O Vale dos Anjos

O Vale dos Anjos Leandro Schulai




Resenhas - O Torneio dos Ceus


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Lodir 20/07/2011

Conheço Leandro Schulai há algum tempo, graças ao seu excelente trabalho com o canal no YouTube chamado “Na Mira dos Livros”, onde o escritor viaja entre várias cidades do país para cobrir eventos literários. Admiro-o por essa contribuição à literatura, já que há tantos programas fúteis na TV brasileira e ninguém investe em algo do tipo. Deve considerar-se também que o próprio autor custeia suas despesas de viagem entre Rio, São Paulo e Curitiba para presenciar os eventos. É um grande esforço pela cultura, que deve ser reconhecido. Como ele sempre aproveita para divulgar seu livro, eu fiquei curioso para lê-lo e conferir sua versão escritor.

Infelizmente, talvez eu tenha criado muita expectativa em cima da obra. Sempre levo em consideração quando um escritor está em sua obra de estréia, e pode ser perdoado por alguns erros básicos, comuns nessa fase. No caso de “O Vale dos Anjos”, no entanto, os erros são muitos. Começando pelo longo e desnecessário título. Como “O Vale dos Anjos” é o nome da série, bastava ou “O Torneio dos Céus” para identificar o primeiro volume, ou “Parte 1”, como o autor quisesse. Colocar as duas opções deixou o título extenso demais e pode confundir quando as futuras continuações forem lançadas.

O principal defeito do livro, no entanto, é a própria escrita. Já no começo percebe-se um grave problema: Schulai cria frases longas demais. Usa vírgulas como se fossem pontos finais. Diante do excesso, eu comecei a contá-las. Cheguei a encontrar treze vírgulas em uma única frase. Você leu bem: eu disse treze vírgulas em uma única oração. Um recorde digno do Guinness. É um grande problema de má formulação de frases. Ela poderia ser dividida em três ou quatro, tornando a leitura muito mais agradável. Uma frase com seis vírgulas é curta para os parâmetros do livro. Os parágrafos também são longos; muitos ultrapassam facilmente duas páginas inteiras. Tais mecanismos só servem para comprometer a interpretação da leitura e cansar o leitor. O livro é mal revisado, tanto pelo autor quanto pela editora. Boa parte da culpa é da própria Novo Século, que costuma revisar muito mal todos os seus livros, algumas vezes cometendo deslizes vergonhosos, como pude perceber em outros volumes do selo “Novos Talentos da Literatura Brasileira”.

A história de “O Vale dos Anjos” em si é boa. Começa com a morte de Dimitris, um jovem grego recém casado. Ele está no Céu e é encaminhado ao seu julgamento (o melhor momento do livro). Ele então tenta encontrar uma maneira de voltar à vida e ver sua amada esposa. A trama tem tudo para dar certo, mas alguns detalhes atrapalham.

As primeiras 100 páginas do livro passam-se basicamente com cenas de Dimitris sendo apresentado aos anjos, um por um. Enquanto conversa individualmente com cada anjo, que explica alguns conceitos sobre o Céu, Dimitris insiste em querer saber por que eles escolheram seguir determinada classe de anjos. Sempre faz essa pergunta. Dessa forma, as primeiras 100 páginas são como uma sessão de Déjà Vu: Dimitris conhece um anjo, faz a pergunta, eles jogam conversa fora e protagonista segue para conhecer o próximo anjo, onde acontece exatamente a mesma coisa outra vez. É repetitivo demais.

Dimitris então segue com um cupido para uma série de tarefas na Terra, passando por diversos países. Eles encontram uma menina italiana. Percebemos dois erros de continuação: um dos personagens sugere ir a um restaurante citado pelo pai dela, mas essa cena não aconteceu. O pai nem aparece no livro. Outro: no começo do livro, Obelisco explica a Dimitris que, como ele morreu, seu corpo ficou na terra e ele tem apenas a alma no Céu. Isso fica claro. Ainda assim, durante todo o resto do livro, os personagens citam que tem um corpo, que inclusive precisa ir ao banheiro e ser alimentado. Como?

Além de mal construídos de uma forma geral, os personagens anjos e recém-mortos são idênticos aos seres-humanos, assim como o Céu é idêntico a Terra, algo difícil de acreditar. Quem está no Céu pode comer, ir ao banheiro e fazer tudo o que um humano faz. O Céu tem lojas, restaurantes e até mesmo um avião. Dá para imaginar alguém precisando de um avião no Céu? No início do livro, diante do desespero de Dimitris em retornar, o anjo Obelisco quebra as regras paradisíacas e “empresta” cinco minutos na terra a ele, algo que ele jura nunca ter feito, porque é proibido. Acredito que todas as pessoas que morrem deixam entes queridos em vida, e elas gostariam de ter mais tempo para se despedir deles. O que faz o desespero de Dimitris tão especial, sendo que até cantadas ele distribui? . A contracapa do livro pergunta se “A morte tem o poder de separar um amor?”. Dimitris quer a todo custo voltar a terra para rever sua esposa. Esse é a grande missão, o desafio que move o personagem em toda a trama. Ainda assim, ele tem disposição para dar cantadas em diversas personagens femininas no Céu, entre anjos e cupidos, dando a entender que não sente tanta falta da mulher quanto a sinopse dá a entender. Ao colocar em dúvida a motivação que guia o personagem central em sua jornada, o próprio autor acaba sabotando sua trama.

De forma geral, o livro está cheio de situações que deixam toda a trama inverossímil. São erros que comprometem a crença do leitor naquele mundo criado pelo autor. Ainda pesam contra o livro os fatos de que ele tem um final aberto, e que ele foi lançado em uma época onde anjos são a nova moda literária. Ainda que não falte criatividade e originalidade ao autor e ao seu mundo fantástico, algumas revisões para as futuras edições seriam bem-vindas, assim como algumas alterações no enredo. Quem sabe um livro fora do gênero de fantasia? Seria mais fácil acertar.
Schulai 20/07/2011minha estante
Olá Lodir muito obrigado por acompanhar o meu canal de vídeos e por ter curtido esse meu trabalho e também por ter lido o meu livro e contribuído com suas críticas construtivas.

Concordo com muita coisa do que disse, principalmente em questão das vírgulas e dos parágrafos. O curioso foi que eu paguei um revisor antes de enviar à editora e também confiei que meu livro passando por 2 revisões não teria esse tipo de situação. Coisa de autor de primeira viagem.

As primeiras 100 páginas do livro estão sendo trabalhadas agora para a segunda edição e acho que se você perceber a história após o capítulo 12 toma um outro rumo e as características despercebidas do Dimítris como as cantadas não acontecem mais.

Como autor busco receber as críticas e enxergar os pontos de melhoria. Hoje estou mais maduro e preparado para escrever novas histórias e enxergá-las com outro ponto de vista.

Só o que não concordo contigo é em relação a criação do universo, pois em primeiro lugar ele é fictícil e no mundo da fantasia podemos inserir o contexto que queremos, até mesmo um vampiro que brilha no sol. Sempre pensei em um céu repleto de humanos e meu livro tem a missão de mostrar um céu humano com características humanas. Porque não podemos ter no céu o mesmo ambiente que temos aqui? Quem disse que isso é errado ou certo? É apenas um ponto de vista e verossimilhança é aquilo que se associa a uma realidade, mas o céu naõ é uma realidade então não dá para saber o que é verdade ou o que foge dela.

Quanto a questão do corpo talvez você não tenha captado as explicações do Obelisco no cap5 e do Ramirez no cap13 quando diz que ao morrer você possui uma alma que lhe permite passar a eternidade sem comer, beber ou ir ao banheiro, porém se vc faz uso de energia seja para voar ou manipular algum elemento você usa desse poder que serve para te manter "imortal" para outros meios e por isso suas necessidades "humanas" ressurgem. Foi um conceito que criei para dar sentido a algumas questões da história.

Adorei sua contribuição e muito do que foi dito foi separado e já está na revisão que estou fazendo hoje. O trabalho do autor é isso: ler, separar o que faz sentido e o que não faz até para não perder sua identidade.

Espero que acompanhe minhas próximas histórias e veja minha evolução como escritor.


PS: O título do livro com torneio dos céus parte 1 foi justamente para não enganar o meu leitor e fazer com que ele tivesse a certeza de que a história não acabaria nesse livro, pois o que me irrita é ler uma história achando que é uma só e ao terminar descobrir que tem continuação.

Abração!


Lodir 20/07/2011minha estante
Schulai

Que bom que você compreendeu as críticas e as considerou construtivas. Não são todos que sabem se sair bem com elas.

Fico feliz em saber que algumas coisas já foram revisadas para as edições futuras.

Uma pergunta: segundo livro também terá o subtítulo de "O Torneio dos Céus"? Porque caso não tenha, acredito que ai mora o problema com a confusão que o título causa.


Entendo seus pontos sobre a criação do universo, e acredito que você deve os manter, se acha necessário. Essa parte da resenha é apenas a minha opinião sobre ser difícil de acreditar em algumas coisas, mas é minha opinião.

Enfim, desejo toda a sorte, e nos encontramos na Bienal!


Lodir 11/08/2011minha estante
Rafaela
Que bom que gostou e que também teve as mesmas impressões que eu. Costumo resenhar tudo o que leio, e sempre com sinceridade, apontando os erros e pagando pau quando o escritor é mesmo bom. No caso dos escritores nacionais, que tem mais chances de ler minhas resenhas, costumo fazê-las mais complexas e elaboradas, já que sei que posso ajudar o próprio autor a escrever melhor.




spoiler visualizar
Joice (Jojo) 06/08/2011minha estante
Lu, não faço ideia de como é esse livro, mas ri bastante com sua resenha.


Josy.Stoque 20/10/2011minha estante
Entendo seu ponto de vista! E concordo plenamente sobre a Novo Século! É uma editora não prima pela qualidade de suas obras. E até onde eu sei, basta ter dinheiro que eles te lançam nesse sele dos Novos Talentos. A obra não passa por um crivo analítico da editora. É a coisa mais triste que o Brasil poderia ter. Os autores nacionais precisam de apoio sim, mas acima de tudo, precisam ter suporte quanto a escrita, revisão ou até mesmo não aceitação do original! É triste sim acabar com o sonho de alguém, mas se o autor for auto-crítico vai pensar: onde foi que eu errei? E se quiser mesmo prosseguir, vai em buscar de melhorar! Eu acredito nisso!




RUDY 04/04/2017

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:
Tudo que se relaciona aos anjos chama muito minha atenção, principalmente livros. Gosto de ver como os autores abordam o tema e desenvolvem seus enredos. Aqui comprovo que o autor sobre fazer pesquisas mais aprofundadas sobre as hostes angelicais e criou uma fantasia bem elaborada e fundamentada.
O início pode parecer um tanto arrastado, porque aborda mais a vida do protagonista ainda na terra, entretanto, em determinado momento o livro tem uma reviravolta grande, mostrando todo funcionamento no Paraíso e toda tecnologia empregada para locomoção entre os mundos e para o melhor equilíbrio por lá.
O aprendizado do protagonista com seu Mestre para o torneio é imenso e junto com ele o leitor começa a aprender que o caráter é a força motriz de todos os seres e através dele e da bondade no coração, muito pode ser alcançado, principalmente quando se tem um objetivo a ser atingido.
O Torneio é algo de outro mundo mesmo e traz grande aventura, suspense e agilidade aos fatos descritos. É um momento de grande agitação para as personagens e mais ainda para os leitores, porque as descrições são tão bem feitas que imaginamos estar na arena de lutas, junto aos participantes. Achei fantástico!
Claro que o final ficou em aberto, afinal é uma série de livros e este foi apenas a introdução para conhecermos alguns personagens secundário e o personagem principal, que com toda certeza tem um papel fundamental entre o equilíbrio do Bem contra o Mal, mas só devemos desvendar esse mistério oculto, nos próximos livros. E já estou ansiosa pela leitura.



site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2017/03/resenha-17-o-vale-dos-anjos-o-torneio.html
Michelle 04/05/2022minha estante
que livro lindo


Angela Cunha 24/02/2023minha estante
Os anjos estão entre nós o tempo todo!
Não me lembrava mais desse livro, por isso, foi um lindo presente!
Já adorei e sim, quero me emocionar!
beijo




@apilhadathay 01/02/2011

SURPREENDENTE
A morte tem o poder de separar dois corações que se amam?

O livro me proporcionou uma leitura bem mais divertida do que eu esperava, porque, pelas sinopses, acreditava que seria um drama. Durante a leitura, é possível levantar questionamentos importantes, como por exemplo: o quão longe se vai por amor?

O Vale dos Anjos reúne elementos de Cidade dos Anjos, com um toque do Torneio de Artes Marciais de DBZ. E isto deu um dinamismo enorme à obra. E pode ser uma obra de literatura fantástica, mas propõe algumas questões que eu, particularmente, considero polêmicas e vou citar durante a resenha.

O CASAL SALOUSTROS

Dimítris e Mariah Saloustros formavam um casal perfeito e apaixonado. Casados há dois anos, moravam na Grécia e viviam muito bem juntos, encontrando felicidade em coisas simples, como passar fins de semana procurando itens para a casa, comemorar o Natal numa data diferente da tradição grega, contar estrelas e o número de horas que o sol ficava no céu, nesse feriado. Sim, meninas... Romântico, Dimítris SE IMPORTAVA em fazer coisas assim com a esposa. Um anjo!

Mariah era uma bela jovem de família inglesa. E Dimítris nos cativa rapidamente, com um caráter bem singular. Grego, 22 anos, trabalhava numa loja de informática em Atenas e não conheceu os pais biológicos, apenas o homem que o criou, o Sr. Parnasos. O jovem adorava fazer caminhadas na Acrópole e fez tantas que o resultado foi mais que o esperado...

O nosso tempo terreno tem mistérios insondáveis e perguntas cujas respostas podemos jamais obter. Você já olhou para uma pessoa que amava e, de um modo muito estranho, sentiu que era a última vez que a estava vendo?

Dimítris, por exemplo, não imaginava a priori que, no ponto onde começamos a história, ele estava acordando para o que seria seu último dia na Terra. Sua vida foi abreviada em um acidente do tipo que classificamos como “estúpido”, “sem sentido” e cujas reais razões, apenas ele conhecia, literalmente, no seu coração.

O que o jovem também não sabia é que, depois da morte, sua vida estaria apenas começando.

OBELISCO E PARNASOS

O grego foi recebido (durante sua passagem) pelo anjo guia-de-enterro Obelisco – meu personagem favorito na trama: um cara de capuz branco que os humanos só viam uma vez na vida. Durante a passagem, Dimítris viu flashes de cenas importantes de sua infância e juventude, só que acrescentadas de alguns detalhes. Aí nos perguntamos: estariam aqueles detalhes ali desde sempre e ele só se deu conta no momento da morte?

Dentre aqueles momentos, vislumbramos a difícil relação que Dimítris tinha com seu pai Parnasos – que, mesmo não compartindo o mesmo sangue do rapaz, tinha os mesmos olhos azuis do filho adotivo, algo que eu achei, no mínimo, curioso.

Obelisco guiou Dimítris para seu julgamento – nesta audiência, seria decidido se o jovem descansaria no Paraíso ou seria encaminhado para as Oito Prisões. Conhecemos de perto Isaac e Overlord, que cuidavam, respectivamente, da defesa e da acusação dos julgados. Também, temos o prazer de ver Malaquias, que é um dos anjos-deuses e uma figura!

Durante o processo, algumas das melhores características de Dimítris são apresentadas. Ele não foi encarcerado e tampouco chegou perto de descansar em paz no Paraíso, mas teve um destino interessante.

Antes de mais nada, levado à Terra para presenciar seu funeral e ver seus entes queridos uma “última vez”, Dimítris recebeu a chance de falar com sua esposa graças ao poder de seu amigo guia-de-enterro, Obelisco. Por cinco minutos, o jovem poderia tomar a forma humana e passaria despercebido pelos agentes do Paraíso.

Ô, PROMESSA!

Na manhã em que morreu, antes de sair de casa, Dimítris fez Mariah prometer uma coisa absurda: a de que não se envolveria com nenhum outro homem, no caso de ele morrer. Pois bem, tendo a chance de falar com Mariah mais uma vez, ele chegou a fazer uma promessa mais absurda ainda: a de que voltaria à vida pra ficar com ela!!

Mesmo que eu não tenha concordado com seus motivos (porque acredito que nós precisamos aproveitar o hoje e o agora enquanto TEMOS o HOJE e o AGORA, e não quando isso nos for tirado), gostei muito de Dimítris, sua determinação e seu jeito único. É algo inspirador e algumas lições ficaram comigo.

DIMÍTRIS

Quando menino, ele detestava a solidão e o escuro.
Do tipo jeans e camiseta, Dimítris Saloustros é bondoso, cavalheiro e humilde. Tem grande amor pela natureza, é sensível e sabe respeitar o espaço dos outros. É aquela pessoa que sabe o momento certo de falar e o de ajudar alguém apenas com a presença e um abraço amigo. Ele também é ótimo em jogos psicológicos (em outras palavras, em declarar a verdade nua e crua).

É atrevido e diz o que pensa: posso dividir com ele o apelido de “novato (a) insolente”! Ele causa mudanças na vida de umas pessoas (e na morte de outras): Malaquias, Obelisco e Anne que o digam.

Dimítris tem reações naturais, é muito espontâneo e não se importa com o que vão pensar dele. Tem um toque de ingenuidade que é lindo de se ver; e ele é do tipo que não há quem conheça e não goste, como Lily Evans/Potter. Faz amizade onde chega, sente-se em casa em qualquer lugar e faz as pessoas se sentirem à vontade perto dele – embora seja muito curioso e faça perguntas até demais, detalhe que Obelisco notou de cara.

"Agora, sem mais perguntas, pois como lhe disse, há pouco, não tenho a morte toda para responder a todas elas"

Por outro lado, em certos momentos, eu esperei que o grego encarasse as situações com um pouco mais de maturidade. Afinal, casou cedo, trabalhava firme, construía uma vida quando foi interrompido... é de se esperar que tenha algo que muitos demoram bem mais para encontrar na vida: juízo e sabedoria. Cenas como a da catraca no Japão, por exemplo, ele poderia ter tirado de letra com um pouco de topete – e seria legal de ver sua atitude.

"Depois do metrô... quero evitar qualquer tipo de transporte diferente das minhas pernas"

O VALE DOS ANJOS

Após a morte e julgamento, Dimítris é levado ao Vale dos Anjos, lugar que abriga o Olimpo, o Paraíso e as Oito Prisões, e onde se leva uma vida quase igual à da Terra. Quase.

Existem muitas subdivisões, por data de morte das pessoas; para rever um ente querido, você precisa migrar. Há portais dimensionais no Olimpo, de onde você pode se deslocar para qualquer lugar do mundo em questão de segundos.

Lá, Dimítris descobriu que todos podem se tornar anjos; que quando há duas pessoas com o mesmo nome na equipe, uma passa a ser chamada por um apelido; que só poderia ir à Terra por um período de 10 anos, se não fosse anjo; e que as pessoas têm um corpo físico, antes da morte, e um espiritual pós-morte: ao passo que a pessoa evolui, o corpo espiritual funciona praticamente como o físico, até se habituar à nova vida. E mais, dependendo do que o atingir, o corpo espiritual pode morrer de vez e ser extinto.

_ Aqui, você não é obrigado a nada, já que você veio para descansar. Quer trabalhar? Ótimo! Se quiser sair do emprego, tudo bem, entendeu?
_ Nossa, aqui é o que realmente podemos chamar de 'O Paraíso'!

Dimítris percebeu que a sabedoria evolui junto com as funções desempenhadas e que há muitas castas e possibilidades de crescimento. No Vale, seus bons atos como voluntário vão render conhecimento e RECONHECIMENTO, para que possa evoluir e se tornar anjo, ou um anjo de casta mais elevada.

Enquanto lia a trajetória de Dimítris e Obelisco, vi Arthur sendo guiado por Ford Prefect por todo um espaço desconhecido. Creio que fãs de Douglas Adams e da temática dos anjos vão gostar muito da história.

Outro ponto a favor do grego é: mesmo que, no primeiro momento, tenha se chocado com a morte tão prematura, ele não foi rebelde. Aceitou a nova realidade muito melhor que outros que vieram antes dele. Tanto melhor, não é?

Eu gostaria que o diálogo entre ele e Aila tivesse sido mais natural. Até compreendo que, depois de certo tempo de evolução da alma, mesmo uma criança se portaria com alguma gravidade, especialmente exercendo a função dela. Mas gostaria de vê-la mais alegre, serelepe, passando a imagem de uma alma limpa e não porque era pura, aos 7 anos, mas porque era feliz ali.

VISÃO INOVADORA DO PARAÍSO

Num lugar com uma paisagem exuberante sendo descortinada a cada dia, foi muito diferente essa visão do Paraíso e alguns pontos me fizeram arregalar os olhos. Imagina continuar com alguns aspectos humanos e poder trabalhar, praticar esportes, participar de eventos, ler jornais do Além! Tudo em caráter facultativo visando seu crescimento.

Gostei muito dos limites impostos sobre as conversas entre pessoas de épocas diferentes – linhas que poderiam causar catástrofes, se ultrapassadas – como as pessoas que viveram no nosso século não poderem se comunicar com os da pré-história. Ali não importam as vestes de alguém, suas posses, funções, idiomas nativos ou seu passado. Todos são semelhantes e podem conviver em harmonia, desde que sigam as regras. Inclusive, eu ri muito com o primeiro encontro de Dimítris com Lepidus:

_ Ouvi falar muito de você nos livros e na internet...
_ Internet, o que é isso? Onde fica?

ANNE, A CUPIDO

No Paraíso, Dimítris faz outra amizade valiosa: Anne, uma cupido ruiva, de lindos olhos azuis, beleza estonteante e com uma história que guarda tanto mistério quanto sofrimento... e que só descobrimos mais para a frente. Ela orienta as pessoas nas questões de amor, e não apenas o passional. E, supostamente, não poderia namorar.

Obelisco é muito divertido e cheio de graças, especialmente ao lado dela. Meu capítulo favorito foi o 8, quando vimos mais de perto como era a relação entre eles. Ele sempre leva as coisas no bom humor – e saber da vida dele na Terra explica muitas atitudes.

"Existem amores que não acabam com a morte"

PONTOS A DISCUTIR

Primeiro.
Se duas pessoas realmente se amam, uma deixa a outra livre para que fique ou volte por vontade própria. É justo forçá-la a se apegar a uma promessa como a que Mariah fez? Considero, no mínimo, cruel que a pessoa se sinta impedida de dar um novo passo e seguir com sua vida porque se agarrou a uma obsessão, ou a uma tentativa que pode ser bem-sucedida ou não. A não ser pela ligação entre eles, que é tão forte, como Anne reparou...

_ Vocês dois têm uma conexão muito grande, eu nunca vi isso!
_ Nós dois somos um.

Segundo.
A continuidade das funções que se realizava na Terra. Vale a pena continuar apegado a uma realidade que já não é sua, às pessoas e coisas terrenas, agora que a sua alma tem a chance de evoluir espiritualmente? Isto não pode fazer bem a quem está aqui ou a quem está lá. Se fôssemos para permanecer juntos, não seríamos capazes de viver para sempre?

Vemos o estado em que Mariah se encontrava no Natal: crente de que ele voltaria, ela desafiou até a descrença dos pais e preferiu se isolar.

Terceiro.
Ciente de todas as consequências, Dimítris não pensou duas vezes antes de topar uma forma ilegal de incorporar a forma humana e voltar à Terra, mesmo abusando da condição de um anjo-semideus. Será válido arriscar a eternidade por uma fração do tempo que, comparada àquela, parecem segundos? E mais... num Torneio de que devem participar 2 BILHÕES de candidatos? (E isto não é uma hipérbole)

"Não desista do seu sonho, pois se todos pensassem somente nos números, ninguém participaria"

Quarto.
É possível uma pessoa morrer de tristeza? Definhar sentindo aquele tipo de agulhada incômoda no peito, aquela dor que não passa? Sim, já vi acontecer e não é algo bonito de se ver: é triste, doloroso e é algo que você certamente não vai querer presenciar nessa vida. Lembrei desse caso quando descobri a razão da morte prematura de Anne, aos 21 anos.

XAMÃS E SENSITIVOS

Engraçado, os xamãs (que incorporam) e sensitivos (que ouvem e psicografam) já estão de tal forma habituados ao contato com espíritos que nem se assustam mais. Achei interessante sua função na história. É muito bonito imaginar alguém que cede parte de sua vida a uma missão espiritual linda como esta.

O TORNEIO DOS CÉUS – Treino e Eliminatórias

Num estádio de proporções fenomenais, que faz o Coliseu de Roma parecer uma arrumação bonitinha de Legos, um evento permite a união de embates corporais e energia angelical e promove a chance de alguém ascender a anjo-semideus. Apenas uma vaga. Naturalmente, seria uma briga para vencer ou vencer.

"Desafios nunca faltarão"

Eu simplesmente amo alguns mistérios da vida (e, no caso de Dimítris, da morte): quando você acha que não há mais saída, que ninguém pode ajudar, que está tudo perdido... enquanto permanecer na fé e mantiver seu desejo firme e forte... Vai surgir um modo, uma saída.

E assim, surgiu o ser de capuz que encaminhou Dimítris para o velho Mestre Ramirez – o homem que ensinou o grego a voar, revelar e controlar seu poder, e que o preparou para ser um dos favoritos do Torneio. Entramos na ação, de fato, no capítulo 14, quando Dimítris começou a treinar e, com aquela determinação característica dele, em apenas um mês, já realizava proezas, como bater recordes de Brian, o outro pupilo de Ramirez.

O período de treinamento de Dimítris na mansão me lembrou muito o tempo que Goku passou treinando com Mestre Kame e Kuririn – quando o pequeno sayajin conheceu aquele que seria seu melhor amigo. Mas antes disso, houve competitividade, inimizade e certa dose de inveja porque Goku e Dimítris mostraram poderes superiores em pouco tempo.

Imaginando a relação entre o grego e Brian e lembrando a reação de Goku pela primeira morte de Kuririn, depois da amizade consolidada, penso: algumas pessoas perdem tanto tempo com ciúme, em vez de aproveitar cada minuto da amizade e da convivência para crescer e vencer falhas, mirando-se num bom exemplo.

O embate entre os pupilos do Mestre Ramirez terminou exatamente como imaginei: o resultado mais adequado, dado o poder de cada um e o desejo que ambos tinham de participar daquele evento!

A propósito, veja a diferença entre um mestre e um aprendiz: no treinamento de voo, Dimítris questionou o tempo que outros pupilos levaram para conseguir tirar o pé do chão. Ramirez, porém, resguardou esta informação até que o jovem conseguisse retornar voando a sua casa. Assim, ele não ficaria estressado, comparando-se a possíveis padrões superiores, nem soberbo e relaxado, no caso de ter ultrapassado alguém e resolver que poderia ter uma folga.

Eu já disse que sou fã de Obelisco?

Quando olho para a capa do livro, imagino a arena do Coliseu do Torneio, vista de cima: a esfera gigantesca, de onde os participantes eram observados em ação; na parte superior, a larga abertura representando todos os candidatos; e abaixo, a estreita faixa por onde só passariam os vitoriosos (muito embora Dimítris e seu caráter diferenciado façam questão de levar todos pelo caminho dos vencedores).

Dimítris teve de lidar com o assédio da imprensa no Paraíso pela grande demonstração de seu poder nas eliminatórias do Torneio. É, parece que uma vez repórter inconveniente, sempre repórter.

O TORNEIO DOS CÉUS – A Hora H

Na abertura oficial do Torneio, mais uma vez o amor é posto em destaque, desta vez como responsável pelo bom andamento das coisas. Quando da representação da construção daquele mundo, tudo foi erguido e funcionava corretamente, todos os elementos estavam ali... mas faltava aquele toque, aquela cor.

"Apesar de todo o mundo ter sido criado, faltava amor aos elementos, e apenas isso faria com que todos os outros pudessem viver em harmonia"

Fiquei feliz, mas não surpresa, ao descobrir o poder de Dimítris, porque já suspeitava dele. Surpresa mesmo eu fiquei quando outras habilidades se mostraram no evento: aquilo, eu não esperava. É natural que algumas pessoas tenham inveja dele.

Controlar a rota do poder é muito útil, mas o poder da espada do Tempo é incrível! Vemos aqui a importância do treino na vida de alguém que pensa ser eternamente incapaz de algo porque não consegue realizá-lo AGORA. Treinar é aperfeiçoar.

O bom de eventos assim é que nunca falta o que fazer, o que assistir, aonde ir. Sempre há alguma partida, uma luta e a chance de observar em ação seu próximo adversário.

No caso do embate de dois adversários que pertencem ao mesmo elemento, era de se esperar uma luta grandiosa. Eu adoraria ver no cinema a cena do F3 formado dentro da arena! Tornados, simplesmente, me apavoram mais que furacões, porque são verdadeiros monstros que a gente pode ver e não pode vencer.

Infelizmente, o Torneio terminou com más notícias e elas podem se estender por um bom tempo, mas espero que não!!

PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR

Onde está Parnasos?
E por que Cronos anda ausente há 20 anos?
Um dos dois será o homem misterioso que está tão interessado em Dimítris?
O Torneio verá Obelisco e Dimítris unirem suas forças - já que isso seria muito, mas muito legal de se ver?

ALGUNS PONTOS...

A revisão. Temos aqui uma história incrível, com alguns trechos cuja ordem eu alteraria, e alguns termos, que me deixaram confusa; preciso reler a história, para ter certeza de que li certo como as coisas se revelaram e se desenvolveram. Por exemplo, o funeral do Sr. Ishizuki.

Emoção de fim de capítulo. Sabe aquele gancho que te faz até perder o sono e não dormir direito, só pensando no que vai acontecer depois?

EM SUMA

Onde existe amor, todas as possibilidades de crescimento já vivem e têm plena condição de se desenvolver. É como andar de bicicleta: depois que você enxerga e entende, quando vivencia aquilo, não desaprende: só melhora. Se sumiu, não era amor desde o início.

Nada neste mundo se espalha de forma tão rápida ou cria raízes tão profundas quanto o amor: as pessoas só precisam perceber isto.

E, mesmo que de uma forma obstinada como a do nosso protagonista, creio que Dimítris propôs o mesmo: que não há mesmo limites para um coração apaixonado.


Adorei!
Léo 13/02/2011minha estante
Se eu quisesse saber tanto assim do livro eu tinha o lido logo(Estou-o lendo, obrigado pelos spoilers). Apesar de você escrever muito bem a resenha, não recomendo para quem ainda quer ler O Vale dos Anjos.
P.S: Que resenha grande!Meu deus!E esses últimos parágrafos foram um tanto desnecessários.
E comparar personagens do Vale dos Anjos com personagens como Goku é uma comparação um tanto equivocada e absurda, não acha?


@apilhadathay 13/02/2011minha estante
Oi, Léo,

Lamento que tenhamos tido um primeiro contato logo assim, mas fico feliz que tenha dedicado parte do seu tempo a comentar a minha resenha. Construo cada uma delas com muito carinho e cuidado com as revelações, até porque eu mesma não curto receber spoilers.

Quanto às comparações com Goku, afirmei e reafirmo, como fã do anime desde que estreou na TV (e dos mangás) que não foi equivocado nem absurdo: foi o meu ponto de vista, referências que encontrei.

O livro é realmente bom, criativo e divertido, tenha uma ótima leitura e boa semana, ok?




Andrés Carreiro 14/10/2010

Um amor pode superar a própria morte? A temática Anjos na visão de Leandro Schulai.

O Vale dos Anjos conta a história do grego Dimítris Saloustros, que vivia normalmente seu cotidiano pacato com sua amada esposa (um amor que chega a ser obsessivo) e num belo dia tem a vida ceifada por um acidente de carro. No além túmulo, faz amizade com Obelisco, um anjo guia de enterro, a anjo cupido Anne e será treinado pelo misterioso mestre Ramirez.

A proposta de L. Schulai é construir um livro de fantasia para jovens (não necessariamente ortodoxo nesta posição). Nisto ele é muito bem sucedido, pois o universo criado em O Vale dos Anjos supre exatamente esta demanda. O personagem principal, Dimítris, é um jovem adulto que demonstra durante toda a narrativa sua tenra idade. Sua vontade de saber sobre a nova realidade permeará toda a narrativa junto com sua obsessão de voltar à mulher amada (Mariah). Curiosidade e uma história de amor são elementos que chamam a atenção da juventude leitora, sedenta por este tipo de história. Mas se o leitor acha que o livro só tem estes elementos, está muito enganado. Schulai utiliza-se de suas referências e conhecimentos e torna o desenrolar da história em algo surpreendente. O Torneio dos céus é uma homenagem aos animes japoneses, como Dragon Ball Z, Naruto e Pokemon. É impossível, para mim, não pensar nas músicas destes desenhos animados em alguns momentos da história. Contudo o autor consegue transcender a métrica destes elementos e construir algo pessoal e diferente. Neste sentido (e em outros), O Vale dos Anjos tem personalidade própria.

A linguagem super simples do livro tem um destaque bastante interessante durante a leitura da obra. Contudo, como muitos poderiam pensar, ela não é pobre. O autor soube fazer algo que é muito difícil. Escrever com simplicidade sem ser infantilizado. Não nos sentimos, durante o ato da leitura, subestimados.

Outro ponto a se destacar é a relação que O Vale dos Anjos tem com a literatura infanto-juvenil. Dimítris, Obelisco e Anne são três amigos vivendo uma aventura juntos num além idealizado. É difícil não pensar imediatamente em Harry Potter e Percy Jackson. Contudo, apesar do formato de amizade consagrado pelo escritor americano e a escritora inglesa, há também uma nova visão na narrativa, onde os personagens têm características e personalidades únicas, fugindo completamente de algum possível plágio. A semelhança, portanto, está apenas na trindade de amigos.

Nesta história, apesar de termos anjos, o personagem principal não um deles (ainda não sabemos se um dia ele se tornará um, dependerá do rumo que os fatos tomarão para o personagem) e nem uma virgem atrás de seu primeiro amor sobrenatural. Nisto a originalidade não só do personagem principal, mas do enredo como um todo, confere ao livro um lugar de destaque na nova literatura fantástica nacional, permitindo que os leitores conheçam este novo talento nacional e de quebra novas visões sobre uma temática que já começa a ficar batida no exterior.
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Marcinhow 05/01/2011

http://marcinhoweoslivros.blogspot.com/
Dimitris, um jovem grego, casado a pouco tempo, ainda vive no mar de rosas que o inicio do casamento proporciona, mesmo tendo perdido o pai recentemente.
Tudo é muito comum e pacato na vida de Dimitris, até que o pior acontece, e ele é pego de surpresa pela morte. Mas o que todos acreditam ser o fim, na verdade é o começo de uma incrível aventura.
Dimitris passa por um julgamento, e é aceito no Vale dos Anjos, lá, ele faz amizade com varias pessoas, mas sues melhores amigos são Anne e Obelisco, ambos apresentaram a Dimitris o novo mundo, onde agora ele reside.
Mas o lugar onde todos querem estar, um verdadeiro paraíso, não é o bastante para Dimitris, nada daquilo importa, pois ele está sem Mariah, sua esposa e o amor de sua vida e “morte”.
É quando surge a incrível oportunidade de voltar a vida, mas para isso, ele terá que participar e vencer o tão concorrido Torneio dos Céus.

Antes de qualquer coisa, O Vale dos Anjos foi um dos melhores livros que eu li em 2010, e o melhor de todos os livro nacionais de 2010.
Leandro Schulai soube misturar elementos como musica, animes e cinema com suas próprias ideias, o que fez de O Vale dos Anjos algo bem singular em meio a tantos livros sobre anjos que vem sendo lançados no mercado.
O Vale dos Anjos é tudo o que eu estava esperando e mais um pouco, Schulai está de parabéns. Agora o que me resta, é esperar o segundo livro.
Agora, só aqui entre nós, a capa da parte 1 é incrível, espero que a capa da parte 2 não decepcione.
A... Lembrando que o autor prometeu fazer um vídeo exclusivo para vocês, leitores do Marcinhow e os Livros, caso o livro dois seja aceito pela editora, então borá twitar muito para a @novoseculo lançar logo O Vale dos Anjos – O Torneio dos Céus – Parte 2
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Clods 01/09/2010

Incrível o Livro!!!
Hoje de madrugada terminei de ler "O vale dos Anjos".

Pessoal, que livro é esse???
Sem Comentários!!! É ótimo!!!
Eu fiquei besta de como Leandro tem uma criatividade monstra...
Sabe tudo aquilo que você já leu sobre anjos???
Então, Esquece... Aqui é muuuuito melhor....

Então, pra vocês que ainda não conhecem o livro eu vou apresentá-lo.

Conheçam então Dimítris. Jovem, grego, casado, 22 anos, protagonista do livro.

Já no primeiro capítulo do livro ele morre!!! (Pra te falar a verdade também achei estranho ele morrer logo no primeiro capítulo, mas está concentrado ai todo o desenvolvimento do livro).

Acidente de carro. Nesse momento ele conhece seu melhor amigo, Obelisco, que durante o desenrolar do livro será o amigo que nunca teve na terra. Obelisco é um anjo-guia-de-enterro (sabe aqueles que aparecem na hora em que a pessoa está morrendo, numa roupa toda branca e com capuz fazendo ver todo o filme da sua vida em 1 minuto, pois então, essa é a função de Obelisco.)

Juntos vão para o julgamento de Dimitris, onde estavam os 8 anjo-deuses responsavéis por dizer o futuro dos julgados: se o Paraíso ou as oitos prisões. Dimitris, mesmo depois de desafiar Overlord, um anjo das oito prisoes, que tentava condenar Dimitris, este vai para o Paraíso.

Mas Dimitris morrera muito jovem, deixara para tras Mariah, sua esposa que tanto amava, e aquela a quem jurou eterno amor. Estaria tudo acabado? Será realmente que a morte poderia separar esse amor?


Quer saber mais?? Acesse:

http://abstraia-se.blogspot.com/2010/09/resenha-o-vale-dos-anjos-o-torneio-dos.html
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Ademar Jr 20/09/2010

O Vale dos Anjos: O Torneio dos Céus – Parte I
Diz-se que “anjos” é a nova modinha entre o público jovem, e que eles surgem como válvula de escape para a saturação da literatura vampiresca que se instalou pelo mundo nos últimos dois anos. Porém, bem antes de se pensar em uma nova modinha de substituição aos sugadores de sangue, Leandro Schulai já projetava sua história com características e mundo próprio. O Vale dos Anjos: O Torneio dos Céus – Parte I (2010) surge como o primeiro volume de uma saga que tende a ser a inserção de seu criador no mundo das letras e é também o ponto de partida para que se possa avaliar sua evolução literária.

Leia a resenha completa em: http://wp.me/pCGut-rw
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Dress@ 18/09/2010

Humm adorei esse livro tem aventura do começo ao fim muita surpresas, show o amor de Dimitris pela sua amada Mariah é tão lindo.
Após a sua morte ele ve que o paraiso é bem diferente do que todos nós imaginavamos rs é parecido com a terra, chegando la ele conhece seus 2 amigões que estão sempre um ajudando o outro, até que ele descobre o tal Torneio dos céus uuaall que deu o que falar esse torneio rs estou curiosa pra saber o desfecho dessa historia aiaiaia!!!
Que venha o próximo..RECOMENDO!
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Caroline623 26/03/2023

Devemos honrar a literatura brasileira. Aí você se questiona, o que é literatura? Esse livro é uma literatura fictícia brasileira com uma ótima resposta à pergunta!
Uma escrita sensacional, e deliciosa. Você de fato não vai querer ler uma vez só, as vezes vai querer reler uma duas e até três vezes só para você entrar da história tão gostosa que é contada?
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MÁRSON ALQUATI 14/08/2010

Surpreendente!
Acredito que não há melhor definição para “O VALE DOS ANJOS” do que surpreendente e revelador. Surpreendente por ter superado todas as expectativas e revelador por contar uma história original que me fez deslizar pelas suas mais de quatrocentas páginas sem sentir. Li o livro inteiro em três dias.

Bem, “o VALE DOS ANJOS” é um trabalho primoroso que merece destaque entre as produções do gênero fantástico nacionais. Um livro para todas as idades e gostos, onde o autor demonstra que para se escrever excelentes histórias não há a necessidade de linguagem obscena, palavrões e sexo. Uma trama recheada de suspense, mistérios, ação e aventura, sem deixar de lado o romance e o drama. Com uma trama inteligente, personagens muito bem construídos, cenários maravilhosos e linguagem simples e coesa, o Leandro consegue transmitir uma linda mensagem.

A trama parte da morte do personagem principal, o grego Dimítris Saloustros, num absurdo acidente de carro. E toma contornos espíritas citando questões como incorporação, mediunidade e quando o grego começa a conhecer o que acontece após a morte. Conduzido por Obelisco, um anjo guia-de-enterro, ele se vê diante do Grande Julgamento, a que todas as almas desencarnadas precisam se submeter. Passado o Julgamento ele é guiado por Obelisco para o Paraíso, um lugar incrível repleto de beleza, onde existem várias dimensões, cada qual correspondente a um século da História humana, e subdivida em países, cada qual correspondente a uma década do referido século. Um lugar onde ninguém mais precisa trabalhar, a comida, as roupas, as viagens e tudo o mais são de graça. Mas apesar de tudo isso, Dimítris continua inconformado por ter deixado a sua esposa Mariah sozinha na Terra e resolve partir em uma arriscada aventura em busca de uma forma de poder voltar à vida. É quando ele descobre a existência de um Torneio dos Céus, onde o vencedor será agraciado com o cargo de anjo semi-deus, o que lhe dará o poder de se materializar por tempo indeterminado e, assim, voltar à vida e à sua amada. E então ele começa a treinar para o tornei com a ajuda de um mestre misterioso...

Pontos positivos e interessantes:
- A entrada nas dimensões sempre se dá por hospitais, como se acredita na doutrina espírita.
- No paraíso, as pessoas possuem o poder da regeneração e só morrem se esgotarem toda a sua energia angelical.
- As hilárias discussões entre Obelisco e o anjo cupido Anne.
- As emocionantes missões de Obelisco e Anne no Japão e na Itália.
- Qualquer um pode se tornar anjo, desde que mereça e treine para tal.
- O treinamento com o mestre Ramirez é sensacional.
- A gradativa aquisição dos poderes e as descobertas de Dimítris são o ponto mais alto do livro, assim como as lutas do torneio, cada qual mais difícil do que a anterior.
- Os poderes ocultos dos anjos (controle dos oito elementos, capacidade de lançar jatos de água e vento, de criar clones de si mesmo, supervelocidade, capacidade de voar e de criar barreiras energéticas de proteção, entre outros) me lembraram muito as séries de animes japoneses Dragon Ball e Avatar; e o fato de cada ser possuir um poder relacionado a um dos oito anjos-deuses me lembrou os livros da série Percy Jakson.
- E, para encerrar, o final é totalmente imprevisível e instigante, deixando-nos com muitas questões em aberto e a promessa de uma grande continuação.

Recomendadíssimo!
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Douglas Águia 30/12/2010minha estante
Resenha Legal.
Gostei muito da sua descrição desta resenha, eu já pensava em ler este livro, mas depois que li sua resenha não tenho dúvidas creio que chegou a hora, continue assim, resenhas ótimas.!




Danilo Barbosa Escritor 20/08/2010

O livro é repleto de referências do nosso universo atual em um ritmo intenso e de leitura fácil. Dimitris, mesmo morrendo tão novo, chega ao Vale dos Céus determinado a voltar ao lado de sua amada que deixou para trás. E com a ajuda de Anne e Obelisco, correm o Paraíso cheio de novas aventuras e descobertas, envolvendo-se no Torneio dos Céus, que vai trazer muito mais emoções do que eles esperavam. E nós também!

Veja resenha completa no blog Literatura de Cabeça

http://literaturadecabeca.blogspot.com/2010/07/o-que-vem-por-ai-o-vale-dos-anjos-o.html
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Dan 24/09/2011

O Vale dos Anjos
Minha opinião:
O Vale dos anjos é incrível do início ao fim, não pensei que o livro fosse tão bom!
Devorei cada página com o coração aflito, sofrendo as dificuldades e alegrias que nosso personagem sente.
Gostaria de agradecer ao Leandro Schulai pela parceria, por poder desfrutar essa obra magnífica, e que desejo arduamente poder ler sua continuação.
Parabéns Schulai!
A trama é envolvente, a estória surreal, com criatividade e adrenalina.

Dimítris, grego, morrera aos 22 anos (nosso personagem principal), era casado e feliz ao lado de sua alma gêmea, Mariah.


Sofrera um acidente de carro que acabou o matando quase que instantaneamente, fora levado ao seu julgamento por um anjo-guia-de-enterro chamado Obelisco, o qual tornou-se um grande amigo.
Dimítris defendeu a si mesmo durante o julgamento, com caráter e coragem enfrentando um anjo-jurado poderoso. Foi julgado e felizmente honrado com o Paraíso.

Uma vida nova se abre para Dimítris depois de morto, um mundo que ele nunca imaginou existir, porém nada disso o consolava, mesmo tendo feito amigos, como Sarah - um cupido e Obelisco - um anjo-guia-de-enterro, Dimítris se sentia sozinho longe de sua amada a qual jurou retornar para ela, ele teria que dar um jeito. E deu!

Continue lendo: http://www.falandodelivros.com/2011/08/resenha-o-vale-dos-anjos-leandro.html
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