Resenhas - Afirma Pereira

Gabi F. 16/01/2022

Afirma Pereira se passa em Portugal, em 1938, e conta a história de Pereira, jornalista viúvo responsável pela seção cultural do jornal Lisboa. Apaixonado pela literatura francesa do século XIX, traduz contos de autores renomados para a publicação e escreve a coluna ?Efemérides?, onde fala sobre autores mortos. Completamente solitário, vive uma existência pacata e ordinária, frequentando os mesmos poucos lugares, falando com as mesmas poucas pessoas. Pereira se mantém alheio a situação política e econômica do seu país, então marcado por regime autoritário de cunho facista. Quando conhece o jovem militante Monteiro Rossi, Pereira começa a questionar seu posicionamento passivo e seu papel diante da vida. Trata-se de uma história sobre o despertar político e a necessidade do posicionamento . Livro de leitura leve, tranquila e rápida. Mas deixa a desejar no aprofundamento de alguns personagens, o próprio Monteiro Rossi, por exemplo. É um livro marcante, mas a história, um tanto previsível.

Livia M. 24/12/2021

De forma arteira
Uma boa leitura é ótima parceira

Afirma Livia que tem livro que só pega no tranco, e então deslancha. Por isso tem como regra não abandoná-los.
De repente se viu lendo com o sotaque português a la Mundo Novo, Livia afirma.
Há um ano e meio o eu hegemônico da leitura se instalou e determinou:
Frequente o presente! Afirma.

João Paulo 29/11/2021

Não é leitura que vai agradar a todos por ter um desenrolar um pouco lento. Mas eu particularmente gostei bastante de toda história, principalmente do pereira, um personagem bem peculiar mas com um coração único.

Dani 17/10/2021

Uma delícia de leitura (nos dois sentidos)
Já começo dizendo que me deu fome demais nessa taurina essa leitura kkkk
O Pereira é um baita personagem carismático!
Ele é o cara que votou 17 e se arrepende! Kkk

Luciana Luz 16/10/2021

Leitura finalizada!
Gostei demais de conhecer essa história. Acompanhando o despertar do Pereira ao longo do livro fiquei alimentando minha esperança no nosso despertar tb.

Kelly.Hayd 01/10/2021

Um livro de rotina, daqueles de acompanhar pequenos acontecimentos, pequenos detalhes, que te fazem envolver com o Pereira e torcer por cada momento de sua vida. Um livro delicioso, de ler em uma pegada só.

Mariana 21/09/2021

marasmo, afirma Pereira.
Antônio Tabucchi teve um jeito único de escrever sobre um homem de meia idade e solitário, sem perspectivas pessoais e sociais que ao longo do livro vai evoluindo e se afirmando como ser humano e ser social, em um cenário de diversas crises políticas.
Ao mesmo tempo que gosto de Pereira por ser um protagonista que começa sem tempero e vai evoluindo até um final que me agradou muito, ou seja, sai da inércia e termina decidido e com atitude. Não gosto da importância que Tabucchi coloca em suas críticas sócias acima do personagem. Acho que ele poderia ter passado a mesma mensagem valorizando mais o enredo.

Maria Luise | @bookhead_ 12/09/2021

Monotonia do cotidiano
Um livro de ritmo lento, que retrata a vida como é: com dias bons e ruins, calmos e agitados, nítidos e confusos.

Pereira é um jornalista que ama literatura, principalmente a francesa. Seu passatempo é traduzir contos franceses para a coluna literária do jornal em que trabalha.

A epifania de sua vida regrada acontece quando um jovem revolucionário aparece, e mexe com todas as convicções que Pereira tinha construído até então.

O mais interessante do livro é perceber as nuances políticas que atingem Portugal (o salazarismo português, o fascismo italiano e a guerra civil espanhola), que são abordadas em pequenas doses ao decorrer das ações e decisões dos personagens.

Confesso que no começo achei um pouco maçante a narrativa mais parada, mas depois peguei gosto por Pereira e por sua evolução no pensamento político e cidadão. Apesar disso, sei que esse não é um livro que agradará a todos, exatamente pelo fator da narrativa lenta.

Rute31 09/09/2021

Afirma Pereira
Lisboa, agosto de 1938. Salazarismo em Portugal, fascismo na Itália, guerra civil na Espanha. Alheio a tudo isso, procurando ser apenas o responsável por traduzir contos para o jornal, está Pereira, "um protagonista que se dedica a não ser herói de nada".

Gostei muito da história, alguns momentos me deixaram bem tensa, outros são de uma profunda reflexão filosófica.

O que me incomodou na escrita é que os diálogos correm sem o travessão, acho que por estilo do próprio autor, e isso às vezes me confundiu hahahaa fora isso, gostei especialmente do Rossi, apesar de achar ele meio folgado às vezes em relação ao Pereira.

Cheile.Silva 06/09/2021

"Eu não me importo com a política"
O livro começa de forma muito "discreta", sem grandes momentos, apenas Pereira e sua vida comum e repetitiva. Com o desenrolar da história, Pereira que afirma não se interessar por política se deixa envolver com a história de Marcelo Rossi e sua namorada. O final da história é pesada e faz valer a leitura, além da leitura que flui bem até mesmo nas partes mais comuns das afirmações de Pereira.

Fer Paimel 10/08/2021

Bom
Não foi uma leitura que me envolveu muito, mas valeu a pena. É um livro curto, com personagens curiosos. Gostei da crítica aos regimes ditatoriais e conservadores.
Embora o enredo se situe no final da década de 1930, a gente consegue ver muita atualidade no relato, infelizmente.
Não soube muito o que esperar do final, mas acho que gostei.

Gisa 28/07/2021

Portugal, 1938, em meio a ditadura portuguesa, a guerra civil na Espanha e todo o terror europeu naquele momento, encontramos Pereira.

Pereira é um senhor de meia idade, viúvo e só, jornalista desinteressado politicamente que tenta se manter neutro em meio ao caos e à ebulição europeia do período, porém "nenhuma noite deve alcançar o infinito" (e não existe neutralidade quando tudo é político) em formato de testemunho acompanhamos seu despertar.

Uma potência de livro em 160 páginas e um personagem tão carismático que nos deixa saudade logo após o ponto final, afirma Pereira que esse é um livro essencial especialmente para brasileiros pós 2018.

Jaqueline.Saraiva 11/07/2021

Um convite ao despertar
Afirma a Jaque que este livro é bem oportuno para os tempos de hj. Pereira, um Jornalista e diretor de uma página de Cultural do Jornal "Lisboa". Com uma vida pacata em traduções de contos europeus, principalmente de escritores franceses, afirma Pereira não querer se envolver em política, uma vez que Portugal está a mercê de uma ditadura salazarista e ele não fala de política, só de cultura rsrsrs. Bem, reflexões, autocrítica. Um novo "eu" (ou o eu de sempre) começa a tomar força na mente de Pereira. Todo o romance nos faz pensar: até quando podemos ser isentos a tudo? Será que isso é possível?


Afirma Pereira é um romance sobre nosso cotidiano no meio da vida e a política. Ninguém é neutro, mesmo quando se decide ser neutro.

@fernandajfguimaraes 09/07/2021

Li em 4 dias. Devorei. Excelente livro, enredo coeso e bem construído, um protagonista cativante e fiquei viciada em omeletes e limonadas por causa dele kkkkk.