O som do rugido da onça

O som do rugido da onça Micheliny Verunschk




Resenhas - O som do rugido da onça


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Juliana.Menezes 06/06/2024

O Som do Rugido da Onça
O livro traz a história de duas crianças indígenas roubadas de suas terras e levadas à Europa como objetos de uma exposição científica.
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Leonardo896 05/06/2024

Um livro que conta um pouco da história triste dos povos originários e ainda assim um romance apaixonante. É triste que sucessivamente continuamos a diminuir os povos originários, e é encantador conhecer um pouco mais de uma cultura tão rica.
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nay.gba 04/06/2024

Iñe-e, presente!
Uma leitura potente e necessária, a história reúne acontecimentos do ponto de vista decolonial entre o século 19 até os dias de hoje.

Gostei bastante da homenagem aos povos tradicionais e da quantidade de informações com contexto histórico. As pesquisas deram muita profundidade ao tema e senti curiosidade para buscar mais leituras relacionadas.

O lirismo e a não linearidade exigem esforço e dedicação do leitor.
A narrativa foi confusa, pois o tempo, as vozes e a linguagem não tiveram marcação rígida.
A escrita não fisgou, mas com o ajuste do tempo ordenado poderia sim dar a avaliação máxima.

Por fim, um livro curto, rico e que acrescenta muito a literatura brasileira. Leitura Recomendada.
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bluesbird 03/06/2024

O som do rugido da onça - uma pequena jóia
O livro conta a história de Iñe-e, a menina indígena do casal de crianças(miranha e juri) que é levado para a Alemanha, no século XIX.
Gostei do livro, ele tem uma estrutura muito bonita, com pontos poucos tradicionais no formato e que cabe perfeitamente no tema escolhido, seja pela distância no tempo, pelas lacunas históricas, pela história contada pelo opressor que é devidamente reelaborada de forma poética e com dados que surgem nos séculos seguintes.
A antropomorfização encontrada em parte da história é simplesmente maravilhosa.
Acho que fez um pouco da justiça merecida aos pequeninos.

Recomendo, cinco estrelas!
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KiraLunna 02/06/2024

Entrei nessa leitura esperando um pouco mais, talvez por isso a experiência não tenha sido tão boa.
Apesar de não encontrar o que procurava, ainda aproveitei a terceira parte do livro, que na minha opinião é a melhor.
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Betina.Iser 01/06/2024

Povo brasileiro
O livro conta um pouco mais da cultura brasileira tendo em vista a origem de nosso país e dos povos indígenas.
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Saádia 30/05/2024

Um livro rico em história
Apesar de pequeno, o Som do Rugido da Onça conta histórias reais, mas através de lendas, ficções, linguagem e imaginação. O livro conecta diferentes tempos e realidades de forma inteligente. A leitura é bonita e com lindas passagens!
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Antônio 26/05/2024

Revoltante, muitíssimo bem escrito e que vai direto ao ponto logo em suas primeiras páginas: O Som do Rugido da Onça é de uma leitura complicada em decorrência do tema que ela trata, mas a escritora vai trazendo uma leveza maior ao texto quando levanta tópicos importantes como o poder dos encantados - especialmente na terceira e última parte do livro, que foi uma das coisas mais lindas que li nos últimos tempos.

Essencial para entender um dos nossos maiores males. Brasil é cemitério indígena.
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isabelhias 25/05/2024

Memória, colonialismo e pertencimento.
Dois exploradores europeus levam como cativos duas crianças brasileiras, indígenas, e a história é contada por uma delas, a menina-onça Iñe-e.

A leitura é muito fluída (acabei tudo em uma sentada) e cheia de reflexões atuais sobre o quanto os povos originários continuam sendo violentados, material e simbolicamente.

Só não dei cinco estrelas porque o final foi um pouco decepcionante. Não compromete a robustez do livro, mas deixa a desejar.

?Ela viu o seu povo se misturar com outros povos, na língua e no sangue; mas, se uma alegria resultou disso, de igual modo também que o que derivou foi uma grande negação, o povo negando a si mesmo. Tudo é índio, ninguém é índio. E o Brasil, essa igara.?
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AFG 25/05/2024

Queria que tivesse me cativado mais
Escolha do mês de abril do clube que faço parte.

Não achei ruim, a história me deixou bem triste, mas pensei que seria uma leitura devastadora.

Estou mega atrasada na resenha, mas é isso.
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VViveiros 25/05/2024

Razoável
Escrita exímia, porém, história chata. Tentativa falha de ritmar vai e vem de gerações, passado e presente. Piegas, tentou um realismo fantástico / modernista sem sucesso. Que livro chato!
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manumoura18 21/05/2024

Um livro que eu pensei em abandonar algumas vezes, talvez por ter começado a ler achando que seria um outro tipo de narrativa, mas por conta do tema eu continuei insistindo.

Vale a pena a leitura, o tema abordado é interessantíssimo e te faz ver coisas absurdas que aconteceram, e infelizmente ainda acontece, no nosso país.
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Cybelle.Saffa 21/05/2024

Bons capítulos introdutórios
Após muita recomendação finalmente decidi sair da minha zona de conforto e iniciar a leitura. Os primeiros capítulos são criativos e imersivos. Porém quando nos encaminhamos para o fim a leitura fica um tanto repetitiva. Deixou a desejar.
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Vania.Cristina 16/05/2024

Abençoado poder
Esse livro me fez sentir coisas contraditórias. Se por um lado a escrita da autora me encantou com sua beleza e potência, seja pela pesquisa aprofundada, pelo resgate histórico relevante ou pela história impactante, por outro lado achei o texto truncado, principalmente na sua metade final. A emoção segue, à princípio num crescente, depois se esfria, num tom ora distante, jornalístico, ora mágico.

Vejam bem, gostei da leitura e a recomendo, mas não foi apaixonante como, de início, pareceu que seria. Vou tentar fazer aqui uma pequena análise, na tentativa de organizar meu próprio pensamento.

O livro conta a história de duas crianças indígenas brasileiras que existiram de verdade, e foram levadas para a Alemanha no século XIX. Dois cientistas estavam incumbidos, pelo rei alemão, de levar para a Europa espécimes da fauna e flora brasileiras. E um desses homens decide levar crianças das tribos locais.

A protagonista da história é a menina Iñe-e, neta do xamã do povo miranha. Um dia, quando era bem pequena, Iñe-e se perdeu da tribo e foi encontrada junto de uma onça. Ao invés de devorá-la, a fera cuidou da menina até que os homens da tribo viessem resgatá-la.

Para o velho xamã, isso era sinal de um poder abençoado. Ele acreditava que a neta poderia ser, ao crescer, "cuidadora do corpo e da mente" das pessoas. Já o pai de Iñe-e, líder da tribo, via na afinidade da filha com a onça uma maldição e uma traição.

Um dia, dois cientistas europeus chegaram no território miranha. Um deles negociou com o líder que, a pedido do homem, mandou seus guerreiros raptarem crianças das tribos inimigas. Seis crianças foram capturadas. Para agradar ainda mais, o pai de Iñe-e lhe entregou também, como presente, a própria filha.

Dessa forma, o mundo da criança era arrancado totalmente dela, de uma hora para outra: família, amigos, povo, terra, liberdade, cultura, história, língua, nome, identidade...

Na viagem de navio, quase todas as crianças morreram. Só sobreviveram Iñe-e e um menino da tribo juri. Os dois não falavam a mesma língua, mesmo assim se aproximaram como se fossem irmãos.

Na Alemanha, a narrativa foi manipulada pelo agressor: as crianças foram salvas da "barbárie" e trazidas para a "civilização".

Iñe-e nunca mais disse uma palavra sequer. Sua voz era o único tesouro que não podiam arrancar dela.

A menina não era apenas capaz de se comunicar com os animais, ela também podia escutar os rios. E durante a narrativa, os rios falam com ela, lhe contam histórias, segredos... Até mesmo o rio alemão.

A autora trabalhou a história de forma não linear, misturando passado e presente, às vezes no mesmo capítulo. E o arco do passado também não é linear, ele flui ora numa direção, ora noutra.

O arco do presente nos traz outra personagem. Seu nome é Josefa, ela nasceu em Belém do Pará mas mora na Capital de São Paulo. Uma parte de Josefa vem do povo kaiapó. "Todo mundo tem uma avó pega a laço no Brasil."

Josefa tinha muita inquietação dentro dela. Coisas que ela sentia e não sabia como expressar. Até que viu uma exposição na avenida Paulista...

Me envolvi com Iñe-e, mas não consegui me deixar levar por Josefa. Penso que o arco que fala do presente deveria ser aquele com que eu me identificaria. E realmente lá estão fatos atuais importantes que vivenciei. Mas simplesmente não senti envolvimento com a personagem.

O texto oscila entre ficção e jornalismo ou documento. A meu ver, quando segura e contém a ficção, pretende abrir espaço para o pensamento racional, para a reflexão, revelando que o Brasil de hoje não é diferente daquele do passado. Mas, dessa forma, segura também a emoção, e talvez deixe a narrativa menos fluida. Imagino que tenha sido estratégia da autora, mas achei um pouco frustrante.

Em alguns momentos, a história trabalha com imagens mágicas e místicas, retiradas das mitologias de nossos povos originários. Isso também afeta o ritmo. Ou seja: ora é passado, ora é presente, ora é ficção, ora documento, ora história da vida real, ora mito.

O livro é sólido, robusto, mas mantém contida essa emoção que quer gritar, explodir. E o leitor precisa levar isso em consideração. Ao final você sente a dimensão da injustiça, mas a narrativa não lhe permite chorar e extravasar.
Carla.Floores 16/05/2024minha estante
Belíssima resenha, como sempre, Vânia! Curiosamente li uma manchete sobre isso hoje no site da bbc Brasil.


Vania.Cristina 16/05/2024minha estante
Sobre esse caso das crianças, Carla?


Vania.Cristina 16/05/2024minha estante
Obrigada, querida ?


Carla.Floores 16/05/2024minha estante
Sim. A manchete é "O rapto de crianças indígenas por cientistas alemães em expedição pelo Brasil no século 19."
Não sei se adianta de algo mas eis o link: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cll4zdq3n00o
Nele é citado esse livro.


Vania.Cristina 16/05/2024minha estante
Obrigada Carla!!!


debora-leao 17/05/2024minha estante
Descrição linda! Também senti isso com o livro mais recente dela. Não li esse. Senti que a emoção fica contida, o corte é seco entre as configurações emocionais apresentadas na ficção e no documental. Isso faz com que o leitor acabe engarrafando a emoção. Foi legal ver sua resenha sobre esse livro, ajustei minhas expectativas, pq ainda pretendo lê-lo, eventualmente.


Vania.Cristina 17/05/2024minha estante
Debora, se puder leia e venha nos contar suas impressões. Não me arrependi nem um pouco de ter feito a leitura, é um livro importante, não só por ter ganhado o jabuti mas pelo tema que apresenta.




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