso são evidentes na maior parte, senão todos, os casos de estupr0. Esse livro é um soco no estômago e a forma como a Belén estruturou faz com que sintamos o desamparo. Os capítulos se intercalam entre o pov da vítima, o abusador, familiares, conhecidos, profissionais e também os depoimentos, de forma que não é declarado previamente quem é, então descobrimos enquanto lemos.

Uma coisa que chama atenção aqui, e é comum nesses casos, é a negligência parental. O lar desestruturado, condição socioeconômica difícil, falta de diálogo, entre outras coisas. O abusador, também, é alguém que tem fácil acesso à vítima, e é uma pessoa de "confiança" e que, através de sua influência, seja poder aquisitivo ou serviços prestados para as pessoas, tem todo mundo na mão, tornando a denúncia ainda mais difícil.

Foi uma leitura que, pra mim, soa como um grito de socorro, mas também uma tentativa de retomar o controle da própria vida. Em vários momentos nos deparamos com o quanto a vítima é enquadrada nessa caixinha, como se não existisse mais nada que ela pudesse ser além disso, o que não é verdade.

Por fim, acredito ser um assunto que precisamos abordar cada vez mais, ainda que seja doloroso e desconfortável. Foi uma leitura difícil de fazer, e seria irresponsável da minha parte dizer qualquer coisa contrária a isso, visto que há descrições explícitas. Ainda sim, recomendo para quem não tiver gatilhos com essa temática.
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Mariana113 18/01/2024

Esse é um dos melhores livros que li em 2023. É forte, com detalhes rebuscados dos abusos, não recomendo para pessoas sensíveis nesses assuntos. Mas ainda sim, cada palavra dele é libertador, sinto como se a escritora tivesse se livrando das amarras que tanto a silenciaram por anos até que pudesse ser livre entre cada vírgula descrita dessa página.

Por vezes, o meu coração doeu, queria a todo custo tira-lá daquela situação, mesmo sabendo que era uma mera observadora do passado. Por vezes, me via sorrindo sabendo que bastava fechar aquele amontado de páginas, acessar o Instagram e ver que agora está tudo bem com ela.

O livro me deixou com ressaca literária, não consegui processar nada além dele por um bom tempo. Me impactou mesmo. E espero que sua existência posso confortar os corações de vítimas e alertar as pessoas sobre os abusos que convivemos no dia a dia, mas são ignorados.
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Juliane.Motta 11/12/2023

Memórias autobiográficas
Livro curtinho, muito bem escrito e com o tema delicado da violência sexual contra mulheres, no caso, contra uma menina dos 13 aos 16 anos.
Porém, os grandes personagens vão além da vítima e do algoz, são as instituições: a família, , a justiça, a psicologia, a medicina.
Belén conta a história de sua adolescência e juventude e também e a de milhões de mulheres em todo o mundo e em toda a história.
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Kéziah Raiol 13/03/2023

O livro em questão aborda de forma autobiográfica a história de uma vítima de abuso, destacando a ausência dos pais, o silêncio da tia, as acusações da prima, a omissão de outras pessoas próximas e a indiferença do advogado, entre outros fatores que desestimulam as vítimas a procurarem ajuda. É importante ressaltar a sensibilidade do tema e a relevância da obra em trazer à tona uma realidade tão dolorosa, que muitas vezes é negligenciada pela sociedade.
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Clau ð» 12/02/2023

Comovente
Um livro breve, mas cheio de emoção. Só quem viveu um abuso sabe a dor que isso causa. As consequências são pra uma vida toda! um livro sem meias palavras, tenso e necessário.
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Osmar Weyh 08/01/2023

Como é ser abusada?
"Chamá-las de vítimas é fodê-las outra vez. E outra vez. É convencê-las de que estragaram a vida delas, que a história delas começa e termina ali, com o cara lá dentro."

"Até quando lhes dão um nome, te fodem. Chamá-los de abusadores é fazer um favor a eles. É reduzir a sua loucura, a sua perversão, a uma minúscula demonstração de negligência. É colocar uma etiqueta apresentável em psicopatas que não só fodem meninas à força ou as desvirginam com os dedos até sangrarem como também batem nelas e as agarram até transformá-las em pó."

Uma leitura necessária, um desabafo, uma memória impressa de uma lembrança cruel. A cada página, uma peça que se encaixa e nos colocamos no papel desta vítima, sofremos um pouco com ela. É sentir na pele um pouco do que ela sentiu, a vergonha, o medo, o nojo...
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Taynara Lima / @taaynaralima 18/09/2022

Apesar de ser um livro rápido, tem 120 páginas, a escrita da autora é confusa não gostei muito de como foi construída, em muitas vezes era difícil identificar quem estava narrando ou o que. O livro acaba de forma abrupta, exatamente como é ao longo dele, você não sabe muito bem o que está por vir. E ele acaba sem você nem perceber.
Pesquisei e vi que já foi lançado lá fora o segundo livro. Vamos aguardar se vai ser lançado aqui e talvez eu consiga finalizar a história.
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jiben 01/08/2022

difícil e necessário
se mais lido, talvez menos mulheres se sentissem tão sozinhas quando se movimentam e expõem o abuso que sofreram (isso quando o fazem).
é angustiante, sofrido, doído e quase insuportável de ler; causa repulsa.
mas nem mesmo essas palavras comportam o peso do que a autora sente quando escreve ou de quem sente quando lê.
por isso precisa ser lido.
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Léa Diógenes 05/07/2022

A realidade como ela é.
Vítimas de abusos sexuais sempre são julgadas, não entendo, mas a sociedade sempre arranja um jeito de transformar as vítimas em culpadas por terem sofridos os abusos.

É o que acontece nessa história.
A própria família mesmo sabendo a veracidade do relato, prefere se manter ou em cima do muro, ou a favor do o abusador.

Nessa história a vítima é a culpada e ponto final. Não importa o que ela sofreu, as dores que ele causou, a angústia que sentiu em ter seu corpo violado, a pergunta que todos faziam eram: porque então ela voltava todo o verão? Por que não disse isso antes, na época que em acontecia os abusos? Por que deixou passar tanto tempo para denunciar?

A leitura me causou raiva e muita indignação. Eles trataram a jovem como se fosse um brinquedo, lavou tá novo!

Sua palavra não valia nada...

Apesar da narrativa ser diferente, com várias vozes e principalmente pela autora incluir perspectivas diferente para o mesmo acontecimento, vale muito a leitura desse livro.
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Retalhos e Prefácios 03/07/2022

Coragem!
Ler qualquer coisa sobre violência sexual é sempre muito difícil. Quando esse relato vem da própria vítima, fundamentado com depoimentos do julgamento, tudo fica ainda mais indigesto. Mas, sem dúvida, o mais cruel aqui foi ver como uma vítima é desacreditada quando o abuso parte de alguém da própria família.
Como as pessoas fingem não ver, não acreditam, e se colocam contra a própria vítima na tentativa de manter as aparências.
Isso acontece todos os dias, em milhares de lares mundo a fora. Mas é sempre muito difícil estar diante de um desses relatos.
A autora foi corajosa demais e espero que, cada vez mais, mulheres que passam por essa situação se fortaleçam e exponham seus abusos, independente do apoio familiar ou falta dele.
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Burntsugar 28/06/2022

Chocante
O livro todo e um relato sufocante, ver a violência sofrida pela autora não só por seu tio,mas de todos ao redor e horrível.

Se eu posso resumir tudo em uma palavra seria egoísmo.
ninguém além dá vítima parece entender a gravidade de um abuso, nada parece ser sobre ela, e sim sobre eles, em vários trechos do livro Você fica se perguntando como as pessoas podem ser assim.
O que você vê é a maioria das pessoas tratando isso como um deslize, algo que aconteceu uma vez e depois nunca mais aconteceu, por isso ele tem direito de ser perdoado, até mesmo as pessoas que acreditam nela não consegue demonstrar isso sem parar de ver o próprio umbigo.
Eu já li milhares de livros sobre abuso sexual, e uma coisa é fato só quem é vitima entende outra vítima,as pessoas de fora podem até apoiar, Mas elas nunca vão entender e além de não entender em algum momento elas sempre vão se demonstrar egoístas.
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Vanderni 17/04/2022

Impactante.
Abuso sexual. Uma adolescente em situação de risco, um tio abusador. A mesma história do lobo em pele de cordeiro. A mesma história de culpa, constrangimento, revolta, dor sofridos pela garota. A mesma história de negação, omissão de quem devia proteger, culpabilização da vítima. Até quando? Quantas mais? Livro necessário.
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