Resenhas - Afirma Pereira

Daniel263 17/12/2020

Excelente livro!
Publicado em: @curadorliterario

62º livro de 2020.

Que surpresa maravilhosa receber esse livro! Não conhecia o autor, a capa é linda e sua história é extremamente envolvente!

Esse foi o último livro da sequência dos três que me deixaram com “ressaca literária”. Mas, diferente dos anteriores, ele aparentemente tem uma história mais leve... só aparentemente!

Na forma de um relato extremamente peculiar, conhecemos o português Pereira. Ele é editor de da sessão de cultura em um pequeno jornal lisboeta.

A trama se passa durante os primeiros anos da ditadura portuguesa. E, logo no início do livro, Pereira é “cutucado” para o que se passa fora de sua bolha de alienação.

O livro faz uma jornada de consciência política sensacional! Pereira é um solitário glutão nostálgico que sofre quieto com boas recordações. Porém, logo nos mostra como empatia e humanidade são um importante bastião contra o fascismo e a truculência!

E Antonio Tabucchi é um autor elegante e genial. Italiano e apaixonado pelo idioma português, escreveu seu livro em 1993 como um alerta para o retorno da extrema direta na Itália e na Europa.

Gostei muito desse livro! É daqueles que ficam conosco para sempre!

site: https://www.instagram.com/p/CD1TkIaDUgf/

Myrelle.Paiva 13/12/2020

Pereira é um jornalista solitário e viúvo, possuía uma vida monótona até a chegada de seu estagiário Monteiro Rossi, que lutava contra o árbitro e era a favor dos direitos civis. Assim como Pereira, muitas pessoas não estão alertas para os acontecimentos e dias perigosos que uma ditadura pode trazer a uma nação, e o livro nos mostra esse despertar de Pereira para a realidade triste que a população Portuguesa vivia naquele momento.

Gilmar 12/12/2020

Leitura necessária.
História forte e dramática, mas muito realista. Não poupa o leitor de emoções como raiva, desespero, angústia receio do que foi e do que pode vir a ser se tratando do momento atual no Brasil.
Pereira, um senhor pacato, fechado em sua rotina monótona, contrata um jovem estagiário que mudará a rotina de Pereira, por ser um jovem com ideias revolucionárias para o momento em que estão vivendo.

Margallyne 08/12/2020

Afirma Pereira morar na Saudade, ter ido uma vez à Alegria e ter como visitante frequente a Piedade.

Vicente Moragas 08/12/2020

Leitura Melíflua
Fluido. A leitura é fluida e gostosa, mas tão cuida e gostosa que mesmo tendo apenas 160 páginas eu levei quatro meses para lê-lo. Semestre de mestrado, muitos outros livros e trabalhos pra fazer mas mesmo assim, me dediquei a ele quando podia e sempre sabia onde na história eu tinha parado para poder continuar. Após entregar o último trabalho, corri pro livro que me esperava pra me presentear com o melhor final de todos. Afirmo.

Karina.Carvalho 07/12/2020

Não é o livro da minha vida, mas eu gostei bastante
O livro parece arrastado para alguns, mas eu gostei tanto do doutor Pereira que adorei a narrativa descrevendo a monotonia da rotina dele.
Pereira é um personagem muito simpático, fiquei com vontade de receber um abraço dele, aquele abraço de um pai ou um tio querido.
Para mim a relação dele com Rossi era exatamente essa, de pai para filho.

O livro aborda muito bem como é viver em uma ditadura e achar que pode continuar alheio a tudo, não acho que seja possível, pois de uma forma ou de outra o regime acaba por pegar você.
O final surpreendente é narrado de forma rápida, como a situação exige, é preciso pensar e agir de forma ágil ou então, tudo será pior, e o livro mostrou isso na ?correria? dos acontecimentos finais.
Gostei!

Patricia 05/12/2020

Pereira, jornalista responsável pela página cultural de uma pequena gazeta vespertina, viúvo que conversa com o retrato de sua falecida esposa, têm problemas de saúde e adora limonada, eis nosso protagonista. Até que tudo muda quando ele se envolve com jovens que lutam contra opressão e violência da ditadura, e saindo da sua solidão acaba lutando por justiça. A narrativa é criativa, história curta e boa.

Renata Barreto 01/12/2020

O livro traz a história de uma pessoa que ?não gostava de política? e por isso tentava se abster de posicionamentos e se manter afastados dos conflitos gerados pelo avanço do autoritarismo. Demonstra que não se posicionar é também um posicionamento e não sai mais barato pra quem fica em cima do muro. Achei irritante esse tom de boletim de ocorrência que o livro tem com o ?afirma Pereira? sendo repetido. A história é interessante, a leitura é fluida, mas não foi um livro que me cativou.

Junia 29/11/2020

Limão ou limonada
Pereira é um jornalista mais velho, viúvo, responsável pela seção de cultura de um jornal de pequeno porte em uma cidade de Portugal. Alheio aos acontecimentos políticos - a ditadura salazarista e o avanço do fascismo na Europa -, seus escritos para o jornal se resumiam à tradução de escritos e antecipação de obituários. É por esta via que ele "mal" conhece um jovem cujo mistério envolve a narrativa e, pela via do afeto e da simpatia, aproxima Pereira destas questões políticas, ainda que de forma alheia. Solitário e adequado a uma parca rotina, Pereira vai se surpreendendo na vivacidade de sair do alheamento, ainda que arriscado. A narrativa do livro se dá em terceira pessoa, simulando-se um depoimento, recheada de "afirma pereira", oferecendo ao leitor o lembrete de que aquela é a sua narrativa própria com as revelações e as omissões do personagem. Gostei de experimentar essa narrativa e perceber como podemos estar mais próximos da inércia do que daquilo que verdadeiramente acreditamos. Para viver, é preciso coragem.

yanaspaula 21/11/2020

Afirma Pereira (x1029383992)
Um dos meus mais queridos amigos me indicou esse livro. Foi a primeira obra que ele leu em português e a linguagem o fascinou. Infelizmente não tive o mesmo sentimento. O livro não é ruim, mas não me prendeu especialmente. Pelas palavras do meu amigo: "ou você se apaixona completamente ou não gosta de jeito nenhum".

natygs 19/11/2020

Afirma Pereira que essa é uma leitura interessante. A princípio é arrastado, mas o final vale pelo livro todo.
Que outros Pereiras acordem para o mundo que estamos vivendo.

Itamara 16/11/2020

Esqueçamos o passado, Pereira!
Gostei muito da narrativa e da forma de escrita e linguagem, por conta disso finalizei a leitura bem rápido (o livro é curto e isso também ajudou). O contexto de uma ditadura e a forma como o personagem Pereira lida com isso são aspectos muito bem construídos ao longo do livro. Um personagem preso ao passado, à esposa falecida, aos anos de sua juventude e que fica completamente alheio aos horrores vividos pelas pessoas a sua volta com a violência ditatorial do presente. Achei muito fofa a relação que ele manteve com Monteiro Rossi (esse achei bem aproveitador) parece que ele de fato via nele o filho que nunca teve. Não sei se foi só comigo, mas o Rossi e a Marta me lembraram muito o casal principal de 1984, de George Orwell. As falas do Dr. Cardoso são bem reflexivas e os diálogos são cheios de profundidade. Difícil engolir que as atrocidades, censura, violência, assassinatos, etc. foram/são reais em vários países, inclusive no nosso. As "cenas" que citam patriotismo me deram asco, porque é inevitável não associar com o discurso de certas pessoas. Recomendo!

Vans 09/11/2020

Me conquistou aos 45 do segundo tempo
Demorei bastante tempo pra conseguir concluir a leitura, foi bem arrastado mas quando cheguei no final; tinha sido conquistado!
Terminei o livro com uma dorzinha no peito...

Se.mi.na.re | IG Literário 09/11/2020

Resenha "Afirma Pereira" - Se.mi.na.re | IG Literário
"Afirma Pereira" (1994), do escritor italiano Antonio Tabucchi, com uma escrita fluída e repleta de simbolismos, o autor nos mergulha na vida de um redator de jornal português em pleno regime salazarista, por volta de 1938. O protagonista, doutor Pereira, é um senhor de meia idade, viúvo e acima do peso. Ele vive num dilema profissional para encontrar conteúdo publicável ao caderno cultural em que coordena no jornal.

Na busca por possíveis estagiários para lhe auxiliar, Pereira se depara com dois jovens com espírito revolucionário que afetariam seu modo de ver a vida. Devido ao regime fascista implantado no seu país, ele se vê questionando por diversas vezes a própria profissão e os rumos políticos que o país tem tomado. Tudo isso, além também de suas constantes crises respiratórias e cardíacas o leva a uma clínica talassoterápica, onde conhece o doutor Cardoso, personagem importante para suas autorreflexões sobre a vida.

Vale destacar ainda a peculiaridade dessa edição do livro, onde pela arte gráfica que utiliza limões na capa e contracapa enfatiza tal simbolismo e sua repetição dentro da própria trama, com significado pungente. Outro fator interessante dessa edição é seu recorte na capa e contracapa no formato de azulejos portugueses, que ao manusear o livro constantemente durante a leitura essas ranhuras são sentidas pelas mãos e criam sensações mais intensas para com a obra.

Edição da obra na foto: 2020 (versão @taglivros)
Editora: @eeliberdade
Tradução: Roberta Barni
Título original: Sostiene Pereira

Resenha por: @jalmirribeiro

site: https://www.instagram.com/p/CF4vLdJDKWz/

Pudima 09/11/2020

Difícil avaliar.
Demorei para escrever essa resenha e ainda não sei se consegui formar uma opinião a respeito da história.
Tive dificuldade com a narrativa e por isso achei a leitura massante e cansativa. Só fui gostar de verdade da história no final mesmo.
Achei interessante o debate que o livro gerou e a questão do posicionamento do protagonista. De início considerei Pereira "sem sal" e não gostei dele; então gostei bastante do desfecho e de como tudo mudou.
Pensei bastante sobre o fato de a ausência de posicionamento ser, por si só, um posicionamento. Isso me fez refletir a respeito das minhas próprias opiniões e atitudes.
O que você faz para transformar o mundo em um lugar melhor?
Paz, amor e bem.